- Senhor de Silva? - Diego chamou. Eu me escondi, receando que ele me visse e acabasse criando outro plano.

- Quem está ai? - Jesse saiu e foi ao encontro do “desconhecido” Não se demorou muito e logo retornou.

- E então?

- Era Felix Diego. Ele disse que seu patrão, o pai de Maria, o enviou para ver se eu tinha tudo que precisava para ficar confortável e para me acompanhar no restante de minha viagem amanhã.

-O pai de Maria já tinha feito isso quando você veio visitá-la antes?

-Não.

-O que você disse para ele?

-Eu disse que estava bem. Disse que eu ficaria aqui a noite inteira porque meu cavalo estava doente. Ele disse que meu cavalo lhe parecia bem e me convidou para se juntar a ele lá fora para uma garrafa de vinho...

- Você não aceitou? - disse, pasma.

- Não! Eu acho que tens razão, acho que ele quer me matar.

O silêncio começou a ficar constrangedor, mas por fim o tempo ia pasando. Ernesto voltou, trazendo uma boa janta para ambos, e Gabriela também, mesmo que eu não pudesse realmete falar com ela.

- Nós... somos amigos nesse futuro que você tanto diz? - Ele me perguntou. Já haviamos jantado e eu estava começando a ficar com sono.

- Sim.. - nós namoramos, mas eu não podia dizer nada. - somos algo do tipo. - disse sorrindo.

- Hum... E depois que... depois que eu matar Diego, você volta para o futuro?

- Bem, acho que sim. Se eu conseguir. - Peguei a espada e mostrei a ele. - É com isso que eu terei que voltar.

- Essa espada? Porque?

- É necessário algo do tempo em que quer viajar... Quando eu vim parar aqui eu nem estava no meu tempo de verdade. Mas deixei meu irmão perdido por lá e acho que vou ter que buscá-lo.

- E você decidiu me ajudar porque...? - Porque ele insistia nisso, pelas barbas de Merlin!

- No seu tempo, todas as garotas são assim?

- Assim como... mediadoras? - Ele negou.

- Não.. Sem medo, como você. Corajosas, como você.

- Oh, veja bem, eu não sou corajosa Jesse.

- Mas você está aqui, mesmo sabendo que algo terrivel irá acontecer.

- É diferente. Eu estou aqui para impedir que isso aconteça. Mesmo assim, sendo sincera... No inicio eu não sabia se o salvaria ou não, porque se você não morrer hoje, no meu futuro nós nunca...

- Teriamos nos conhecido. - Ele disse, compreendendo.

- O que é egoismo, eu sei, mas é que você se tornou o grande... - amor da minha vida. - um grande amigo. Sendo assim, eu não sou corajosa como diz.

- Acho que você esta errada, sobre não ser corajosa. - Eu sorri.

Foi quando escutamos o barulho. Não era nada alto, mas era o ranger da prota do celeiro.

Segundos depois, eu vi. Os ombros e o cabelo de Diego. Cada vez mais proximos de nós.

Meu sangue gelou, eu parecia ter dificuldades para respirar. Jesse estava preparado para quando o assassino chegasse. Mas eu me segurava para não gritar. Félix estava silencioso, provavelmente com medo de acordar sua presa.

2 metros... 1 metro. Ele agora estava a um meto de distãncia. E eu ia gritar. Ninguem me impediria.

Bem, ninguem a não ser Gabriela.

Ela apareceu do nada, tampando minha boca. Agradeci aos céus

Então Jesse disse algo.

Em espanhol! Meu Merlin, porque eu havia escolhido frances e não espanhol?

Por sorte, Gabi entendeu minha frustração e disse:

- Jesse falou: “Então é verdade?” - Gabriela seria minha tradutura desse incrivel, e muito sinistra, conversa. - Diego respondeu: “ Então você sabe? É verdade, estou aqui para te matar.” - Diego não abaixou o cinto, aquele que ele provavelmente usa para matar meu namorado fantasma, mesmo com Jesse acordado, e sabendo de seus planos.

Jesse falou mais alguma coisa, mas a única palavra que entendi foi um nome.

Maria.

- Jesse disse: “Foi Maria que lhe mandou?” - Félix concordou, abrindo um sorriso. E indo para o ataque.

Mais uma vez, eu desejei gritar. Mas com as mãos de Gabriela sobre minha boca, saiu um mero grunido. Ela sorriu.

- Tenha calma, Jesse sabe se cuidar. - Eu concordei e ela tirou suas mãos da minha boca. Eu queria ir e ajudar, mas ela me segurou dizendo:

- É uma luta justa. - Foi quando eu via a faca.

