A Guardiã Do Livro Oculto escrita por Lana


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Oioie Gente linda!
Viram que eu atualizei a capa e a sinopse? E então o que acharam?
Muito obrigada a todos que leem a fic! Só peço que quem não posta reviews passe a postar de agora em diante ok! Não custa nada...
Boa Leitura ^.^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/167844/chapter/22

Capítulo 22

Pov Paige

Fala sério! Eu estou parecendo uma múmia toda enfaixada desse jeito! Mas é melhor estar toda remendada do que sentindo dor, isso é bem verdade...

Essas tais Caçadoras são até engraçadas. Elas tem uma pose de durona como se fossem “garotas invencíveis”, mas eu tenho certeza que elas não são tão insensíveis assim. Olhei em volta e vi que todos estavam ocupados com seus afazeres e ninguém estava me dando a devida importância. Grover estava jogando todo seu charme para Cinthia, que não dava a mínima pra ele...Júninper vai saber disso, porque eu vou contar.

Meu irmãozinho estava cuidando da minha cunhadinha, e Julie também estava sendo tratada. Quem sobrou para eu atormentar? O Nico!

Me arrastei até ele com cuidado, para não me arranhar mais do que já estava. Aproximei-me por trás do garoto, que estava aturdido em seus pensamentos e nem percebeu que eu estava ali.

Prostrei-me atrás dele e gritei bem próximo ao seu ouvido:

- Buuuu!

Nico deu um salto pra frente e caiu de joelhos no chão. Eu tinha que ter gravado isso! Foi muito hilário!

Eu sentei-me no chão e ele se recompôs sentando ao meu lado. Nico me olhava com uma expressão estranhamente alegre, que me fez ficar seriamente desconfiada.

- Não vai brigar comigo? – eu perguntei arqueando uma sobrancelha.

- Não priminha. Tenho mais é que te agradecer... – ele disse e meu deu um beijo no rosto.

- Pelas barbas de Poseidon! O que aconteceu pra você estar tão contente? E ainda agradecer por eu te dar um susto?

Nico revirou os olhos. Alguém está andando demais com a Julie...

- Paige, não te agradeci por você ter me dado um susto, e sim por você ter sido tão linguaruda a ponto de contar pra Julie que eu gosto dela. – O coveiro disse isso com um sorriso brincando nos lábios.

- Cara, você ainda não superou isso? Uma hora ou outra ela ia saber mesmo, eu só adiantei as coisas... Espera! Você está agradecendo por eu ter revelado seu precioso segredo?

- Sim. – Ele respondeu naturalmente.

- O que foi? O mosquito da bondade te picou foi? Não não, foi Hades que te deu esqueletos novos? – ele fez uma cara muito divertida e eu gargalhei.

- Pare de piadinhas Paige. Acho que você já sabe o que aconteceu...

Olhei para a mão dele.

- Então cadê o anel de compromisso?

- Garota, você é muito apressada... Nós ainda estamos só ficando, então não é pra contar a ninguém, ok?

- Isso vai ser difícil. Mas eu vou tentar, em nome da nossa amizade!

- Tá bom – Nico me respondeu. Eu não perdi a oportunidade:

- Ai que lindo! O menininho do titio tá apaixonado! – eu disse apertando as bochechas dele, claro, sem muita força, já que eu estou com boa parte do meu corpo enfaixado, inclusive os braços.

Nico me repreendeu, ao mesmo tempo em que massageava o rosto:

- Cale a boca Paige! Qual a parte do “ Não conte a ninguém” você não entendeu? – Pude ver que ele estava se segurando para não rir.

- Tá! Desculpa, mas eu não resisti!

- Ok, vou descansar um pouco agora... – Nico disse se levantando.

- Eu sei... o dia mal passou da metade, mas tudo já foi tão cansativo. E emocionante também, não acha Coveiro Mirim?

