Changed escrita por Shiroyuki


Capítulo 26
Capítulo 26 - Eu não quero dançar com mais ninguém


Notas iniciais do capítulo

"Concede-me a honra dessa dança?"



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O silêncio naquele lugar era apenas imaginário. Ainda dava para se ouvir as vozes exaltadas e animadas pelo festival que ecoavam do lado de fora. Mas naquele instante, Utau só conseguia ouvir as batidas do próprio coração abafando todo e qualquer som.

— Ahn… ok, eu pensei que isso só acontecesse em mangás pervertidos para garotos e naquelas novelas mexicanas… mas… vocês não são irmãos?

Emiri, em seu vestido renascentista de Julieta, encarava a ambos com um misto de curiosidade, choque e incredulidade que raramente podia ser visto no seu rosto sempre tão impassível. Ela olhava de Utau para Kukai, obviamente esperando por uma explicação. Percebeu que eles ainda seguravam as mãos.

— Não, Emiri… você entendeu errado… - Utau tentou argumentar, mas ela riu.

— Vocês estavam se agarrando no armário que eu uso pra fugir do festival. Não vejo nada de errado com o que eu entendi… - ela replicou, segura de si.

— Nós não somos irmãos de verdade – Kukai resolveu dizer logo, antes que a situação ficasse pior para ambos. Utau suspirou. Realmente, não havia saída melhor do que contar tudo o que acontecia. De todo modo, Emiri não parecia ser o tipo de pessoa que interfere na vida dos outros, ou que liga para o que qualquer um faz, ainda que ela parecesse bastante chocada com a cena que acabara de presenciar.

— Isso explicaria muita coisa, mas ainda me deixa intrigada – ela franziu os lábios, ponderando sobre como agir – Vou deixar que me explique tudo. Vamos sair daqui, eu nunca aguentei o cheiro de material de limpeza desse lugar. Como é que vocês conseguiram ficar trancados ali dentro? Que falta de opção…

Como o acesso ao telhado estava trancado, eles se acomodaram do topo da escada do último andar. Ninguém iria se aproximar do lugar sem ser visto, e como Emiri tinha uma fama um tanto grande pela escola, poucas pessoas se atreveriam a bisbilhotar ao vê-la ali. Utau ainda tremia levemente, e suava frio. Ela nem conseguia entender como é que havia ficado tão nervosa assim, já que sempre julgou a si mesma como sendo perfeitamente capaz de controlar suas emoções, e agora parecia um réu condenado à sentença de morte. Era a primeira vez que contariam a verdade para alguém fora da família, não sabia exatamente o que esperar disso tudo, é claro que estaria apreensiva. Mas o fato de que Kukai ainda segurava sua mão, o tempo todo, ajudava a evitar que ela se desesperasse.

— … como eu disse… - Kukai tomou a iniciativa, e começou a falar – Nós não somos irmãos de sangue. Meu pai se casou com a mãe da Utau há pouco menos de um ano, e nós mudamos de cidade por causa disso.

— Ah, entendo! – ela afirmou rapidamente, batendo uma mão na outra – Então, vocês se apaixonaram um pelo outro e se envolveram nessa emocionante e proibida relação pseudo-incestuosa e socialmente desaceita debaixo dos narizes dos seus amados pais? Esplêndido! Melhor do que Romeu e Julieta, é o que eu acho… - ela apontou pras próprias vestes como que para afirmar esse ponto de vista, então sorriu – E então? Vocês estão namorando… ou só brincando…

— Não, nós… nós realmente gostamos… um do outro… - Kukai corou, o que era algo bastante raro de acontecer – Só não sabemos bem como contar a verdade para eles, então, acabamos assim…

Utau, que até ali só ouvia o que ele dizia, e já estava embaraçada com toda a situação, resolveu intervir.

— Você vai contar para alguém, Emiri-san? Eu sei que parece estranho o que nós estamos dizendo, mas… você não tem o direito de..

— Calma, calma, Utau. Eu não vou contar, ok? Tranquila. Ikuto já sabe? – foi a única questão levantada pela garota, para espanto de Utau.

— Hm… ele sabe, desde o início… - ela respondeu, apática. Emiri soltou um muxoxo de decepção, e então sorriu.

