Sob A Luz escrita por LoveSongBaby


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Gente, estou postando outro aqui. Espero que gostem bastante ta bom? Fiz de coração KKK Acho que não ficou tão bom, mais muitas surpresas viram, é.



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Sonho on.

Estava pilotando um barco em uma tempestade. Naquele imenso mar, estava somente eu e o meu barco. Trovões e os raios faziam com que o número oito do barco brilhasse. Estava tentando fazer com que o barco desviasse do redemoinho no mar, mas a única coisa que conseguia era arrastá-lo mais para dentro dele. O medo tomou conta de mim, foi então que eu percebi que não tinha mais volta, eu iria morrer ali mesmo. Larguei o que estava fazendo e me encolhi no canto do barco, segurando envolta das minhas pernas. Comecei a perceber que uma lágrima escorria pela minha pele e ia até os meus lábios. Passei a língua e senti o gosto da lágrima misturada com a água da chuva, sentiria falta da minha vida. Foi até que senti um impulso, e comecei a ser levada para um outro mundo, o mundo da realidade.

Sonho of.

         - Filha, acorda. Já chegamos! - A voz da minha mãe ecoava pelos meus ouvidos em um doce som. Ela sempre tem essa voz, parece de anjo. Abri os meus olhos com muita dificuldade, acho que dormi por muito tempo. Enquanto espiava pela janela do carro, me arrumava no banco ficando sentada. Estávamos em uma cidade.

         - Quanto tempo eu dormi? - Perguntei me espreguiçando e olhando para a minha mãe que estava no banco da frente. Reparei que só estava eu e a minha mãe no carro. Respirei fundo. Percebia que estou sem os fones de ouvido, acho que deve ter caído durante o meu sono.

         - O tempo necessário de chegarmos ao nosso destino. - Ela disse se arrumando no banco e colocando o sinto de segurança. Olhei para trás e vi meu pai e meu irmão vindo até o carro. Procurei pelo banco o meu Ipod e o achei embaixo da minha perna, o peguei e guardei dentro da minha bolsa.

         - Já sei onde fica a nossa casa. Vamos então? - Perguntou meu pai sentando no banco do motorista, enquanto meu irmão sentava ao meu lado. Respirei fundo e sorri. Mesmo eu não querendo me mudar, eu sabia que era uma coisa boa. A felicidade de meu pai estava em jogo e querendo ou não, a minha também. Viver na frente da praia, tendo um mar só para mim, era um sonho. Pena que o meu barco ficou para trás, meu pai não quis levar ele, falou que não pagaria um transporte. Eu logo entendi. Mas eu sei que ele irá comprar outro para mim, ele não vai me fazer sofrer, ele não pode. 

         - Acordou dorminhoca? Parecia um porco dormindo. - João deu uma risada depois que olhou para mim. Meu pai começou a sair com o carro ignorando o que meu irmão acabara de falar.

         - Cala essa boca, seu tonto. - Falei me arrumando no banco e olhando para a janela a minha direita. Reparei como a cidade era bela e grande. Não tão grande como a que eu tinha deixado, mas maior o suficiente para ter um shopping e lojas de grife. Não disse, mas eu e a minha mãe amamos comprar roupas, passear pela cidade e comprar mais roupas. Nós somos muito consumistas, posso dizer que até demais. Fiquei reparando quando as lojas começaram a sumir e aparecer casas grandes, mato, casas imensas, mato e mais mato. Tentei não fechar os olhos, pois estava com medo de sonhar novamente. Não sei se foi um sinal, mais aquele sonho mexeu comigo. Eu nunca sonhei daquele jeito, nunca sonhei com algo parecido. E é muito estranho eu ter um sonho desses, quando eu estou mudando de cidade e de vida? Ou é só uma simples e mera coincidência? Não sei. Mas prefiro ficar um tempo sem pensar nisso. 

Com os meus pensamentos a toda, eu nem percebi que o carro já tinha parado e meu pai e meu irmão haviam saído dele. Olhei para frente e reparei que a minha mãe respirava fundo, parecia que ela estava com medo do que fosse encontrar na casa. Resolvi fazer o mesmo que ela. Fechei os olhos e respirei bem fundo. Coloquei a minha bolsa no ombro direito e abri a porta. Fora do carro, olhei para a casa que havia a minha frente. Ela era simplesmente perfeita. Perfeita, imensa, linda, maravilhosa e mais outros adjetivos que você possa imaginar. Um sobrado branco, com partes de vidro que da para enxergar dentro dele. Um grande jardim a sua frente, com rosas e flores. Comecei a andar em direção a varanda. Olhei para trás e reparei que o meu pai parou o carro perto da areia da praia, mas isso não significa nada. Nenhum guarda pode multar, pois aqui onde moramos é moradia privada. Deixei a minha bolsa em um banco na varanda e me apoiei na grade. Olhei para a praia e o mar. O cheiro da água salgada invadia meu nariz. Sorri sozinha.

