A Guardiã Do Livro Oculto escrita por Lana


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Oi Pessooal!!
Antes de mais nada, quero agradecer muito a recomendação do Neto Novais. Muito obrigada mesmo tá!
A partir de agora, a história entra em sua fase decisiva. Todos os capítulos terão algum acontecimento importante, com altas cargas de adrenalina e emoção.
Uma dica: Prestem bastante atenção no comportamento dos personagens. É crucial para desvendarem todos os mistérios de " A guardiã do livro oculto".
Divirtam-se ^.^



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Capítulo 29

Pov Annabeth

A cidade dos lagos. Conhecida por ser a mais fria dos Estados Unidos, Minneapolis agora queimava debaixo de um sol escaldante. Dizem que no verão geralmente é assim, mas esse em especial, tem mais uma razão para isso. É simples: O livro oculto de que tanto falam, que Deon e sabe-se lá quem tanto querem, e que é tão preservado pelos deuses, está aqui – bem acima de nossos narizes.

Estamos em uma cidade incrivelmente grande, cercada por lagos e com grande parte rodeada por montanhas, o que me faz perguntar a mim mesma e a quem souber responder, qual delas é o Monte Parnaso. Pode ser qualquer uma, mas eu simplesmente não consigo encontrar nenhuma pista.

Acabávamos de sair do terminal rodoviário, depois de Thalia ter contato a epopeica batalha de Paige contra a temível Empousa. Ao nosso lado descansava um pequeno lago solitário e calmo, protegido por grades de quase um metro de altura. Os outros riam e tagarelavam sem parar, menos eu e Julie, que caminhávamos lentamente atrás dos outros com a mesma dúvida saltitando em nossos neurônios. Á nossa frente, dois rochedos se desenhavam assimetricamente, com tufos de árvores de todos os tipos dentre frondosas pedras aparentemente pontudas.

Quando já estávamos à uma distância significativa dos outros, Julie finalmente cortou o vento.

- Suspeito que seja uma das duas montanhas, mas não consigo decifrar qual.

Dei um o longo suspiro de concordância.

- Então somos duas, maninha. Se ao menos eu tivesse alguma pista, ou algum sinal... – eu disse com ar profundo e esperançoso.

- Atena poderia ajudar, afinal, é de sumo interesse dela e dos deuses também.

- É, bem que poderia mesmo...

Fiz uma prece rápida e silenciosa à Atena. Sei que não adiantaria, mas não custava tentar.

Mãe, precisamos de ajuda. Nos conceda por favor, para o bem dos deuses...”

Estávamos escoradas na barra de proteção. Julie fixava o olhar para cima, como se uma das duas montanhas a dissesse qual delas era o Monte Parnaso. Eu estava a seu lado esquerdo, e depois de muito encarar as montanhas também, desviei distraidamente meus olhos para o lago. Incrivelmente pude ver letras de forma gelatinosas se formando diante dos meus olhos, e depois de alguns segundos olhando-as moverem-se lentamente, li:

O pico mais alto diante de quem lhe é fraterno esconde o que procuras.”

Piquei umas duas vezes até que as letras começaram a se embaçar.

- Julie, Julie! Olhe aqui.

Apontei na direção do que estava escrito, mas lá não havia mais nada escrito. Julie ficou me olhando como se dissesse “ Você está bem?”, mas eu tratei logo e me explicar.

- Ali estava a resposta! Os deuses ajudaram, ela ajudou! – eu disse olhando-a nos olhos como se pudesses fazê-la acreditar em mim.

- Quem é ela, cunhadinha? Vocês estavam demorando, por isso voltamos pra busca-las... Sabe, garotos são impacientes! – Paige olhou sugestivamente para o Nico.

- Essa frase está errada! Garotas são impacientes. – Nico retrucou.

- Ihh, já vai começar? – Thalia interviu, e depois eu falei mais alto que todos.

- Gente, POSSO FALAR? Pensei que quisessem saber o que eu descobri...

- Pode sim Annie, diga. TODOS vão ficar quietos! – Percy falou encarando Paige e Nico.

- Primeiro: “Ela” é Atena. Segundo: Graças aos deuses, eu descobri onde fica o Monte Parnaso!

- É? E onde fica?

- “ O pico mais alto diante de quem lhe é fraterno esconde o que procuras.” – eu recitei. O rosto de Julie se iluminou, mas os outros continuaram com o semblante confuso.

- Tá Annabeth. Agora diga: onde fica o Monte Parnaso? – Grover falou em dúvida.

- Vocês não perceberam? Eu vi isso escrito no lago, enquanto eu e Julie estávamos tentando decifrar qual das duas montanhas à nossa frente – nesse exato lugar – é o esconderijo do livro. Quem aqui tem laços fraternais comigo?

Enquanto os outros pareciam pensar, Julie falou delicadamente:

- Bem, eu.

- Isso! Julie, vire de costas, e consequentemente fique de frente para o lago. O que você vê?

