Quem É A Bella? escrita por Marcella Grassi


Capítulo 2
As semelhanças aparecem


Notas iniciais do capítulo

As semelhanças entre a Bella e Marry aparecem e Edward se vê mais apaixonado do que nunca.



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–Bom a casa é essa - disse Esme.

–Nossa, é linda! - falei, e a casa era realmente linda, na verdade um chalé, já tinha alguns móveis e a mesma coleção de livros que eu tenho lá na Espanha. E mais, as roupas do guarda roupa bem parecidas com as que eu tenho.

–Vocês guardaram as minhas roupas aí? Eu nem sei se vou poder pagar o aluguel, pois a casa é linda e é muito elegante.

–Não, nós não guardamos suas roupas aí, isso era de Bella, e já que você acabou de chegar não vamos cobrar para você ficar aqui ok? Pague quando puder.

–Caramba, é sério? Bom já vou arrumar minhas coisas, obrigada por isso, acabei de chegar e to meio perdida na cidade, espero que todos sejam gentis assim como você! - é assim que eles tratam os turistas? Pode ser pequena, mas essa cidade é muito gentil.

–Bom, você pode jantar conosco hoje Be....Marry - falou Esme sem graça.

– Nossa...tudo bem, mais assim que eu puder eu pago o aluguel, nem sei por quanto tempo vou ficar mesmo - falei meio sem graça.

–Olha, não se preocupe com isso, só aproveite os dias, vou te deixar a vontade para arrumar as malas e se precisar eu vou estar lá na casa ao lado.

Disse isso e saiu, assim que cheguei na porta do chalé pois estava indo pegar minhas malas no carro reparei elas enfrente a entrada. Parecia incrível isso tudo estar acontecendo, mas eu ainda tinha que procurar pelos indícios de meu pai, então decidi descansar hoje e começar amanha a busca, primeiro tomei um bom banho e arrumei minhas coisas no pequeno chalé, acabei colocando uma blusa de manga curta azul, uma calça jeans preta e um tênis, deixei meus cabelos secarem naturalmente e sai. Caminhei até a casa de vidro, e antes que eu tocasse a campainha Alice abriu a porta.

–Olá...Marry - falou ela com aquela doce voz, de fada.

–Olá.

–Pode entrar e fique á vontade.

Entrei, sentei-me a mesa e como todos estavam sentados só me sobrou lugar ao lado de Edward.

–Obrigado por me convidarem para jantar.

–Não foi nada, é um enorme prazer - disse Carlisle.

–O jantar parece ótimo - falei, e não era só para agradar, parecia tudo preparado por um chefe de cozinha, e acho que minha fome ajudou a melhorar a impressão da comida também.

–Obrigada, foi eu, Alice e Rose que preparamos - disse Esme, e reparei que Rose era uma mulher loira e muito bonita sentada ao lado de um cara enorme com um sorriso simpático, ao contrário dela que me olhava com cara fechada.

–Eu preparei o molho - falou Carlisle.

–E eu arrumei a mesa - falou um cara sentado ao lado de Alice com uma expressão de estranhamento, e realmente a mesa estava um espetáculo, pratos muito bem organizados , talheres de pratas, tudo se encaixava ainda mais com o banquete - Alice me ensinou e eu fiz. Sou Jasper, prazer.

–Eu escolhi o vinho, espero que goste - falou o cara com o sorriso simpático - Aliás, me chamo Emmet.

–E eu escolhi seu lugar, ao meu lado - disse Edward, que não parava de me olhar desde que eu cheguei, e eu não podia deixar de notar como ele era lindo.

Seus olhos tinham uma cor de dourado incrível, sua pele pálida parecia tão perfeita, estar ao lado dele me atraia para mais perto como um imã, e quando percebi que estávamos perto demais logo me afastei, corando logo em seguida.

– Boa escolha - Não acredito que falei isso em voz alta! Se antes eu estava vermelha, deveria estar roxa de vergonha agora. Abaixei a cabeça tímida.

–Não precisa ficar com vergonha - falou Jasper.

–Como você sabe que estou com vergonha?

–É fácil - falou Alice - você está corando, parece um tomate.

Fiquei mais vermelha ainda, ou mais roxa não sei. O Edward ficou feliz e deu um sorriso torto que estranhamente reconheci, nem parecia a voz sombria que conversei algumas horas atrás.

–Fica tranquila Be....Marry - falou Edward - não precisa ficar tímida comigo.

–Edward, a Marry vai ficar com vergonha, daqui a pouco ela vai querer ir embora - disse Esme

Estranhamente, mesmo sendo só uma brincadeira, Edward ficou tenso e parecia que a ideia de eu ir embora não o agradasse nem um pouco.

–Não brinque com isso - disse ele, e ao falar virou-se para mim e simplesmente me beijou, o mais estranho foi que eu retribui. Quando nossos lábios se encontraram foi como se algo se encaixasse dentro de mim, algo que eu nem percebia que estava faltando. Só paramos porque eu fiquei sem ar, tinha esquecido de respirar e acho que ele percebeu.

