Robin, como sempre, possui o raro habito de acordar cedo neste navio. Seu corpo, coberto com uma fina camisola, deslocou-se lentamente da proteção de suas cobertas para a liberdade do ar. Seus pés descalços tocaram o chão delicadamente, e quando a mesma já havia se acostumado com a temperatura, levantou-se. Passeou com suas mãos por suas mechas pretas, organizando-as de leve, alias, eram lisas por natureza. Seus olhos azuis observavam o interior da cabine feminina, como sempre, Nami ainda se encontrava dormindo pacificamente em meio a suas cobertas.

Quando seu ritual da manha foi cumprido, moveu-se delicadamente, e conseqüentemente silenciosamente, até a porta, abrindo-a e fechando-a da maneira mais gentil possível.

Quando o ar da manha tocou a parte de sua pele que não estava protegida, um sorriso tocou seus lábios rosados. Seus olhos foram arrastados para o céu, admirando-o completamente até que--

Um barulho vindo da cozinha chama sua atenção. Teorias podiam se encontrar fluindo por sua mente. O envolvimento do cozinheiro no navio logo se tornou evidente, sendo que seus passos

e sua voz é uma das mais altas. Quando seus ouvidos, aguçados claro, foram capazes de captar algo parecido com um 'shh' e a palavra silêncio sendo ditas por uma voz, também fácil de ser reconhecido, seu sorriso estremeceu por um segundo, e voltou ainda maior. Por mais curiosa que estava, sabia que se espiasse, ou ao menos tentasse, problemas poderiam acontecer.

Olhou novamente para o céu, e com um sorriso nós lábios voltou aos aposentos femininos, com o simples intuito de ler aquele livro que não havia terminado. Quando o capitão acordasse, iria até a cozinha ver os 'resultados'.

Diferente do costume, Luffy havia acordado mais cedo do que alguns de seus nakamas, normalmente é o ultimo a acordar, porem estava morrendo de fome, na noite anterior não havia comido o suficiente, pois Chopper tinha comido antes que pudesse pegar a comida de seu prato. Por isso acabou por sonhar a noite toda com comidas deliciosas que só seu chefe poderia fazer.

Levantou ainda sonolento coçando a barriga com uma mão enquanto a outro coçava os olhos, andou até o deck imaginando que a essa hora o loiro já estaria acordado com o café quase pronto, mas ao contrario do que imaginava seus olfato aguçado para comida não tinha detectado nada.

Resolveu por fim que deveria chamar pelo outro, onde quer que esse tenha se metido já estava na hora do café e não só ele, mas outros também precisavam comer.

– SANJI COMIDA!!!

Ouviu por fim um barulho vindo da cozinha, e se achou idiota por não ter pensado em ir lá como primeira opção.

Por estar com falta de carne em seu corpo caminhava tortuosa e letamente para cozinha ao invés de simplesmente pular como faria normalmente.

ZoSan

Sanji podia sentir sua cabeça pulsando fortemente, seu corpo tremendo, seja pelo prazer não ganhado ou pelo ódio descoberto recentemente.

Os passos de seu capitão chamaram sua atenção novamente para a realidade, fazendo com que seu rosto contorcer-se levemente em irritação. Teria que começar o café o mais rápido possível, acreditando que daqui em diante o dia seria infernal.

Seus olhos azuis viraram para baixo, fazendo com que suas bochechas ficassem um pouco rosadas ao ver o estado de suas calças. Decidindo que não estava nem um pouco a fim de arrumar suas roupas, ou até mesmo de se trocar agora, atravessou a cozinha rapidamente e agarrou o avental, amarando-o no local certo com mais violência que o necessário.

Quando percebeu que o jovem capitão já iria entrar na cozinha, andou até a geladeira e tirou um pedaço enorme de presunto, ignorando a pequena voz em sua mente dizendo-o que ' A comida estava acabando', e carregou-o até a porta. Abriu-a com força, olhando a forma sonolenta de Luffy a sua frente, um leve sorriso tomou conta de seus lábios, este, durou pouco quando viu a coloração verde da grama.

Jogou o pedaço de presunto na cara do mais jovem, dizendo não muito depois :

– Almoço adiantado.

