Eu Sou Uma Riddle escrita por Lillissa_M


Capítulo 2
A Copa De Quadribol


Notas iniciais do capítulo

Oi! Quero agradecer aos dois reviews que eu ecebi no capítulo anterior. Sem mais delongas, boa leitura!



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A cabana era simples. Possuía uma chaminé discreta e algumas janelinhas. Sorri. Estava doida para entrar e deitar.

Uma cabeça ruiva passou pela “porta” da cabana. Por ser uma figura alta, ela abaixou-se para passar. Antes de ela erguer a cabeça, eu já notara quem era. As borboletas do meu estomago criaram vida e minhas pernas bambearam. Era o Fred.

-Ei! – gritei um pouco distante, mas foi suficiente para ele ouvir. Ele virou-se para mim e sorriu (um sorriso maravilhoso que me aqueceu por dentro).

-Violet! – ele veio em minha direção enquanto eu ia à dele. Encontramo-nos no meio do caminho e nos abraçamos de forma carinhosa. Meu coração batia freneticamente e minha razão foi dar uma voltinha por aí. Apoiei minha cabeça em seu peito e intensifiquei o abraço. Eu era relativamente baixa. Enquanto ele possuía seus um metro e noventa, eu ficava com os meus míseros um metro e sessenta e sete. Eu, baixinha? Que isso! Sou só parente de um anão.

-Violet! – escutei outro grito, bem parecido com o primeiro. Era George que também saia da cabana.

-George! – desgrudei relutante de Fred e corri para abraçar George. Que tinha um metro e noventa e dois. O que esses garotos comeram para crescer tanto? Me digam que eu vou querer comer também. Quem sabe eu não chegue a um metro e setenta?

“Senti tanta saudade!”, exclamei abraçando os dois de lado. Fred beijou o topo da minha cabeça.

-Nós também. Lá em casa é um saco sem você. – sorri. Eu adorava visitar A Toca nas férias. A casa confortável, a comida da senhora Weasley, Fred...

-Vamos entrar? Quero guardar as minhas coisas antes do jogo. – falei, encaminhando-me para a cabana. Assim que entrei, me surpreendi. Por mais comum que isso seja aqui, era tudo surpreendente. A cabana era magicamente ampliada – óbvio. Era tudo dividido em cinco cômodos – a cozinha, o banheiro, dois quartos – um das meninas e outro dos meninos (e homem) – e a sala. Tudo estava tão lindamente decorado.

Corri para o quarto feminino e vi Gina e Hermione conversando.

-Olá garotas! – chamei-as, atraindo suas atenções.

-Violet! – Gina falou, levantando-se e abraçando-me. Hermione veio logo atrás.

-Que saudades! – Hermione soltou-me, sorrindo. – Como foram as férias?

-Ótimas. E as suas?

-Foram boas também. – antes que pudéssemos continuar a conversa, Fred e George apareceram, puxando-me.

-Meninas, desculpem... – Fred começou.

-Mas iremos roubar a nossa amiga. – George finalizou. Olhei divertida para as meninas, que deram de ombros e riram. Os garotos puxaram-me para fora da cabana, onde o senhor Weasley tentava acender uma fogueira. Quando conseguiu, já tinha gastado a maioria dos fósforos. E cá entre nós, foi o Harry que acendeu, não o senhor Weasley. Ele parecia “brincar” com os fósforos.

-Pai, a gente vai dar um passeio e já voltamos. – Fred avisou.

-Ok, mas não demorem. – o senhor Weasley disse meio ofegante, levantando-se do chão.

Os gêmeos foram puxando-me pelo acampamento. Víamos as mais divertidas coisas. Como estava anoitecendo, as mágicas se tornavam mais bonitas. Vi alguns animais pintados com as cores de determinado time – Irlanda, verde, Bulgária, vermelho –, imagens de um homem carrancudo, mas bonito (“Aquele é o Vitor Krum, o maior apanhador do mundo” – Fred) e rosetas que gritavam os hinos de cada país. Eu sentia que a Irlanda ia ganhar.

-Por que vocês não estão comprando nada? – perguntei curiosa, afinal eles tinham juntado tanto dinheiro para aquele dia.

-Não temos dinheiro. – George disse.

-Apostamos tudo. – Fred concluiu. Eles são loucos, isso sim. Eu até compraria algo para eles, se eu tivesse dinheiro. Não tinha dado para passar em um banco e trocado o meu dinheiro que ganho com suor nas férias. Ganho poucos dólares, o que me deixa com aproximadamente vinte galeões em Hogwarts. Mas eu venho juntado dinheiro, estou com uns cinqüenta galeões no cofre dos Weasley – onde eu guardo o meu suado dinheirinho.

-Bom, o que vocês apostaram?