–Desculpe-me, não pude evitar.

–Estou meio tonta, acho que preciso de um ar - falei me levantando rápido demais e ficando ainda mais tonta.

– Eu vou guardar sua parte e entrego sua refeição no chalé depois, não se preocupe - disse Alice.

–Eu te levo até o chale, Marry - falou Edward se levantando e me ajudando a andar, mal sabia ele que era ele que me causava isso.

Fomos andando até la fora em silencio, através das arvores dava para apreciar um lindo por do sol, o caminho até o chalé era curto e logo chegamos.

–Quer entrar?

–Muita gentileza sua, adoraria - disse ele com um sorriso bobo que me tirou o ar de novo.

Entramos e fechei a porta, começou a ventar um pouco e ele achou melhor acender a lareira, como não tinha experiencia nenhuma naquilo fique só observando, e apesar de ele ser bem magro fazia aquilo com tanta eficiência que fiquei admirada, alias todos seus movimentos pareciam estranhamente perfeitos.

–Obrigada, não sei nem como agradecer a você e sua família por tudo que estão fazendo.

–Você não precisa agradecer por nada, mas se quer compensar, aceita tomar um vinho comigo?

Aceitei o convite e fui na cozinha pegar duas taças, quando voltei ele segurava uma garrafa de vinho em suas mãos e me olhava de um jeito esperançoso.

Sentamos no tapete enfrente a lareira e começamos a conversar, ele me contou de como perdeu sua namorada e de como foi difícil, confessou até que já tinha tentado se matar mas que sua irmã conseguiu impedir e que ele vivera todos esses 19 anos como se fosse um morto vivo. Mas assim que ouviu minha voz pelo telefone foi como se uma chama acendesse dentro dele de novo, ele tinha voltado a viver.

Então eu disse um pouco sobre meu pai e de nossa relação antes de ele falecer, e de como para mim, sua morte tinha sido bastante estranha e nunca foi explicada direito. Contei sobre o bilhete de papel que tinha caído do meu fichário hoje de manha e me dei conta de que em um dia tinha acontecido tanta coisa, coisas que eu nunca imaginaria que fossem acontecer quando acordei hoje de manha.

Quando terminei de falar ficamos em silêncio encarando um ao outro, e logo percebi que estava sendo atraída por ele de novo como tinha acontecido no jantar de hoje. Fui reparando em cada detalhe de seu rosto perfeito, e no formato anguloso das suas maças, desci os olhos até seus lábios e quando me dei conta estávamos em um segundo beijo. Esse nada parecido com o outro, lento e delicado, nossos lábios se encaixavam com perfeição, e as mãos dele na minha cintura me puxavam para mais perto com movimentos sutis, de repente como se algo tivesse acendido o beijo romântico ficou agressivo e ardente, como uma necessidade a ser suprida com urgência movimentos suaves viraram bruscos de um modo muito bom, ele sentado encostado no sofá e eu em seu colo. Coloquei minhas mãos por baixo de sua camiseta verde e meus dedos encostaram em sua pele fria como mármore, comecei a subir e sentir seu abdômen definido quando em um segundo eu estava no chão sozinha e ele em pé me olhando.

–Me desculpe Marry, não me controlo direito com você - ele me olhava como se tivesse feito algo muito errado, mas não parecia tão culpado assim.

–Eu que peço desculpas - falei me levantando e ajeitando minha roupa, corei um pouco com a situação toda.

–Adoro quando você faz isso - deu um sorriso torto mostrando uma covinha.

–Faz isso o que? - sorrindo sem querer ao ver a covinha dele.

–Quando você cora, fica tão fofa - chegou perto e segurou minhas mãos - vou fazer de tudo para te ajudar, ta? Amanha pode contar comigo, assim que acordar eu passo aqui com seu café da manha - me deu um selinho sem esperar minha resposta e foi até a porta - Boa noite, anjo.

E saiu, meio atordoada com o que tinha acabado de acontecer fiquei alguns minutos parada no mesmo lugar como uma estátua para absorver as informações de hoje. Para começar tinha viajado para outro país, recebido um bilhete estranho falando sobre meu pai e tinha chegado até aqui. O que me fez lembrar que meu celular estava em modo avião desde o começo do voo e até agora eu não tinha mexido nele, já que fiz a ligação para a família Cullen de um telefone publico do aeroporto pois achei mais fácil do que colocar o código da cidade, do qual nem sabia. Desabilitei o modo offline e apareceu umas 30 ligações perdidas da minha casa, do celular da minha mãe, e umas 5 da Paty. Liguei imediatamente para minha mãe, que devia estar louca atras de mim, acho que o bilhete em cima da mesa da cozinha não foi suficiente, enquanto aguardava a chamada me preparei mentalmente para uma enchicharrada de perguntas que iria ter de responder, e se tinha a resposta de todas elas.







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Notas finais do capítulo

Amei o capitulo de hoje...
e vocês ?
COMENTEM!!!



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