In Die Nacht escrita por julythereza12


Capítulo 30
Capítulo 30: Sunday, bloody Sunday


Notas iniciais do capítulo

Weee, de volta! Desculpem a demora, mas a escola está matando o meu tempo. u.u'
Espero que gostem desse capitulo!
Boa leitura!



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“I can't believe the news today
I can't close my eyes and make it go away”

 

(Trechos da música Sunday, bloody Sunday, do Paramore)

 

Eu estava tão confusa. Não tinha entendido ao certo o que meu pai queria dizer com tudo aquilo. Minha cabeça estava uma confusão só, era muito informação ao mesmo tempo. Eu sabia que meu pai não era um homem normal, mas eu não sabia que ele era tão anormal assim! Aquelas foram as últimas palavras do meu pai para mim. Eu me sentia triste, decepcionada... Por que eles esconderam isso tudo de mim? Minha mãe também sabia sobre isso, eu tinha certeza. Gene espião? O que queria dizer isso? Uma coisa eu tinha certeza, eu tinha que procurar a Fernanda, ela estava envolvida nisso tudo também.

Eu estava no meu quarto, pensando em tudo isso. Bill continuava ao meu lado, me esperava pacientemente falar alguma coisa. Eu me virei para encará-lo e ele sustentou meu olhar.

- Você já sabia? – perguntei.

- Sim. Seu pai me contou a sua história na esperança que eu me afastasse. – ele respondeu desviando o olhar.

Senti uma pontinha de raiva, até o Bill sabia e eu não! Por que eu sempre era a última a saber, ainda mais algo sobre mim.

- E por que não se afastou?

- Manuela, eu te amo. Não é porque você vai viver no perigo, ou talvez nem vá, que eu vou me afastar de você. – Bill falou seriamente me encarando, era a primeira vez que ele falava que me amava com todas as letras.

- Bill, eu te amo também. – falei encarando-o – Mas eu irei atrás da Fernanda. E você está correndo muito risco ficando perto de mim. – desviei o olhar.

- Não, não. Eu não vou deixar que você vá. Você está segura aqui. – ele falou pegando as minhas mãos e apertando-as.

- O lugar que eu menos estou segura é aqui. Não acho que simples seguranças vão dar conta da máfia americana e a máfia européia. Bill, eu tenho que dar um jeito. Tenho que entender o que é esse gene espião. Tenho que ir para os EUA. – afirmei olhando para as nossas mãos.

- Eu não tenho como te impedir, mas vou tentar convence-la a não ir atrás dessa tal Fernanda. – ele afirmou teimoso.

- Desculpe Bill. – falei soltando as minhas mãos e me levantando – Eu tenho que arrumar as minhas malas. E tenho que encarar isso, quer eu queira ou não. – afirmei me dirigindo para a porta do closet.

Bill suspirou cansado.

- Quer ajuda?

- Não. Eu me viro bem, têm algumas que eu nem desfiz ainda. Vou aproveitá-las. – afirmei parando na porta do closet.

- Ótimo, irei arrumar as minhas.

- O que? – me virei para encara-lo – Você também vai?

- Claro que vou. Não irei te deixar sozinha um segundo. – ele respondeu me dando as costas.

- Bill. – eu o chamei.

Ele se virou para me olhar.

- Você tem ideia que poderá voltar sem mim, não é?

- Não quero nem pensar nessa possibilidade, vá arrumar as suas coisas. Em duas horas sai o avião. – ele falou sem me olhar, me dando as costas e saindo do meu quarto.

Voltei para o closet e comecei a arrumar as minhas malas. Eu estava triste, muito triste pelo o que tinha acontecido com o meu pai. Eu nunca mais iria vê-lo, nunca! Mas eu sabia que precisava ser forte, e que apesar de tudo, ele me amava. Tive até um pouco de sorte, poucas coisas para arrumar. Fechei as malas que tinha aberto, guardei as roupas e all stars limpos nas outras malas, e comecei a colocar as malas na sala de música. Nesse meio tempo, Babis apareceu para me ajudar com as malas.

Terminamos e nos sentamos no meu sofázinho. Ficamos um tempo em silêncio.

- Você está bem? – Babis perguntou quebrando o silêncio.

- Estou sim, não se preocupe. – respondi olhando para as malas.

- Sinto muito por tudo que aconteceu, seu pai era um cara muito legal. – ela falou me puxando para um abraço.

- Eu sei, ele era ótimo. – falei com a voz um tanto de choro.

Ela me abraçou por um tempo, me confortando e eu segurava o choro. Quando nos separamos, ela olhou para as malas.

- Pra que tantas malas? – ela perguntou curiosa.

- Talvez eu não volte mais Babis.

- Por que? – ela perguntou agora espantada.

- Minha amiga, vou lhe contar algo, mas você não pode contar para ninguém de jeito nenhum, okay? – ela fez sim com a cabeça e eu me levantei, voltando para o meu dormitório e pegando o envelope que havia deixado em cima do criado.

Voltei para o sofá, e dei o envelope para que ela lesse. Quando ela terminou de ler, ficou perplexa e insistiu que ia me acompanhar para onde quer que eu fosse. Mas eu teimei com ela, e a convenci ao menos a terminar a escola.

