Eu Sou Uma Riddle escrita por Lillissa_M


Capítulo 1
Essa Sou Eu


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Aí vai o primeiro capítulo. Espero que gostem!
Personagens:
Violet - http://imageshack.us/photo/my-images/249/violeth.jpg/
Fred - http://imageshack.us/photo/my-images/805/fredeweasley.jpg/
George - http://imageshack.us/photo/my-images/265/georgeweasley.jpg/
Angelina - http://imageshack.us/photo/my-images/834/angelinat.jpg/



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Eu as desenhava. Brincavam felizes nas poças de água que se formaram depois da chuva. Eu sorria enquanto riscava linhas e mais linhas no papel. Tão inocentes tão serenas. Elas nem deveriam saber o perigo que rondavam à suas voltas.

No papel em meu colo, eu desenhava os pequenos humanos que estavam a brincar. As linhas transformavam-se em formas e formas se transformavam naquelas crianças. Desenhar sempre fora a minha paixão. O modo como as linhas se completavam e faziam aparecer as mais bonitas coisas. Quando eu desenhava, me sentia completa e nada me afetava. Esquecia completamente da minha vida.

O que tem demais na minha vida? Bom, o fato de ser eu já é um problema. Não entendeu? Bom, prazer. Violet Riddle. Isso mesmo. Riddle. Filha de Tom Riddle. Você deve conhecê-lo, não? Eu não, só sei as coisas que ele fez. E não foram boas.

Moro neste orfanato desde que me conheço por gente. E sim, esse é o mesmo orfanato que o meu, digamos, pai morou quando pequeno. Estou aqui desde sempre e hoje eu tenho quinze anos.

Nunca entendi o porquê de nunca ter sido adotada. Porém, segundo a senhora Madeleine, eu já fui adotada várias vezes; sua conta se perdeu na décima adoção. Mas eu sempre fui devolvida. Dizia ela que as pessoas que me adotavam sempre me devolviam com medo de mim. Diziam que eu era perigosa e fazia bruxarias.

Bom, eles estavam certos. Eu realmente fazia coisas extraordinárias. Não sabia explicar como, mas eu sempre fiz coisas flutuarem ou desaparecerem e até criarem vida. Para mim, era uma coisa que só eu sabia fazer.

Então, em um dia como esse, chuvoso e frio, ele veio. O Professor Dumbledore. Não sabia o que alguém como ele queria comigo. Ele começou a me explicar que era professor e diretor de uma escola. Uma escola especial, para pessoas como eu. Foi aí que eu descobri, eu era uma bruxa.

Não, não sou igual às bruxas de histórias infantis, com gatos pretos, verrugas e maças envenenadas. Não, sou uma bruxa que possui sangue mágico e poderes a aperfeiçoar. Foi aí que entrou a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

Naquele mesmo dia, o Professor Dumbledore me explicou tudo, ou quase tudo, sobre mim. Eu era uma bruxa nascida de uma pessoa muito ruim. E essa pessoa era Tom Riddle, o Lord Voldemort. Ele era um bruxo das trevas muito temido, sem amor ou compaixão pelos outros. Matara muitos até uma criança derrotá-lo. Bem feito.

Fiquei atônita quando eu descobri sobre ele. Eu era uma criança de dez anos órfã que acabara de descobrir que o meu progenitor era um assassino. Fiquei destruída, mas o Professor me acalmou. Disse-me que não eram as pessoas com laços ligados a mim que faziam a minha pessoa e sim minhas escolhas.

Ele disse-me que o meu destino era Hogwarts. A Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. E eu fui. E não me arrependo de nada, pois foi lá que eu me encontrei, fiz amigos e mudei minha história.

Lembro-me perfeitamente do meu primeiro ano. Eu estava um pouco deslocada e muito nervosa, afinal eu tinha medo de descobrirem quem era o meu pai. Eu tinha vergonha de mim mesma. Foi então que ele veio. Fred Weasley.

Estava, um dia, chorando as desgraças da minha vida quando ele apareceu. Ele fora tão atencioso tão carinhoso. Consolou-me de uma forma que nem Dumbledore conseguira sem nem saber o verdadeiro motivo pelo o qual eu chorava. Alguns dias depois, nós nos tornamos amigos. Mais alguns e formamos um trio inseparável: eu, Fred e seu irmão gêmeo, George.

Os dois são os terrores dos professores, sempre aprontando. E eu? Fico no meio, às vezes os ajudando nas travessuras, muitas os salvando. Acabamos ficando tão unidos que eu não saberia como seria minha vida sem eles. Provavelmente um saco.

Você deve estar se perguntando se eu os confundo muito. No inicio sim. Mas depois, com eles sendo os meus melhores amigos, consegui perceber algumas diferenças. Pequenas, mas diferenças. Por exemplo, o George possuí duas pintinhas no lado direito do pescoço, pintinhas as quais Fred não tem. E o Fred também possui uma marquinha acima da sobrancelha esquerda, marca esta que falta no George. Mas, além disso, eu consigo reconhecê-los de outra forma. Com o Fred, eu sempre senti e ainda sinto choques elétricos passarem pelo meu corpo toda vez que ele está perto.

Isso mesmo, eu gosto dele. Na verdade, está muito além disso. Eu estou perdidamente, irrevogavelmente, completamente, inconsequentemente e doidamente apaixonada por ele. Eu sei que é meio estranho ser apaixonada pelo melhor amigo, mas eu sou estranha. Então, fazer o quê?