Fechou-se na cozinha em seguida, arregaçando as mangas de sua camisa, com o intuito de cozinhar, alias, não importa o quão ele odeie Zoro, seus amigos precisam dele.

E com esse simples pensamento, resolveu deixar esse assunto de lado, finalmente começando a preparar o café da manha direito.

Porém... Nada o impedia de envenenar a comida do espadachim. Um sorriso malicioso apareceu aos poucos em seu rosto.

Achara estranha a reação do cozinheiro, em todo o tempo que estava junto nunca tinha lhe dado um pedaço de carne tão grande fora de hora.

Porem resolveu não se importar muito, afinal tinha finalmente o que queria. Quando deu a primeira mordida viu Zoro passando ao seu lado para logo subir para de musculação, mas já mostrava sinais de cansaço e gotas de suor.

– Oe Zoro, caiu da cama hoje?

– Luffy, você acordado essa hora, na verdade eu não consegui dormi direito essa noite e resolvi fazer alguns exercícios enquanto esperava o Cook terminar a comida. - Só então Zoro reparou na carne que estava na mão de Luffy. – Você... Já foi na cozinha?

– Não, ele não me deixou entrar...

–“Por mais que eu ache que seria extremamente divertido o Luffy encontra o meu loiro naquele estado, não quero que ninguém o veja como eu vi”

Sem nem notar o que acabara de pensar Zoro subiu para sua sala.

Robin sorriu de uma maneira misteriosa, seus ouvidos, sempre atentos, foram capazes de pegar a pequena conversa que estava acontecendo não muito longe de sua porta, a voz de seu capitão juntamente com a do cozinheiro fazendo com que seu interesse fosse tomado, novamente.

As ações do cozinheiro por si só seriam capazes de chamar a atenção de qualquer um que o conhecia por um tempo. Quando seus ouvidos não foram mais capazes de captar mais nenhum som num raio de alguns metros, resolveu que estava na hora de seu café matinal, que por acaso já estava levemente atrasado.

Atravessou o deck lentamente, observando as pessoas ao seu redor que já se encontravam acordadas. Luffy estava sentado no gramado se deleitando com o enorme pedaço de presunto que o chefe havia lhe dado, e como havia ouvido não muito antes, Zoro estava treinando na sala de musculação.

Sanji estava na cozinha, isso era obvio. Nami ainda se encontrava dormindo, alias, não era tarde o suficiente para o resto do crew estar acordado, ainda mais em uma manha mais fria como está. Quando chegou a frente à cozinha, levantou uma de suas mãos e bateu na porta, esperando a inevitável voz do chefe que ali estava.

– Quem é? - Bingo. A voz do mesmo, porém se encontrava mais estressada que o normal. Robin anotou esse fato mentalmente.

– Cook-san? - Robin sorriu levemente quando barulhos podiam ser ouvidos, e mais rápido do que ela pensava, a porta se abriu, revelando o jovem loiro com um sorriso no rosto, e em suas mãos, uma caneca de café quentinha.

– Bom dia Robin- chwan! - Sua voz melosa tomou conta do silencio que antes se encontrava no ar, um pouco mais alto do que normal, como se o mesmo propositalmente quisesse que mais alguém ouvisse.

– Bom dia Cook-san, tudo bem? - Perguntou da forma mais doce que conseguiu, esperando os milhares de elogios que estava tão acostumada a ouvir.

– Estou bem melhor agora que está aqui Robin-swan! E você? - Disse, novamente, mais alto que o normal, porém o tom meloso estava mais fraco que o normal.

– ''hmn... Interessante... '' pensou a jovem moça.

– Estou bem... - A jovem de cabelos negros pensou em pedir para entrar na cozinha, mais mudou de ideia quando percebeu o espadachim trabalhando logo acima, e como isso chamara a atenção do loiro a sua frente.

– Bom, Cook-san, eu vou retornar aos aposentos femininos para terminar um de meus livros. Obrigada pelo delicioso café - Disse normalmente conforme da meia volta e volta ao quarto.
– Certo Robin-swan! Boa leitura! E tudo por você meu anjo! - Pode ouvir a voz do outro exclamando melosamente.

