Capitulo IV:

Por fim, Sesshoumaru começou a andar, tentando tirar Yuki de seus ombros, mas por mais que tentasse ela não saia. Passou por Rin sem dizer uma única palavra ou mesmo olhá-la. Ele reprimia o sentimento que tinha por ela, tinha que fazê-lo, se não, não teria respeito dos yokais a sua volta e para governar um reino, Sesshoumaru precisava ser temido e respeitado.

No instante em que Sesshoumaru passou, Rin se virou e encarou as belas costas do yokai, torcendo, esperando que ele desse pelo menos um olhar para ela, mas não o fez. A jovem moça de dezessete anos sentiu seu coração despedaçar. Desde pequena ela havia mudado muito, não era mais tão corajosa como costumava ser quando criança, ela se tornara uma moça boa e tímida, não conseguia mais se expressar como antigamente, mas tudo que ela desejava era voltar ser aquela criança de oito anos novamente e poder falar o que queria ao “Senhor Sesshoumaru”.

Assim que Yuki e Sesshoumaru desceram as escadas, Rin começou a caminhar em direção a seu pequeno quarto. Ela andava com graça e elegância, mesmo com a cabeça baixa, ela queria evitar que qualquer pessoa a visse daquele jeito.

- Menina Rin? – Uma voz conhecida veio e quando percebeu viu Jaken segurando seu pequeno cajado de duas caras. – O que tem?

Rin logo tratou de secar suas lagrimas e começou a sorrir para o pequeno yokai sapo, balançou a cabeça e junto com o pequeno foi até seu quarto. Quando abriu a porta se deparou com um homem enorme. Rin ficou extremamente assustada com o homem alto, de longos cabelos laranja e olhos vermelhos, ele era incrivelmente assustador. Jaken se colocou a frente da menina e fez com que o cajado liberasse um rajado de fogo atacando o intruso.

- FUJA RIN!!!! – Ordenou Jaken.

Rin queria fugir queria obedecer, mas ficou paralisada de tanto medo com o homem assustador, mas mesmo quando conseguiu se virar para sair do quarto e chamar ajuda, o enorme homem se colocou entre ela e a porta e a colocou em seus ombros, fazendo ela se contorcer tentando sair de seus ombros.

O homem suspirou e com um pequeno toque de seus dedos, fez com que a menina desmaiasse em seus braços. Ele começou a correr pelos corredores.

- PRENDAM-NO!!!! – Urrou Jaken para os guardas que logo vieram se colocar entre aquele homem e a saída.

Sesshoumaru que se encontrava em sua biblioteca particular, sentado na bela poltrona prateada, acompanhado de Yuki que brincava com os livros, derrubando-os no chão, pois estava completamente entediada ouviu barulhos estranhos. Imediatamente fechou o livro e correu para o corredor de cima onde ficou frente a frente com o enorme homem de cabelos vermelhos que carregava Rin em seus braços.

Os dois ficaram a se encarar e os guardas do palácio ficaram imobilizados pelo olhar frio de Sesshoumaru que não gostara de ver sua protegida nos braços de outro.

- Senhor Sesshoumaru... – Satirizou o intruso, sua voz era grossa e rouca. – Há quanto tempo não via o senhor das terras do leste.

- Sune o que um yokai de quinta esta fazendo em minhas terras? – Falou Sesshoumaru em um tom frio. – Saia imediatamente.

- Claro, mas antes vou ter que levá-la comigo, claro que você não se importa de eu levar uma reles humana.

Sesshoumaru rangeu os dentes baixo, nenhum humano normal conseguiria escutar, mas para todos os yokais, fora fácil perceber que ele ficara completamente irritado com a possibilidade dele levar Rin. Assim que o enorme yokai de cabelos laranja foi se aproximar de Sesshoumaru, o senhor das terras do leste sacou a Toukijin e tenta acertá-lo, mas Sune logo desvia e da uma pequena risada e tira de dentro de sua armadura vermelha e laranja um chicote de fogo, em seguida coloca Rin deitada no chão e com um único movimento, faz um circulo de fogo em volta da menina com seu chicote. Jaken tenta se aproximar e junto com os outros guardas eles são arremessados para longe.

- É impossível passar por essa barreira os únicos que conseguem são os yokais raposas, mas não esta tudo perdido senhor Sesshoumaru. – Ridicularizou Sune. – Se quiser pegar sua pequena menina de volta a única coisa que tem que fazer é me matar.

Sesshoumaru viu a pequena Rin adormecida em meio as chamar, sem saber o que estava acontecendo, em seguida encarou o homem que segurava o chicote de fogo sem se queimar. Sesshoumaru correu em sua direção e começou a atacar.

Os dois começaram um luta que parecia interminável. Nenhum dos dois conseguia acertar o outro. Percebendo tal coisa Sesshoumaru ficou parado, enquanto Sune se movimentava de um lado para o outro, tentando deixar Sesshoumaru assustado ou impaciente, mas para o senhor Sesshoumaru pedir isso para ele, era o mesmo que pedir o impossível acontecesse.

Sune começou a ficar sem paciência, percebendo que não havia reação de Sesshoumaru e logo jogou se chicote contra ele, no instante em que fez, o yokai cachorro enrolou o chicote em sua espada e puxou o enorme Sune em sua direção o fazendo cair no chão.

Furioso Sesshoumaru não apenas iria matá-lo, iria fazê-lo sofrer pelo que tinha feito com Rin, ninguém se atrevera a tanto, entrar em seu palácio e pegar algo que lhe pertencia. Sesshoumaru primeiramente atravessou a espada no ombro direito do yokai, fazendo urrar de dor.

Aos pouco, Rin foi despertando no circulo de fogo e quando despertou viu Sesshoumaru torturando já todo incapacitado o enorme homem que havia lhe pegado a força. Ela ficara assustada com tamanha brutalidade e quando ele iria atravessar o coração do yokai para libertar Rin do circulo de fogo, a moça correu para fora do circulo, fazendo-o desaparecer e abraçou as costas de Sesshoumaru, surpreendendo a todos, inclusive o próprio Sesshoumaru, que imediatamente se paralisou.

Sune começou a rir.

- É realmente ela. –Repetia o yokai raposa.

Sesshoumaru se virou e viu que não tinha um único arranhão em sua pequena, que o fogo não a atingira. Estava aliviado, mas não queria demonstrar. Alguns segundos depois ele guardou a espada e se afastou de Rin, com um olhar fez com que os guardas pegassem o yokai raposa e levassem para a masmorra do palácio.