A Caixa De Pandora escrita por gaby_greeneyes


Capítulo 16
Capítulo 16 : Vestido longo? Nem a pau!


Notas iniciais do capítulo

Para quem quiser, na hora do baile, é legal ler ouvindo ou immortality ou our love, ambas do bee gees, é q eu estava ouvindo essas musicas quando escrevi a parte do baile =D divirtam-se



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Logo após o anuncio de Paula, fomos arrumar nossas coisas. Eu só levaria o essencial, minha manta, que eu ja iria vestida, meus aneis e Rufos, que graças a minha ambrosia ja estava completamente curado.  

Não vou negar, estava com medo, aquela seria minha primeira missão, e eu não sabia como voltaria, se voltaria inteira, ou se voltaria. 

Quando a noite caiu, eu, Fran e Lucas ja estavamos prontos. Fomos para a fogueira para nos despedirmos dos outros. 

- É só eu voltar que você sai. - Comentou Carol enquanto me abraçava. - Se cuida, amiga. 

- Obrigada Carol. 

Alguém pegou em minha mão, mas pelo toque ja sabia quem era. Leo. 

- Boa sorte. - Disse Leo quando eu me virei. - Pedirei aos deuses para que te protejam todas as noites. 

- Obrigada Leo. - E dei-lhe um beijo no rosto, afinal, ele merecia, e merecia muito mais, por tudo o que ele ja fez por mim. - Você é um ótimo amigo. 

Nos abraçamos, e assim ficamos por um longo tempo. Me despedi dos outros e enquanto Lucas e Fran se despediam, puxei Leo de lado. 

- Quero que fique com isso. - Eu disse, dando-lhe uma rosa preta. - Eu ficarei com a vermelha, e toda vez que você pensar em mim, eu saberei, assim como você saberá quando eu estiver pensando em você. 

- O que ela faz? - Perguntou Leo. 

- Quando eu pensar em você, a sua ficará vermelha, e quando você pensar em mim, a minha ficará preta. 

- HUUM, deixe-me ver a sua? 

Entreguei minha rosa para que Leo visse. Leo a cheirou e colocou-a em meu cabelo, prendendo-a atras de minha orelha. 

- Gabiiiii! - Gritou Fran. - Vamos! - Preciso ir. - Eu disse a Leo, dando-lhe outro beijo no rosto. - Não largue desta rosa enquanto eu não chegar. Jure pelo estige. 

- Eu juro. - Disse Leo. - Eu nunca irei me separar desta rosa, e eu lhe garanto, que a sua sempre estará preta. - Leo pegou minha mão, me trazendo para perto, e me deu mais um abraço.- Sentirei sua falta, briguenta. 

- Não sou briguenta. - Comecei a rir, é, ele tinha razão, eu era briguenta. 

- Você fica linda quando mente. 

- Gabiiiiiiiiiiiiiiiii! - Gritou Lucas. 

- Tenho que ir, xau. - E me livrei do abraço de Leo para correr, assim como o dia das alturas, onde novamente eu corri e ele ficou apenas observando eu me distanciar.  

Deixamos o acampamento, não paravamos de olhar para traz, até quando o perdemos de vista. Andamos por um bom tempo, mas como ja estava a noite, e estamos todos com sono, decidimos dormir na floresta mesmo. Armamos uma barraca, por sorte, Fran carregava o chalé dela completo lá dentro, tínhamos até colchão. Na barraca havia uma cozinha com um fogão de camping e um frigobar. Arrumamos nossas camas e durmimos, na barraca, cada um tinha seu quarto, até mesmo Rufos tinha seu cantinho, mas ele só dorme comigo. Tirei a rosa de meu cabelo, que estava preta, ou seja, Leo estava pensando em mim, e agora a dele com certeza estaria vermelha pois olhar para a rosa me fazia pensar nele. Durmi muito pouco, por que Apollo decidiu fazer o sol raiar mais cedo pra parabenizar sua filha por sua primeira missão. 

- Estou tão orgulhoso de você Fran! - Dizia Apollo a abraçando. - Vocês querem carona para algum lugar? 

- Washington, é para lá que temos que ir. - Disse Lucas cam tanta certeza, que comecei a pensar que seu pai era Apollo.

- Certo. Todos a bordo. Uma viagem para Washington. - Disse Apollo. - Prontos para um avião na velocidade da luz? 

Avião? Velocidade da luz? Não, nem sonhando eu ia voar de novo. 

- Use Rufos, faça com ele uma viagem pelas sombras. - Disse a doce voz de minha mãe em minha cabeça. 

- Eu encontro vocês lá, garanto. - Eu disse. 

