-Onde estão os papeis?

-Não tem papel nenhum Sara.

-Como?

-Eu te trouxe aqui porque precisava fazer isso. – e na segunda vez dentro de 24 horas ele a surpreendeu com um beijo, um beijo intenso e apaixonado.

-Gilbert Grissom você está louco?

-Sim, louco de paixão Sara Sidle.

-Não é possível eu devo estar sonhando, mas por favor não me acorde.

-Não, não é um sonho.

-Ótimo porque agora você vai me ouvir ! Voce é louco, e se alguém nos visse?

-Esta tudo fechado e a porta trancada, ninguém entraria.

-Ok, mas Gil como ficamos agora? – ela estava preocupada.

-Ficamos bem Sara, ficamos felizes, eu tenho uma namorada linda, com o que vou me preocupar?

-Espere, você disse namorada?- agora sim ela estava confusa

-Sim, é isso que nós somos não é?

-Bem acho que sim, é que você não disse nada...

-Precisa de um pedido formal?

-Não – E dessa vez foi ela quem o surpreendeu com um beijos, pararam quando faltou o ar. – Eu vou trabalhar com você hoje?

-Infelizmente não, eu estou com o Nick e com o Greg em um triplo, você fica com Catherine.

-Ok. – ela ia saindo.

-Espere- ele a segurou pelo braço. – Se cuida.- e deu um beijo em sua testa. E ela saiu.

 Ela saiu um pouco desnorteada da sala dele, poderia ter ficado ali por horas, estava tão feliz, as coisas finalmente poderia dar certo, ele tinha mudado não era mais uma rocha impenetrável, e ela estava muito satisfeita com todas essas mudanças.

 - Cath estou com você – avisou assim que a viu a loira no corredor.

-Ok, te espero na denali.

  Estavam ali fazia algumas horas, acharam muito sangue mais nenhum corpo. Até que descobriram um canal, onde era deixado muito lixo e esgoto, o corpo estava ali, dividido em sabe se lá quantas partes, e Sara estava ali, Cath precisava “resolver a papelada”.

-Hey- ele a chamou quando viu de longe.

-O que você está fazendo aqui? – ela perguntou assustada.

-Eu terminei meu caso com os garotos e vim ver se vocês estavam precisando de ajuda. Onde está Catherine?

-Foi resolver a papelada. – Sara respondeu mau-humorada por ele ter perguntado da loira.

-E você ficou com a “parte suja” do trabalho? Bem típico de Catherine. – ele foi se aproximando cada vez mais dela, estava muito perto.

-Ãhn sabe Gil... eu estou aqui no esgoto faz um tempo, estou digamos que eu estou...ãhn...fedendo.- ela estava sem jeito.

-Eu não ligo. – ele sorriu de lado tirando o ar da morena e a beijou de um modo carinhoso. Aquele cena poderia ser linda para qualquer um que visse de fora, mas a loira que observava a cena não gostou nada daquilo.

-Droga! Eles estão juntos e isso não é nada bom, como eu vou conquista-lo agora sendo que ele esta com a Sara? – Catherine se perguntava, ela amava a Grissom, e tinha um plano de conquista-lo as poucos.

   As coisas andavam indo muito bem entre Sara e Gil, era um romance gostoso o dos dois, eles estavam felizes juntos, ninguém sabia do romance dos dois com excessão de Catherine, mas eles não sabiam que a loira estava ciente do relacionamento deles.

  Grissom estava em sua casa preparando um jantar para ele e Sara, que deveria estar chegando já, era a noite de folga dos dois e resolveram passa-la juntos. Ele estava olhando a lasanha vegetariana no fogo quando a campainha tocou.

-Oi querida. – ele disse depois de se encararem por longos segundos, eles sempre faziam isso, era um jeito de se comunicarem e eles amavam apenas ficarem se encarando e se perder em seus olhares.

-Hey Griss. – Ela sorriu – Que cheiro delicioso. – ela deu um beijo rápido nele e foi em direção a cozinha que era de onde vinha o cheiro, ela agachou e abriu o forno.

-Pode ir tirando suas mãos daí Sidle. – ele disse serio.

-Ok. – ela se afastou do fogão e se afastou de Grissom com uma expressão assustada, mas ela sabia que era uma brincadeira, segundos depois os dois explodiram em gargalhadas.

   Eles se sentaram a mesa para comer, um silencio total, somente o som de suas respirações, eles comiam e se olhavam.

-Hum... isso esta muito bom Griss- a perita resolveu quebrar o silencio. Ela sorriu seu sorriso mais lindo.

-Sabe Sara, se você sorrir desta maneira novamente eu não vou me responsabilizar pelos meus atos.

-Bem...entao deixe-me ficar seria, não quero que faça nada que você não queira.- ela fechou a cara e Griss fez um biquinho com suas sombrancelhas arqueadas.