O que ela não pode ver, foi o sorriso malicioso que o loiro deu ao espadachim logo depois, nem a leve 'rebolada' juntamente com o olhar ' olha o que você perdeu' que deu conforme voltava para a cozinha e fechava a porta.

Assim que ouviu a voz da mulher de cabelo preto chamar pelo loiro foi para janela ver o que acontecia.

Sabia muito bem que o Cook ficaria com muita raiva de si pelo ocorrido na cozinha, mas ao ponto de dar em cima da Robin como sempre fazia não podia ser normal, não depois do que aconteceu entre eles.

Talvez no final não passasse de uma brincadeira para o outro, então deveria matar todos os pensamentos com que vinha tendo com aquele maldito.

– Idiota, me fazendo de palhaço.

– “Tem certeza que foi ele que te fez de palhaço, não foi você que ficou na mão na cozinha...”

Sua consciência parecia ter se bandeado para o lado do loiro... Consciência idiota!

Porem todas suas idéias de ignorar o loiro daqui pra frente caíram por terra ao ver ele lhe lançar aquele olhar e sair rebolando.

É claro que outro se afetou com o que aconteceu, definitivamente iria fazê-lo ser seu, nem que tivesse que o obrigá-lo a isso.

– Maldito – disse com um sorriso de lado e resolveu fazer mais um pouco de exercícios antes de descer para comer alguma coisa.

Quando a porta se fechou atrás do cozinheiro, um sorriso tomou conta de seus lábios, e este, alguns segundos depois se transformaram em uma risada cheia, de alegria e quem sabe até traiçoeira. Suas mãos seguraram na porta conforme seu corpo escorregou pela porta até se fixar no chão, suas longas pernas flexionadas perfeitamente em sua frente. Não sabia ao certo a razão de sua alegria, mas sabia que só de ver, mesmo de longe, a cara que o espadachim fez perante suas ações anteriores, seu estado de humor ficou mais leve. Quando a risada começou a sumir, aos poucos, Sanji decidiu finalmente se levantar, com o propósito de finalmente terminar de cozinhar o café da manha. E, com um sorriso ainda em seus lábios, o jovem loiro se levantou e caminhou em direção ao fogão, milhões de idéias e pensamentos de como fazer deste café da manhã uma hora prazerosa para os integrantes do barco, principalmente as adoráveis mulheres! (Mellorine!)

Conforme seus dotes culinários tomaram conta de sua mente, um único pensamento prevaleceu, este de caráter otimista, não deixou que o sorriso em seus lábios sumisse:

– “Querendo ou não, vou fazer ele se arrepender e voltar para mim. Marimo estúpido.”

Quando Sanji finalmente havia terminado de cozinhar o café, e de por a mesa, seus pés, agora talvez um pouco doloridos, o carregaram até a porta da cozinha, onde a abriu e com a voz mais doce que uma maça do amor com mais caramelo que o normal disse:

– ROBIN-CWAN, NAMI-SWAN! Café está pronto! Por favor, dei-nos a graça de suas presenças! - Seu corpo voltou ao seu hábito de dançar alegremente perante os integrantes femininos do bando.

E, sem outras palavras, o jovem loiro se virá para o restante do deck, e com sua voz agora normal, talvez até um pouco mais grossa, porém bem humorística, grita:

– VOCÊS VENHAM TAMBÈM, IDIOTAS!

Quando seus olhos se focaram no espadachim, agora descendo as escadas, seu sorriso se transformou em algo mais malicioso, e sem esperar por outros sinais, ele lambeu seus lábios e voltou para a cozinha.

– “Eu vou amar fazer isso!”

Aquilo era de mais até para si, lamber os lábios daquela forma na frente do resto do bando, quem ele pensava que era para fazer isso. Só ele podia ver aqueles lábios sendo umedecidos por aquela língua sedutora.

Tudo bem, seus pensamentos estavam para lá de altos, seu estomago já roncava com o cheiro da comida servida, nem se quisesse poderia negar. A comida do outro era simplesmente divina.