— Droga, logo quando eu pensei que ia ter uma informação valiosa pra usar contra ele… - ela divagou consigo mesma – ok, era só isso?

— Eu não sei, você que deve nos dizer… - Utau ainda não sabia bem como reagir. Emiri parecia apenas tão tranquila sobre tudo isso que ela se sentia ridícula por se preocupar demais. dito isso. A entediada Julieta se ergueu, suspirando.

— Foi uma ótima história, e tudo mais, mas eu tenho que ir. – Emiri ajeitou a saia ao redor dos pés, e, surpreendendo Utau ainda mais naquele espaço de pouco menos de uma hora, ela sorriu. Não foi exatamente um sorriso aberto, espontâneo… mas pareceu sincero, apesar de breve. Emiri não parecia muito confortável com isso. – Valeu por ter… sabe… contado tudo pra mim. Eu não passo de uma estranha, e poderia muito bem ter tirado uma foto de vocês, espalhado por aí… Nada me impede de sair daqui falando sobre o que eu vi para todo mundo. Mas vocês confiaram o bastante para me contar tudo… acho que isso foi legal. sei lá…

— Obrigada por nos ouvir, Emiri-san… - Kukai murmurou, incerto. Emiri deu as costas aos dois e voltou a descer as escadas, sem olhar para trás. Utau fitou Kukai então, ainda surpresa pelo rumo que as coisas haviam tomado.

— Certo… isso foi estranho…

— Pelo menos tudo deu certo – Kukai soltou o ar, aliviado. – Mas, isso de alguma forma, me faz pensar… será que algum dia nós vamos poder contar a todos que estamos namorando?

Utau se inclinou para o lado, apoiando a cabeça no ombro de Kukai.

— Não sei. E não quero pensar nisso agora. Talvez… algum dia. Eu gosto de pensar que… bem, algum dia… - ela sorriu, e então se moveu, segurando a mão de Kukai para içá-lo para cima ao mesmo tempo em que se punha de pé. – Só que nós temos que pensar no agora primeiro, e agora, nós temos que voltar ao trabalho antes que alguém se dê conta do nosso sumiço…

Depois disso, os dois retornaram à sua sala, e continuaram a trabalhar na casa do terror, como se nada tivesse acontecido. Nada de excepcional ocorreu, exceto por um ou outro aluno que vinha parabenizar Utau pela sua música na noite anterior (agora que estava mais tranquila, ela começava a se arrepender da decisão tomada no desespero, de se apresentar). Tadase veio mais uma vez para ficar um tempo com Nadeshiko, e Utau permitiu que os dois aproveitassem para almoçar juntos na tenda montada por ela para guardar os materiais excedentes, atrás das montagens do cenário da casa do terror. Era um lugar reservado e que ninguém usaria por um tempo, e como ela sabia como era difícil achar um lugar com privacidade, resolveu agir como cupido ao menos dessa vez, e ajudar o casalzinho feliz a se ver, ao menos por um tempinho.

As horas pareceram passar mais rápido nesse dia do que no anterior. Logo os visitantes foram diminuindo, até acabarem completamente, e já era noite quando enfim foram fechados os portões e a limpeza começou a ser feita. Do lado de fora, no pátio, foi empilhado todo o lixo e o material que não poderia ser reutilizado, e então, a enorme fogueira que marca o encerramendo do Festival Cultural da Esocla Seiyo foi acesa.

Os estudantes estavam animados, ao redor dela. Começavam a formar duplas, para fazer a dança tradicional do encerramento, evidentemente muito agitados. Havia uma lenda antiga, que muitos não conheciam, que dizia que quem fizesse a dança final junto com seu namorado ou com a pessoa de quem gostasse no último dia do festival, teria sorte no amor para sempre. As alunas mais ávidas não podiam perder essa oportunidade, e logo, Utau percebeu que uma horda delas – inclusive garotas de outras turmas, e até as mais velhas – se juntaram ao redor de Kukai, que apenas ria sem graça, coçando o rosto.

— Sinto muito, meninas – ele disse, logo quando Utau ia se aproximar pra acabar com essa farra toda – Mas eu já prometi que ia dançar com outra pessoa.

