The Sound Of 2 Hearts: Segunda Temporada escrita por Mariia_T


Capítulo 45
Fear.


Notas iniciais do capítulo

ANTES TARDE QUE NUNCA HSUSHAUSH. Oi genteee ~voz da Sabrina Sato~ como vocês estão? Bom, eu estava à pouco surtando com a coisa da twitcam do Justen, mas nem vai rolar. É outra coisa :c
Eu to tão feliz com os reviews de vocês. E ainda nem respondi todos! Cara... Boa leitura, chega de enrolação HSUAHS



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– Justin


Voltei para o hotel uma hora depois daquela ligação. Não fazia sentido ficar lá, sozinho, quando o que eu queria era estar com Miranda. Eu já havia passado várias festas sozinho e sinceramente nunca vi problema. Mas agora que eu tinha alguém... Bom, somente com ela seria festa de verdade.

Miranda estava no quarto dela, claro. Ainda teria que conversar com ela sobre dormirmos no mesmo quarto de novo...

Tomei um banho rápido e deitei ao seu lado. Vi o remédio na mesinha de cabeceira dela. Peguei e dei uma breve lida. Analgésico, nada demais. Acho que não devia ter dado aquela bebida para ela.

Abracei sua cintura e adormeci.

O despertador berrou uma hora depois, me acordando.

- Quem colocou isso para desertar às 3 da manhã? – Murmurei, afundando a cabeça no travesseiro.

- Desculpe. Volte a dormir. – Miranda sussurrou e depositou um beijinho no meu ombro.

Ela levantou e foi fazer alguma coisa. Acho que foi tomar remédio, por causa do barulho de um comprimido sendo tirado da cartela. Logo depois deitou ao meu lado novamente, em silêncio.

- Remédio? – Perguntei.

- Aham. – Aninhou-se em meus braços.

- Você está melhor? Mesmo? – Insisti em perguntar. Se estivesse melhor não teria que acordar para tomar o remédio de novo.

- Estou. O médico mandou tomar duas vezes. – Deu de ombros e eu assenti.




- Prontos? – Scooter perguntou. A equipe estava reunida. Eu estava animado, como era costume antes de cada show que fazia. – Vamos fazer uma oração.

Fiz as preces, agradecendo a Deus por tudo que havia nos dado e pedindo graças. Gritamos nosso grito de guerra e nos espalhamos pelo backstage, todos de volta às suas funções.

- O grito de guerra de vocês é... Diferente. – Miranda riu.

- Eu gosto. – Dei de ombros. Fredo me chamou para perto da entrada do palco. – Minha deixa.

- Boa sorte! – Ela me deu um selinho.

Sorri e corri para entrar no palco. O cronômetro já havia zerado.

O final da turnê na América do Sul havia superado as expectativas. Foi melhor do que eu imaginei que seria. Os shows no Brasil foram os mais incríveis da minha vida, sem contar que Miranda ficou extremamente feliz com nossa passagem pelo país. A felicidade dela era a minha. Dizem que isso é amor. E eu sei.

- De volta ao lar! – Scooter comentou, quando estacionamos o carro na frente do prédio onde ele morava.

- Não sei você. Mas eu ainda considero Los Angeles mais lar que Atlanta. – Falou Kenny, tirando as malas do carro.

- Só para você. – Scooter sorriu um sorriso enorme, seguido de Carin.

- Vou levar Miranda para casa. – Avisei, pegando a chave da Range com Scooter. – Volto depois.

Voltei para o carro, Miranda já me esperava no banco da frente. Parecia radiante, claro, ia ver o sobrinho. E eu ia ver meu afilhado. Não sei por que Norah me escolheu como padrinho, já que eu nem sou tão íntimo e nem de longe serei o padrinho mais presente, mas acho que ela deve gostar de mim.

- Como ele deve estar? – Perguntou ela, sorrindo. Havia mais de um mês que Miranda viu o afilhado pela última vez.

- Lindo, como a mãe. – Dei de ombros. Miranda riu pelo nariz.

- A Norah é linda mesmo. – Concordou ela, ainda sorrindo.

- É... Mas eu prefiro a irmã dela... Acho que ela faz o meu tipo.

- Jura? Por que não se declara para ela? – Entrou na brincadeira.

- Não sei... Acho uma boa ideia. Às vezes eu penso que ela não sabe o tamanho do meu amor.

