Morphine escrita por Hoppe, Mih Ward
Notas iniciais do capítulo
Boom *O* eu espero q gostem! Boa leitura!
Enjoy =*
Há vezes em que fugir não é uma opção. Em que parece não haver um refúgio seguro o bastante para você se esconder, e que não há pessoa segura o bastante para lhe consolar, secar suas lágrimas, ouvir seus desabafos e sussurrar em seu ouvido palavras acolhedoras e velar seu sono.
Aquele era o meu caso. Sem um conforto, um apoio, ou a única pessoa do qual realmente se importava comigo. Continuava a me perguntar onde eu havia errado. Ele estava magoado comigo? Bravo? Eu fizera algo que o machucara? Perguntas que rodeavam minha mente, incessantemente. Aquilo doía, doía ficar longe dele, a única pessoa que se aproximara de mim naqueles meus anos em Hogwarts. Tom Marvolo Riddle.
A cada instante tendo de continuar presa na profundidade de seus olhos, novamente sentia a vontade de abraçá-lo com força.
- Não deveria estar em seu dormitório, Srta. Heathcliff? – perguntou ele fitando-me com seus olhos inexpressivos. Tão inexpressivos, tão enigmaticos...
- Eu precisava procurar meu caderno que havia deixado na sala de Poções... – respondi.
- Quer ajuda? – perguntou ele arqueando a sobrancelha, sugestivamente.
- Se quiser... – dei de ombros começando a andar e sentindo seus passos silenciosos logo atrás de mim, sua respiração por vezes batia contra o meu pescoço me causando arrepios descomunais.
Algum tempo depois, olhei para o corredor escuro e tortuoso que nos aguardava e respirei fundo. Tinha medo do escuro, medo do nada, do preto, do que poderia se esconder na escuridão sombria.
No entanto, quando estava prestes a dar um passo a frente, uma mão gélida tocou a minha sobressaltando-me. Olhei para o lado, assustada e encontrei seus olhos.
- Sei que tem medo do escuro... – murmurou ele olhando para as nossas mãos – Estou aqui...
Ele passou por mim ficando logo a minha frente, recomeçando a andar. Sua mão gélida continuava em contato com a minha me trazendo uma sensação de conforto. Quente contra o frio.
As janelas dos andares seguintes estavam entreabertas fazendo com que o vento passasse por entre as frestas, causando um ruido irritante. Aceleramos os passos e apertei mais a sua mão quando senti um ruido logo atrás de mim.
Já estavamos no sexto andar, próximo a sala de Poções que deveria ficar nas masmorras, no entanto, o Prof. Slughorn não gostava das masmorras preferindo um lugar confortal e quente.
Tom empurrou lentamente a porta provocando um ruído e houve mais escuridão. Ele pegou sua varinha que em um feitiço mudo, acendeu uma pequena centelha de luz na ponta dela.
Ele voltou a me fitar e deixou seus olhos caírem sobre as nossas mãos, que continuavam entrelaçadas. Eu a apertava com força, ainda com medo.
- Pode procurar seu caderno agora, Violet... – ele abriu um imperceptivel sorriso torto soltando lentamente sua mão da minha levando consigo a sensação de conforto.
Tateei pelo escuro a procura da última carteira, que eu me sentava ao lado de Avery. Me agachei perto da mesa e agarrei meu pequeno caderno com anotações sobre as aulas.
Voltei para perto de Tom e guardei o caderno no bolso interno da capa.
- Pronto... – murmurei e ele assentiu voltando a me estender a mão. Hesitante, eu a peguei e ele me puxou para fora da sala fechando a porta.
Voltamos para o corredor frio e escuro onde apenas nossos passos eram ouvidos.
- Sabe... – ele me fitou – Você me parece meio triste esses dias... – parou de andar virando-se para mim – Seus olhos estão escuros...
Senti meu corpo congelar quando seus dedos tocaram a parte sob meus olhos e descerem pelo meu rosto, tocando meus lábios. Fechei os olhos sentindo aquela doce sensação.
- Não esta mais aparecendo nas reuniões do Clube do Slugue... – continuou ele com sua voz a cada instante mais perto e mais perto... – Espero que tal isolamento não tenha sido por causa do... Ocorrido.
Imediatamente, abri os olhos vendo os seus mais perto e mesmo no escuro, conseguia ver a cor verde cintilar.
- Não quis aquilo, Violet... – ele desceu seus dedos gélidos para o meu queixo e para o meu pescoço, dando mais um passo em minha direção.
- Não estou culpando você, Tom... – sussurrei e ele riu, sem vida fechando os olhos se aproximando mais um pouco. Seu corpo colou no meu e pude sentir seus batimentos cardíacos. Ele aproximou seu rosto do meu e tocou seus lábios frio em meu pescoço.
Arfei segurando seus braços tentando afastá-lo de mim, no entanto, parecia que a minha força restante havia se esvaído.
- O que esta fazendo? – sussurrei.