Em resposta ele simplesmente mostrou a língua a mim e saiu andando. Eu balancei a cabeça. Em milésimos, me lembrei de algo importante: Como aqueles patetas deve ter reagido ao descobrir que nós escapamos? Eu daria meu cabelo para ver a cara de boboca deles... Se acham tão espertos, mas graças aos deuses não são! E depois ainda dizem que a lesada da história sou eu...francamente!

Todos estão ocupados agora, então acho que vou tirar uma soneca, claro, se eu conseguir me deitar com esses braços completamente enfaixaidos.

Pov Sean

Deon estava me dando nos nervos! Ele batucava os dedos na mesa ininterruptamente, provocando na madeira um barulho irritante que nem Hécate suportaria. Se bem que há motivos para tanta ansiedade: três lestrigões saíram há bastante tempo atrás dos semideuses e até agora não voltaram. Decidido a descobrir se aconteceu algo, levantei bruscamente da cadeira onde estava e Deon me olhou surpreso. Dei as costas à ele sem dizer nada e fui em direção á cabine 37.

Chegando lá, não encontrei sequer um vestígio deles. Isso não é um bom sinal. Olhei em volta e saí desconfiando daquele local. Fui ao restaurante e conversei com Christopher, que me garantiu que fazia muito tempo que nenhum deles aparecera por ali. Foi então que lembrei-me dos meio-sangues trancados no armário.

Voltei correndo à cozinha e me dirigi à Deon para buscar as chaves da porta da dispensa onde estavam enclausurados. Ele me deu o molho de chaves sem relutar e eu mais do que depressa corri até o “ cativeiro”. Mal coloquei a chave na fechadura e a porta escancarou-se. Lá dentro não havia ninguém, apenas algumas cordas arrebentadas espalhadas pelo chão. Tive certeza: Eles fugiram.

Fui atrás do meu “querido” pai para contar o ocorrido. Tenho certeza que ele ficará irado. O encontrei novamente sentado e batucando a mesa, com um ar muito preocupado. Sem enrolar, fui direito ao ponto:

- Eles não estão mais aqui.

Deon parece ter despertado do transe.

- Eles quem Sean?

- Os meio-sangues. A dispensa estava aberta, as cordas arrebentadas e não há nenhum sinal de que eles ainda estejam no trem. Eles escaparam.

Os olhos dele encheram-se de raiva. Instantes atrás apenas tinha uma postura ameaçadora, mas agora, qualquer um que não o conhecesse e o visse assim, correria de medo. Meu pai nunca foi o tipo de pessoa que possamos chamar de estável. Muito convencido, galanteador e egocêntrico, sempre gostou de ser o centro das atenções. E nunca aceita perder. Acalmando-se com a mesma rapidez com que se irritou, assumiu uma pose fria e totalmente calculista, arquitetando novos planos. Com extrema tranquilidade e complacência, disse:

- Nós vamos encontrá-los. De qualquer forma, o trem parará em Detroit, e eles com certeza irão para lá também par não se desviarem da rota. Precisam chegar ao Monte Parnaso o quanto antes, mas nós os alcançaremos. É só uma questão de tempo.

Pov Paige

Já anoitecia quando Annabeth despertou. A luta realmente tinha sugado todas as forças dela, por que minha cunhadinha dormiu mais do que um urso em período de hibernação! (n/a: Exagerada!) Eu dormi um pouco também, mas nada comparável a ela.

Todos os outros estavam sentados em um semicírculo, e Percy contava á Thalia tudo o que tinha ocorrido desde que recebemos a missão. É óbvio que eu dava os meus pitacos no meio da narração do meu maninho, pra deixar a história mais interessante, ou então ficaria tudo muito monótono e sem graça.

Thalia havia falado com Lady Ártemis e a mesma a liberou para nos acompanhar na missão, sem relutar. A deusa deve saber que precisamos da ajuda dela... agora, ouvi Nico dizer que precisamos avisar Quíron que ela estará junto com a gente, pois ele precisa saber dos detalhes e blá blá blá...não prestei atenção no resto.