         - Que linda essa casa. – Meu pai disse aparecendo na porta da entrada e me olhando. – Venha ver Lise! – Disse entrando de volta.

Peguei a minha bolsa e fui entrando na casa. Sabe aquela casa que você sempre sonhou em morar? Sabe aquela casa que você vê em revistas de modelo de decoração? Ela era igual. Tanto por fora, como por dentro. Minha mãe e meu irmão estavam completamente felizes. Meu pai então, eu nem preciso falar. Fui dando uma olhada na casa, até chegar à frente do meu quarto. Sabia que era meu, pelo nome escrito na porta, “Lise”. Respirei fundo e entrei. O quarto era perfeito, mil vezes melhor do que o meu anterior. Rosa, minha cor preferida está em todos os lugares, desde a roupa de cama, até a cor do telefone. Andei por ele e deixei a minha bolsa em cima da cama, fui até a sacada e reparei que ela ficava de frente ao mar. Eu acho que meu pai escolheu muito bem essa casa.

Apoiei na grade da sacada e fiquei olhando para os lados. Ainda não tinha visto se eu teria ou não vizinhos. Reparei logo ao lado esquerdo uma casa linda, não tão linda como a minha, mais ela era linda mesmo assim. Sua cor azul destaca da minha casa. Logo no seu quintal, vi um grupo de meninos jogando basquete e uma mulher com um prato de cookies na mão. Todos os meninos foram até a mulher, menos um que ainda estava com a bola de basquete na mão se preparando para uma linda cesta de três pontos. Ele conseguiu. Da onde eu estava, pude perceber que ele tinha um corpo bem definido, era branco, cabelo castanho claro e olhos cor de mel. Como eu consegui ver a cor dos olhos dele da onde eu estava? Percebi isso, quando ele estava olhando para mim. Sorri e ele devolveu o sorriso junto com um aceno de mão. Com vergonha, eu olhei novamente para o mar e ouvi o menino falar para os seus amigos algo. Olhei novamente para ele e reparei que todos os seus amigos olhavam para onde eu estava. Senti-me corar, acho que fiquei vermelha demais. Mais que rápido eu entrei no quarto. Com certeza esse menino era o meu vizinho. Um vizinho lindo de morrer.

         - Lise, venha ver o que eu comprei para você! – Era a voz do meu pai com certeza.

(...)

Ele era perfeito. Um barco da marca mais cara estava na minha frente. Branco e perolado, essa era a sua cor. O número oito se destacava com a cor rosa. Esse era o número da sorte de meu pai e o meu também. Dei um forte abraço no meu pai e senti uma lágrima escoar para meus lábios.

         - Sabia que você iria me dar um desses. Mais eu nunca pensei que fosse assim, tão lindo. Brigada mesmo pai! – Disse me soltando dele e subindo no barco. Comecei a andar por ele, o olhando intensamente. Queria conhecer ele a cada canto.

         - Dirige ele. Aproveita que ele já está preparado. – Meu pai disse sorrindo. Ele não tinha subido ainda no barco e estranhei. Ele ama fazer isso, porque ele ainda não subiu?

         - Pai, não vai subir? – Perguntei ignorando o fato de ele ter falado para eu ir pilotar o barco. Queria saber o porquê dele não ter subido nele.

         - Eu quero deixar dessa vez, só você. – Ele sorrio e fez um sinal com a cabeça para eu prosseguir.

         Sorri agradecendo ele e liguei o motor do barco. Ele já estava no mar. Ele estava preparado, só me esperando para poder pilotá-lo. Comecei a sair com o barco em direção ao mar aberto. Fiquei com uma sensação estranha por causa do sonho. O sonho. Estremeci e engoli em seco. Será que iria acontecer algo comigo? Não, não pode. Fechei os olhos e respirei fundo. Não vou sair dessa rota, vou ficar com o barco próximo ao raso, com isso, não há perigo de um redemoinho.