- Fazendo você me desculpar... – murmurou ele contra a minha pele me causando mais arrepios. Suas mãos pararam em minha cintura, impedindo que meu corpo cedesse.
- Não faça isso... – sussurrei fechando os olhos – Não faça...
Ele afastou seus lábios do meu pescoço e voltou seus olhos aos meus.
- Você é Tom Riddle... – murmurei abrindo os olhos lentamente – O meu Tom...
Um pequeno sorriso se abriu em seu rosto.
- Amizade... – sussurou ele pensativo olhando para o lado de fora – Parece que é a única coisa que me resta... Não quero perdê-la, Violet.
- Você não me perdeu, Tom... – murmurei fazendo-o voltar a me fitar.
- Não está brava comigo? – perguntou – Pelo o que eu fiz a você? Sem nenhuma explicação ou justificativa?
- Vai me dizer o por quê de ter feito isso? – perguntei. Ele suspirou afastando seu corpo do meu escostando-se no batente da janela e voltando a olhar para o lado de fora.
- Abraxas... – sibilou depois de um longo tempo em silêncio em que eu pensava que ele simplesmente me deixaria só.
- O que ele tem haver com isso? – perguntei me aproximando sinuosamente dele, pegando novamente sua mão fria.
- Ele não me quer perto de você... – murmurou – Diz que você é uma má influência para mim, que me desviaria dos nossos objetivos...
- Desde quando Abraxas manda em você? Quer dizer... – segurei seu rosto forçando-o a me encarar – Você é o herdeiro de Slytherin, não é obrigado a obedecer as ordens dele...
Ele, abruptamente, soltou-se de mim dando um passo para trás, me assustando. Seus olhos, pela primeira vez exprimiam algo além da frieza. Exprimiam a hesitação... A dor... E algum outro sentimento que nunca sequer esperei ver em seus olhos.
- Você não entende... – murmurou ele, abaixando o rosto impedindo que eu visse algo mais em seus olhos – Não entende...
- Tente...
Ele respirou pesadamente e me fitou por sob os seus longos cílios negros.
- Não posso, Violet... – suspirou novamente começando a se mover nervosamente, sua inquietação me tirava a paciência.
- Artes das Trevas, não é mesmo? – indaguei fazendo-o parar – Está se envolvendo com Artes das Trevas...
- E se eu estiver? – ele levantou o rosto fitando-me com ferocidade. Recuei um passo diante do seu olhar.
- Sabe que isso não é seguro... – murmurei – Muito mais vindo de Abraxas...
- Não deveria ter contado isso a você – ele me fitou uma última vez, com uma pequena pontada de decepção em seus olhos, e se virou para a outra direção. Apressadamente, andei até ele e segurei seu braço.
- Está decepcionado comigo por eu não ter apoiado você?
- Você é minha amiga, Violet... – murmurou ele sem sequer se virar – Você é minha amiga, certo?
- Sim, é por isso que não o apoio nesse tipo de coisa... Artes das Trevas, até o próprio nome já diz!
Um silêncio se fez onde apenas o barulho irritante do vento era ouvido.
- Quero seu bem, Tommy... – sorri fracamente com seu apelido bobo que eu mesma inventara – Apenas isso...
Ele me fitou por sobre o ombro e se virou para mim.
- Quando dizem que amizade é pra sempre... – murmurou ele voltando a sua frieza – Acha que isso é verdade?
- Depende da amizade... – dei de ombros.
- Adeus, Violet... – ele recuou um passo desaparecendo na escuridão do corredor.
“ Ele rabiscou no ar outra frase, soltando uma risada logo em seguida. A noite morna de sexta-feira era perfeita para rabiscarmos no ar escuro e sombrio.
Na escuridão, logo a nossa frente, em letras de fogo e elegantes conseguia-se ler: Violet Heathcliff.
Tom sabia que eu odiava meu nome. Sabia que eu odiava Violet igualmente odiava as violetas, e o sobrenome Heathcliff igualmente odiava o personagem principal do romance trouxa, O Morro dos Ventos Uivantes.
Apontei minha varinha para cima e rapidamente escrevi no escuro com a minha letra que se assemelhava a vários rabiscos frenéticos. Tommy.
Seu odiado apelido que por acaso, eu acabara por inventar. Ele rapidamente rabiscou o apelido e em um movimento preciso e rápido, ele fez com que os rabiscos de fogo desaparecessem do ar”
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1. Violet Hearthcliff *-* geeente, como eu amo Morro dos Ventos Uivantes, o Hearthcliff eh meu personagem preferido *-* e como eu naum tinha ideia pra coloka um sobrenome legal na Vi, colokei esse mesmo :) oq acharam?
2. Tommy *-* kkkkkkk todo mundo chama ele assim (G_G pelo menos eu ) todo bipolar nesse cap u.u oq acharam dele? alguem q um beijo no pescoço tbm? kkkkk z me ginorem!
3. Qm leu ateh aki, bate aki o/ eh nois! kkkk obrigada pelos reviews do cap anterior e a Cecília pela recomendação e pela confiança *-* obrigada linda!
Bjoos ♥