Ele se levantou, e caminhou até a cozinha, encontrou-a de frente para o fogão.

-Hum...que cheiro delicioso. – Ele disse a abraçando. – Foi comprar aonde? – Ele sabia que tinha sido ela que havia feito, mas queria provoca-la.

-Em lugar nenhum, eu mesma que fiz. – Ela respondeu dando um tapa em seu braço.

-Hum então veremos, eu vou provar, se estiver bom você comprou, caso contrario foi você quem fez.

-Ah Griss...

   Ele se serviu de uma boa xicara de café, e se sentou, ela puxou uma cadeira e se sentou na sua frente, os olhos brilhando na expectativa de contraria-lo, ele deu um gole, e ficou sério, ela automaticamente se assustou, ele deu outro gole.

-Gilbert Arthur Grissom, diga logo como está.

-Prove por você mesma. – e a beijou.

-Delicioso café.- ela sorriu.

O Telefone de Grissom começou a tocar.

-Grissom.

-Gil, sou eu Brass.

-Sim pode falar.

-Tentei falar com Sara mas eu não consigo. Preciso de voces aqui no laboratório, Nick e Greg processaram a cena ontem e descobrimos algumas coisas. E a próposito mande um Bom Dia para a Sara. – ele deu uma gargalhada e desligou. Grissom ainda ficou encarando o telefone por alguns segundos e sorriu, não tinha como esconder nada de Brass.

-Sara precisamos ir para o laboratório. – ele gritou para ela que estava no quarto.

-Ok querido, estarei pronta em 15 minutos.

 Ela entrou no banheiro e foi tomar seu banho, Grissom se trocou e foi para a sala ver TV.  Minutos depois Sara apareceu na sala, troca, perfumada e com os cabelos molhados.

-Vamos ? – ela lhe estendeu a mão.

-Claro.- Ele a segurou a mão dela e eles saíram.

~~

-Brass.

-Hey, venha comigo até a minha sala.- eles entraram na sala de Brass e se sentaram.

-Fale logo Brass, esta me deixando aflito.

-Bom, ontem processando a cena de crime, Nick e Greg chegaram a uma outra pessoa na van que estava o homem que atacou Sara, acharam um DNA e encontraram o individuo, e nós o interrogamos, ele disse que o amigo dele, foi contratado para assassinar Sara, á mando de uma pessoa aqui do lab, próxima dela.

-Meu Deus- ele colocou a mão em sua boca – Mas quem seria capaz disso ?

-Não sei Gil, mas tentarei fazer o possível para achar quem quer fazer isso com minha amiga.

-Nossa amiga né Brass.

-Não tenho mais certeza disto. – ele deu outra gargalhada.

-Como assim? – Ele estava intrigado, será que Brass sabia de algo.

-Gil...Gil...Gil... eu posso estar ficando velho, mas não sou idiota. – e assim se retirou, deixando um Grissom muito curioso para trás.

    Ele passou na sala de descanso e avistou Sara lá sentada e Catherine a encarando de longe. Ele imediatamente se lembrou do que Brass havia lhe contado, mas Cath não seria capaz de tal barbaridade, ela era sua amiga, nunca faria isso, era o que ele pensava.

-Sara- a morena atendeu seu telefone no segundo toque, vendo no visor que era seu amado.

-Querida, por favor não saía do lab sozinha e quando for pra casa me avise que eu irei com você.- Grissom praticamente implorou do outro lado da linha.

-Ok, mas porque tudo isso?- agora sim, definitivamente ela estava preocupada.

-Nick ontem analisando a van encontrou DNA de um homem, cujo amigo foi o cara que eu matei, ele disse que seu amigo foi contratado pra te matar á mando de alguém do lab, então por favor, eu não consigo mais confiar em ninguém, seja boazinha e me obedeça, ok ? – ele estava desesperado.

-tudo bem... – ela sussurrou, estava pasma, poderia um de seus “amigos” fazer isso com ela ?

~~

   Tudo que ela precisava era de um banho e sua cama, e se possível seu namorado junto, o turno havia sido cansativo demais, mas pelo menos concluíram o caso, foi ao lock pegou sua bolsa e se dirigiu a sala de seu supervisor, o laboratório estava vazio, apenas alguns funcionários da limpeza e outros novatos sendo explorados atrás de aparelhos de analise, por isso entrou sem bater, ele deu um pulo da cadeira quando ela abriu a porta e fechou rapidamente o notbook.

-Wow, tem alguém escondendo alguma coisa- ela estava relaxada, mas bastante curiosa.

-E..eu ? n-não querida. – ele tentou sorrir pra mostrar confiança mas não ajudou muito.

-Grissom, não minta pra mim, te conheço, você quase teve um infarto de tão assustado que ficou quando entrei, gaguejou....

-Não é nada de importante.

-Então deixe-me ver o que é, se não é importante porque esta escondendo de mim hein? – ela sorriu o encurralando.

-é bom, vamos né, já passou da hora de irmos embora. – ele se levantou, pegou uma pasta e seu casaco. Chegando em casa tomaram um banho e foram dormir juntos, mas Sara não se esqueceria daquele flagra tão cedo, ele que achasse que poderia lhe enrolar.

  Grissom estava extremamente preocupado, aquilo não fazia parte de seus planos, ele deveria ter agido normalmente quando ela entrou, assim não levantaria suspeitas, mas o impulso de esconder foi maior. Ele não queria contar para não estragar a surpresa mas se não contasse ela poderia tirar suas propias conclusões, e mulheres tirando conclusões precipitadas nunca é bom. Ele fez tantos planos e não queria que fossem estragados por um simples fato bobo, mas pra colocar esses planos em ação ele teria que ser corajoso, tinha medo da reação dela, era imprevisível, ou amaria ou odiaria tudo. Ele recebera uma proposta pra dar aulas em uma universidade em Paris, no começo ignorara, mas com tudo que vem ocorrendo, uma ideia lhe passou pela cabeça: Pediria ela em casamento, iriam juntos pra Paris, em um casinha confortável, somente os dois, Hank, e mais pra frente quem sabe alguns pequenos pezinhos correndo atrás do cão, ela poderia achar que era cedo pra isso, mas não era, ele perderam tempo demais, é hora de viver, e ele temia pela vida da amada, eles simplesmente sumiriam e seria felizes um com o outro, a carreira, os inimigos e qualquer outra coisa que fossem pro inferno, ele apenas queria paz, felicidade e uma família com a sua amada. Ele passou a mão pelo rosto de anjo da mulher ao seu lado e ficou velando seu sono.