-Que a Irlanda ia vencer, mas que o Vitor Krum ia pegar o pomo. – George disse, olhando com desejo para uma quinquilharia. Eu também sentia isso, então, quem sabe eles ganhassem?

-Por que vocês me trouxeram aqui? – perguntei depois que chegamos a um lado estranho do acampamento. Ouvi risadas femininas ao longe e logo percebi o motivo – Angelina.

-O Fred queria ver a Angelina antes do jogo. Ele disse que daria sorte. – George disse zombeteiro.

-A Marieta também, né George? – Fred retribui.

Olha como a minha vida é perfeita. Meus dois amigos apaixonados, um deles é o garoto de quem eu gosto e eu ficando para a titia. Quer trocar de vida comigo?

-Vocês não me trouxeram aqui para isso, né? Ver vocês trocando farpas entre si? – perguntei incrédula.

-Não. Você vai falar com elas pra gente. – COMO É QUE É?

-O QUÊ? DE JEITO NENHUM! – eu gritei, atraindo as atenções momentaneamente para nós.

-Por favor, Violet! – George fez carinha de cachorro abandonado. Golpe completamente baixo.

-Não! O que eu vou falar para elas?

-Você vai entregar isso para elas e dizer que alguém pediu pra entregá-las. – os dois tiraram dois embrulhos – cada um nomeado – e me entregaram.

-E se elas perguntarem quem foi? – eu não acredito que eu estava cedendo!

-Fala que ele disse que foi alguém que pediu. Mas que você não sabe quem. – Fred pediu, também fazendo carinha de cachorro que caiu da mudança. O que eu não faço para vê-los sorrindo?

-Tudo bem. – eles comemoraram. Suspirei e fui até onde as risadas saiam. E lá estava ela, perfeita como sempre. Angelina Johnson. Com suas roupas caras, seus cabelos sedosos e suas amigas carismáticas. Alguém pode jogar uma rocha em cima de mim?

-Angelina? Marieta? – chamei-as, atraindo a atenção de cada uma. Suas amigas olharam-me com caras de desagrado. Deveria ser o que eu vestia. Uma calça jeans rasgada, uma blusa azul comum e um all-star. Enquanto isso, elas se vestiam como verdadeiras deusas da beleza.

-Sim? – foi Marieta que respondeu. Pelo jeito, Angelina se achava superior para falar comigo.

-Pediram para entregar isso para vocês. E antes que pergunte eu não sei quem enviou. – estendi as caixas.

-Mas é incompetente mesmo. – Marieta disse toda metida. Um aperto no meu peito se fez presente.

Elas abriram a caixa e tiraram chocolates de lá. Os mais caros que eu já vi em toda a minha vida. De onde aqueles meninos tiraram dinheiro para comprar isso?

-O que você ainda está fazendo aqui? – Marieta, ignorante como sempre.

-Me... Me desculpe. – saí dali. Estava acostumada em ser tratada dessa forma – no orfanato, entre as meninas mais velhas isso ocorre demais –, mas isso não quer dizer que isso não machuca. Saí da vista delas, mas vi os meninos me esperando ali.

-E então? – Fred me perguntou excitado.

-Nunca. Mais. Me. Mande. Fazer. Isso. – disse entre dentes e saí pisando duro. Eu só tentava não deixar as lágrimas escaparem de meus olhos.

-O que aconteceu? – perguntou George. Eu tinha duas opções: ou contava a verdade ou mentia. Escolhi a segunda.

-Você sabe como eu fiquei com vergonha de ir lá, interrompe-las e entregar um embrulho do nada? Não, não sabe. Então, nunca mais me mandem fazer isso. – voltei a andar, sendo seguida por eles. Meu coração batia acelerado, eu não acredito que menti para os meus melhores amigos. Mas eu não quero estragar a imagem perfeita da Angelina e da Marieta que eles têm. Eu só os preservei de suas desilusões.

-Não fica assim, Violet! – Fred me aconselhou. Para ele é fácil falar, para mim é difícil executar. Eu ia respondê-lo, mas o som de uma trombeta soou ao fundo.

-Vai começar! – George exclamou e saiu correndo. Fred pegou minha mão e me puxou, correndo também. E eu? Tive que correr, se não lá ia eu para o chão. E a nossa “briga”? Foi esquecida, como tantas outras que me machucaram, mas que acabamos esquecendo.

Chegamos até a barraca Weasley e vimos que eles já se preparavam para ir. Peguei algumas coisas e acompanhei-os. Eu estava super excitada por dentro. Pode não parecer, mas eu AMO quadribol. E eu sentia que esse jogo seria inesquecível.


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Notas finais do capítulo

Quis fazer a Angelina malvada para os meus planos futuros. Não postarei com tanta frequencia, pois a minha história principal é Como Água e Óleo. Mas postarei mesmo assim. Então, se eu demorar, não é por que eu desisti, ok? Beijundas, até o próximo!



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