- Uma montanha íngreme com o cume mais elevado do que a de seu lado esquerdo.

- O livro está lá. – Apontei para a montanha com o olhar voltado para os outros componentes da missão. – Aquele é o Monte Parnaso que tanto procuramos.

Pov Sean

Eu e Deon desvendávamos os segredos de Martin em seu diário. Mas o que era mais importante – o nome dos deuses envolvidos em toda essa louca busca incessante por um livro que nunca nenhum de nós viu – ainda não conseguimos achar.

Pauline se remexia desconfortavelmente na cadeira, enquanto nós procurávamos por informações relevantes e que valessem à pena. Meu pai já estava se irritando porque até o momento apenas líamos declarações de amor esdrúxulas de Martin para a deusa Hebe. Foi desse romance que nasceu Pauline, a semideusa á nossa frente.

Quando Christopher quebrava o terceiro copo desde que chegamos, uma imagem tremeluziu no meio da sala de Pauline O’mailan. Era Petrus.

Levantei os olhos e o cumprimentei, mas o servo de Phobos foi direto ao ponto:

- Não temos tempo para isso meu caro Sean. Vim avisá-los de que os semideuses já estão em Minneapolis se dirigindo para o Monte Parnaso, ou seja, não temos mais tempo.

- Precisamos ir pra lá agora. Mas não temos tempo, estamos a quatro horas de Minneapolis...

- Vocês precisam surpreendê-los e conseguir entrar no Monte junto com eles. Pegar o livro dessa forma será mais fácil, já que não conseguiram pegar as guardiãs. Phobos e os outros estão muito irritados com a incompetência de vocês, mas essa é a chance de se redimir.

Eu estava de cabeça baixa. Odiava falhar. Deon olhava copiosamente a imagem de Petrus tremeluzindo, com os olhos vermelhos:

- Você não entendeu? Nós não chegaremos lá à tempo, é impossível? – ele fou muito irritado.

- Deon, ás vezes me esqueço que pensar não é seu forte. Os deuses vão ajudar na obrigação de vocês dessa vez. Há uma quadriga mágica lá fora. Em sua velocidade máxima, os fará chegar no portal mágico em cerca de dez minutos.

Fiquei maravilhado com que ouvia. Isso realmente veio a calhar, do contrário, sou forçado a concordar com o filho repugnante de Afrodite (n/a: “só não mais repugnante do que Drew”, palavras de Hope, uma de minhas fiéis leitoras.). Nunca chegaríamos a tempo.

- Isso facilita muito as coisas. – Deon disse piscando. De uma vez, fechou o diário de Martin e colocou-o debaixo do braço. A intenção inicial era deixa-lo com Pauline, mas devido às circunstâncias, os planos tiveram que ser mudados. Christopher se levantou e abriu à porta da casa ao mesmo tempo em que a imagem de Petrus começava a se desfazer, mas ainda pudemos escutar uma última ponderação.

- Façam sua parte e cumpram o que está destinado a vocês. Ou então comprometam-se com fúria dos chefes. – Aquilo me fez engolir seco, e pelo visto a Deon também.

Sem hesitar mais, meu pai se levantou e correu para fora da casa. Eu me levantei lentamente, mas quando já estava na porta, segurei a maçaneta e me virei para a senhora atônita por causa dos acontecimentos:

- Vou tentar devolver o diário de seu pai. Não é justo que fiquemos com ele. Até breve senhora Pauline.

Fechei a porta antes de esperar alguma resposta.

Do lado de fora Christopher já esperava com as rédeas nas mãos provavelmente pronto para dar partida à quadriga encantada. Impaciente e visivelmente descontrolado, Deon bufava e repetia audivelmente para si mesmo: “ Não posso falhar, não posso falhar, não devo falhar.”

O lestrigão subiu em ângulo extremamente aberto e em poucos segundos estávamos voando por sobre as nuvens. Pensei, daqui a pouco tempo, estaremos diante daquilo que procuram a tantos anos. Era isso. Apenas dez minutos, e depois, tudo podia acontecer.

Pov Grover

Depois que Annie revelou onde era o Monte Parnaso tudo ficou mais fácil. Agora já sabíamos aonde ir, mas o difícil era chegar lá. A montanha era fechada e isso impedia-nos de ir de táxi ou qualquer veículo que fosse automotor. O jeito era contar com nossos pés, ou no meu caso, com meus lustrosos cascos.

Os casais iam na nossa frente andando sonhadoramente de mãos dadas como se

fossem simples mortais descomprometidos com o Olimpo. Mas eles não tinham essa sorte. Percy e Annabeth nunca tiveram um tempo de paz para viverem normalmente como namorados, e por enquanto teriam que se conformar com o namoro à sombra da adrenalina das missões. Nico e Julie descobririam como era viver assim agora, mas eu estou feliz por eles, antes assim do que não ter como dividir ou multiplicar a tensão e as vitórias.

