A Pior Noite Da Vida De Um Conde escrita por Kaizoku
A noite do baile havia chego, eu tive de passar por tudo aquilo de novo, o salto, os apliques nos cabelos, o espartilho, o vestido apertado e pesado, as flores presas em meus cabelos. Odiava aquilo.
A carruagem se aproximava, e quanto mais próxima a mansão ficava, mais minha vontade de retornar aumentava.
A mansão estava iluminada por completo, o salão elegantemente arrumado, logo, pude avistar os suspeitos, assim como o conde Trancy e seu mordomo, que vieram nos cumprimentar.
“Realmente, Trancy, é um péssimo anfitrião, está ignorando todos os outros convidados.” Pensava comigo mesmo, perdendo a linha do raciocínio ao ver Trancy piscar para mim e se afastar para falar com os outros convidados. “Que diabos foi aquilo?”
Ao longo do baile, a lista de suspeitos foi diminuindo, a investigação corria perfeitamente, até o momento em que as músicas lentas começaram a tocar no baile.
Vi Alois andar lentamente até mim, neste momento, um arrepio percorreu-me a espinha, olhei sério para Sebastian, a única coisa que se passava em minha mente era:
“Não, não pode ser.”
O conde curvou-se e em seguida estendeu-me a mão, sorrindo e dizendo de modo simpático:
-Me concede esta dança?
Eu demorei a responder, até que senti Sebastian dar-me um cutucão,indicando-me para aceitar o convite. Certamente, se pudesse me dizer algo, diria que a atitude certa seria aceitar o convite.
Ciente da demora, Alois colocou uma rosa em sua boca, dizendo de modo enrolado:
-Vamos, será divertido. OLÉ;
Neste momento, perguntei-me se o conde queria convidar-me para dançar ou se queria que eu cometesse suicídio. Ele tomou-me a destra, arrastando-me pelo salão e iniciando a dança lenta.
Parecia que ele tentava me provocar com aquele sorriso idiota de garoto apaixonado, mas eu tinha que recordar-me de que ele não estava ciente de quem era, por trás daquele vestido.
Enquanto eu dançava com Alois, meu mordomo continuava a investigar cada um dos suspeitos, encontrando o criminoso.
Eu não poderia deixar o conde ali, sem mais nem menos, então, continuei a dançar, tudo corria tranquilamente, até que o loiro resolveu abrir a maldita boca:
-É muito bela, Senhorita, devo admitir que cativou-me.Gostaria de fazer algo mais interessante?
Aí sim, eu tive a mais plena certeza de que ele queria que eu me suicidasse, ali mesmo.
-Perdoe-me, mas por hoje, não farei este tipo de coisa. – Sorri, mesmo sem querer fazê-lo, acho que foi o sorriso mais falso que já ofereci para alguém em toda a minha vida.
-Mas que lástima... – Ao dizer isto, Alois acariciava minha cintura, olhando-me nos olhos e levando seus lábios para cada vez mais perto dos meus.
A música acabou, eu o soltei, foi quase como livrar-me de algemas. Sebastian tomou-me pela mão, puxando-me para o lado, deixando o conde com uma expressão de ódio no rosto.
-Perdoe-me, my Lady, mas já está na hora de irmos.
Eu e meu mordomo nos dirigimos para fora da mansão, entrando na carruagem e partindo o mais rápido possível.
“Foi por pouco” - pensei – “Foi por pouco”
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Desculpe se decepcionei alguém com minha falta de criatividade.