Annie começou a falar algo de que estariam usando magia negra para conseguir deturpar nossa missão. E que o garoto bonitinho de cabelos nos ombros que eu vi pelo buraco da fechadura era o responsável por realiza-la. Thalia falou:

- Será que Hécate está por trás de tudo? Afinal, nem Olimpiana ela é...

Julie se interpôs em negativa:

- É bem provável que não... Não faria sentido se foi a própria que construiu o portal mágico que cerca o Monte Parnaso e protege o livro oculto. Ela mesma poderia facilmente reverter ou tirar o feitiço e roubar o livro sem o menor problema.

- Mas e as espadas? – Percy falou com a voz séria. Parecia até gente falando... Brincadeirinha! ( Que papai não me ouça!)

Annabeth tratou de sanar a dúvida de seu querido bofe:

- As Espadas também tem magia lançada por ela, e eu creio que ela não teria dificuldades em manipulá-la. Poderia ter pego há tempos quando elas ainda estavam no poder de minha mãe e Poseidon.

Eu tinha algo em mente, então decidi me manifestar:

- Gente, eu estava pensando... – De repente todo mundo se virou para mim com a cara assustada. Eu logo retruquei:

- Estão com essas caras de quem viu Afrodite descabelada por que? Eu também penso okay... Como eu estava dizendo, eu e meus neurônios não achamos essa ideia de Hécate ser a vilã totalmente descabida, porque ela não é a carcereira do mundo inferior? Isso explicaria os monstros que estão do lado deles e sempre nos atacam.

-  Realmente eu não tinha pensado por esse lado... – Percy disse.

- Claro que não maninho. Eu não herdei o talento da falta de inteligência de você...

Thalia riu descontroladamente, e apesar de tê-la conhecido pessoalmente há pouquíssimo tempo (até porque Annabeth já me contou a vida dela inteira), eu posso dizer que simpatizei com ela.

Julie se manifestou:

- É algo a se pensar, mas não é a prioridade agora. O que é importante era encontrarmos uma pista de como eles agirão agora – se continuarão no nosso encalço ou vão armar algum tipo de emboscada.

Enquanto Julie falava eu mexia nos meus bolsos. Peguei alguns dracmas na fonte do chalé 3 e os usaria para mandar mensagem de íris para Quíron quando precisássemos. Peguei por ter certeza de que Percy não teria essa ideia. Ao remexer nos bolsos, encontrei uma coisa da qual nem me recordava mais: o bilhete que peguei na cabine 51 quando fomos resgatar meu amiguinho Grover. Tamanha foi a correria a partir de então que nem me lembrei de olhá-lo.

Os outros estavam em um silencio muito chato quando eu puxei o bilhete para fora do bolso. Soltei um grito:

- Olha gente! Tinha até me esquecido desse papel...

 Desdobrei e observei-o por um instante e concluí meu pensamento enquanto os outros me olhavam curiosos.

- Ah, acho que não é nada importante... achei lá na cabine 51 quando fomos buscar o Grover.

Quando disse isso Annabeth arregalou os olhos de uma tal forma que eu cheguei a pensar que eles saltariam para fora. Annie levantou-se rapidamente e correu até mim, postando-se às minhas costas. Todos os outros estavam com o cenho divertidamente franzido, o que me deu vontade de rir.

- Paige, eu posso ver esse bilhete? – Annie perguntou educadamente.

- Pode cunhadinha! Só por que você pediu com carinho... – eu e os outros, inclusive as caçadoras presentes, sorrimos, menos Annabeth, que acredito que esteja concentrada demais para isso.

Após um tempo analisando silenciosamente o papel, Annie esboçou um sorriso e olhou para mim:

- Paige, você arrasou! Isso é...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

MistérioOoo!
Querem saber o que há no bilhete?
Postem reviews e o próximo capítulo será postado bem rápido para sanar a dúvida de vocês...
Beijokinhas com aroma de ambrosia para todos!