A Guardiã Do Livro Oculto escrita por Lana


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Oiii
Imaginem, já é a quarta vez que tento postar esse capítulo...espero que agora dê certo.
Gostaria de pedir desculpas pela demora em postar, mas é que eu estava viajando. Prometo que agora eu postarei com mais regularidade.
Obrigada a todos que comentam! Sou muito grata vocês... Peço pra quem lê e não manda reviews para mandar a partir de agora ok?! É pelo bem da história.
Espero que gostem desse,
Boa Leitura! :)



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Capítulo 28

Pov Deon

Continuação do flashback

 Eu não sabia se deveria aceitar. Tá certo que sempre ansiei por poder, mas confesso que uma trama assim me assustou um pouco. Seduzir uma deusa e ter um filho com ela apenas para buscar algo que eu nem sei se vou conseguir... Não é uma das propostas mais tentadoras. Deve haver algo muito importante escondido em toda essa história, e eu preciso descobrir o que é. Na verdade, tudo que eu preciso é de uma motivação irresistível, ou então, nada feito.

- Petrus, eu pensei melhor e quero saber tudo em seus mínimos detalhes, sobre o plano desses deuses e o que eles pretendem com esse livro, e só depois digo se aceito ou não ser o tal espião do Olimpo.

- Muito inteligente de sua parte Deon. Mas o que te faz pensar que eu abriria todo o esquema pra você, e no final, você se recusar a participar? – ele me perguntou franzindo o cenho.

- Simples. Você mesmo disse que precisam de mim, e eu só topo fazer o que me propuseram se cumprirem a condição que impus. – eu disse em tom firme, deixando claro que eu não cederia fácil.

- Essa decisão não cabe a mim. Preciso pedir permissão a Phobos e também Deimos se posso abrir o jogo com você.

- Ok, faça isso e depois me procure.

- Pode deixar. Porém, ainda acho que seria melhor pra você que aceitasse a oferta que te fiz, até porque eles podem não gostar. – Petrus se encolheu um pouco. Pela sua expressão, pude entender que Phobos não era um patrão, digamos assim, dos mais amigáveis.

Senti um arrepio na espinha com esse último pensamento, mas eu estava decidido. Se entrasse nessa, eu não seria apenas mais uma marionete comandada por quem se acha mais poderoso do que eu.

- Que seja... eu não vou voltar atrás. – Dei de ombros.

- Até mais Deon, pense bem na oferta, pois não é qualquer que tem a sorte de receber uma chance dessas.

- Eu vou pensar.

Flashback off

Phobos e Deimos não tiveram outra escolha a não ser me contar. Foi quando soube sobre Stormie – deusa que até então era desconhecida, devido a todo o segredo mantido pelos deuses – sobre as espadas gêmeas e sobre o artefato que cobiçavam: o livro oculto.

O restante foi tudo questão de tempo. Hécate e eu nos conhecemos em uma convenção para semideuses, que acontecia de dez em dez anos. Ela tinha sido convidada por Quíron, o principal organizador do evento, para falar sobre seu curioso trabalho no mundo inferior e também sobre sua relação estreita com Olimpianos, situação estranha pelo fato da mesma não ser um deles; e é claro, sobre a influencia e a utilização de magia no mundo mortal.

Os assuntos poderiam ser interessantes, para um filho de Atena, ou então qualquer outro meio-sangue curioso. Eu estava mais preocupado em me preparar para ser irresistível aos olhos da deusa da magia, afinal, essa era a chance que eu estava esperando.

Hécate, por sua postura, não parecia ser o tipo de mulher que sai com estranhos e se apaixona no primeiro encontro, mas isso não vale para filhos de Afrodite com poder de persuasão, como eu. Com poucas palavras e um olhar penetrante, conquistei a deusa e mantive um relacionamento de quase um ano com ela. Eu nunca tive um relacionamento que durasse tanto... Nesse meio tempo, consegui descobrir algumas coisas importantes, como a quem pertenciam as espadas agora – Atena e Poseidon – e o que eles fariam com ela, e dentre outras coisas, sobre a iminência do despertarda profecia do livro, o que estava deixando os deuses aflitos.

Após essas descobertas, Petrus começou a me pressionar para engravidar a deusa, o que eu tinha evitado de todo o modo possível até o momento. Eu simplesmente não estava preparado pra ser pai, não aos vinte anos. Mas eu tinha um acordo a cumprir, e no final das contas, meu filho também seria semideus, o que poderia facilitar as coisas pra mim.

