She was Innocent. escrita por Cibelly H


Capítulo 3
June "amuleto para mutantes e similares" Brooks


Notas iniciais do capítulo

Demorou? Hihihi.
É que eu escrevi umas três vezes por que as duas primeiras o Nyah não salvou T__T



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Eu me sentia mais confortável do que nunca. Meu corpo estava descansado, como se eu tivesse dormido um sono maravilhoso. Eu não sentia frio nem calor — apenas a sensação agradável de um temperatura normal. Mas, acima de tudo eu estava com sede, e não era qualquer sede. Um fato anormal sobre mim é que em geral bebo mais Cherry Coke do que água, é a primeira coisa que eu penso quando acordo. Vai ver é por isso que atraio pessoas tão normais.

Em dois tempos eu estava sentada e desperta. Estava dentro de uma limusine, percebi.

E, ao contrário de todas as minhas expectativas, lá estava Afrodite, com um cara grandão do seu lado. Ele tinha uma aparência muito simpática: cicatrizes, coturnos, jaqueta de couro, óculos escuros. E a sua expressão era igualmente simpática, com um sorriso maníaco para mim, que, é claro, não estava nadinha amedrondata e estava absolutamente adorando a situação.

— Você acordou. Estamos quase chegando. — Afrodite falou. — Esse é Ares, seu... Avô.

Fiquei estática, encarando o sujeito nada amedrontador que tinha um brilho estranho nos olhos.

— Olá, netinha. — ele disse. Sua voz era tão doce. — E é melhor parar com a ironia mental.

Gelei. Sério, eles liam mentes? Eu sou uma ignorante mitológica completa.

— Concordo. — Ares disse, levantando os óculos escuros. Seria algo normal a se fazer, se eles escondessem órbitas. Por que meu avô não as tinhas — e sim bolas de fogo flamejantes, que aparentemente queimavam mais ou menos dependendo de seu humor.

Que inveja.

— Certo, pode parar de ler minha mente ? É uma terrível invasão de privacidade! Deuses deveriam ter o mínimo senso de boa educação. — falei, cruzando os braços.

Ele revirou as bolas de fogo.

— Eu sou o deus da guerra. Se existe uma coisa que não existe nenhuma guerra é a educação. — falou meu simpático avô.

— Pelo menos agora eu tenho alguém para culpar a morte de milhares de pessoas inocentes que denfenderam um propósito alheio. Obrigada. — falei, me sentindo um tanto frustrada. Não era o tipo de família que eu gostaria de descobrir fazer parte.

— Calem a boca. — falou Afrodite, bem delicadamente. Sem ironia, pareceu um bebê falando. E fez efeito.

— Desculpe, docinho. Eu só estava me divertindo com minha netinha. — falou Ares, afagando a bochecha de Afrodite. Ela sorriu e deu um beijo nele.

Uma gigantesca ânsia de vômito cresceu em mim. Sério? Ele era o namorado dela?

Ares interrompeu o beijo para me fuzilar com os olhos.

Por que eu não seria o namorado ideal pra ela? — ele berrou.

— Huh, nada. Vocês formam um casal perfeito. Mas se incomodariam de não terem demonstrações afetivas na minha frente? Eu costumo vomitar. Você sabe. — falei, tampando a boca para evitar uma situação mais contrangedora ainda.

— Interessante. Você não vomitava quando beijava o Ben. — Falou Afrodite.

Quarenta e sete segundos de silêncio.

Não. Não. Não!

— Sim. Eu sei sobre o Ben. Ridículo o modo como ele te largou pela sua melhor amiga. Mas não se preocupe, fiz ele pagar por isso. O carro dele ser vandalizado por punks não foi um acidente.

Não. Céus, era ela. Ela era a força misteriosa que me vingava.

— Sim. E sabe o Kyle Swast, aquele namorado da sua irmã do meio, Zoe, que dava em cima de você quando ela não estava por perto? Eu que consegui que o pai dele tivesse o emprego transferido para Las Vegas. Não foi fácil, mas fiz isso por você. Então, será que, por favor, pode parar de brigar com Ares e vir comigo ao meu palácio? Você me deve isso. — suas palavras iam penetrando fundo, trazendo lembranças nem tão agradáveis.

— O tempo todo era você. — foi a única coisa que consegui dizer.

— Sim. E chegamos. — ela disse, abrindo a porta da limusine — Bem vinda ao palácio de Afrodite.

