Morphine escrita por Hoppe, Mih Ward


Capítulo 7
Chapter Six - Não desistir...


Notas iniciais do capítulo

OOOOOI *--* ahhh! q feliz voltar aqui o/ mil desculpas pela demora gente! Bom... aqui está, naum sei se vcs vaum gostar, mas eh fundamental pra fic :)
A musica do capitulo: http://www.youtube.com/watch?feature=endscreen&v=Kb7zhunYGik&NR=1
Bjoos ♥



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Em um momento, senti suas mãos pararem em meus ombros nos separando abruptamente. Cambaleei para o lado, contudo, ele me segurou. Levantei os olhos ao seu rosto e novamente seus lábios capturaram minha atenção. Abri um sorriso malicioso voltando a me aproximar dele, no entanto, ele me parou fitando-me seriamente de modo um tanto frio que me arrepiou.

Ele movimentou os lábios, dizia algo, mas para mim era inaudível. A dor de cabeça já começava aos poucos levando o torpor e tornando-se insuportável, meu estômago se remexia e novamente cambaleei. Suas mãos frias me seguraram novamente e ele desligou o chuveiro cessando a cortina de água fria que caia sobre nós.

Tudo se escureceu e caí finalmente na inconsciência, ou talvez, eu houvesse adormecido.


 ****


Tinha uma leve impressão de que Abraxas seguia cada passo meu, naquele mesmo instante. Olhei de relance por sobre o ombro e ele não se importou, pareceu apertar mais o passo tentando se misturar á multidão de pessoas logo atrás.

Suspirei e dobrei o corredor começando a ignorar, subi a escadaria para o 2° andar e passei pelos corredores mal iluminados do qual os archotes estavam apagados. Parei em frente à biblioteca e adentrei sem hesitar. Minha cabeça ainda latejava, minha visão ainda era difusa e tudo ao meu redor parecia rodar incessantemente. Sem contar no remexer violento do meu estômago que parecia estar prestes a ter um colapso.

Passei por entre as prateleiras observando poucas pessoas debruçadas sobre os livros em cada mesa ali. Estava silencioso a não ser pelo ruído do folhear de livros e o rabiscar das penas contra os pergaminhos. Coloquei as mãos nos bolsos continuando a andar observando cada mesa ocupada ali, e então, parei ao vê-lo.

Debruçado sobre um grande livro, seus olhos estavam presos nele, parecia alheio ao redor e por isso, não me preocupei em me aproximar dele, por trás e observar o conteúdo daquele estranho livro de capa preta, sem nome.

“Horcruxes” estava escrita em letras medievais e logo abaixo, um longo texto. Parecia ser latim, não consegui saber pois na mesma hora o livro se fechou e logo, Tom já estava a minha frente me fitando ferozmente. Abaixei os olhos a ele que se levantou de forma rígida.

– O que você quer? – perguntou de forma rude.

– Você está fugindo de mim a manhã toda – respondi um tanto ácida – Posso saber o motivo?

– Você sabe os motivos... – murmurou em um tom baixo, mas ao mesmo tempo, letal.

– Quero saber os verdadeiros motivos – eu o cortei – Se for pelo o que aconteceu ontem... Saiba que...

– Você estava bêbada, fora de si, não havia razões sobre seus atos... – completou ele friamente e abriu um sorriso cínico – É... Eu sei.

Houve um silêncio entre nós, queria apenas lhe pedir desculpas, mesmo que eu não soubesse pelo o que eu estaria fazendo aquilo. Por que eu estava bêbada e havia beijado-o? Estava fora de mim... Ou eu realmente queria aquilo?

Minha cabeça parecia pesar mais a cada minuto daquele silêncio incomodo. Ele suspirou e agarrou seu livro estranho de capa preta, sem nome passando por mim, sem dizer nenhuma palavra.

Bufei, me virando e começando a seguir seus passos.

– Você está bravo ou algo do tipo? – indaguei alto demais fazendo eco pelo corredor deserto.

– O que leva você a pensar que estou bravo? – perguntou ele sem sequer se virar para mim.

– Hã... Vejamos... – murmurei em um tom pensativo e irônico – Você não está nem olhando para mim enquanto fala e me parece que também esta tentando ignorar minha existência!

Ele não parou de andar e segurei seu braço, um tanto rude fazendo-o se virar para mim.

– O que está havendo com você, Tom? – perguntei em um tom baixo tentando soar sem acusação – Você mudou! Não era assim comigo!

Ele me fitou inexpressivo por longos segundos e eu me irritei com tudo aquilo. Meus olhos marejaram e eu tentei segurar as lágrimas, embora eu não possuísse forças o suficiente para reprimi-las por muito tempo. Minha cabeça latejava mais e mais, meu estômago se remexia violentamente e tudo me parecia confuso.

Eu havia beijado meu até então melhor amigo. Não sentia que aquilo era certo mas o que haveria de errado também?

Seus dedos gélidos tocaram meu rosto e logo, uma lágrima escorreu dos meus olhos. Seu rosto pálido pela primeira vez expressou algo. Angústia, nostalgia e certa dor.

Ele rapidamente se afastou como se aquilo houvera sido errado, me deixando mais confusa ainda.

– Eu tento... – murmurou ele – Tento com todas as forças... Não posso ficar mais perto de você por que você me desvia dos meus objetivos...

– Por que para você... O poder sempre fora mais forte que a amizade – completei algo inexistente, recuando um passo – Sempre foi... Lembra-se daquele dia que eu lhe perguntei o que era mais importante? Você me respondeu que a amizade era mais importante – ri sem humor secando as lágrimas, evitando seus olhos – Tem certeza, Tom? Tem certeza mesmo que a amizade é mais importante pra você?

– Você não entende... – ele murmurou.

– É você que não entende! – exclamei – Artes das trevas! Entende a maldita situação agora? Não é algo bom! Eu estou tentando impedi-lo de se aprofundar nisso! Eu amo você, apesar de tudo! Você é meu melhor amigo! Não suporto a idéia de algo ruim acontecer a você!

Ele se calara, me fitava perplexo. Os olhos, por algum momento, pareceram marejados mas aquilo estava fora de cogitação. Ele era um ser insensível, tão insensível que o poder para ele era algo maior que a verdadeira amizade.

Sequei as lágrimas e me virei para ir embora. Contudo, parei e permaneci imóvel por algum longo minuto. Virei-me para trás e o fitei por sobre o ombro.

– Sabe... – suspirei – Eu me pergunto por que até agora não desisti da nossa amizade. Mas eu sinto que em algum momento, eu não poderei desistir disso...

Olhei para o chão e logo voltei meus olhos aos seus.

– Por que eu sempre estarei para salvá-lo... Tirá-lo de algo ruim... – ele tentou dar um passo em minha direção, contudo me afastei – Não se preocupe Tom... Continue com suas Artes das Trevas, saiba, contudo, que eu estarei aqui, para ajudá-lo... Nem mesmo que for para lhe dizer “Eu te avisei”. Por que nossa amizade, para mim, é algo maior que qualquer coisa.

Dei-lhe as costas novamente e continuei a andar me sentindo uma completa estúpida e tola. Ele não queria a minha amizade e eu também não deveria querer. Mas não havia como impedir aquilo, era inevitável. Por que Tom Riddle era meu melhor amigo, eu o amava.


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Notas finais do capítulo

Obrigada pelos reviews do capitulo anterior *--* Se puderem deixar nesse, vamos ficar mt felizes! *-*
Bom pessoal... Acho que no próximo, vcs já se deparam com a Violet confusa em relação aos sentimentos sobre o Tom *-* naum vou demorar viu?
Bjoos ♥