Snape não ficou surpreso ao entrar no escritório do diretor às 03h30min da manhã e encontrá-lo acordado.

 “Severo, meu menino!” Ele cumprimentou feliz, alheiro à raiva que o homem trazia em seu íntimo. “Gota de limão?” Snape balançou a cabeça e respirou fundo para controlar a vontade de enviá-las longe. “A que devo o prazer dessa visita a essa hora?”

 “O senhor tem conhecimento das condições das condições nas quais Harry vive na casa de seus tios?” O homem praticamente rosnou. O diretor foi pego de surpresa pela pergunta, mas não se deixou abalar.

 “Severo, desde quando chama Harry pelo primeiro nome?”

 “Desde que o menino foi a meus aposentos me agradecer por salvar sua vida e passou a noite comigo, folheando fotos e ouvindo histórias sobre Lílian.” Ele fez uma pausa. “Tinha razão sobre esse ponto, diretor, o menino não é nada como o pai. Como já era tarde, ofereci a ele que ficasse em meu quarto de hóspedes para a noite e acabei descobrindo coisas interessantes a respeito de sua vida na casa de Petúnia.”

 “Severo.” Dumbledore suspirou, já tivera essa conversa anos antes com Minerva. “Sabe tão bem quanto eu que é necessário que Harry viva com seus parentes para garantir a proteção de Lílian...”

 “Francamente, Alvo!” Ele gritou. “Pouco me importa a eficácia da proteção contra Comensais da Morte, ela não pode protegê-lo de seus próprios parentes!” A face tão branca de Snape estava púrpura. “Tem ideia do que esse menino passa?! Ele dorme em um armário, Alvo! Seu tio bate nele.” Ele suspirou e empurrou as próprias memórias para o fundo de sua mente.

 “E o que você sugere?”

 “Que retiremos o menino de lá, muitas famílias estariam dispostas a levá-lo sob sua proteção, até mesmo alguns professores.” Os olhos do diretos brilharem em um tom perigoso que Snape odiava, significa que ele estaria envolvido mais do que gostaria.

 “Muito bem.” Ele disse. “Concordo que Harry deve sair da casa de seus parentes, desde que você seja o único a adotá-lo.” Snape tossiu sem esconder sua incredulidade.

 “O-o que? Pode me imaginar cuidando de uma criança?!”

 “Você me ouviu.” Dumbledore disse com um sorriso. “A única maneira de Harry sair da casa de seus parentes é se você adotá-lo, Severo. Tenho certeza de que as proteções em torno de Snape Manor serão suficientes, se não, é só me chamar.” Ele bateu as mãos e se levantou. “Agora, já é tarde. Tenha uma boa noite, meu menino.” Ele saiu pela entrada de seus aposentos deixando um Snape irritado para trás.

 “Maldito velho manipulador.” Ele rosnou. Mas prometera ao garoto... Nós vamos tomar essa decisão juntos.