A Guardiã Do Livro Oculto escrita por Lana


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Oie!
Eu disse que voltava logo, então...
Quem tiver preocupado com Grover vai, finalmente, se tranquilizar, porque a narração desse capítulo é dele! Vocês saberão, nesse capítulo, como e onde ele foi raptado, e entenderão algumas coisas também, basta que leiam atentamente.
Boa Leitura!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/167844/chapter/12

Capítulo 12

Pov Grover

Eu não consegui entender direito o que está acontecendo. Só sei que estou enclausurado em uma sala pequena e escura, mas pelo visto ainda dentro do trem, porque consigo, mesmo que de longe, ouvir o barulho de rodas deslizando pelos trilhos. Tomara que consiga sair daqui logo, pois esse lugar não é nem um pouco agradável. É frio e tenebroso, com uma atmosfera pesada e incrivelmente irreal, como se esse lugar não existisse. Infelizmente não é assim, até porque eu estou aqui.

Fico me perguntando o que meus amigos estão fazendo agora. Com certeza já deram por minha falta e talvez estejam me procurando. Tentei avisar Percy através de nossa conexão telepática, mas existe alguma coisa quebrando nossa ligação... Isso me faz ficar mais preocupado ainda. E se eles tiverem sido raptados também? E se não estiverem mais no trem?

Sei que não devo pensar essas coisas, ou então vou pirar aqui nesse lugar. As coisas estão começando a ficar perigosas, e algo me diz que essa missão será um tanto complicada. O pior de tudoé que não lembro exatamente como vim parar aqui...

Flashback mode on

Depois que almocei, decidi voltar para nossa cabine. Eu não ficaria no restaurante com meus amigos depois dos outros passageiros terem me visto comendo um copo... no mínimo devem ter achado que estou com vermes... Cheguei na cabine e me aconcheguei na poltrona. Quase que instantaneamente peguei no sono.

Sonhei com dois rapazes estranhos e desconhecidos. Um tinha o cabelo loiro e os olhos verde amarronzados, ou algo parecido e era mais velho. O outro tinha cabelos castanhos um pouco compridos, mais ou menos na altura dos ombros, e os olhos eram azuis, porém um pouco arroxeados, era mais novo do que o anterior. Eles andavam displicentes olhando atentamente tudo que estava à sua volta, provavelmente procurando alguma coisa. Após atravessarem um imenso corredor, pararam em frente a uma porta. Foi quando percebi que eles estavam no trem. Os dois entreolharam-se e entraram no local, batendo com força a tal porta, que dava entrada para a cabine 51.

Depois disso acordei. Olhei em volta e percebi que todos já tinham voltado. Estavam concentrados demais em suas atividades e decidi não atrapalhar. Percy babava no cabelo de Annabeth enquanto dormia. Eca! Não sei como ela deixa... Se fosse eu, Júniper já teria quebrado vários galhos de carvalho na minha cabeça...  Notei que precisava ir ao banheiro, sabem, necessidades básicas. Avisei baixinho para Nico e saí.

Não havia ninguém no corredor. Lembrei que não sabia ode ficava o banheiro mais próximo, então fui em direção ao restaurante, um local onde pressupomos que há banheiros. Atravessei lentamente toda a área de mesas. Estranhamente só tinha uma pessoa ali presente: a faxineira, que varria cuidadosamente o chão. Quando passei por ela senti seu olhar sobre mim, isso me deixou receoso, mas não dei tanta importância. Ao fim do vagão encontrei duas portas opostas uma à outra, os banheiros: lógico que um era feminino e o outro, masculino.

Encaminhei-me para o dos homens. Assim que abri a porta, uma fumaça amarela e fedorenta me envolveu por completo, e por impulso, fechei rapidamente a porta. Realmente era um local intragável. O que eu faria agora? Só havia uma coisa: usar o banheiro das mulheres. Não me levem a mal, mas eu estava apurado, e a situação faz a ocasião, digo, essa é minha única escolha, se é que estão me entendendo.

Abri a porta do banheiro ainda zonzo por causa do mal-cheiro. Neste local, porém, o aroma estava mais agradável. Manquitolei* até a terceira porta, que por sinal era a única aberta, e finalmente pude me aliviar. O que eu não esperava era a presença de outro homem no banheiro feminino. Enxerguei um cara de roupas cinzentas e pretas de costas para mim assim que abri a porta. Ele se virou com o mínimo barulho que fiz e eu corri o mais rápido que pude e me tranquei no último box. O garoto, que não devia ter mais do que 18 anos, bateu com força na porta, que tremeu um pouco, porém, na segunda batida ele aplicou mais força e conseguiu arrombar a porta do Box em que eu estava.

Sabia que agora eu não iria escapar. O rapaz, que parecia muito com o que tinha cabelos compridos no meu sonho (e tive a impressão de que era o mesmo), avançou em mim com uma adaga em punho e um papel lilás na outra mão. Em menos de um segundo ele colocou a adaga por sobre o meu pescoço e esfregou o papel no meu rosto. No instante seguinte, senti meu corpo ficar mole e minha visão turva. Aos poucos, fui desfacelendo ao mesmo tempo em que era arrastado, e  última coisa que me lembro foi de ver o papel caindo no chão e de ouvir um estrondo forte de porta batendo.

Flashback mode off

Achei completamente esquisito que nenhum dos seqüestradores apareceu desde que eu acordei. Nem pra perguntar se eu estava vivo ainda. Tentei me levantar e ir em direção à um feixe de luz que entrava por uma fresta, mas infelizmente não consegui. Pelo menos eu não estava machucado, assim, digamos que os bandidos são “bonzinhos”, se é que posso chamá-los assim.

Rezei aos deuses para que me ajudassem. Não havia nada que eu pudesse fazer para escapar dali, até porque sentia meu corpo preso à parede na qual eu estava encostado e não importa o tanto que forçasse, não conseguiria me desprender. Tive certeza de que havia magia envolvida nisso. Tentei me comunicar mais algumas vezes com Percy, mas todas as tentativas foram falhas e meu corpo já sucumbia à fome e ao cansaço. Daria meus cascos por enchiladas e algumas latas de refrigerante agora, ou qualquer coisa que desse para mastigar e encher o estômago...

Ouvi algumas vozes, ou então estou tendo alucinações. Tentei aguçar minhas orelhas para captar melhor o som, mas o silêncio instalou-se no local. O som parecia ter vindo do cômodo ao lado.

Encostei a cabeça na parede e fechei os olhos. Iria tentar ler as emoções de Percy e contatá-lo mais uma vez. Os deuses bem que poderiam dar uma forcinha, afinal estamos arriscando nossa pele para salvar a deles... Apertei os olhos e murmurei em pensamento a única coisa que me veio à cabeça e que poderia ajudar, já que eu não tinha tempo: “Percy, ouça...cabine 51.” Repeti mais algumas vezes. Espero que o recado tenha chegado. Depois disso, num súbito, apaguei completamente.

*Quando Grover está com trajes humanos ele não consegue se locomover normalmente, então ele manca. (só para esclarecimento sobre a palavra “manquitolar”, até porque quem leu “O Ladrão de Raios” já sabia disso)


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que vocês me dizem??
P.S.: Gostaria de pedir que me ajudassem a divulgar a fic...vocês fazem isso por mim e pela história? Conto com a colaboração de vocês!
Volto ainda essa semana se vocês deixarem reviews...
Beijokinhas