- Medo de altura? - Disse Apollo rindo. E que sorriso lindo que ele tinha, com todo o respeito Fran, mas seu pai... Melhor eu voltar a estória. 

- É... Rufos me levará. 

- Ah sim, o cão infernal. 

- Nos vemos lá então. - Disse Fran. 

Subi nas costas de Rufos, e nos dirigimos até a sombra mais próxima, e tudo ficou escuro.  Peguei meu celular em meu bolso ( até agora ele não havia sido citado, mas ele está SEMPRE comigo HAHA), coloquei o fone e viajei nas sombras, ouvindo highway to hell. 

A viagem acabou junto com a musica. Encontrei meus parceiros em frente a casa branca. 

- Certo, para onde iremos agora? - Perguntou Fran. 

- Para dentro da casa branca. - Respondeu Lucas. 

Rufos ficou em seu tamanho micro poodle de tres cabeças, mas os mortais o veriam um poodle preto com uma só cabeça. 

- Er, Gabi, é melhor você tirar essa capa, ela é maligna demais para quem vai entrar na casa do presidente. 

No muro da casa branca, havia um comunicado para um baile de máscaras. O baile da ganancia, o nome, onde indicava que haveriam leilões de carros, casas e de mulheres, ali mesmo, na casa branca, hoje a noite. 

- Parece uma ótima ocasião para um espírito da caixa de pandora. - Disse Lucas. 

- Um baile? Com mulheres de vestido longo, homens de terno, com valsa e tudo mais? - Perguntei, odiando a ideia. 

- É Gabi, um baile. Mas se nós quizermos MESMO entrar, teremos que ir como todos os outros. - Disse Fran. - Acho melhor nós irmos comprar logo as roupas, por que o baile começa as oito da noite e ja são quatro da tarde. 

- Que ótimo. Eu que não vou usar vestido, muito menos longo. - Protestei. 

Fui arrastada até uma loja de roupasde festa, cheia de vestidos, de todos os tamanhos e cores. Aquilo me dava nojo.Lucas e eu escolhiamos as mácaras enquanto Fran foi até uma arara com vestidos longos, ela pegou apenas vestidos vermelhos, essa cor ficava bem nela. Mas o que ela escolheu foi um amarelo com labaredas na barra. Isso a lembrava de seu pai. Havia ficado lindo nela. Lucas escolheu um terno preto com riscas de giz e a gravata prata. 

- E você? - Perguntou-me a vendedora. - Não vai escolher nada? 

- Eu não vou na festa. -Respondi. 

- VAI SIM! - Disse Fran. - PODE ESCOLHER UM VESTIDO AGORA! 

Fran nunca havia falado assim comigo, acho que é melhor eu escolher um vestido rapido. 

Fui para a arara de vestidos curtos. 

- Não tem nenhum preto? - Perguntei a vendedora. -  Recebo poucos modelos pretos, afinal, estamos em pleno verão, mas tenho um modelo aqui que eu acho que você vai gostar, a julgar por seu... Estilo. - Sim, ela me achava estranha, com certeza. 

A vendedora touxe um vestido preto, era lindo, eu não ia negar. Ele ia até meus joelhos, na parte do tronco, ele era como um espartilho, realçava minha cintura e era aberto atras, coberto apenas pela fita, que se cruzava nela mesma e fazia um laço embaixo. A parte da saia era o melhor, era normal, não armava nem nada, mas haviam verios retalhos, como se o tecido de cima tivesse sido cortado em varios retalhos no próprio vestido. Era perfeito. 

- Ficou lindo Gabi. - Disse Fran. - Agora temos que ir ao salão. Por sorte, Lucas tinha um cartão, e pagou os vestidos e o terno, e fomos para o salão.  Lucas que pagou o salão também. Como meu cabelo é curto ( não tão curto, é até o ombro mais ou menos  =D), não há muito que fazer nele, a mulher passou um tonalizante azul, para variar com o preto de meu cabelo, o que ficou muito legal com meus cachos e minha franja alisada, na lateral ela colocou ,presa com um grampo, minha rosa, que estava preta, sim, Leo estava pensando em mim o tempo todo, será que ele estava triste por sua rosa ter ficado vermelha apenas uma vez? Deve ter ficado, mas eu não estava pensando nele agora, pela primeira vez eu estava preocupada com minha aparencia. Para a maquiagem, preto, para combinar com o vestido e realçar meus olhos verdes. Como sou muito branca, ela passou em mim um batom vermelho, para que eu não ficasse muito apagada,  e coloquei minha máscara, que era uma serpente dourada, que me deixava parecendo mais a cleópatra por causa de meu cabelo. Mas perto de Fran, seria a mesma coisa que eu não tivesse ido. Ninguém apareceria mais que ela. Como seu cabelo é cumprido, qualquer coisa ficaria lindo nele.  cabelereira dividiu seu cabelo em duas partes, que caiam em forma de tranças por seus ombros, mas as tranças não iam até a ponta de seu cabelo, elas iam apenas até a metade. De sua bolsa, ela tirou um enfeite para cabelo na forma de um sol, que foi colocado atrás, onde as tranças eram divididas. a maquiagem era simples, um tom marrom como sombra, um blush claro para não chocar muito e um batom bem claro, para que o destaque fossem os olhos, que com o efeito da maquiagem, ficaram meio cor de mel. Fran colocou sua máscara que era em forma de um gato branco com orelhas morrons, e Lucas colocou sua máscara em forma de coruja. 

