Pov. Josh

Estava voltando da casa da mãe da Jenna, desde que Ariel nasceu ela estava tão diferente, não queria mais insistir no nosso casamento, se não fosse tão absurdo, e tão maléfico até pensaria que a única intensão da Jenna era me separar da Hayley, assim que entrei na rua de saca avistei o carro dela, o carro da mulher da minha vida, da mulher que havia perdido, acelerei, assim como meu coração ele pulsava como se fosse pular do meu peito.

_hayley, pelo amor de deus, me ouve – disse desesperado, tentei me aproximar mas ela se esquivava de minhas mãos

_não Josh

_como assim você vai embora? Não, não! – já estava com os olhos cheios de lágimas agi por impulso e a segurei pelo braço quando notei a barriga, ela estava extremamente linda, a barriga estava cada dia maior, e ela estava cada dia mais radiante, mesmo com tanta tristeza cravada no olhar - me diz uma coisa, você me ama? Você ainda me ama? Não vá embora, se ainda me ama não vá – eu estava implorando, implorando para que ela me dissesse que me amava e pudéssemos reconstruir nossa vida

_se não amo posso ir? – senti meu coração quebrar com a frieza que ela dizia aquelas palavras

_sim, mas você não?

_não Josh, não, eu amo o pai do meu filho – como eu rezava, como eu implorava a Deus para que eu fosse o pai do filho dela, e então estaria ouvindo que ela me amava, mas depois dela estar indo embora com o chad, não poderia mais nem imaginar que aquele menino poderia ter meu sangue, porque não teria.

_adeus, e nunca se esqueça de como eu te amo. – minha ultima suplica, era que ao dizer o quanto a amava ela ao menos me desse um sinal para insistir, para persistir em nosso amor

_tanto faz – mas a cada palavra dela eu tinha mais certeza, era isso que eu era pra ela “tanto faz” sim isso me machucava, mas a Hayley escolheu, eu a perdoei por ter mentido pra mim por todos esses anos, mas ela quem escolheu viver com o Gilbert, ok, eu entendo a criança tem de viver com o pai, e se ela amava realmente aquele insuportável eu aceitaria, tudo que eu queria era ver a minha Hayley, a minha menininha feliz, mesmo que eu não pudesse fazer parte do mundo dela, mesmo que eu não pudesse secar as lágrimas quando ela chorasse, ou tomar a dor dela pra mim, ou sorrir como quando nós éramos tão amigos, ou até mesmo em nosso casamento de poucas horas, garanto, foram as horas mais felizes de toda a minha vida, e vão continuar sendo, mas é isso a vida continua, amores vêm e vão, talvez eu tenha perdido a mulher da minha vida, talvez a reencontre mais pra frente, ou não, mas uma coisa eu aprendi nesses últimos dias a mulher da minha vida é aquela que está por perto e não aquela que partiu levando até a minha alma com ela, aquela poderia ser a que eu amava, mas a mulher com quem eu iria dividir a minha vida se Chama Jenna Rice, com quem eu vou construir uma vida e criar a nossa filha, a vida continua, a vida não gira em torno da Hayley, se ela escolheu viver sem mim, eu escolho viver sem ela. Entrei em casa batendo a porta, graças a deus meus pais estavam na casa da Jenna ainda, mimando a menina, e o Zac estava com a Emily então eu poderia surtar em paz e quebrar a casa que ninguém se importaria, é claro que a Clarice, a moça que arruma a casa vai achar que estou louco, mas que diferença faz não é? Corri pro meu quarto, e abri a gaveta do criado ao lado da minha cama, tinha um porta retrato meu com a hayley, a nossa primeira foto nos beijando, não consegui olhar aquela foto por mais de um minuto e senti lagrimas escorrendo pelo meu rosto, e uma raiva correndo em minhas veias a voz dela ainda soava em minha cabeça “Eu amo o pai do meu filho” aquele ódio ainda percorria minhas veias cada vez mais intenso que atirei o quadro contra a parede, o vidro foi estraçalhado assim que bateu, haviam cacos por toda a parte, ao ver aquilo sentei no chão e comecei a chorar, a belle veio correndo e abriu a porta, havia me esquecido que minha irmã caçula estava ali, ela entrou e veio até mim, mas não tinha cara de medo, ou espanto, ela tinha um semblante tranquilo.

_Sai daqui Isabelle, me deixa

_te deixar? Pra você chorar até desidratar e destruir metade da casa? Acho que não Joshua

_Belle você ouviu tudo que ela disse, pera porque to falando meus problemas pra uma criança de dez anos? Ah meu deus, tô surtando

_cala a boca, tenho dez anos mas sei mais coisas que você

_Ah é espertinha, sabe o que?

_josh, você precisa parar de chorar, ela não vai voltar

_Porra Belle! Eu sei, para de falar isso machuca! Para!- sem me dar conta eu já estava gritando

_grita, pode gritar o quanto quiser, pode quebrar a casa mas isso nunca vai trazer a hayley de volta, não agora

_PARA ISABELLE! Espera, como assim não agora?

_eu sou a criança aqui né? Meu acorda, você ama a hays, ela te ama, apesar de tudo ela te ama, e um amor assim o destino não vai separar ela vai voltar irmão!

