Safira, Neve E Meia-noite escrita por ANDREART


Capítulo 6
Esperança


Notas iniciais do capítulo

Gente, segue um novo capitulo.
Aguardo os reviews.
Até mais



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Estou mais do que feliz, depois da conversa com Peg na noite passada, os beijos e os carinhos, é demais, não vejo a hora das chuvas passarem, como será que ela ira reagir comigo no mesmo dormitório, nós dois a sós. Estava divagando no caminho do campo norte onde estávamos preparando a terra para semear milho, hoje ela irá trabalhar comigo, semeando o campo, vamos ter um tempinho para conversarmos um pouco mais sobre nós, olha ela, como pode ser tão linda..., quando olha para mim ela ainda baixa os olhos de vergonha, não entendo muito isso, ela ficou mais tímida nesse corpo, preciso falar com ela sobre isso.

- Oi, não vi você levantar, acordou mais cedo hoje?

- Oi, é eu tinha marcado com Mel de ajudar na cozinha antes de vir para o campo, você não está com fome? Eu trouxe seu café quando vi que não aparecia, sabia que viria direto para cá. – ela falou sorrindo e depois fez cara de brava. – Você não tem jeito, não consegue acordar cedo, dorminhoco. – falou esticando os braços e fui abraçá-la, ela estava com um cheirinho gostoso.

- Eu realmente estou com fome, vamos ver o que trouxe, pão, bolo de chocolate e leite, hummm, quem fez o bolo?

- A Mel fez, ainda vou aprender, mas come logo temos que começar.

- Senta aqui comigo um pouquinho. – disse puxando seu braço. – está preparada para o trabalho de hoje, vai ser pesado.

- Sim me sinto muito forte hoje, principalmente do seu lado, você me transmite uma força que não imagino de onde vem, mas é bom. – ela se encabulou, mas disfarçou.

- Você anda pensando em quando vamos morar juntos?

- Sim, mas já está decidido não está?

- Claro, eu não vejo a hora de ficarmos juntos e sozinhos. – falei observando sua reação, ela corou e então respondeu para minha surpresa.

- Eu não vejo a hora de sermos companheiros de verdade. – falou muito séria.

- Companheiros..., é tudo o que mais quero. - de repente minha boca encontrou a sua com urgência, envolvi-a num abraço, suas mãos acariciavam delicadamente meu rosto e seguravam meus cabelos me puxando um pouco mais, minha boca escorregou para a linha de seu maxilar e próximo ao pescoço para podermos respirar, quando escutamos alguém por perto, Mel limpou a garganta e sorriu.

- Herrr, aqui é lugar de trabalho, vocês têm certeza que não vão parar?

- Uhrrr, que inconveniente Mel, estava indo tão bem..., - falei me afastando bem devagar, Peg me puxou, deu um beijo rápido, e levantou me puxando.

- Vamos trabalhar. - Falou já se sacudindo e pegando suas sementes.

Semeamos meio campo até o horário do almoço, e o restante no período da tarde, enquanto eu e Jared revirávamos o solo, Mel abria as covas e Peg jogava as sementes e fechava as covas, trabalhamos muito, conseguimos terminar, enquanto carregávamos as ferramentas Mel e Peg foram para a sala de banhos, eu e Jarred fomos logo em seguida, tinha uma fila enorme na nossa frente, sentamos e ficamos de papo, Kyle e Sunny chegaram em seguida, eles estavam trabalhando na fenda onde Walter dormia onde será o quarto deles depois das chuvas, eles estavam felizes e não escondiam, estavam sempre abraçados e se beijando, eu ficava feliz só de ver os dois, Peg também admirava e comentava de como Kyle estava mudado com  presença de Sunny. Peg também estava um pouco diferente de antes, agora todos da caverna gostavam dela, até Meg e Sharon a olhavam de modo carinhoso, as crianças de Lucina ficavam correndo atrás dela e sentadas em seu colo, pediam para contar histórias dos outros mundos, todos tocavam nos seus cabelos e no seu rosto, isso me incomodava um pouco, até Kyle vivia bagunçando seus cabelos, mas eu tinha que conviver com isso, ela parecia um anjo e todos queriam ficar perto desse anjo, ela também parecia estranhar tudo, principalmente pelo fato de todos querem ajudá-la em suas tarefas, ela quer ser útil e esse corpo tinha uma fraqueza natural por ser pequena e sensível, não tinha muita força, então não lhe davam serviços pesados como lavar roupas e louças, mas ela sempre dava um jeitinho de estar presente e fazer algo para ajudar, ela é muito especial, estou cada vez mais apaixonado por ela.

Fomos jantar e Jamie estava na cozinha, acenou para as irmãs, Mel e Peg foram cumprimentá-lo e sentaram ao seu lado, fomos para mais perto e ficamos todo ali, Jamie contava para Peg algo que aprendeu na aula de ciências que Sharon passou hoje, ele estava bastante empolgado, e falou durante o jantar todo.

- Peg hoje você vai falar sobre suas experiências pelos mundos que viveu?