- Tenho certeza que ela sabe.

- Eu acho que não. – Pisquei. Ela riu fraco. – Bom, vamos lá. – Estacionei o carro na entrada da garagem.

- Não acredito! – Saiu correndo do carro. Acompanhei-a de longe, apenas sorrindo com sua reação.

Ao entrarmos, Miranda me puxou para o quarto de Norah, que apenas levou um susto ao ver a irmã quicando de ansiedade. Fiquei observando seus olhos brilharem ao pegar o sobrinho no colo.

- Pega ele no colo, Jus. – Sugeriu Miranda, me passando ele. Neguei com a cabeça, mas isso não a impediu. Não tenho jeito para segurar crianças pequenas demais. Acho que sempre me esqueço de uma mão nas costas, ou quase deixo cair. – Isso. – Sorriu.

- Ele é tão levinho. – Sorri, bobo.

- É lindo. – Roçou a ponta do nariz na bochecha do garotinho dorminhoco.

Por um segundo, pensei que um dia seria eu e Miranda carregando nosso filho. Não sei, mas aquilo me deixou completamente bobo e maravilhado. Eu seria completamente realizado, minha vida seria completa.

- Preciso comprar um presentinho, dude. – Sussurrei para ele, sorrindo.

- Você não vai paparicar demais o menino, vai? – Bufou Miranda.

- E você não vai? – Rebati, arqueando uma sobrancelha, fazendo-a rir baixinho.

- O que vocês estão cochichando aí? – Norah estava sentada na cama, nos observando. – O filho é meu, ok?

- Não vamos sequestra-lo, No. – Miranda revirou os olhos. – Mas não seria má ideia.

- Engraçadinha. Como vocês estão? – Perguntou, levantando-se e pegando Dylan de meus braços.

- Bem... – Miranda foi vaga. Dei-lhe um selinho, acho que isso resume bem. Norah piscou para mim.

- Fico feliz. Quero ser madrinha, viu? Casamento e primogênito! – Avisou, deitando Dylan no berço.

- Norah! – Miranda repreendeu.

- Será a primeira a saber. – Prometi. – Vai poder até organizar o jantar de noivado.

- Vai me pedir em casamento, Bieber? – Ela arqueou uma sobrancelha.

- Claro... Daqui uns dez anos. – Brinquei.

- Olha que lindo, sua primeira vez com Justin Bieber! – Norah soltou um gritinho.

- É... – Miranda corou.

- Ai meu Deus! – Norah bateu palminhas. – Como foi? – Perguntou a mim, claro. Ela sabe que eu sou mais descarado.

- A melhor noite da minha vida. – Dei de ombros.

- Justin! – Recebi um tapa no braço. Alguém avisa à Miranda que ela tem uma mão muito pesada?

- Tô falando a verdade! – Defendi-me, esfregando o braço.

- Você não tem jeito! – Bufou.

- Que orgulho! Virou mocinha! – Norah apertou as bochechas dela.

- Sai! Odeio vocês dois juntos. – Miranda deu um tapinha na mão dela.

Miranda pegou minha mão e me tirou do quarto, indo para o dela. Não sabia por que ela ficava assim, era besteira.

- Não ficou chateada, ficou? – Perguntei, abraçando sua cintura.

- Foi mesmo a melhor noite da sua vida? – Perguntou, olhando o chão, meio sem graça.

- Aham. – Beijei a ponta de seu nariz. Ela riu fraco.

- Não fique comentando, tá?

- O que você quiser. – Prometi. Mordi seu queixo e desci para seu pescoço.

- Jus...

- Hm?

- Estamos na minha casa, meu pai pode chegar a qualquer minuto. – Alertou. É, ela tinha razão, e nunca odiei tanto isso na minha vida.

- Mas não precisamos fazer nada... Podemos apenas nos divertir um pouquinho. – Raciocinei um pouco e voltei a beijar seu pescoço.

Ela riu fraco e inclinou um pouco sua cabeça para que nossas bocas se encontrassem. Envolvi sua cintura com meus braços, dando chance à minha mão para apertar sua bunda. Ela reclamou entre o beijo.

- Justin... – Se afastou de mim, respirando com dificuldade. Não existe sensação melhor nesse mundo que saber que sou eu quem a deixa assim.

Aproximei-me dela novamente, sorrindo malicioso. Abracei-a e senti que estava mole e pálida. Havia algo de errado.

