I Am Innocent - Salazar Slytherin escrita por Pode me chamar de Cecii


Capítulo 19
Leões


Notas iniciais do capítulo

aaahhh, eu to realmente surpresa!! to postando rapido, OMG!!!
[...]
esse eh triste, eu chorei ontem... ms, enfim, vc naum comentaram nada sobre meu novo personagem, deu nisso! shahshah
[...]
espero q gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/168597/chapter/19

"Era esperto demais, não se deixaria ser preso."

Ele subiu até o sétimo andar, onde eu o esperava sentado no chão. Me levantei ao ouvir seus passos.

- Espere aí. – pedi e fui até ele. Depois, voltei até onde estava. E mais uma vez fui até ele.

Marlon me olhava como se eu fosse um louco. Mas, assim que parei ao seu lado, a porta de ferro surgiu da parede e se abriu.

- Vamos. – chamei e ele me seguiu, observando o lugar vazio, com apenas um sofá. – Gostou? Eu a criei. É para que possamos conversar sem riscos de alguém ouvir. Sente-se.

Ele obedeceu.

- Marlon, meu caro, - comecei, hesitante. – você sabe por que estamos aqui. Os acidentes. Talvez não sejam... Tão acidentes assim, você sabe, não é?

Ele assentiu.

- É, sei. – concordou. – Mas... Você não acha que... Você não...

- Acho. – cortei. – Tenho completa certeza, meu primo.

- Mas... Salazar! – protestou. – Ele não faria isso! A não ser que você tenha mandado, ele não é ruim!

- Este pé o problema, meu caro. Eu acredito que, por um engano, eu o tenha mandado.

Ele se levantou ruidosamente, se dirigindo para a porta.

- Pare com isso! – gritou. – Ele... Não faria isso, ele é bom!

Com isso, saiu, batendo a porta.

“O que fazer?”, era o que eu me perguntava desde aquela hora. Não podia mata-lo. Não tinha a força necessária para isso. Ou sequer pedir ajuda. Não parecia haver solução para meu problema.

A batida em minha porta me tirou de meus devaneios. Levantei-me da cama e abri-a, revelando o mesmo garoto lufano que me avisara da última vez.

- Onde? – perguntei, pegando meu casaco.

- Em um corredor do segundo andar. – respondeu ele, já me seguindo rumo ao local indicado.

Mais uma vez a multidão de alunos se reunia ali em volta. Dessa vez nem mesmo os murmúrios me foram necessários para poder entender. Todos abriram passagem. E ali estavam. Um casal do sexto ano estava sendo levado para a enfermaria. Do outro lado da roda que os alunos formavam, lancei um olhar para Marlon. Já tivera uma ideia.

- Não vai mata-lo! – ele gritou, mas ninguém ouviria. Estávamos na Sala do Sétimo Andar, como eu a chamava.

- Não, nem tenho recursos para isso, Marlon. – concordei. – Mas não podemos deixa-lo à solta! Ele é perigoso e já tivemos provas suficientes para descobrir isto. Três mortes!

- O que pretende fazer então?

- Pretendo prendê-lo.

- Posso dar-lhe um último adeus? – perguntou, descendo o primeiro degrau da escada circular.

- Pode. – permiti, ele realmente gostava muito da criatura. Desceu as escadas correndo como se aquilo fosse sua única salvação. Eu sorri, mas não de felicidade ou satisfação, mas por tristeza de ter de fechar a câmara.

O tempo passou. Um minuto. Três. Quinze. Meia hora. Quarenta e cinco minutos. Duas horas. Marlon não tornava a subir aquelas escadas. Eu não podia ouvir o som de sua voz ou de seus passos. Não podia mais esperar. Desci as escadas em uma correria, assim como ele fizera mais cedo.

Os corredores frios estavam vazios. Não havia nenhum sinal de meu primo ou do basilisco.

- Marlon! – chamei, mas ninguém respondia. – Marlon! – o som ecoava pelos diversos corredores sem fim.

Eu corria. Precisava encontra-lo. As minhas pernas já se moviam por conta própria. Eu não via para onde iam. E pararam. Na parte principal da câmara. E ali estava ele. Não Marlon. O basilisco. Deitado no cão, parecia dormir, mas eu sabia que não era real. Virei-me para trás. E me vi correndo. Eu tinha de encontra-lo.

Foi em um dos corredores sem fim. Ele devia ter passado despercebido na ida. Mas ali estava. O corpo magro, os olhos verdes fechados, ele estava morto. Senti o peso da responsabilidade recair sobre minhas costas. Como poderia o basilisco tê-lo matado? Não era hora para pensar nisso. Peguei seu corpo em meus braços e corri rumo à entrada.

Não foi difícil subir as escadas, o difícil foi quando eu subi. Ouvia o monstro se arrastando pelo chão frio. Era esperto demais, não se deixaria ser preso.

Larguei o corpo de meu primo no chão, ainda não era o tempo de minhas lágrimas. Empunhei a varinha. Eu podia ouvi-lo, cada vez mais perto. O feitiço era mudo. Mas era demorado. Agora eu já podia ver suas escamas verdes. Tentei focar minhas atenções completamente para o feitiço. “Ignore-o, Salazar! O feitiço!”

Ele já subia os degraus. Não daria tempo... Mas estes começaram a se recolher, fechando a passagem. O basilisco aumentou a velocidade. E a última coisa que vi foram seus olhos amarelos refletidos pela torneira de metal sendo trancafiados. Mas ele já me havia atingido.

As pernas enrijeceram. Eu senti-me caindo. E com o baque contra o chão do banheiro eu dormi.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!