Mr. e Mrs. Jackson escrita por Beatriz Costa


Capítulo 2
As recordações de Annabeth e Percy – parte 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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PDV Annabeth

Como eu conheci o Percy?

Bem, tudo começou á cinco anos. Eu estava hospedada no Royal Olympic Hotel, perto da Acrópole, em Atenas. Tinha que mat…

Tinha uns projectos arquitectónicos para ver. Assuntos do oficio. Ser arquitecta não é fácil, embora…

Nesse dia a cidade estava um caos. Os políticos estavam a ser assassinados, havia soldados e policias por todo o lado a invadir casas e prédios.

Certo dia pânico tomou conta da cidade. Ouvia pessoas a gritar em grego:

O Titã foi assassinado!

O Titã: Cronos Papopolous.

Conhecia bem este nome. Era um político local. Mais um corrupto. Eu tinha…ouvido dizer que ele fora morto.

O clima não era dos melhores, choveria a qualquer momento, portanto resolvi voltar para o hotel. O meu grego era excelente, mas o meu aspecto denunciava-me como uma turista. E de momento isso não era bom.

Com alguma dificuldade, consegui abrir caminho até ao hotel. Entrei. Depois de os meus olhos se acostumarem á luz do saguão, avistei um homem sentado na zona do bar. Ele observava o caos da rua com uma expressão calma, como se visse um desfile. Ele tinha cabelos negros e pele bronzeada. Um corpo bem definido. Um perfeito Apolo.

Deveria ser um surfista. Talvez um turista, devido ao guia turístico que tinha com ele.

Foi a primeira vez que vi o Percy. Não conseguia desviar os olhos dele.

Um funcionário do hotel contava-lhe acerca do assassinato ocorrido.

O funcionário ainda acrescentou:

- A polícia está á procura dos turistas desacompanhados. O senhor está sozinho?

Percy assentiu com a cabeça. A melhor noticia que tive nesse dia, admito. Acho que nesse momento ele sentiu que eu estava a olhar, porque levantou os olhos nesse mesmo instante e… meus deuses (os gregos cultuam vários deuses)!

Os olhos deles eram verdes como o mar. Dava vontade de afogar neles.

Dei um passo na sua direcção, quando um polícia entrou no bar começando a intimidar as pessoas e a levar consigo alguns suspeitos. Até que olhou para mim.

Engoli em seco.

Ele tirou as suas próprias conclusões e de seguida olhou para Percy.

- Vocês os dois estão juntos? – os nossos olhos encontraram-se. E foi o suficiente para nós ficarmos juntos.

Puxou-me pela cintura e deu-me um beijo no pescoço, como se estivesse á minha espera. Dei-lhe um abraço e puxei-o em direcção ás escadas.

O polícia olhou para nós com inveja e foi-se embora.

Apertei a mão de Percy, dei-lhe um sorriso (que ele retribuiu) e continuamos a subir as escadas.

Acho que nos tínhamos livrado de um grande sarilho. Por enquanto.

PDV Percy

Como conheci a Annabeth?

Bem, tudo começou á quatro anos. Eu estava hospedado no Royal Olympic Hotel, perto da Acrópole, em Atenas. Tinha que mat…

Quer dizer, tinha trabalho a fazer. Sou biólogo marinho. Estou sempre a viajar.

Estava no bar do hotel, quando um dos funcionários do hotel veio na minha direcção, ansioso por contar a novidade:

- Alguém atirou no Titã! – ele praticamente gritou isso na minha cara. Em grego!

- Cronos Papopolus?

O rapaz assentiu.

Aquilo não era nenhuma novidade para mim.

- A polícia está á procura dos turistas desacompanhados. O senhor está sozinho?

Sozinho. Eu estava sempre sozinho (a não ser quando Nico me acompanha. É o meu parceiro de trabalho.). Esse é o meu tipo de vida.

Então um polícia entrou com a sua escolta, intimidando tudo e todos ao apontar o seu revólver.

Não demorou muito para que ele viesse ter comigo e a berrar qualquer coisa em grego.

Eu sabia falar fluentemente a língua, mas naquele momento eu estava a perceber nada do que o homenzinho estava a falar.

Pois uma verdadeira Afrodite acabara de entrar e não conseguia pensar em mais nada.

Cabelos castanhos ondulados, corpo perfeito e os olhos… Nunca tinha visto nada igual. Os olhos eram cinzentos como uma nuvem de tempestade, intimidantes.

Eu não sabia o que uma mulher como ela estava a fazer num sitio daqueles. De repente fiquei feliz.

Ao ver o seu sorriso, percebi que ela também me tina notado.

O polícia fazia-me perguntas, mais eu estava mais interessado noutras vistas. Ele seguiu o meu olhar e perguntou:

- Vocês estão juntos?

Dei um simples aceno com a cabeça, enquanto enlaçava a cintura daquela deusa, e depositava um beijo no seu pescoço, enquanto que ela me abraçava de maneira sensual e me arrastava em direcção ás escadas.

Posso ainda acrescentar que o polícia ficou com inveja…

Continuamos coma farsa até chegarmos á porta do quarto dela, de onde nos separaríamos. Mas não foi bem assim.

Ao ouvirmos mais tiros, resolvemos entrar no quarto, batendo com a porta, á qual nos encostamos ouvindo o que se passava no corredor.

Ficamos no quarto durante um bom tempo, até o tumulto acalmar.

Saímos do hotel para as ruas de Atenas. Tinha começado a chover. Levei-a para um sítio meu conhecido. Íamos conversando.

- Cronos dominou esta área por anos. – expliquei-lhe enquanto nos protegíamos da chuva.

- Foi o quarto assassinato esta semana. Dizem que ele castrou o próprio pai. – disse ela.

Eu acenti.

- É o que dizem. Mas afinal o que vieste fazer fazer em Atenas?

- Vim em trabalho. E tu?

- Vim divertir-me.

Ela sorriu.

Fomos até ao bar que eu conhecia. Iriamos estar seguros. A pista de dança estava lotada. Procurámos uma mesa mais afastada para nos sentarmos.

Pedi uma garrafa de vodca. Enquanto a garrafa não vinha voltamos a conversar.

- Será que me podes dizer o teu nome?

- Annabeth Chase. E o teu?

- Perseu Jackson, mas prefiro Percy.

- Tens o nome de um herói grego.

Antes que dissesse alguma coisa, a garrafa chegou.

Enchi o meu copo e o de Annabeth e fizemos um brinde:

- Aos deuses e às balas de que não nos acertaram… - Annabeth riu, batendo com o seu copo no meu.

- Aos deuses e às balas de que não nos acertaram…

Bebemos tudo de uma vez. Algumas doses depois, Annabeth puxou-me para a pista de dança. Disse-lhe que não sabia dançar. Ela pôs os braços envolta do meu pescoço e disse-me ao ouvido:

- Eu também não.

Juro que me arrepiei todinho.

Ambos começamos a dançar bem agarradinhos. A noite ia ser boa.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Gostaram?