Três meses após a conversa com o servo de Phobos, Hécate me deu a famigerada notícia: estava grávida de dois meses. Não sei se fiquei satisfeito ou decepcionado, mas na frente da deusa eu era o mais animado e emocionado quanto podia. (n/a: odeio gente falsa...)

Agora eu teria um vínculo para sempre com a deusa que eu prometi enganar. Eu nunca fui apaixonado por ela, mas não posso dizer que era torturante passar algum tempo ao seu lado. Hécate é, com certeza, a mulher mais admirável que conheci.

Eu sabia que a responsabilidade da criança cairia sobre mim, até porque os deuses são atarefados demais para cuidar de seus filhos. Bem, o que está feito, está feito, e mesmo que eu quisesse, agora não posso voltar atrás.

 ...

Pauline, que tinha saído momentaneamente da sala, voltou com uma caixa velha e empoeirada, de mais ou menos trinta centímetros de comprimento e vinte de cinco centímetros de largura. Eu tinha uma forte suspeita do que estava ali dentro.

A senhora sentou-se em sua poltrona de anfitriã e deu um longo suspiro. Eu e Sean nos entreolhamos e o garoto esboçou um sorriso de quem está satisfeito. Ela abriu a caixa e depois soprou a capa do livro, que parecia não ter sido aberto em um longo tempo. Folheou as páginas amarelas e grossas. Sem sequer nos dirigir um único olhar, ela disse:

- Abri esse diário uma única vez, há muitos anos atrás. Saber do passado me assusta.

Então, finalmente olhou para nós.

- Vocês querem vê-lo, não é?

- Claro senhora, ou acha que viemos aqui perder tempo, enquanto os heroizinhos de quinta se aproximam do Monte parnaso... – eu disse rudemente. Christopher olhou com cara de bobo para mim e Sean tentou incinerar a tensão que se espalhou pelo ar naquele momento.

- Sim, por favor. Desculpe pelo meu pai, ele só está um pouco estressado.

- Ele é seu pai? – Pauline perguntou surpresa.

- Infelizmente, mas isso não está em questão. Nos dê o tal diário, por favor... – eu quis cortar logo o assunto. (n/a: pensei que filhos de Afrodite fossem mais gentis e educados...)

Ela levantou-se e, caminhando a passos lentos, chegou até o sofá onde eu e meu querido (n/a:sintam o cheiro do sarcasmo) filho estávamos. Pauline os entregou o livro aberto, e em seguida, disse baixinho:

- Espero que Kevin tenha noção do que está fazendo.

Pov  Thalia

Até que enfim chegamos. Não aguentava mais essa coisa que Poseidon fez - que alguns chamam de semideusa - falando, ou melhor, buzinando no meu ouvido. Fala sério, ela não calou a boca um minuto sequer! Estou com uma dor de cabeça tão forte que nem Annabeth seria capaz de causar.

Descemos do ônibus cansados pela viagem desgastante. A maritaca que atende pelo nome de Paige continuou tagarelando, só que dessa vez, no ouvido do pobre do Grover. Eu obviamente rolei os olhos, mas graças ao safado do meu pai não sou eu que ela está atormentando.

[Trovões ensurdecedores ribombam nos céus]

Calma paizinho, não repito mais, prometo.”  O céu se acalmou instantaneamente, o que me fez pensar no quão meu pai é ingênuo, ou crédulo demais.

Voltando a história principal... A parte de chegar ao Monte Parnaso ficou por conta de Annabeth. Ela é a única que deve saber onde fica o local, mas talvez Julie também saiba.

A rodoviária onde estávamos era cheia de barraquinhas com objetos fúteis e ridiculamente coloridos, o que encantou a guardiã maluca de Aquarius. (n/a: essa implicância da Thalia com a Paige vai longe?) Os outros já estavam saindo do terminal e eu decidi que iria com eles enquanto a golfinho fêmea babava por ursinhos de pelúcia escrotos.

Já estava passando pela saída quando ouço um grito desesperado e estridente vindo de alguns metros atrás. Quando olho, vejo uma criatura maligna de pele escamosa e cabelo horrível – Empousa, Empousai, Rascunho do mapa do inferno...ou como quiserem chamar. Ela com certeza era a moça da barraquinha supérflua, que saltou do balcão e avançou para cima de Paige, que estava com sua espada em punho.