   Os dias no laboratório estavam um caos, eles mal tinham tempo de se ver, a única maneira de estarem perto um do outro era no trabalho, o que era ruim, porque ele queria poder beija-la e ela queria estar em seus braços mas no trabalho nada daquilo era possível.

   O dia estava amanhecendo e finalmente eles tinham tido uma trégua no laboratório, tudo que Sara gostaria naquele momento era ir para sua casa, tomar um banho e ir se deitar, ao sair do lab parou um carro todo escuro ao seu lado, ela não sabia quem era e não dava para ver o interior do veiculo por conta do vidro escuro, Sara desconfiou e começou a acelerar o passo, uma pessoa encapuzada desceu do carro e gritou.

-Aonde você pensa que vai? – o individuo estava indo em direção a perita, ela olhou e viu que ele tinha uma arma em mãos, logo ela sacou a sua e só foi ouvido um barulho de tiro.

   Sara estava com sua arma em mãos, mas nela não havia apertado o gatilho, o individua estava ali, caído no chão com um tiro na cabeça, ela abaixou para ver se havia pulsação, mas já era tarde. Mas quem havia atirado? Ela olhou para os lados e viu Grissom parado na porta do lab com uma arma em mãos, estático.

~~ 

   Grissom nunca saía de casa armado, por mais que fosse muito bom em tiro, mas nunca gostou de armas, mas naquele dia, alguma coisa havia lhe dito para sair armado. Sara havia saído do lab sem falar com ele, então decidiu ir atrás dela, quando saio e viu aquele sujeito apontando a arma para Sara não pensou duas vezes, sacou a sua e atirou. Sara correu até ele.

-Gil, esta tudo bem querido? – Ela perguntou carinhosamente tentando tira-lo de seu transe.

-ãh...sim, estou e você ? – Perguntou ele agora de “volta a realidade”.

-Também, vou ligar para o Brass e contar tudo o que aconteceu por aqui.

  Depois de alguns minutos Brass que estava em outra cena chegou, Sara havia lhe explicado tudo o que havia acontecido, Brass mandou Sara e Grissom para casa, afinal... eles não poderiam fazer mais nada ali, Nick e Greg haviam chegado para processar a cena. Sara foi em seu carro, e Gil no dele, mas ambos iriam para o mesmo destino, a casa dela.

   Deitados na cama, ela estava encostada no peito dele, ambos em silencio. Apenas curtindo a companhia um do outro, mas ela notou que ele estava estranho, quieto demais.

-Querido, o que foi?- Perguntou Sara se apoiando em seus cotovelos para olha-lo nos olhos.

-Não foi nada.- tentou esconder ele.

-Grissom, por favor não minta pra mim. – ela odiava que pensassem que podiam engana-la.

-Eu só estou um pouco assustado Sara, eu matei uma pessoa.

-Mas você sabe que não teve culpa, foi legitima defesa.

-É eu sei, mas mesmo assim é estranho, mas fique tranquila vai passar. – Disse ele, fazendo carinho no rosto de Sara.

-Vou fazer um chá de camomila para você. – Ela disse se levantando da cama, mas foi puxada de volta por Grissom.

-Não mesmo senhorita Sidle, chega de acidentes por hoje.

-O que o senhor está insinuando Gilbert Arthur Grissom? – Ela cruzou os braços e o encarou.

-Ihh, chamou pelo nome inteiro, então estou ferrado! Sabe, convenhamos que você não é muito boa na cozinha. – Disse que com cara de quem não tem culpa de nada.

-Ah, mas então quer dizer que eu não sou capaz nem de fazer um chá? – ela estava com uma cara de indignada.

-Não é que...- ele tentou contornar mas foi interrompido.

-Nada mais, á partir de hoje o senhor esta oficialmente de castigo. – Ela sorriu.

-E qual será a minha sentença? – Ele também sorriu.

-Mantenha-se com 1 metro de distancia de mim durante 1 semana.

-Isso é impossível, sabe nem tendo você nos meus braços é o suficiente pra mim, ou então quando desafiamos a física e provamos dois corpos podem sim ocupar o mesmo lugar, nem isso me parece suficiente, sabe Sara você é o amor da minha vida, eu passei a viver quando resolvi lhe dar uma chance, eu não viveria em um mundo qual você não existisse, então não me venha pedir para ficar longe de você, uma vida inteira com você não me parece suficiente, muito menos meia vida, porque você sabe que eu já estou velho... – ele foi calado pelos lábios de sua amada, o chá foi esquecido, e naquela noite eles desafiaram a física novamente.

~~

    Ela acordou primeiro naquela manhã, saiu da cama devagar, não queria acorda-lo, ela lembrou da noite passada e sorriu, foi até a cozinha preparar um café, ela faria ele beber daquele café nem que fosse a força. Ele estava deitado, tateou e não a encontrou, imediatamente sentiu o cheiro de café. Levantou feliz aquela manha, estar com ela sempre o deixava animado e disposto.