- Sobre o que você quer ouvir Jamie? É só pedir. – Peg falou sorrindo, e o pessoal que estava jantando foi chegando mais perto e alguns foram chamar seus amigos e companheiros para ouvir a “aula” da Peg.

- Fala sobre as flores Visionárias, a Sunny não queria ir para lá, mas eu acho que deve ser divertido.

- Divertido ficar parada em um só lugar e vegetando... – Sunny falou baixinho e envergonhada.

- Não Sunny, não é nada disso, é um modo de vida diferente e assexuada, mas é muito legal realmente, eu gostei de ser flor.

- Então porque não quis ficar lá para outras vidas? Lily perguntou.

- Não sei, nunca vivi duas vidas em um planeta, não tinha nada que me fizesse ficar mais de uma vida em lugar nenhum, acho que só ficaria aqui... – Peg falou e olhou para mim. – Se meu companheiro ficar comigo, é uma pena que a expectativa de vida neste mundo é realmente pequena, por isso temos que aproveitar todo o tempo que temos e fazer as coisas que nos dão prazer, e tentar deixar nossa história e experiências para outras gerações.

- Mas Peg, outras gerações? Nesse mundo que não podemos mais viver com segurança na superfície? Falou Mel.

- Temos sempre que ter esperança, Mel você viu a família brincando no parque, lembra? A criança Humana brincando com seus pais Almas. Essa é a verdadeira esperança, se os pais não entregarem as crianças para a inserção, um dia vamos poder nos misturar e viver em comunidade.

- Como assim, que história é essa? – Jeb falou com os olhos arregalados, e outros também se agitaram.

- Calma gente! - Falei me levantando.

- Eu vou explicar. – Mel falou. – Quando estávamos em uma incursão paramos em um motel para tomar banho e dormir para continuarmos no outro dia, a Peg sentou próximo a janela e ficou observando uma família brincar em um play que tinha em frente ao Motel, até ai, eu não tinha percebido nada até ela pensar na diferença que tinha notado, a criança era Humana, pois estava brincando como um bebê normal se tivesse uma alma nela ela teria um comportamento adulto, por isso ficou muito óbvio que os pais da criança não entregaram a criança para a inserção. Então veio o pensamento de Peg, possivelmente no futuro se as almas que tiverem filhos de seus hospedeiros poderão convier com seus filhos humanos, e então termos almas e humanos vivendo em harmonia. Entenderam?

- Nossa, que história, estou pasmo. – Jeb falou erguendo uma sobrancelha.

- Porque não nos cantaram isso? Agora podemos realmente ter esperança. – Falou Lily sorrindo e dando um tapinha nas costas de Trudy, Peg a olhou sorrindo.

- Nossa isso é muito legal. – Andy abraçou Paige, e os casais estavam todos se tocando e se abraçando, parece que essa história realmente ascendeu uma chama de esperança em todos.

 - Peg, isso é muito legal, algum dia não haverá diferença entre humanos e almas, é isso? Jamie falou bem baixo próximo a Peg.

- Jamie, essa é uma esperança, e sim pode ser possível, almas não obrigam outras almas a fazer alguma coisa que não querem, se as mães não quiserem entregar seus filhos para inserção ninguém poderá obrigá-las, portanto é uma verdadeira esperança.

- Puxa peg, que legal! – Jamie falou sorrindo.

Já estava tarde e todos estavam felizes, começaram a sair da cozinha e irem para seus colchões na sala de Jogos, quando Sunny e Kyle se aproximaram.

- Peg, isso é verdade? Kyle perguntou.

- Claro que é, nós vimos.

- Esse é o único impasse, o Kyle tem um medo muito grande de formarmos uma família, termos filhos por causa disso, então agora as coisas podem mudar de rumo. –Sunny disse bem calma e complacente.

- Gente, é uma esperança, não dá para garantir nada em curto prazo, mas vocês podem planejar a vida de vocês, afinal você é jovem e pode esperar um tempo para terem filhos, eu e Jarred também estamos conversando sobre isso. – Falou Mel.

- Eu acho muito precipitado fazermos alguma coisa agora, vamos dar tempo ao tempo e observar quando estivermos fora. Depois daquela vez eu fiquei muito atento e observei algumas crianças nos estacionamentos das lojas na ultima incursão, e vi crianças normais e outras não, a diferença é muito grande, mas o número em percentual era meio a meio, nesse pequeno tempo que observei, então acho que podemos ter esperanças, mas com prudência. - Jarred discursou.

- Concordo com Jarred. Falou Jeb.- todos que saírem devem observar e prestar muita atenção em bebês e crianças para vermos as possibilidades, vamos observar as famílias em suas casas.

- Claro, devemos estudar todas as possibilidades, afinal a evolução humana pode partir dessa fusão, alienígenas x Humanos, vivendo em paz. – Falei abraçando Peg e piscando para Kyle, Que agarrou Sunny e a beijou, quebrando todo a clima sério.

- Já começou com a família O’Shea. – Jeb falou sorrindo e deu um tapinha no meu ombro.

- Os precursores da fusão. – Falei beijando o alto da beça de Peg.

Todos riram bastante e saímos para nosso dormitório coletivo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, até o próximo, não se esqueçam de comentar.



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