Oito horas, o baile estava começando. Rufos nos deu uma carona até a casa branca, e depois virou um mini poodle, e ficou na parte da festa reservado para os cães, onde tomaria banho e seria bem cuidado, e também teria contato com cães mortais. Ninguém nos barrou, acho que foi por estarmos bem vestido.  

O lugar era lindo, todo branco, muito chique, cheio de pessoas com máscaras variadas, tinha muitas corujas como Lucas, era até engraçado, parecia até que Fran e eu haviamos entrado na festa errada. Garçonetes iam para lá e para cá, servindo bebidas. Quando uma chegou com vinho, e logico, que eu peguei um copo. Para quem ja tinha tomado vinhos de Dioníso, aquele era o pior vinho da face da terra, mas era o que tinha, eu não podia reclamar. 

- Atenção todos. - Disse um homem em uma espécie de palco. - Agora teremos a dança, e logo após a dança começaremos os leilões. Agora, arrumem seus pares e dançem! 

Eu e Fran nos olhamos. Dançar? Ele só poderia estar brincando. Lucas perguntou qual de nós dançaria com ele, mas nós conheciamos Carol bem de mais para nos atrevermos a tocar nele, tenho certeza que ela ja ficará brava o suficiente quando souber que ele pagou tudo. Lucas decidiu dançar com uma garota que estava sentada em uma mesa próxima a nossa, e eu e Fran fomos para o banco das disponíveis. Um garoto com máscara de coruja tirou fran para dançar assim que ela se sentou, e um garoto com uma máscara de rato veio me chamar para dançar. O garoto me estendeu a mão, e eu aceitei. Fomos para o meio, eu não sabia dançar, pisei muito nos pés dele. 

- Por que você não coloca seus pés em cima dos meus? - Perguntou o garoto. 

Coloquei meus pés sobre os dele, foi mais fácil dançar assim. Encostei minha cabeça em seu ombro, e ele encontou sua cabeça na minha, sussurando ao meu ouvido. 

- Por que minha rosa ficou vermelha só uma vez? 

Tirei minha cabeça de seu ombro com um susto. 

- Leo? É você? 

- Sentiu minha falta? 

- Não deu tempo, eu sai do acampamento ontem. 

- Ja fez um dia, eu comecei a morrer de saudade quatro horas depois que você saiu. 

- Mas o que você está fazendo aqui? Você é louco? 

- Eu não ia vim, ia esperar minha rosa ficar vermelha de novo, mas Murilo não estava aguentando, esta é a primeira missão de Fran, e ele precisava saber como ela estava, ai eu aproveitei a carona e vim junto. 

- Que lindo, e com certeza Quíron nem imagina. 

- A essa hora ele ja deve saber, mas eu e Murilo não dissemos que viriamos. 

- Ainda não acredito que você está aqui. 

- Nem eu, mas fazer o que. Agora você terá que me aguentar no seu pé. 

A musica tocava, quando olhei para Fran, ela beijava Murilo, ja haviam se reconhecido. 

- Fran ficou linda com aquele vestido. - Comentou Leo.

- É mesmo. - Concordei. - Você não sente ciúmes? Estou elogiando uma amiga sua. 

- Por que eu sentiria?  

- Sei lá, eu sinto ciúmes de você, achei que você sentisse também. 

- Me desculpe, Leo, eu não sinto ciúmes, de ninguém. Isso é muito meu. 

- Entendo. Mas você não fica brava de eu sentir? 

- Não, desde que não seja doentio, não me importo. Até acho fofo. 

Leo sorriu e continuamos a dançar, sem mais palavras, apenas nossos pés para um lado e para o outro. 

- Lindo, lindo! - Disse o homem subindo no palco de novo assim que a musica acabou. - Maravilhoso. Agora, nossos bartenders escolheram as garotas mais lindas da festa para subir ao palco para serem leiloadas. Por favor moças, tirem as máscaras.