_não, ela não vai, e se voltar, bom quando ela resolver voltar eu já não estarei mais aqui, eu não vou ficar esperando ela, NÃO vou – me virei e continuei fuçando a minha gaveta achei uma bola de natal que tinha ganhado da hayley, sem pensar duas vezes a atirei contra a janela, aquilo me machucava a cada minuto mais.

_PARA JOSHUA  - a Belle gritava, mas eu não conseguia parar de ter aquele surto de raiva comecei a esmurrar tudo que via pela frente, perdi a noção do tempo, só senti meu pai e o Zac me segurando,vi minha mãe abraçar a belle e tentar tirá-la dali enquanto ela gritava

_Não mamãe, ele precisa de mim!

_Vem isabelle

_Josh para! Para filho

_josh, cara vamos conversar – eles me imobilizaram no chão, e eu parei de me debater contra eles, apenas respirava, não chorava não fazia mais nada estava com o pensamento vazio, apenas respirando – pô mano, fala comigo

_Saiam daqui

_pra você tentar quebrar tudo denovo? Ou vai se superar tentando o suicídio? Não, eu não vou sair e deixar meu filho se matar por uma vadia egoísta que vai embora sem nem se importar contigo

_Nunca, Nunca mais chame ela assim está me ouvindo – sem perceber já estava com o murro formado mirando em meu pai

_Josh, calma cara, pai deixa que eu falo com ele – meu pai apenas me olhou com um olhar de reprovação, continuei calado enquanto ele saia e encostava a porta – Eu já sei o que houve, a Clarice ligou contando e por isso papai voltou e ligou para que eu viesse, Josh você não pode ficar assim

_E vou ficar como? Eu a amo Zac!

_E eu não sei? Mas, você tem que deixar o tempo curar isso, se for verdadeiro ela volta

_Se fosse verdadeiro ela nunca teria partido!

_ai que você se engana mano

_Me engano? Ela vai ter um filho de outro!

_e você tem um filho com outra

_ah que bom você também está contra mim, tudo que eu queria agora

_viu, se falo a verdade você se irrita, bom, vê se não quebra a casa e descansa – ele se levantou e foi rumo a porta- e já ia me esquecendo, a Jenna quer que você passe lá.

Continuei sentado ali olhando pro teto, me lembrando de shows, rádios, ah as gravações dos clipes, e as premiações então? Não sei quanto tempo estava sentado ali, sei que olhei pela janela e já havia anoitecido, peguei minhas chaves e fui em direção ao carro, ao chegar na porta ouvi minha mãe me gritar

_Joshua, volta aqui filho

_vou pra casa da Jen mãe, talvez volte só amanhã – vi um sorriso brotar nos lábios dela, apenas entrei no carro e fui rumo a casa da Jenna, estava decidido e pedi-la em casamento, como devia ter feito a meses, mas como sempre só aprendemos depois dos nossos erros. Não me demorei a chegar na casa da Jenna, por sorte era bem perto da minha casa.

_Jen, vim conversar

_ah, eu to cansada, entra vai – me dando espaço para passar, e fechando a porta logo após, ao entrar vi o carrinho de ariel na sala, ela estava dormindo como um anjinho

_como ela dorme, está linda!

_ta desfaz essa cara de pai feliz, eu já sei de tudo

_sabe do que?

_que a hayley foi embora, e isso te deixa mal

_e isso te deixa feliz – ela abaixou a cabeça

_joshua, eu te amo sim, mas desde que ariel nasceu eu aprendi que deixamos livre o que amamos, que o sentimento importa mais, que a felicidade do outro importa mais – me aproximei dela, acariciando seu rosto, ela tinha um semblante de dor

_eu te machuco?

_sim, quando vai embora, como sempre eu sei que vai, sua vida é ela

_não, a minha vida ta naquele carrinho, e nessa casa, jen, eu vim até aqui pra te fazer um pedido, vamos reatar nossos sonhos? Nos casar, e criar aquela pequeninha, talvez encher a casa de irmãozinhos pra ela e.. que foi? – ela começou a rir e se afastou de mim

_e isso até quando? Até você decidir pegar o próximo avião e ir atrás dela?

_Jenna, entende uma coisa eu e ela nunca vamos dar certo, eu vi que a mulher da minha vida é a mãe da minha filha, aceita se casar comigo?- ela continuou calada e abaixou a cabeça- não vou te decepcionar – ela pulou e me abraçou – Isso é um sim?

_é Josh, é um sim – ela esta sorrindo, era a velha Jenna de volta – oh meu deus, eu juro, eu vou te fazer feliz, eu você e a Ariel, em uma casa nova – a felicidade da Jenna era tão radiante, e a voz aguda acordou a bebê que começou a chorar – Íiii o dever me chama

_não deixa amor, eu cuido, pode descansar- disse pegando minha filha nos braços, que logo parou de chorar desde pequena já estava com caprichos e manhas feito a mãe

_está tarde, você devia ir

_posso dormir aqui? Quero ficar mais com ela, e bom amanhã mesmo marcamos o casamento e vamos ver uma casa pra gente – ela apenas sorriu. A noite foi mais que agradável, a Ariel acordava de três em três horas para mamar, e ao contrário do que eu achava a Jenna, não se importava de dormir mal pela filha, ela estava feliz com aquilo, e eu estava aprendendo a ser feliz com aquilo, não digo de acordar de madrugada, e sim com a minha vida, minha nova vida.