Olhei para os lados e reparei como tinha vários vizinhos e várias casas ao lado da minha. Essa cidade vai trazer várias coisas boas para mim. Eu senti isso. Meu pai, minha mãe e meu irmão estavam acenando para mim e sorrindo, me vendo pilotar o barco sozinha. Eu acho que nunca pilotei um barco, sozinha. Sempre meu pai me acompanhava. Só não entendo porque eu não gritei quando ele disse que eu iria pilotar sozinha. Aliás, eu acho que tenho uma explicação, ainda não caiu a minha ficha. Reparei que ao lado da minha mãe, havia uma mulher. A mesma mulher que estava segurando o prato de cookies. Ela estava conversando com a minha mãe e sorrindo também. Minha mãe sempre faz amizades rápido demais.

Ao lado da mulher, estava o grupo de meninos. Eles estavam impressionados com o barco, eu acho. O menino que acenou para mim estava sorrindo e dando risada. O que será que ele está pensando? Essa pergunta ficou na minha cabeça por meia hora, meia hora que eu fiquei pilotando o barco.

(...)

A mulher se chamava Pattie. Ela é mãe solteira e mora aqui faz dez anos. O seu filho é o menino que acenou para mim. Ele estava agora na minha frente junto com os seus amigos, sorrindo para mim.

         - Oi, meu nome é Justin. – Ele disse com uma voz rouca. Pude perceber que ele estava nervoso. Sorri esperando que ele dissesse mais alguma coisa ou simplesmente apresentasse os seus amigos. – Esse são Chaz, Ryan, Chris, Doug. – Ele disse apontando para cada amigo enquanto dizia os seus nomes. Percebi que os meninos estavam olhando para a minha perna. Era para a minha perna ou para o short da nova coleção de primavera? Acho que era para minhas pernas mesmo. No mesmo instante que percebi isso, fiquei vermelha.

         - Oi, meu nome é Lise. Prazer. – Sorri e eles deram uma risada. Todos eles riram de mim. Que vergonha.

         - Então, vi que conheceu meu filho né Lise? – Perguntou Pattie saindo de perto da minha mãe e vindo na minha direção. Agora minha mãe estava sentada no banco da varanda olhando para nós. Pattie estava ao meu lado na varanda e os meninos estavam nos degraus da varanda. Nossa, que complicado isso!

         - Na realidade eu que vim me apresentar, mãe. – Disse Justin sorrindo para mim. Será que ele só sabe sorrir e dar risada?

         - Ela é nova aqui Justin, não fala assim dela. – Pattie disse dando um beijo na minha bochecha e descendo as escadas da varanda. – Vamos pessoal? – Ela disse olhando para os meninos.

Depois que cheguei de barco, minha mãe apresentou Pattie e ficamos conversando por um bom tempo. Os meninos estavam treinando basquete e só agora que tinham terminado vieram falar comigo. Não entendo porque quando eu estava andando de barco eles ficaram me olhando, não tinham que treinar? Pattie disse que Justin estuda na escola que eu irei estudar e disse também que poderei pegar carona com ele. Minha mãe falou que tudo bem, só para o primeiro dia de aula. Eu não sabia onde ficava a escola. Mas nos outros dias, eu iria de carro sozinha. É, eu já tenho a minha carteira de motorista. Depois que Pattie entrou em casa com minha mãe, fiquei olhando para o mar na varanda. Quando minha mãe e Pattie voltaram e sentaram para conversar, Justin e o pessoal chegaram. Posso dizer que eles são populares e do time de basquete, duvida? Eles são parecidos com o pessoal do grupo de Brady. Saudades já da minha cidade. Parei com os meus pensamentos quando Justin disse:

         - Tamo indo então. Tchau Lise e se vemos amanhã na escola. – Ele desceu as escadas e os seus amigos sorriam para mim. Fiz tchau com a mão e sorri também. Tomara que eu me dê bem na escola nova, pelo menos o grupo de populares dos meninos acabei de conhecer, agora só faltam os das meninas.

         - Justin a Lise vai com você amanhã para a escola. – Pattie disse um pouco alto mesmo estando longe escutei. Sorri ao perceber a resposta dele.

         - Mãe, te amo. Ela é muito gata. – Ele disse beijando a bochecha de Pattie. Depois disso, não escutei mais nada.


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Notas finais do capítulo

Quero que tenha mais reviews, se não eu não posto. Falem para mim o que estão achando, se querem que eu mude algo ou se esperavam alguma coisa e a história está sendo diferente. Me ajudem, por favor. Beijos amores e amo vocês s2



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