Quando entrou na cozinha, todos já estavam presentes, percebeu o olhar de Robin sobre si, e se incomodou mais quando o mesmo olhar foi direcionado ao seu loiro.

– Cook prepare um prato para mim, eu vou comer lá fora.

Sanji sorriu para si mesmo quando sentiu algo crescendo dentro de seu peito. Não sabia se tal sentimento era uma parabenizarão, ou talvez um aviso, mais sabia que por ora, aquilo o havia feito mais feliz.

Observava com bom humor e um sorriso no rosto conforme seus amigos adentravam sua cozinha, esta, totalmente arrumada e com todas as comidas estendidas e organizadas em cima da mesa. Podia sentir algo dentro de si apitar quando seu jovem capitão pisou em sua cozinha com enorme alegria, pulando para a mesa sem nem ligar para os outros integrantes, uma enorme voz continuava a gritar sem sua mente, algo como:

– “SALVE AS MENINAS, PROTEJA-AS” - E, para sua maior, surpresa, ele ignorou-a por completo, decidindo no lugar retrucar:

– Podem comer o quanto quiserem Idiotas! - Disse com uma voz forte, porém mais amigável que o normal [/b]

– NAMI-SWAN! ROBIN-CWAN! Se precisarem de qualquer coisa só chamar! - Disse com uma voz muito mais doce e amável, caminhou para dentro da cozinha com passos longos e firmes, servindo-as suco logo em seguida, sorrindo como um idiota quando as mesmas sorriram em troca.

E foi então que o Marimo entrou. Com seu humor péssimo, acabou por fazendo com que o chefe perca um pedaço do sorriso em seu rosto, por pura irritação.

E quando seus ouvidos captaram sua voz, uma careta já estava em seu rosto. Odiava como o outro simplesmente achava que ele possuía o direito de mandar nos outros. Ou talvez só em si. A lembrança do que havia acontecido de manhã neste mesmo local não ajudou a acalmar-lo, obviamente.

Quando olhou seus amigos, antes de retrucar para o outro, que já havia saído pela porta, decidiu que os mesmo se encontravam muito felizes, e que brigar com o Marimo na frente deles não seria uma boa idéia.

Com um suspiro derrotado, o jovem loiro pegou dois pães, e algumas fatias de presunto, juntamente com um pouco de manteiga e dois copos de suco. Pediu desculpa as jovens mulheres e saiu da cozinha com uma careta fortemente evidente em seu rosto. Quando avistou o espadachim, sentou-se ao seu lado, organizando os pratos nos chão entre eles. Tirou um cigarro de seus bolsos e irritado, disse:

– O que foi agora Marimo?

Sorriu maliciosamente depois de um tempo, e disse, de maneira bem humorada:

– Se arrependeu de ter me deixado? Tarde demais.

Fechou os olhos e deu uma tragada no cigarro, esperando a resposta do homem ao seu lado.

Ao sair da cozinha foi se sentar no gramado do deck preferia estar com o crew, mas sabia que seu humor atual não seria aturado por ninguém, então era melhor ficar sozinho.

Surpreendeu-se ao ver o outro sentando ao seu lado e ao olhar a bandeja perceber que o outro comeria consigo.

– Pensei que preferia comer com as suas adoráveis garotas. – Soltou a frase com certo sarcasmo. – Eu nunca me arrependo das coisas que eu faço Cook... Mas você tem certeza que é tarde de mais?

Sentou mais perto do loiro, verificando se ninguém sairia da cozinha naquele momento, porém sabia que estariam livres por pelo menos mais vinte minutos, mas não custava se certificar.

Passou o braço pela cintura do outro enquanto aproximava sua boca ao pescoço do mesmo, deixou uma leve mordida no pescoço e no lóbulo do outro e sussurrou roucamente.

– Hein Cook, não seja tão ardiloso, você sabe que pode aproveitar muito mais se rendendo a mim.

Sanji podia sentir a surpresa do outro apenas estando ao seu lado. Seu sorriso aumentou levemente, e ele, supre endente, percebeu que ele mesmo se sentia surpreso com suas ações. Sua mente lhe dizia sem parar.

