Morphine escrita por Hoppe, Mih Ward


Capítulo 6
Chapter Five - Estranho efeito


Notas iniciais do capítulo

ooooi *-* sabe pke naum demorei tanto? u.u minha anja Milena fez novamente esse capitulo! Ficou incrivel! O.O serio mesmo, espero q gostem e boa leitura pessoal!
Enjoy =*



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Ele se afastara novamente, sem justificativa alguma, sem explicações. Apenas se afastou, apenas me lançava olhares frios e inexpressivos. E mesmo sem entender a instabilidade de tudo aquilo, eu já não usava mais meus esforços para compreender. Ele era Tom Riddle, o que eu poderia esperar?

Que sorrisse a todo tempo para mim, me abraçasse a cada instante e ignorasse as malditas ordens e o ciúme de Abraxas Malfoy? Ele era, apesar de tudo, humano e tinha seus vícios e ambições. A maior delas, era o poder e me doía saber que o poder era maior do que nossa amizade.

Suspirei pesadamente, me sentia cansada de todo aquele mistério e segredos que envolviam Tom Riddle.

Era sexta-feira e eu caminhava lentamente de volta para o Salão Comunal da Sonserina, acabava de sair da aula de Estudo dos Trouxas.

Depois daquele dia que conversamos na Sala Precisa ainda não havia falado com Tom novamente. Às vezes eu o via indo para as aulas ou caminhando pelos corredores, porém, ele não me notava, ou fingia que não. Eu me sentia frustrada, novamente ele estava se afastando de mim.

- Hearthcliff? - ouvi chamarem em minhas costas.

Virei-me para trás e me deparei com um garoto com o uniforme da Grifinória, era ruivo e possuía expressivos olhos verdes. Seu rosto era salpicado com delicadas sardas que o deixavam ainda mais bonito. Em seus lábios estava um lindo sorriso que chegava aos olhos. Seu nome era Septimus Weasley.

- Você não quer ir comigo a uma festa hoje? Vai ser no Salão Comunal da Grifinória - ele me olhava com olhos brilhantes e sorriso carregado de malícia, imperceptível.

Eu sabia sobre a "famosa" reputação de Septimus Weasley, o galinha de Hogwarts, aquele que ficou com mais da metade da ala feminina da escola. Mas qual o problema? Não é como se eu fosse obrigada a ter alguma coisa com ele. E essa não seria uma ótima oportunidade para eu esquecer aquela angústia que estava em meu peito há dias? Aproveitar uma festa como qualquer outro adolescente normal? Parar de me preocupar pelo menos um instante com Tom Riddle e me divertir?

- Por que não? - respondi sorrindo e, seu sorriso, como se fosse possível, se abriu ainda mais.

- Ótimo, irá começar as 21:00 - falou animado - Você sabe exatamente onde fica o salão comunal da Grifinória?

- É... Na verdade não... - murmurei desconcertada.

- Não tem problema, que tal nos encontrarmos no Salão Principal e eu te levo? - ele me propos.

- Por mim tudo bem - respondi me virando e voltando ao meu caminho.

Corri rapidamente, ou o máximo que o pequeno salto que eu usava permitia, em direção ao Salão Principal. Eu tinha perdido a hora envolta em pensamentos deitada na cama.

Parei um pouco para recuperar o fôlego e ajeitar minha roupa. Usava aquele incômodo vestido preto com detalhes em roxo e prata, odiava vestidos, e ainda com aqueles sapatos de salto alto que tentava ao máximo, não escorregar.

- Desculpe a demora - murmurei ofegante ao chegar perto de Septimus.

- Sem problema, vamos - chamou caminhando em direção as escadas.

Eu segui ao seu lado enquanto ele nos conduzia para o Salão Comunal da Grifinória.

- Você está muito bonita - falou de repente com um, que aparentemente me pareceu ser seu único, sorriso. Carregado de málicia.

- Obrigada - murmurei desconcertada, porém, sem deixar transparecer.

Sendo da Sonserina eu tinha aprendido a disfarçar muito bem, sempre com uma máscara no rosto. Geralmente todos acreditavam nela, com exceção de Tom Riddle. Este parecia conseguir desvendar todos os meus sentimentos, o único que via além da máscara. Ah! Droga! Eu tinha de parar de pensar nele a cada instante, a cada minuto. Afinal... Meu mundo não girava apenas em torno dele. Ou girava?

Continuamos caminhando sem falar mais nada, até que chegamos em frente ao quadro da mulher gorda. Eu já tinha passado por ali algumas vezes, mas nunca notei que essa seria a passagem para o Salão Comunal da Grifinória.

- Amortentia - Septimus murmurou a senha.

O quadro rapidamente se abriu, permitindo nossa passagem. O cômodo que adentrei estava cheio de pessoas de todas as casas. Eu reconheci uma quintanista da Cornival, um sextanista da Lufa-Lufa, um terceiranista da Sonserina e mais alguns outros.

O Salão estava decorado com cores vermelho e dourado, as cores da Grifinória. Em um canto afastado havia uma mesa com algumas comidas e bandejas com bebidas flutuavam por entre os convidados.

- Aceita? - Septimus me ofereceu uma taça de alguma coisa que eu não sabia o que era.

De primeira eu fiquei receosa em aceitar a bebida desconhecida, mas depois eu pensei: O que havia de errado nisso? Eu não vim aqui para me esquecer? Esse seria um bom começo.

