Love, Simply Love. escrita por Jajabarnes


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Capítulo 19 -

Já era noite e na areia da margem do Grande Rio, a fogueira tinha chamas altas e os faunos e dríades dançavam alegremente em volta dela, enquanto os outros tocavam músicas alegres com as flautas e os tambores; as crianças brincavam na margem do rio, nadando ou mesmo jogando água uns nos outros. Eu estava sentado numa das toalhas que foram dadas a mim e a Susana para cobrir a areia para sentarmos, observando Susana que dançava junto com seu povo, alegre.

Seu vestido era leve de algodão, como os das ninfas. Era azul com alguns fios dourados mesclando-se a estampa delicada, logo abaixo do seios havia um cindo dourado delicado e uma única alça torcida por cima do ombro direito. Os cabelos estavam presos com uma tiara dourada e em seus pulsos haviam braceletes. Ela dançava alegremente, iluminada a meia luz pela fogueira e eu sorria levemente, sentando na toalha que fora dada a nós. A música animada continuou e vi Susana vir ao meu encontro.

-Venha dançar! - chamou, segurando minha mão.

-Não! Nem pensar! Não possuo jeito algum para a dança, prefiro ficar vendo você dançar. - argumentei.

-Venha, Cas! - pediu ela de novo, abri a boca para responder, mas uma outra voz interrompeu.

-Simon, está vindo aí! - disse uma ninfa e logo por trás dela surgiu um fauno, apoiado por outro. Ele tinha a pele clara, as bochechas rosadas, a barba branca um pouco longa, bolsas abaixo dos olhos azuis, cabelos brancos e uma expressão feliz, muito contente e lisonjeada.

Todos gritavam vivas, batiam palmas, assoviavam e parabenizavam o fauno enquanto ele passava por todos em direção ao seu lugar especial. Ao sentar-se, todos puxaram suas toalhas para mais perto dele, formando uma meia lua a sua frente, todos sentando em suas toalhas formando uma pequena plateia. Susana sentou ao meu lado e todos fizeram silêncio para ouvir a voz de Simon.

-Não sei como agradecer todos vocês. - começou ele, sua voz era rouca e parecia cansada, mas ao mesmo tempo, feliz. - Não sei como vocês conseguiram esconder de mim toda essa festa. - ele lançou um olhar para Sagaz, as ninfas e os centauros com quem nos encontramos no bosque. - Confesso que não sei o dizer. Não sei mesmo. Nunca imaginei que um dia sentiria tamanha alegria, que me sentiria tão querido...

-Conte sua história, Simon! - gritou um esquilo.

-É, adoramos ouvir sua história! - concordaram outras vozes. Logo todos faziam barulho para que ele contasse sua história.

-Mas vocês a escutam sempre, devem estar enjoados dela. - argumentou ele.

-Não, não estamos!

-Adoramos ouvir sua história!

Mais tarde, descobri que eles não aguentavam mais ouvir a história da vida de Simon, mas sempre eram gentis e pediam para que ele contasse por que sabiam que ele gostava de contar essa história.

-Pois, bem, já que insistem. - ele pigarreou antes de começar. - Nasci há muito, muito tempo. - houve uma breve riso tanto da parte dele, como da nossa. - Minha mãe, por muito pouco não perdeu a vida quando nasci. Era inverno em Narnia e o Ermo do Lampião estava coberto de neve fofa, o sol estava suave e o frio reinava do lado de fora. Minha mãe deu a luz numa casa, numa montanha, bem perto do Ermo; ela estava só naquele dia, segundo me disse, meu pai havia ido até a cidade em busca de uma parteira para dali a dois dias, mas eu não esperei. Mamãe disse que eu sempre fui apressado para as coisas... - houve um breve riso novamente.

-Ele me parece tão familiar... - comentou Susana ao meu lado.

-Talvez já tenha encontrado ele por aí. - dei de ombros.

-Eu nunca encontrei com ele em toda a minha vida. - explicou ela. Logo voltamos a prestar atenção na história de Simon.

Agora ele já estava contando suas travessuras de criança, e como ele, ainda menino, matou uma serpente que estava ameaçando a cobra de sua mãe, ou como se escondeu nas malas de seu pai quando o mesmo foi se juntar ao exército, tendo voltar para deixá-lo com a mãe que estava quase em pânico de tanta preocupação.

Todos ali, os moradores da vila, estavam com os olhos brilhando encantados com as aventuras e romances de Simon na juventude; todos derramaram lágrimas (inclusive Susana) ouvindo-o contar como foi perder seu único filho e a esposa no mesmo dia.

Quando a longa e divertida narrativa acabou, o banquete fora servido e tinha uma diversidade incrível de comida, todas caseiras e incrivelmente deliciosas.

-Você está me devendo uma dança. - disse Susana, levando uma colherada do mousse até a boca.

-Estou? - eu também comia.

-Está sim, por que não foi dançar comigo quando chamei... - disse ela.

-Majestade? - Sagaz se aproximou de nós. - Poderia nos acompanhar? Simon ainda não sabe de sua presença aqui, creio que ficará mais feliz ainda.

-Claro, vamos sim. - ela deixou sua taça com o mousse e o seguiu. Fiz o mesmo. Sagaz nos levou por entre os convidados, pela areia, por entre as toalhas estendidas na margem e pelas pessoas sentadas nas mesmas. Havia um pequeno grupo que formava uma pequena roda em volta de uma cadeira. Sagaz pigarreou.

-Com licença, Simon. - trouxe a atenção para nós, fazendo a pequena roda se abrir, dando a Simon uma visão de nós. Sagaz tomou a frente.

-Meus parabéns, querido Simon! - falou Sagaz animadamente. - Que Aslam lhe conceda muitos mais anos!

-Oh, Sagaz, daqui a pouco Aslam não terá mais anos a dar. - brincou ele. Fazendo-nos rir. - A propósito, aposto como essa festa toda foi ideia sua.

-Digamos que eu tenha dado algumas dicas... - Sagaz brincou. Simon riu. - Simon, eu tomei a liberdade de convidar duas pessoas, e queria apresentá-las a você. - ele afastou-se para o lado, mostrando-nos. Simon ficou estático quando viu Susana. Seus olhos brilharam inacreditavelmente.

-Esta é a Rainha Susana. - disse Sagaz.

-Oh, Majestade! - o fauno estava visivelmente emocionado. - Não sabe o quanto estou surpreso... - ele deixou um pequeno soluço escapar. - Perdoe-me, mas estou emocionado com sua presença. Jamais pensei que teria a enorme chance de conhecê-la! É uma imensa honra! - ele segurou as mãos de Susana, olhando-a nos olhos. Ela sorriu.

-A honra é toda minha, senhor. - disse docemente.

-E você é...? - olhou-me.

-Apenas um amigo. - disse eu, mas o fauno parecia analisar-me minuciosamente.

-Sim... Claro... - ele não parecia totalmente convencido. Mas Susana tratou logo de puxar assunto para quebrar o silêncio.


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Notas finais do capítulo

Desculpem o capítulo ruim, mas estou sem criatividade para continuar esta fanfic. Não vou excluí-la, mas talvez demore para atualizá-la de novo. Enquanto isso, irei continuar postando as outras histórias e, quem sabe, novas fanfics. Desculpem, mas, podem deixar comentários e dar ideias, isso também ajuda a fic a não parar ;)
Beijokas!!