– “Você devia estar com as meninas, isso está errado, deixe o idiota ai!” - e mais surpreendente ainda, ele decidiu ignorá-los.

Suas mãos jogaram fora o cigarro logo após sua última tragada, a que ele mais amava, sempre. Quando percebeu que o outro iria responder sua pergunta, sendo que ele mesmo não havia pensado que o outro o faria, resolveu fechar seus pensamentos por um segundo e ouvi-lo atentamente.

– Marimo, as garotas não precisam de mim agora... - O jovem disse com um tom meio amargo, quando finalmente percebeu que era verdade, as meninas do navio não precisavam dele tanto quanto ele gostaria.

Sorriu amargamente quando ouviu o outro dizendo que não havia se arrependido, e com esse pensamento, veio à insistente pergunta.

– “Você se arrepende?”

Quando ouviu uma pergunta sendo direcionada a si, ignorou o mar de pensamentos que passavam por sua cabeça, voltando a realidade.

– Tarde de...- Pode sentir sua fala sendo roubada quando o outro homem beijou seu pescoço, o prazer intenso cegando seu julgamento por um momento, e o medo de ser visto esquecido.

Tudo na mente do jovem loiro estava sendo levemente esquecido, como na manhã deste mesmo dia, até que a voz do outro chegou em seus ouvidos mais uma vez. Aquelas pequenas palavras foram o suficiente para acordar algo no cozinheiro, algo que ele não sabia que estava lá até agora. Rapidamente ele se virou para o homem a sua frente, puxou-o para o chão, fazendo com que ele deitasse com as costas no gramado, e subiu encima de seu torso, descendo seu rosto até o do espadachim, com um sorriso malicioso tomando conta de seus lábios rosados.

– Zoro - disse, com a voz um pouco estranha, de um modo difícil de analisar. Logo em seguido dando-lhe um beijo nos lábios, tão rápido quanto um piscar de olhos.

– Não sou seu brinquedo. Guarde isto na cabeça. E se você acha que eu, sou uma pessoa descartável, você está errado. Se for só isso que procura, vá atrás de prostitutas em alguma ilha.

Com isso o jovem levantou-se, não sem antes dar um último beijo nos lábios do outro, e voltou a se sentar no deck, comendo a sua comida calmamente.

– “Você vai se arrepender.”

Disse como se fosse um último pensamento

Surpreendeu-se com a reação do outro, achara que iria o afastar depois do que falara, e só depois de soltar a perola que caiu em si, percebendo que quase teve o loiro em suas mãos novamente e o perdeu por meras palavras suas.

Quando viu o outro em cima de si, perdeu qualquer ar que pudesse ter em seus pulmões e seu membro já dava sinais com o pequeno selo que o outro lhe dera, mas tudo congelou quando ouviu as palavras do outro.

Em nenhum momento passara por sua cabeça que outro fosse um brinquedo ou que era descartável, se assim fosse não teria passado dias e dias sem dormi por causa daquele idiota.

Por mais que tentasse se enganar sabia o que estava começando a sentir pelo outro, mas se era assim que outro pensava, era melhor se enganar mais um pouco, definitivamente não iria se machucar e quem sabe até estragar a “harmoniosa” convivência do crew.

Ficou deitado na mesma posição depois que o outro saiu de cima de si, pensando como faria para ter o outro em seus braços novamente.

Foi quando decidiu uma coisa, iria passar por cima de seu orgulho, mas se estava decidido a ter aquele loiro pra si, teria que fazer isso alguma hora.

– Hey Cook, eu não pretendo te usar nem nada do tipo, e nunca pensei em você como um brinquedo, mas eu não sou do tipo que gosta de brincar de gato e rato por muito tempo, se você não quiser continuar, me avise para que eu possa encontrar uma “prostituta na próxima ilha” como você mesmo sugeriu.

Levantou-se e puxou o outro pelo pulso até um local em que seria impossível alguém da cozinha ver o que acontecia.

Prensou o outro na parede atrás de si, devorando sua boca e grudando seus corpos mais ainda de possível, por fim quando percebeu que o outro já não tinha ar, se separou deixando uma pequena lembrança em seu pescoço.

– Vou esperar sua resposta Sanji.