Paige avançou e o monstro recuou significativamente. A garota ganhou confiança ao ver que a empousa demonstrou ter medo dela e continuou investindo contra a segurança da criatura, que em um dado momento tentou esboçar alguma reação. Com golpes simples e quase imprevisíveis, a Vendedora/Empousa conseguiu desfazer a vantagem que a garota de Poseidon tinha, levando a mesma ao desespero.

Corri para alcançar a luta que estava afetando perigosamente Paige. Ela se descontrolou e deixou com que o monstro dominasse, um erro fatal em qualquer que seja a situação. Justamente na hora em que eu tentava me aproximar, um enxame de pessoas saiu de um ônibus que acabara de parar na plataforma ao meu lado, arrastando-me para o lado oposto de onde as duas estavam.

Droga! – Eu praguejei em pensamento, desse jeito Paige não duraria muito porque ainda não tinha lutado sozinha, e eu não teria feito nada para ajudar.

Eram tantas pessoas que não acabavam mais. Eu empurrei algumas com uma violência desnecessária, mas elas teriam que entender que era um caso importante, só que eu não iria parar para explicar.

Quando consegui visualizar novamente a luta, a empousa estava a um passo de derrotar Paige selando sua morte. A garota estava estirada no chão com a monstra olhando-a de cima. Aquarius estava jogada de lado, mas ainda suficientemente perto, quando o monstro começou a descer vagarosamente a lança, como se quisesse apreciar o desespero estampado no rosto da menina.

Eu tinha que fazer alguma coisa. Foi quando gritei:

- Paige, a espada!

Ela pareceu entender. Em frações de segundo, ela retomou o controle de Aquarius e bloqueou o golpe na hora certa. Agora precisaríamos de outra tática para derrotar o monstro. Peguei meu arco e lancei uma flecha pelas costas da monstrenga, que incrivelmente conseguiu desviar e a flecha perdeu o rumo. Mas a empousa cometeu um erro fatal: ficou de costas para Paige, que estava á uma distância insignificante. Pisquei para ela, que estranhamente entendeu o sinal, e antes que eu piscasse novamente, a peixe-palhaça cravou a espada na lombar da criatura do tártaro, mandando-a de volta para seu lugar, em flocos extrafinos de pó.

Ela se levantou comemorando, com a espada brilhando fortemente nas mãos. Era engraçado e curioso ao mesmo tempo, já que a expressão da menina era impagável, e eu nunca tinha visto nada parecido com essa espada antes.

- Thalia, Thalia! Eu consegui matar um monstro sozinha! – ela exclamou extremamente feliz ao se aproximar de mim.

- Sem a minha ajuda você não teria conseguido. Estaria morta agora... – eu disse fria, mas no fundo estava feliz por ela.

- Tá priminha, muito obrigada! Eu sabia que você não me deixaria morrer.

- Não tenha tanta certeza.

- Deixa disso boba, você teve a chance de se ver livre de mim a minutos atrás e deixou escapar. Isso aí é pra bancar a durona, pensa que não sei?

- Cala a boca um pouco Paige, por favor?

Estávamos chegando perto dos outros. Ela sussurrou.

- Pode deixar, eu não conto pra ninguém que você se importa comigo.

Percy, assim que nos viu, se pronunciou:

- Nossa! Vocês demoraram...aconteceu alguma coisa?

- Sim. Paige foi atacada por uma empousa. Eu ajudei um pouco, mas ela se saiu muito bem e conseguiu destruir o monstro.

-Parabéns! – todos disseram em uníssono, surpresos pela reação da garota.

- Ai! Obrigada gente... olha, foi muito difícil, mas a Thalia me deu a maior força, e eu bloqueei e ataquei a mosntrenga de frente, de lado, de costas – no começo até que deu certo – mas depois o bicho veio pra cima todo alvoroçado e eu fiquei sem saber o que fazer, e quando ela já estava pra me matar, a salvadora da pátria, dona Thalia Grace, me ajudou e eu consegui! Obrigada a todos vocês por terem me ensinado o pouco que sei até agora – Paige disse toda animada, com um sorriso de orelha á orelha. (n/a: Parece discurso de miss agradecendo a faixa...)

- Oh! Achei que não ia parar de falar... – Nico brincou suavemente com ela.

- Julie, cale a boca do Nico por favor, sim? – ela disse sorrindo, e todos gargalharam.

Até que eu cansei do assunto monstro e disse:

- Annie, vamos falar de coisas práticas: como vamos chegar até o Monte Parnaso?

O silêncio pairou no ar.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews? Recomendações?
Bom, isso é com vocês...
Obrigadíssima por terem lido.
Beijokas! ^.^