Brand New You. escrita por cacabeebs


Capítulo 22
Nossas lágrimas.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora. Vou normalizar as postagens. Eu estava com início de depressão e tal. Me desculpem, e espero que gostem.



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Quando li aquilo, imediatamente eu comecei a tremer, eu não entendia o porquê dessa pessoa estar fazendo isso comigo, quer dizer, tem poucos dias que eu estou aqui nessa cidade, e já tem uma pessoa tentando acabar com a minha felicidade? Nossa hein Alícia, pra arranjar inimigos, não há pessoa melhor do que você.

Com medo de que alguém aparecesse, e não tivesse como me defender, entrei para a quadra novamente, meus olhos estavam esbugalhados, o que fez Hillary aproximar-se de mim junto a Kate, ambas com um olhar assustado. Dei um sorriso forçado e pedi para que as duas me seguissem e então, mostrei-lhes então o escrito no chão, e as duas tiveram a mesma reação estática, dei um grande suspiro e sentei-me no capô do carro do Justin.

- Já está na hora de saberem – suspirei – Bom, sabe quando eu fico estranha do nada? Eu estou recebendo SMS, bilhetes e coisas desse – apontei para o escrito – tipo há algum tempo. No início eu pensava que era brincadeira, mas agora eu tenho certeza de que não é. Essa pessoa está falando que o Justin é meu irmão, dizendo que vai fazer da minha vida um inferno... E eu estou com medo.

- Ok, essa é a coisa mais sinistra que eu já vi em toda a minha vida.

- Obrigada Kate – disse fazendo-a baixar a cabeça.

- Mas irmãos? Isso tem nexo? Quer dizer, seus pais são amigos não são? É só chegar e perguntar então! – Hillary disse como se fosse óbvio.

- Meu Deus, vocês estão aqui mesmo? Hello! – Disse nervosa – Claro que eu vou chegar assim e perguntar pros meus pais: HEY, AGORA A PORRA TÁ SÉRIA, O JUSTIN É MEU IRMÃO? Não dá gente, não dá.

- Eu sou seu o que? – Justin disse, assim que apareceu no estacionamento. Seus olhos estavam sérios e estava ofegante, pingando suor, estava sem camisa, e seu shorts meio amassado. Dei o maior suspiro da minha vida, olhando pra cima, pra que não começasse a chorar ali mesmo.

- Ai meu Deus, e agora? – Kate disse atordoada.

[...]

O time da escola havia vencido por uma diferença de cinco cestas, Amber, as líderes de torcida e parte do time de basquete foram comemorar, mas Hillary, Kate, Justin, Ryan, Chaz, Dereck e Christian foram conosco até a casa de Hillary, para que junto das garotas, eu conseguisse contar tudo que estava acontecendo, e quem sabe, achar uma solução pra toda essa confusão.

Estávamos todos na área da piscina de Hill, mas a piscina não chamava a atenção de ninguém ali. O clima estava tenso, e todos estavam sérios, e eu estava fraca e debilitada demais pra começar a dizer algo, então Hill foi um anjo em começar a falar por mim, enquanto eu estava recebendo carinhos de Justin.

- Bom, nós chamamos vocês aqui, porque temos um assunto muito sério pra tratar. Tem algo acontecendo a nossa volta, uma coisa séria, e precisamos resolver. É de extrema importância que o que falarmos aqui, ficará aqui, e ao contrário, os problemas vão ser cada vez maiores.

- Ai fala logo, o que está acontecendo? Isso tudo está me deixando bem nervoso! – Chris disse apreensivo.

- Concordo com o Chris, o que tá rolando? – Dereck disse e eu suspirei, deixando uma lágrima cair dos meus olhos.

- Gente, sabe quando eu fico toda estranha do nada? Como nos intervalos, quando eu estou sorrindo, e do nada fico séria? – perguntei e todos assentiram. Fitei Hillary, que me olhava com compaixão. – Eu estou sendo intimada, e estou amedrontada.

- Quem é? Fala Lícia que eu quebro na porrada na mesma hora! – Justin disse hostil, e eu só queria cada vez mais morrer, eu sentia que ele estava sofrendo.

- Calma aí cara, todo mundo quer saber o que está acontecendo, relaxa man – Chaz o acalmou.

- Eu queria muito, mas muito mesmo saber quem é que tá fazendo isso comigo, mas eu não sei. Essa pessoa tem dito que vai estragar com a minha vida, e que vai fazer dela um inferno. Me manda sempre sms, me manda bilhetes, e escreve nos lugares que eu estou. Quem tentou me ligar e não conseguiu, é porque eu quebrei meu celular, eu o joguei na parede e ele partiu em dois. Ela disse que... – meus olhos marejavam novamente, e eu já tremia muito, se eu continuasse, eu provavelmente não pararia de chorar tão cedo. Eu estava realmente gostando do Justin, como nunca tinha gostado de ninguém e me parecia muito injusto não poder ficar com uma pessoa que se gosta.

- Ela disse que Justin e Alícia são irmãos – Kate finalizou num suspiro só, olhei para Justin, que havia soltado duas e solitárias lágrimas.

- Isso é verdade amor?

- Eu... N-Não sei – disse, soltando todo meu pranto. Justin me abraçou forte e eu pude sentir as lágrimas escorrerem por meus ombros, e escutei todos a minha volta começarem a murmurar várias coisas, todos indignados e assustados, sem reação. Mas pra mim, isso era apenas uma pequena parcela daquilo tudo. O que eu mais queria era que esse pesadelo parasse, que isso fosse apenas uma fase, que tudo não passasse de uma brincadeira de muito mal gosto, e que a pessoa pararia logo com isso.

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Ryan e Christian tiveram de ir embora, pois tinham compromissos irremarcáveis, mas, tirando eles, todos ainda permaneciam na casa de Hill. Dessa vez, nós estávamos na sala, e na TV, passava um filme qualquer, mas ninguém estava de fato, prestando atenção nele, e estava um clima muito pesado para rir das palhaçadas de Jim Carey.

- E aí, o que a gente faz? – Dereck disse triste, parecia desolado. – Eu e a Lícia não podemos perguntar pros nossos pais, e nem o Justin pros dele. Isso está errado! Não tem como. O que a gente faz? Eu não quero continuar nesse climão...

- Eu já sei. A gente vai amanhã comprar um celular novo pra Lícia, e o número ficará só entre nós, não passaremos pra ninguém, esse número não vai pra frente. E bilhetes? Não deixaremos nenhum chegar perto da nossa princesa, isso é proibido. E em nenhum momento a deixaremos sozinha, pelo menos por enquanto. Alícia e Justin podem namorar, não temos prova de que isso é verdade, e quando tivermos, veremos o que faremos. E se forem irmãos... Torcemos para que não forem – Chaz disse e todos assentiram, preocupados.

- Você vai ver meu amor, eu vou fazer parar. Vou fazer essa dor toda ir embora. É apenas uma confusão. Confia em mim, eu serei um idiota se te fizer sofrer. Eu não vou deixar que nada, mas eu digo nada mesmo nos separe. Você é minha. Minha, me entendeu? – Justin disse com voz chorosa, me dando um beijo demorado posteriormente, mas o beijo não foi doce, ao contrário, no meio dele, senti o gosto salgado das lágrimas. Das nossas lágrimas.


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Notas finais do capítulo

E aí, mereço reviews? Obrigada a paciência.



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