Todas as mulheres e garotas do lugar começaram a tirar as máscaras, e as escolhidas subiam ao palco. Não importava se eram solteiras, viuvas, casadas ou se namoravam, se era bonita tinha que ir, não tinha desculpa. 

Um bartender foi até Fran,  e sussurrou em sua orelha que ela era linda, pegou sua mão e levou-a para o palco. Um outro bartender tocou em meu ombro por tras de mim, virando-me para ele. Que presente dos deuses era aquele! Ele era perfeito. Tinha olhos azuis profundos com o oceano, e o cabelo tão preto, mas tão preto, que faria branca de neve morrer de inveja. 

- Você tem um brilho engraçado nos olhos, tem algo muito especial em você. Eu não vou leva-la para o leilão, mas quero que você me encontre no final da festa na entrada.

- Ele beijou minha mão e saiu. 

- Você nem morta vai falar com ele. - Disse Leo. 

- Leo, e se ele for um monstro ou sei lá. 

- E se ele for um estuprador que quer sequestra-la e fazer sabe-se lá o que com você. 

- Se eu estiver em perigo, eu pensarei em você, portanto, fique de olho na rosa. 

- Vocês vão se encontrar na entrada? 

- É. Mas não é agora, dá tempo de a gente ver o leilão. 

Já era a vez de Fran ser leiloada, Leo e eu fomos para mais perto do palco, onde começaram os lances. 

- 10.000 

- 30.000 

- 50.000  

- 200.000 - Esse foi o lance de Murilo. 

- 200.000, 10 segundos, alguém tem uma oferta maior?

 - 1.000.000 A VISTA! - Anunciou um garoto loiro de olhos pretos, muito bonito, mas senti que Fran não havia ficado muito feliz com a oferta. 

- VENDIDA! - Anunciou o homem do palco. - PARA O FILHO DO DONO DO CASSINO VEGAS! 

Ta, filho de dono de cassino, ele poderia pagar MUITO mais do que isso, mas foi o suficiente. O garoto foi ao palco buscar Fran, uma limusine parou na frente da entrada principal,  e Fran sumiu com seu comprador dentro da limusine. Não vimos Murilo em lugar algum, Lucas saiu para procura-lo, enquanto eu e Leo esperavamos a festa acabar para descobrirmos o que o bartender queria afinal. Depois do leilão, começou uma balada. Leo e eu dançamos muito, nos misturamos na multidão.

Até que a festa acabou, o lugar começou a esvaziar.  Fui para a entrada, onde o bartender ja me esperava. 

- Que bom que você veio. - Ele abriu um sorriso, e que sorriso era aquele, meus deuses!  

- Por que você não me levou para ser leiloada? 

- Por que quero você só pra mim. - Ele me agarrou e começou a me beijar, passando suas mãos por meu corpo todo. Dei-lhe um empurrão. 

- O que você pensa que está fazendo? 

- É pecado um homem querer muito uma mulher? 

- Me desculpe, mas eu ja tenho dono. - Blefei. 

- Aquele garoto com máscara de rato? Por favor, eu sou muito melhor que ele. - Disse abrindo os braços. Ele estava me tentando com aquele corpo sarado por debaixo da camisa branca. - Não estou te obrigando a ficar comigo, só quero que você prove. 

Ele me abraçou, aqueles braços grandes e fortes me apertaram pela cintura, fazendo-me derreter por seu encanto. Começamos a nos beijar de novo. 

- Por que não vamos para meu carro? - Ele me chamou, e eu, fui. 

Ao entrarmos em sua ferrari vermelha, fomos para o banco de tras, onde ele deitou seu corpo sobre o meu, e ali ficamos nos beijando e descobrindo cada parte do corpo um do outro por um bom tempo. 

- Não. - Eu me levantei. - Isso está errado. 

- O que está errado? - Ele passava a mão em meu cabelo, até que tirou minha rosa sem querer. 

"Leo". Foi o que me veio a cabeça, com certeza ele estaria vindo, pensando que eu estava em perigo, mas e se eu realmente estivesse. 

- QUEM ESTÁ COM A OUTRA? - Perguntou o garoto. 

- Uma amiga. - Menti. 

- MENTIROSA! - Ele me deu um tapa no rosto. - ESTÁ COM ELE, NÃO ESTÁ? COM O CARA DE RATO! Ele deve estar vindo, mas não por muito tempo. 

O bartender pulou para o banco da frente, e começou a dirigir numa velocidade muito alta. Quando senti o carro dar um pulo. Rufos e Leo estavam atras de nós, mas o carro fazia muitas curvas, e Rufos era um fusca para curvas em alta velocidade.


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