Então eu assenti pegando a pequena taça das mãos dele. Ele me olhou surpreso por um momento mas depois abriu um sorriso malicioso. Virei rapidamente aquele líquido em minha boca sem me importar com aquele sorrisinho dele, a bebida desceu pela minha garganta queimando e eu tossi me engasgando. Era Whisky de Fogo.

- Ei, calma - murmurou Septimus. Mas eu não me importei pegando rapidamente outra taça na bandeja que estava passando.

O resto da festa eu não me lembro muito bem, depois da terceira taça minha visão foi embaçando e eu fui me soltando um pouco. Septimus me apresentou a algumas pessoas enquanto nós passávamos por eles, eu acenava brevemente mas nem me lembrava dos seus nomes. Ele me levou para um canto um pouco mais afastado, ao lado de uma escada. Rapidamente me vi prensada contra a parede, com o rosto a poucos centímetros do meu.

- Eu estava esperando por isso a festa toda - seu hálito quente bateu contra o meu rosto o ao pronunciar essas palavras.

Devido à bebida eu não tinha nenhuma força para protestar por sua aproximação, porém, não sabia se eu realmente queria afastá-lo. Eu me sentia um pouco confusa e ele aproveitou esse momento para se aproximar ainda mais. Nossos rostos estavam muito próximos, de modo que um leve inclinar colaria seus lábios aos meus. Fechei os olhos esperando sentir seus lábios contra os meus, porém, não senti. Abri os olhos, mais confusa ainda e me deparei com uma cena no mínimo cômica, ou seria a bebida que me fazia pensar assim?

Septimus estava prensado na parede oposta, a qual eu me encontrava e por ninguém menos que Tom Riddle. Tom olhava ameaçadoramente para Septimus, que estava paralisado pela repentina interrupção, com sua varinha na mão e eu corri para ajudar antes que ele fizesse alguma besteira. Cambaleei um pouco e me escorei em Tom para não cair.

- Ei, para - falei tropeçando nas palavras enquanto ria.

- O que você está fazendo aqui Violet? - Tom perguntou com uma voz contida.

- Me divertindo - respondi rindo de sua cara - Ou melhor, estava, mas você me atrapalhou - completei agora emburrada e logo depois voltei a rir.

- Vamos embora - murmurou baixo enquanto pegava meu braço.

- O que? Ir embora? Não... - tentei me soltar de seu aperto, mas ele apenas apertou ainda mais - Me larga Tom, ta me machucando.

- Larga ela, Riddle - Septimus pareceu acordar do transe que se encontrava.

- Não se meta, Weasley - falou ameaçadoramente enquanto me puxava em direção a saída.

- Não - tentei de modo inútil me soltar novamente - Eu quero ficar, está divertido - choraminguei para ele.

- Você está embriagada Violet - murmurou voltando ao seu tom de voz habitual.

- Claro que não - respondi rindo novamente, sem nenhum motivo. Tudo repentinamente tornara-se engraçado para mim. As paredes empoeiradas eram engraçadas, os sons ao meu redor eram engraçados, até as janelas eram engraçadas. Sabia que tudo era efeito da bebida.

Ele apenas bufou e continuou a me levar para o Salão Comunal da Sonserina.

Não me lembro bem como, mas logo notei que eu estava sob uma cortina de água fria que caia do chuveiro molhando toda a minha roupa e causando-me calafrios. Olhei para os lados, confusa por alguns segundos e notei Tom do lado de fora do box.

- O que... - murmurei sem entender e depois balancei a cabeça confusa, ficando ainda mais tonta.

Ele me olhava com seu sorriso sarcástico nos lábios e devido à bebida, uma idéia totalmente insana me ocorreu, por que é claro, eu nunca em sã consciência faria aquilo, muito menos com Tom Riddle. Um sorriso perverso se abriu em meu rosto enquanto cambaleava na direção dele e o puxava para debaixo da água fria que me causava calafrios.

- Como...? - ele falou atônico e logo percebeu que agora também estava todo encharcado.

Eu gargalhei da sua confusão e acabei me desequilibrado e quase caindo, mas braços fortes me seguraram.

- Obri... - me interrompi ao perceber o quanto estávamos perto. Perto demais. Ele pareceu perceber isso também e logo me soltou se afastando.

Fiquei emburrada, por que ele se afastou? Olhei novamente para seu rosto e seus lábios capturaram minha atenção. Aproximei-me mais um pouco e ele deu um passo para trás batendo com as costas na parede.

- Violet... - não deixei ele terminar a frase e o puxei para mais perto colando seus lábios aos meus. Não sabia o que estava fazendo, onde estava minha sanidade, minha razão mas minhas dúvidas se foram quando senti seus lábios contra os meus, causavam-me uma sensação boa fazendo-me mergulhar em um mar de êxtase estranhamente doce e prazeroso.

Ele ficou paralisado por um momento e meus lábios procuravam um maior contato, famintos. Passei a língua nos dele, tentando senti-lo mais. Acho que isso foi como um choque para ele pois ele finalmente acordou e segurou minha cintura. De inicio, pensei que ia me separar dele, mas ele me surpreendeu me puxando para mais perto e correspondendo o beijo. Seus lábios mornos contratavam com os meus frios e ele rapidamente pediu passagem com sua língua. Eu cedi prontamente, não estava em condições de recusar nada, e sua língua invadiu minha boca, furiosa. A minha pareceu ganhar vida própria e logo as duas começaram uma dança sensual, e aparentemente mortal. O ar em meus pulmões foram faltando e cedo demais tivemos que nos separar.


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