- Jesse! - eu gritei. - A faca!

- Quem está ai? - Diego perguntou. Por sorte, minha distração deu tempo de Jesse pegar uma faca na bota e voltar ao ataque.

Jesse saltou sobre ele, quando percebeu que ele iria cair.

- Quem é essa garota?

- Ninguem. Não preste atenção nela. Isto é entre mim e você.- Disse Jesse.

- Viu Suze, Jesse sabe o que faz. Está mais tranquila? - Queria responder que sim, mas na realiade eu não conseguia. Ver meu namorado, ou quase isso, lutando pela prórpia vida não era de deixar ninguem tranquilo.

Eu estava ali, pensando em como meu coração estava na boca, e como eu queria desmaiar e acordar longe daqui quando aconteceu.

Diego pulou sobre Jesse e agarrou  a única outra pessoa, viva pelo menos, que havia ali.

Eu.

- Larga a faca. - disse o brutamontes que tinha seu braço sobre meu pescoço. - Larga a faca ou a garota morre. - Jesse ficou branco como papel, mas fez estamente isso. Largou a faca. Ao meu lado, Gabi gritou:

- Suze, se desloca! - Eu demorei um segundo para entender. Se eu me deslocasse, ele iria comigo. Me livraria de Diego para todo o sempre.

Mas quando eu fui fechar os olhos e comecei a imaginar o corredor, Diego já havia me jogado para longe, e indo para cima de Jesse.

E eu, ao invés de cair no feno. O macio e fedorento feno, cai em algo de metal e vidro.

Que quebrou com o meu peso, e foi parar no feno.

Que transformou o feno em chamas.

- A lamparina! - Disse Gabi - Vou chamar Ernesto! - E então, se desmaterializou.

Quando eu olhei para a luta, Jesse estava tentando não levar uma facada no coração. Mas logo aconteceu e Jesse conseguiu fazer uma reviravolta nas posições, enfinado a faca no coração de Diego.

- Você conseguiu! Jesse, você vai viver! - Eu disse, comemorando.

- Suzannah! - Ernesto estava ali, junto de Gabi. - Fiquei ai onde está, vamos ajudá-la.

- Mas o que... - Foi quando eu vi. As labaredas haviam me separado de todo o resto do celeiro.

Eu ia morrer queimada.

A fumaça começou a ficar mais densa, me impedindo de ver.

- Suze, não se mecha! - Gritou Ernesto. - Jesse o que... - Mas então Jesse apareceu ao meu lado, me envolvendo em um corbertor.

- Vamos Suzannah. - Eu o olhie.

- Atravessar essas chamas? Não mesmo, prefiro ficar aqui e... - Então algo caiu e alguem gritou.

Na realidade foram duas pessoas. Mas uma estava morta.

E a outra... bem, provavelmente estaraia logo.

- Ernesto! Não, porfavor, não morra! Meu amor... NÃO! - Gabi gritava. Um pedaço de madeira em chamas havia caido sobre a cabeça de Ernesto.

Ele era um mediador morto.

- Suze?! - Eu escutei sua voz.

- Ernesto? Fique onde está, não suma, e...

- Gabriela! - Eu vi dois pontos luminosos se beijando. E então Jesse me puxou para longe daquele fogo.

Daquele inferno.

Quando saimos do celeiro. Havia Diego e Ernesto, ambos mortos lá.

- Vamos, entre na floresta. - Disse Jesse, me empurrando. - Ficaremos aqui até amanhã.

- Eles encontrarão Enerneto e Diego e acharão que é...

- Ernesto e eu. Sim, e pretendo que seja assim. - Jesse se fingiria de morto, e Ernesto...

Ele estava, finalmente com sua amada. Como em Romeu e Julieta, os dois tiveram que morrer para que o amor finalmente pudesse triunfar.

Me pergunto se meu futuro seria assim, também?

- Suzannah... - Jesse começou a dizer, e me abraçou. - Mi hermosa. - COMO?

- Você se lembra?

- Sim.

- De tudo?

- De tudo. Foi depois que você ficou presa naquele fogo. Eu sentia que lhe conhecia, mas não sabia como... Foi quando te vi em perigo... Acho que alguma coisa acordou em mim.

- Bem, vamos embora.

- Não sei se posso, hermosa.

- Bem, vamos tentar, sim. A espada está aqui, eu só preciso que você fiquei com o braço em mim.

- Para todo o sempre, mi hermosa. - Ele me abraçou por trás e eu segurei a espada em minhas mãos, imaginando a Hogwrats que eu conheci a pouco tempo. Então fechei os olhos, e quando os abri...