- Miranda? O que foi? – Perguntei.

- Não... Consigo...

Ela tentou continuar, mas desmaiou. Passei os braços por debaixo de suas pernas, pegando-a no colo.

- Norah? Albert? Sam? – Gritei os nomes de quem provavelmente estaria em casa.

- Ligue para os pais dela, vou leva-la ao hospital. – Falei à Sam quando me viu na escada, com Miranda nos braços. Ela assentiu, um pouco assustada e correu para o telefone.


– Miranda



Enjoo, dores de cabeça e sono. É isso o que resume meus últimos dois dias. Voltei a sentir aquelas dores agoniantes, mas agora elas se espalhavam por meu corpo. Não vi Justin, em nenhum desses dois dias. A última vez que o vi, foi antes de desmaiar. Quando acordei no hospital, ele não estava mais lá.

Eu ficava mal de repente, como se eu fosse bipolar.

- Está pronta? – Minha mãe apareceu na minha porta, com um sorrisinho fraco nos lábios perfeitamente delineados.

- Sim. – Amarrei rapidamente a faixa do meu cardigã e saí do quarto com minha mãe.

Ella havia marcado uma visita conosco. Ligou marcando assim que eu saí do hospital, por isso acho que é sobre isso que ela quer falar.

O Departamento da Criança e do Adolescente continuava do mesmo jeito que eu me lembrava. Havia muito tempo desde que eu estive lá pela a última vez, coisa de anos. As mesmas cores em tom pastel, as janelas grandes e um jardim discreto na frente.

- Ella está esperando por vocês no fim desse corredor. – A recepcionista nos indicou o caminho.

Entramos no corredor espaçoso e viramos na última porta à direita. Ella abriu um enorme sorriso ao me ver, mas parecia um tanto triste.

- Como é bom te rever, meu amor! – Abraçou-me com força.

- Digo o mesmo. – Sorri.

- Está melhor?

- É... Mais ou menos. – Fiz uma careta. Aquilo pareceu afligir Ella um pouco.

Sorriu solidária e virou-se para pegar algo numa mesinha atrás de sua mesa. Colocou uma caixa preta em cima da mesa. Tinha as inscrições: C.E. Não entendi sobre o que se tratava. Minha mãe arfou.

- Sinto muito por não ter mencionado isso antes. – Desculpou-se, olhando diretamente para minha mãe.

Minha mãe já havia feito trabalho voluntário nessas coisas. O banco que ela gerencia sempre arrecadou fundos para ajudar orfanatos, hospitais, escolas etc. Ela entendia alguma coisa sobre o negócio. Fiquei preocupada, aquilo não podia ser coisa boa.

Olhei para Ella, esperando pelo que iria dizer. A agente abriu a caixa e retirou uma pasta. Pude ouvir o choro baixinho de minha mãe e algumas palavras de conforto sussurradas por meu pai. Meu coração bateu mais rápido.



- E então, como vai ser? – Perguntou Norah, me olhando fixo. Estávamos deitadas na cama do quarto dela, depois de uma luta para fazer Dylan dormir.

- Eu não sei, No. – Minha voz saiu num sussurro. – Acho que vou me afastar aos poucos dele. Talvez assim doa menos.

- Talvez seja melhor. – Sorriu, me encorajando. – Mas vai falar com ele?

- Não. – Brinquei com o desenho da colcha. – Eu vou sentir tanta falta dele. – Minha voz ficou embargada pelo choro.

- Vai dar tudo certo, meu amor. Quando você ver, já saímos desse pesadelo. – Ela me acalmou, se segurando para não chorar também.

- Por que comigo, No? – Algumas lágrimas caíram. – Por que só acontece coisa ruim comigo? Isso é algum tipo de castigo?

- Claro que não! – Ela riu pelo nariz, como se fosse piada. – Você é a pessoa mais incrível que eu tive sorte de ter na minha vida. Isso não é castigo. Isso não acontece por acaso, meu amor, isso tem algum propósito. – Sorriu para mim.




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Notas finais do capítulo

EAÍ? Bom, no próximo capítulo tudo se explica e vocês vão poder respirar de alívio haha.
Bom, desculpa não ter postado antes, mores.
Obrigada por todos os elogios sobre a fic, sério mesmo. Amo vocês *-*
Xx ♥