Mas apesar de tudo, eu não confessaria minha paixão por ele; não em condições normais. Por quê? Por um simples fato: ele gosta de outra. Sendo sua melhor amiga e melhor confidente, no ultimo dia de aula do quinto ano ele revelou-me que gostava da Angelina Johnson.

Você deve saber o porquê de desistir, não? A Angelina (ou nas palavras do Fred, a Angel) é simplesmente a garota mais cobiçada do nosso ano. Ela é a mais bonita da turma, a mais estudiosa, a mais valente, a artilheira do time de quadribol, resumindo, tudo o que eu nunca fui nem serei. Tenho até alguns momentos de depressão quando a olho e observo como Fred fica alheio às coisas à sua volta. Fazer o quê? A vida não é justa.

Escuto um barulho, o que tira a minha atenção do desenho e dos meus devaneios. Olho em direção à origem do barulho e vejo que Dumbledore acabara de entrar pela porta do aposento onde eu durmo. Atrás dele vinha o senhor Weasley.

-Bom dia, senhorita Riddle. – o Professor cumprimentara-me animado. Guardei rapidamente meus materiais – ninguém sabia a minha paixão por desenhos e eu gostaria que continuasse assim.

-Bom dia, Professor. Como vai? – perguntei-lhe.

-Bem. E a senhorita? Preparada para a Copa Mundial? – eu estava mais do que preparada, eu estava super animada! A Copa Mundial de Quadribol ia acontecer hoje a noite. Eu estava elétrica por dentro! Apesar de tudo, eu amava o esporte. E mal podia esperar para ir!

-Muito, professor! – respondi sorrindo.

-Que bom! – o senhor Weasley respondeu. – Temos que nos apressar, pois a chave de portal sairá daqui à meia hora e temos que achar um lugar para irmos.

-Não iremos demorar a achar. – falei. Aquela área de Londres era um pouco sombria, assim muitas pessoas evitavam ir lá. O bairro era simplesmente um bairro fantasma.

-Está tudo pronto, senhorita? – o Professor perguntou.

-Está sim, Professor. – peguei minha mala e levantei-me, indicando que estava pronta para irmos. Saímos do aposento e descemos as escadas. Já estávamos saindo do prédio quando escutei alguém chamar-me.

-Violet! – voltei-me para a pessoa que me chamava vendo que era Sophie. Sophie era uma garotinha de dez anos, com um tamanho pequeno e um coração grandioso. Quem a adotasse teria muita sorte. Eu a considero minha irmã caçula.

-Oi, linda! – abaixei-me, abraçando seu pequeno corpinho. Apesar de ter dez anos, seu tamanho era de uma criança de sete.

-Você tá indo para a escola? – perguntou-me ansiosa.

-Estou pequena. Mas fique tranqüila, eu vou te mandar cartas todas as semanas. – sorri.

-Toda a semana não. Todo dia! – ela disse, fazendo-me rir.

-Mas eu tenho que estudar! Eu queria que você fosse comigo, assim não perguntaria tantas coisas. Eu tenho certeza que você ficaria encantada com as coisas de lá!

-Eu queria ir, mas eu não posso. Me promete que vai vir no natal? – ela olhou-me com os olhinhos brilhantes.

-Eu prometo! – fiz a promessa inocentemente, sem ter certeza do que o futuro me reservava. E ele me reservava más coisas.

-Violet, vamos? – o senhor Weasley perguntou.

-Vamos. – sorri. Beijei Sophie e abracei-a. – Até o natal, flor.

-Tchau. – ela acenou com as mãozinhas pequenas. Sorri, acenando de volta. Saí do prédio com um sorriso no rosto. Sophie sempre me fazia sorrir.

-Ela é uma boa garota. – o Professor Dumbledore disse.

-Ela é. – concordei.

-Me parece ter sangue mágico. – disse casualmente.

-Sério? – arregalei os olhos. Se fosse assim, ano que vem ela estaria em Hogwarts.

-Quem sabe. – disse. – Aqui está bom. – ele parou em frente de um beco escuro e assustador.

-Bem na hora. Daqui a um minuto a chave de portal será acionada. – o senhor Weasley afirmou olhando seu relógio.

-Preparem-se. – o Professor pediu. – O senhor Weasley e eu pegamos na Chave de Portal – que era uma escova de dente usada – e esperamos. Em alguns segundos, senti tudo girar e a ultima coisa que eu vi foi o Professor Dumbledore sorrindo bondosamente.

Tudo girava demais. Eu estava meio desnorteada quando cinco segundos depois aparecemos em frente à dois homens, em uma clareira.

-Chave de Portal número 1547 chegou de um bairro trouxa. – um homem disse

-Confere! – outro homem falou, jogando a chave de portal para um lado onde outras se encontravam. Tinha diversos tipos de objetos: meias sujas, latas de refrigerante vazias, jornal de dois meses atrás...

-Vamos, Violet? – o senhor Weasley estava estendendo a mão para mim. Percebi que tinha caído e nem me dado conta.

Peguei sua mão e levantei-me com sua ajuda. Andamos por alguns minutos bem cansativos. Após dez minutos, já víamos as barracas e algumas mágicas ocorrendo pelo acampamento. Andamos mais um pouco e chegamos ao acampamento.

Passamos por várias barracas, cada uma mais maluca que a outra. Uma possuía um quintal com pavões e até uma fonte!

Fomos andando e eu já estava cansada. Um tempo depois vi uma plaquinha escrita “Weasley”. Havíamos chegado.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e que acompanhem. Se puderem, deixem um review. Beijinhos e até o próximo!