Estávamos lado a lado. Paige, eu, Thalia. É óbvio que eu precisava ir no meio das duas, mesmo que dessa maneira eu estivesse em constante risco de sofrer uma descarga elétrica pela junção de água e energia – nem uma parede de plantas me salvaria dessa.

Graças aos deuses, pelo menos até agora elas estavam quietas. Porém Paige têm uma sensibilidade incrível para ler o pensamento dos outros – suspeito que ela faça isso mesmo (n/a: só pra constar, essa foi um palpite do Grover. Paige não lê pensamentos) – porque no mesmo instante em que eu apreciava andar do lado da garota de Poseidon de boca fechada, ela começa:

- Uma Fúria incomoda muita gente, mas uma Empousa incomoda muito maais...

Uma Dracaenae incomoda muita gente, mas uma mantícora incomoda muito maais...

Um lestrigão incomoda muita gente...

E nesse instante, Thalia se intrometeu na cantoria exagerada de Paige e completou:

- ...Mas a PEIXINHA incomoda muito maais.

Por incrível que pareça, Paige não se importou com o comentário de Thalia, apenas parou de cantar. Parece que dessa vez a filha de Zeus conseguiu faze-la calar a boca, só não sei por quanto tempo.

É, não durou muito. Um minuto depois Paige já estava tagarelando novamente:

- Thalia, posso fazer uma pergunta?

- Faz logo Sardinha... – Thalia não estava muito bem humorada, pelo menos não parecia estar. Seus olhos azuis elétricos faiscavam, denunciando que ela estava ou com raiva, ou preocupada com alguma coisa. Mas o que quer que fosse, certamente ela não diria fácil. Paige, por fim, perguntou:

- Por que você não gosta de mim? Digo, eu não fiz nada que te desse motivo...

Thalia ficou muda por um instante. Acho que ela não conseguia organizar as palavras de modo que Paige conseguisse compreender, então, resolvi ajudar:

- Bem Paige, eu acho que é porque a Thalia estava acostumada a ser a única filha mulher semideusa –agora Caçadora - dos três grandes. Talvez seja só um pouquinho de ciúmes, não é Thalia?

Paige estreitou os olhos, com cara de quem não acreditou na história. Cara, preciso aprender a mentir melhor... (n/a: e como precisa! Acho que essa resposta do Grover não convenceu a ninguém...)

A Caçadora rebateu em seu melhor estilo Thalia de ser:

- Claro que não Grover! Que ideia mais idiota! Paige, eu apenas implico com todos que estão perto de mim. Achei que você tivesse notado que esse é o meu jeito de gostar. Para comprovar que eu realmente gosto de você, priminha, eu estive pensando em lhe dar isso.

Ah não! Estava demorando... Thalia tirou do bolso o fatídico panfleto das Caçadoras de Ártemis e entregou-o à Paige.

- Se você quiser se tornar uma caçadora, assim como eu, depois da missão fale comigo. Mas eu te aconselho a pensar bem, é uma decisão pra toda a eternidade. Leia o panfleto com calma, e depois me diga. – Thalia disse afavelmente.

Os olhos da guardiã de Aquarius brilharam. Eu não sei o que se passou pela cabeça dela, mas acho  que Percy não vai gostar muito da ideia, principalmente pelo que aconteceu com Bianca – irmã de Nico – depois que a mesma virou uma Caçadora.

- Prometo que vou pensar. Obrigada Thalia, entendi seus motivos, e acredito em você. (n/a: E então? Paige se tornará uma Caçadora ou não?)

Depois disso, andamos mais um pouco e chegamos de frente à montanha. Annabeth virou-se para trás:

- É aqui. Vamos ter que tomar cuidado ao subir. Lembrem-se, fiquem todos juntos, e mais uma vez, cuidado.

A subida não demoraria muito. Só de pensar que daqui a pouco tempo o objeto de desejo de tantas pessoas ficará em nossas mãos me deixa arrepiado. Agora teríamos que ter cuidado redobrado.

Mas não é bom sofrer por antecipação. Quanto tempo ainda demoraria para chegarmos até o topo do Monte, onde fica o portal? Não sei, talvez dez minutos? É,  pode ser.

Na verdade, TUDO pode acontecer daqui a dez minutos.


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Notas finais do capítulo

Palpites do que acontecerá?
Fiquem á vontade...
No próximo capítulo muita coisa irá acontecer..
O próximo capítulo sairá mais rápido se os leitores fantasminhas começarem a se manifestar. É sério gente. Nem um terço dos leitores da história comentam, e isso acaba com a auto estima de um escritor. É claro que isso não se aplica a quem semple lê e comenta. Se gosta - ou não gosta, tanto faz - da história, mas pelo menos leu, então deixe sua opinião. Não custa nada tá!
Obrigada a todos que leram...
Reviews?
Bom, até o próximo galera!
Beijokinhas!
Lana ;)