— Com quem? – elas quiseram saber, ficando rapidamente furiosas e ainda mais agitadas.

— Com a minha irmã… - ele sussurrou, esperando que Utau não ouvisse – Se eu não for dançar com ela, não vai ter ninguém mais que queira fazer isso, não é?

As garotas riram, exclamando que achavam uma atitude muito gentil da parte de Kukai. Ele conseguiu aproveitar a chance para se afastar delas, e andou na direção de Utau, que o fitava com animosidade.

— Me concede a honra dessa dança, senhorita? – ele entoou da forma mais polida que podia, em uma meia reverência, embora ainda estivesse com um meio sorriso debochado no rosto.

— Se você preferir eu arrumo outra pessoa pra ficar comigo e você pode escolher alguma delas. Parecem tão desesperadas… - ela comentou com descaso, cruzando os braços. Kukai riu, avançando e segurando-a pela cintura, enquanto tomava a sua mão e a conduzia para o centro perto da fogueira. Ao redor deles, outros pares se formavam, e não era estranho ficarem abraçados daquela forma no meio das pessoas que faziam o mesmo.

— Eu não quero dançar com mais ninguém – ele riu, girando-a e segurando novamente a sua cintura então – Quem mais faria uma expressão tão emburrada nesse tipo de ocasião? Isso vale ouro!

— Que bom que eu te divirto – ela respondeu com ironia, mas um sorriso escapou do canto dos lábios, enquanto ela se rendia e deixava que Kukai a conduzisse pelos passos que todo mundo conhecia, e já começavam a fazer, girando em grupo ao redor da fogueira.

Do outro lado, Nagihiko também ia levando Nadeshiko para perto dos outros para dançar com ela, embora ela não aparentasse estar assim com tanta vontade, porém, antes de chegar perto da fogueira, ele tropeçou em alguma coisa. Ou melhor, alguém.

— Você é dançarino, não é? – Ao olhar para frente, os gêmeos Fujisaki se depararam com a figura de Rima, ainda na sua roupa de maid, de braços cruzados.- Preciso de um par, e de preferência, um que não pise no meu pé. Serve você.

— E-eu não sou dançarino, Mashiro-san, minha irmã foi quem recebeu treinamento…

— Não quero saber – Rima o cortou, sem tempo para ouvir a resposta dele. Segurou-o pela mão, puxando-o em direção ao círculo de estudantes que se formava no centro – Você vai ser meu par nessa dança, anda, vamos, eu quero aparecer em alguma foto…

Ela foi arrastando Nagihiko em um passo curto e apressado, e ele tinha quase que se dobrar para conseguir acompanhar sua velocidade, sem nada entender. Nadeshiko ficou parada lá atrás, rindo contidamente do comportamento estranho da amiga, e reparou que ela olhou para trás, pouco antes de chegar perto da fogueira, e piscou um dos olhos. Nadeshiko não entendeu de primeira, mas logo, sentiu uma presença muito familiar aproximando-se do seu lado.

— Ara, Hotori-kun, você não devia tentar assustar uma dama! – ela o repreendeu com ar divertido, enquanto escondia uma risada com a mão. Tadase se endireitou, pois estivera prestes a cutucar a garota na cintura para assustá-la. Desde que eram crianças, ele nunca conseguiu surpreendê-la nem mesmo uma única vez, e pelo visto, havia coisas que nunca mudariam entre eles.

— Hm, eu só estava pensando… será que você quer participar da dança de encerramento comigo? – ele pigarreou e a fitou de canto, com o rosto corando rapidamente, mexendo nervosamente uma mão na outra.

— Claro que quero – ela segurou uma das mãos dele sem titubear. Sendo que estavam no meio daquele evento festivo, ninguém de fato reparou na interação um tanto mais próxima dos dois. – Eu não iria querer dançar com mais ninguém…

— E-eu não sou… sabe, um dançarino muito bom… ainda mais comparado ao seu nível… - ele hesitou, balançando-se nas próprias pernas. Nadeshiko riu mais uma vez, achando absolutamente adorável todo o comportamento de Tadase. Adorava vê-lo corar perto dela.