Ares me empurrou para fora da limusine e eu me deparei com nada mais nada menos que o Chrysler Building.

— Não, sinto informar, mas esse é o Chrysler Building. Deve ter ocorrido um engano, isso definitivamente não pode ser o seu palácio. — sussurrei, mas todo mundo ouviu.

— Você não não tem idéia do quão enganosa a mente humana pode ser. — ela disse, entrando no prédio.

Depois de entrar no prédio, falar com o porteiro, receber um cartão que destrancava um elevador branco, cheio de pinturas de cerejeiras, chegar ao 274º andar, atravessar o gigantesco Lobby, chegamos a cozinha de Afrodite.

— Certo... Essa deveria ser a parte em que você gentilmente me explica o que está acontecendo e por que eu estou sendo sequestrada. — falei, sentando em uma das cadeiras vermelhas que ficavam na frente do balcão de mármore branco.

Ela sentou na cadeira ao meu lado.

— Por onde começar?... Acho melhor começar por seu pai. Eros, meu filho e de Ares. Ele é o cupido, que bem, vocÊ sabe, acerta as pessoas com suas flechas de amor e elas ficam apaixonadas. De vez em quando, acidentes acontecem e Eros acidentalmente se acerta com as flechas. — ela pausou várias vezes.

— E minha mãe apareceu na frente dele?

Ela assentiu.

— Acredite, ela tentou ao máximo resistir a ele. Mas é meio complicado resistir a seres irresistíveis. — ela apontou para si mesma e eu revirei os olhos.

— Mas... Como ela pôde? Ela era casada com Edward! Ela o amava mais que tudo! — manifestei minha revolta.

Afrodite mordeu o lábio, baixando o olhar.

— O amor não é algo que se possa compreender, June. Você sabe disso mais que ninguém. E, ás vezes ele pode cegar toda a nossa realidade. Principalmente quando a pessoa que se ama em questão não é da sua. — ela remexia a pulsera quando entrava em assuntos desagradáveis, observei. — Pouco tempo depois Katherine engravidou. Foi aí que ela começou a enxergar realmente o mundo. Coisas que antes pareciam normais agora eram coisas da nossa realidade. Ela começou a disconfiar que Eros não era humano, e descobriu a verdade. Ela não contou sobre a gravidez.

— E ele a abandonou. Por que deuses não podem se envolver com mortais por muito tempo. — conclui.

Ela assentiu lentamente, remexende nervosamente a pulseira.

— As poucas coisas que sei sobre mitologia grega aprendi num livro que estranhamente apareceu na minha mochila há sete anos. Estranhamente haviam mais páginas sobre você do que qualquer outro deus. Suspeito, não? — falei.

Ela sorriu.

— Isso também fui eu. — depois de fazer uma pausa para comermos um chocolate, ela voltou a história — No seu aniversário de três anos, eu tive um sonho um tanto profético. Ele me dizia para cuidar de você, Por que... Não importa, me dizia para cuidar de você. E é isso que eu tenho feito secretamente há três anos. Zeus não permite que os deuses interfiram na vida de mortais... Qualquer tipo de interferência direta é proibida. Mas eu precisava me arriscar.

Fiquei em silêncio, mastigando o chocolate — eu definitivamente não sabia como responder.

— Agora você pode pular para a parte em que Eros quer me matar. — sugeri.

Ela fechou os olhos e os abriu de novo. Havia algo estranho neles, tipo... Culpa. Estranho.

— Eros é marido de Psiquê. Ela descobriu antes dele de você. E ele faz qualquer coisa por ela. — sua voz era a mesma, mas havia alguma diferente ali. Definitivamente.

— Como matar a própria filha. Tão romantico, se eu não estivesse atualmente no papel de filha.

A campainha soou e Afrodite suspirou.

— Eu disse que era só amanhã! — ela gritou.

— Não gosto do horário daqui. É tão confuso! — gritou uma voz masculina.

— Saia daqui! Estou tendo uma conversa feminina! — ela gritou de volta.

Repentinamente, alguém se materializou no banco ao lado de Afrodite. Era um cara alto e bronzeado que tinha um cabelo tão dourado que dóia de olhar.

— Mais deuses não. Eu imploro, me diga que você é apenas um mutante com o poder de se materializar, mas não tem nenhum envolvimento com essa quadrilha mitológica! — gemi.



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Notas finais do capítulo

Quem será o mutante?
Quero reviews!



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