Eu estava louco.

Tirando todos os shows que fui forçado a fazer, eu tinha perdido Janne.

Mas não pra sempre, pelo menos não em minha cabeça.

Não em meu coração.

Eu não tinha psicológico para cantar, então na maioria das vezes perdia minha voz facilmente.

Minha mente buscava um jeito de encontrá-la, mas não era possível.

O Maximo que eu podia fazer para vê-la era dormir. Dormir profundamente.

Então eu dormia. Eu esquecia da vida.

Nem psicólogos locais, nem amigos distantes, e nem meu irmão
conseguia fazer com que eu melhorasse.

Eu sabia onde ela estava. Todos sabiam onde ela estava.

Deitada em sua cama em outro continente, provavelmente.

E no momento me perguntei por que diabos eu estava na minha,
sozinho.

–Suspirei.

Dentro do meu coração existem lembranças do amor perfeito que você me deu.

–Obrigado!

Eu me lembro.

Gritaria.

Quando você está comigo, eu sou livre... eu sou despreocupado... eu acredito.

Me retirei.

Acima de todos os outros nós voaremos.

Abraços não reconhecidos.

Isto traz lágrimas aos meus olhos.

Me encostei em uma parede qualquer deixando as lagrimas caírem sem pudor.

Vimos nossa quota de altos e baixos

Minha garganta ardia. Como pude me apaixonar tão perdidamente?

Oh, a rapidez com que a vida pode mudar em um instante.

Então ri sarcasticamente dentro do meu choro.

E meu coração se apertou de novo.

Decolei rumo ao Brasil.

Meu sacrifício.