— É só a dança folclórica, Hotori-kun, nós fazíamos isso no colégio elementar! – ela começou a andar na direção dos outros, do lado oposto para onde seu irmão havia ido anteriormente com Rima, apenas para não correr o risco de topar com ele durante a dança. Ele provavelmente não faria nada, mas era melhor não arriscar.

Chegando lá, eles se misturaram à fila de casais que já dançava. Nadeshiko segurou a mão direita de Tadase junto a sua, e colocou a mão esquerda dele na sua cintura, virando-se de costas e começando a fazer os passos. Lentamente, Tadase conseguiu acompanha-la.

— Sabe, Fujisaki-san… eu estava pensando… - ele dizia, enquanto se concentrava para mover os pés da maneira correta. Era mais difícil do que parecia, mas Nadeshiko fazia com tanta leveza e facilidade, que era apenas como se ela tivesse nascido para isso. – Será que nós podemos começar a almoçar juntos todos os dias? E-eu sei que é meio complicado, e se você não quiser arriscar, não tem problema, mas… as suas amigas parecem dispostas a nos ajudar, então, eu pensei…

— Está tudo bem, Hotori-kun. Eu quero almoçar com você. Posso até trazer um obentou, se você quiser…

— M-mesmo? – Tadase exclamou. Nadeshiko fez o movimento para que ele a girasse no ar – Eu adoro a sua comida! Mas, é claro, se for incômodo…

— Imagine, não é nada! Eu quero fazer isso. – Ela girou a cabeça levemente para trás e sorriu para ele – Nós podemos nos encontrar no telhado onde eu sempre fico, e o Nagihiko não vai desconfiar, por que ele sempre cria uns treinos malucos pro time de basquete. Se nós ficarmos do outro lado do telhado, as meninas também não vão atrapalhar, até por que elas estão nos apoiando, como você mesmo disse… E, eu quero mesmo passar mais tempo com você…

— Ah, que bom… - Tadase sorriu aliviado, e teve que conter a vontade de abraçar Nadeshiko ali mesmo. Ao invés disso, se contentou em continuar conduzindo ela na dança, até o fim. Ela estava tão linda, agora… iluminada pela luz da fogueira, rindo enquanto girava… parecia uma princesa…

Não muito longe dali, algumas garotas que não haviam conseguido pares para dançar, se juntaram para falar mal daqueles que estavam dançando, obviamente. Elas já haviam rido de cada um que errara os passos ou tropeçara por ali, e também criticando as roupas das garotas ou os seus comportamentos. Não era nada muito agradável de se ouvir, de qualquer maneira. Mas logo, algo mais chamou a atenção das comentadoras ávidas, e evidentemente, elas não poderiam ficar de boca fechada quanto a isso.

— Vocês estão vendo aquilo?? – Yamada, que era da classe de Utau e já tinha implicância com ela desde muito tempo, foi a primeira a apontar. Kanakawa e Haneda, mais próximas dela olharam na mesma hora, sedentas por mais fofocas – A Falsa-Loira, com o nosso Kukai!

— Mas eles são irmãos, Yamada-chan! – outra replicou, sem entender aonde ela queria chegar.

— Aaah, outro motivo para eu morrer de inveja dessa garota, ela não merece a sorte que tem! – Haneda murmurou – Com o nosso Kukai todos os dias, e ela nem aprecia isso…

— Não importa nada disso! Olha só, aquilo ali não jeito de irmão! Olha bem. O jeito que ele segura a cintura dela e… bem, ele tem braços fortes, mas o que eu estou querendo dizer, é que o jeito que eles estão é esquisito demais! Eu tenho um irmão, e eu nunca ia dançar daquele jeito com ele!

— É só a dança folclórica, Yamada-san… - Kanekawa replicou, ainda incerta – Eles estão fazendo os mesmos passos de todo mundo.

— Não, não, Yamada tem razão… a maneira que eles se olham, não é como dois irmãos normais. Tem algo de errado aí…

— E-eu vi isso em um filme, há um tempo atrás… Dois irmãos que tinham uma relação proibida… igualzinho a isso…. E no final, eles se mataram! - As quatro garotas arquejaram todas ao mesmo tempo, excitadas com as suas próprias conclusões precipitadas. – Utau deve ter seduzido o ingênuo Kukai-sama, e agora, quer afundar ele ainda mais nesse mundo incestuoso!