Paramos de conversar e ficamos olhando o envelope branco com o famoso símbolo da CIA.

- Você aceitou bem tudo o que aconteceu. – ela afirmou depois de um tempo.

- E eu tenho outra opção Babis? – perguntei a ela me encostando melhor no sofá – Meu pai não iria querer que eu ficasse chorando pelos cantos. Mas mesmo assim, eu ainda sinto vontade de chorar. – afirmei.

- Eu sei. Te conheço melhor do que você imagina. – ela afirmou me olhando sorrindo triste – Só não entendi uma coisa. O que é esse gene espião? – perguntou me olhando.

- Também não entendi muito bem isso. Espero que a Fernanda possa me explicar.

E depois paramos de conversar. Brükke apareceu para pegar as minhas malas. Ele se espantou de início com a quantidade, mas apenas começou a descê-las sem perguntar nada e depois voltou para pegar o resto acompanhado de um dos meus novos seguranças.

Precisamos de três carros para nos levar para o aeroporto. Ou melhor, dois carros e a van do Tokio Hotel. Bill não saia do meu lado de jeito nenhum, ele também reparou na minha quantidade de malas, mas preferiu não comentar nada.

Quando chegamos ao aeroporto, encontramos algumas fãs do Tokio Hotel, eles apenas pararam para uma foto, e logo seguiram para o avião particular do meu avô.

A viagem foi tranqüila. Eu dormi a maior parte do tempo encostada ao ombro do Bill. E no meio da viagem, eu acordei com fome, afinal, mal eu tinha tomado café da manhã. Babis me jogou um saco de Ruffles.

- Eu não quero uma batata nesse saco. – Babis falou me olhando.

- Sim senhora. – falei já abrindo o saquinho e começando a comer.

Eu estava realmente com fome.

- Devia ter tomado mais café da manhã. – Bill afirmou me encarando.

- Não estava com muita fome Bill. – falei pegando mais e mais batatinha.

- Hum, quando chegarmos lá no aeroporto, pegaremos um Big MC para você. – ele afirmou pegando uma batatinha do saco.

- Ei! – reclamei.

- Egoísta, é só uma. – ele falou de boca cheia.

- Hunf!

Voltei a minha árdua tarefa de comer as batatinhas, e quando as terminei, bebi uma boa quantidade de água... E logo voltei a sentir sono.

- Eu estou ficando com um tanto de sono de novo. – afirmei me ajeitando melhor na poltrona.

- Você também só dorme. – ele reclamou me olhando.

- Quando eu estou abalada emocionalmente, eu desmaio ou fico com sono. – falei.

Bill olhou para o banco onde Babis e Gustav sentados. Os dois conversavam arduamente, quer dizer, a Babis era a que mais falava, mas aos pouco o Gustav foi se soltando. E eles acabaram passando a viagem inteira conversando. Tom e Georg ficaram cada um em uma poltrona do lado da janela. E eu percebi que em meio a viagem, eles começaram a fazer guerra de salgadinho, e acertaram algumas no Gustav e na Babis. Ela vivia reclamando disso, mas sempre acabava comentando algo com o Gustav. Os dois estavam realmente se dando bem. Bem que eu suspeitei daquela olhadinha que ele deu para ela quando eles se virão no salão de música.

- Eles estão se dando bem. – comentei com o Bill sentando-me melhor na poltrona.

- Sim, sim. Pelo jeito o Tom largou mão dela. – ele concordou comigo.

- E isso é bom? – perguntei.

- Hum, talvez. – ele respondeu pensativo – Mas eu não quero falar sobre isso.

- E sobre o que quer falar?

- Eu também não quero falar, eu quero é te agarrar. – ele afirmou me abraçando.

- Bill! – eu exclamei meio assustada olhando meu avô e minha mãe, que dormiam, ou fingiam dormir.

- O que foi? Você não quer? – ele perguntou desanimado,triste.

- Não é isso Bill... É que... – eu não tinha motivos – Droga. Me beija logo. – falei autoritária.

- Oh, seu desejo é uma ordem. – e me beijou.

Eu sei que estava sendo errado, eu estava me aproveitando do momento. Mas eu queria aproveitar cada instante ao lado dele, porque eu não sabia o que viria mais a frente. Não queria ficar longe dele, mas tinha um pressentimento que seria necessário, pelo menos por enquanto. E eu estava certa.

Horas depois, quando o avião pousou e descemos dele, ainda era dia em New York. Encontramos três garotas, uma delas reconheci ser a Fernanda, elas estavam nos esperando encostadas em uma das três vans que nos levariam para a mansão Wildscream.

 

“Sunday, bloody Sunday
Sunday, bloody Sunday
Sunday, bloody Sunday
Sunday, bloody Sunday

And the battle's just begun
There's many lost but tell me who has won?”


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Notas finais do capítulo

E quem será que são as outras garotas misteriosas? No próximo capitulo vocês saberão! E entenderão melhor o que a Manuela é.
Beijux, e comentem! o/'
;**