— Nós temos que averiguar isso! Para proteger a vida do Kukai-sama!

— E acabar com o reinado de terror do Demônio-Utau!

— Sim, sim! Vamos descobrir o que está acontecendo‼



Enquanto as meninas, nada discretas, encerravam-se ainda mais em planos mirabolantes e sem pé nem cabeça, de trás da vegetação, alguém ouvia a tudo. Emiri havia encontrado um lugar com sinal de wi-fi perto da quadra de esportes, e depois de tirar aquele horrívl vestido, ficara por ali para passar o tempo. Isso havia sido há horas atrás, e assim que acenderam a fogueira, ela já ia ir embora, mas quando as garotas se reuniram ali para falar mal dos outros, ela resolveu ficar, por que achou engraçado o desespero delas.

Porém as coisas acabaram se desenvolvendo de uma maneira mais preocupante do que ela supusera a princípio. Não era muito da sua natureza ajudar pessoas, ainda mais algumas que ela nem conhecia direito, mas como eles eram diferentes daquelas pessoas maçantes e cabeça-fechada daquela cidade (provavelmente por virem de Tokyo), não custava nada fazer um esforcinho afinal. Além do mais, Emiri odiava aquelas kouhais barulhentas que viviam fazendo bagunça na sua loja.

— Hm… isso não parece bom de jeito nenhum… melhor fazer alguma coisa.

Ela redigiu rapidamente uma mensagem de texto para Ikuto. “O namoro secreto entre seus dois irmãos corre perigo, por que eles não sabem ser discretos. Diga para eles se cuidarem, uma tal de Yamada quer impedi-los de cometerem um pacto de suicídio romântico a todo custo. Parece ruim, não é?”

Não importava que ele sequer soubesse que ela já sabia da verdade – na realidade, ela estava matando para ver a cara de surpresa dele no momento em que lesse a mensagem. Devia ser hilária. Minutos depois, recebeu uma resposta.

Primeiro de tudo, como você sabe? Segundo, quem sou eu para apagar o fogo juvenil da paixão? Esses dois estão além do meu alcance, não posso fazer nada se eles andam se agarrando por aí. Se quiser, pode cuidar deles. Mas, se preferir, venha até aqui em casa e nós discutimos o assunto ;3”

Emiri se esforçou para não rir, e continuou a responder.

Eu descobri, é claro. E não custa nada você avisar que eles vão ter problemas. Se bem que, vindo de você, nenhum conselho parece confiável, acho que vou eu mesma cuidar do assunto. P.S. Morra.”

“É um convite para fazer um pacto de suicídio romântico? Por que se for, eu já digo que sou mais propenso à fugas na calada da noite. Oh, esqueci que você era a Julieta, perdão. Eu devo levar o veneno ou o punhal?”

Emiri havia acabado de se arrepender de ter mandado uma mensagem à Ikuto. Era a primeira vez que fazia isso, e parecia que não ia ter um fim tão cedo. Ela levantou do seu esconderijo, e foi andando pelo pátio para alcançar a saída. Do outro lado, as pessoas ainda dançavam, mas a música estava quase no fim. ela suspirou, antes de escrever a (ela esperava que fosse) última mensagem da noite.

Vá se foder, Tsukiyomi Ikuto.”

Aquele garoto era um estorvo… mas até que era interessante de se conversar. Bem, ele podia mantê-la entretida, ao menos. Nem cinco segundos se passaram, e ela ouviu o sinal luminoso de mensagem piscando. Um sorriso se formou antes que ela percebesse. Hm… talvez, ele fosse um pouco mais do que somente interessante, afinal.


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Notas finais do capítulo

Sei que dessa vez eu demorei, mas pretendo me esforçar para dar um final digno a essa fic, então vou tentar escrever mais e atualizar mais vezes também! Não quero abandoná-la ç-ç mas meu horário anda apertado demais, ultimamente, então espero que sejam compreensivos e saiba que eu faço o melhor que posso com meu tempo livre, e não é sempre que dá tempo de escrever, por mais que eu adore fazer isso.

Então, apesar de tudo, espero realmente que tenham gostado do capítulo! Vou tentar trazer mais em breve, ok? o// bye bye



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