Por Acaso escrita por Miho


Capítulo 3
Capítulo 3: Mentiras Não Duram Para Sempre...


Notas iniciais do capítulo

É o seguinte pessoal... Sinto muito, mas de agora em diante, só vou estar postando nas sextas-feiras. Minha rotina anda agitada de mais! Sinto muito... Mas apenas às sextas-feiras mesmo... Sorry ^^" Bom... Deixem Review Pessoal!



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Só agora, que eu havia me tocado o quanto ela me fazia falta... Um dia sem ela era como um dia perdido de minha vida...

~ Flash Back On ~


Estava sentado no batente de minha casa. Enquanto eu via Dawn, Drew, Paul, Gary e Misty, brincarem juntos de pega-pega, minha cabeça estava presa nela... Apenas nela... O que fazia para demorar tanto em Hoenn? Será que... Eu fui substituído? Não... Era não faria isso... Faria? Assim que comecei à me perguntar se ela faria mesmo aquilo, vi um carro na entrada da cidade! Levantei mais um pouco minha cabeça, observei mais uns minutos e assim que ele tomou mais forma, pude ver que era o mesmo carro azul com o qual ela deixou a cidade para ir até Pewter, pegar o avião. Me levantei e corri até a entrada, Mas Gary, me segurou. Como ele era mais velho que eu, deixei-me ficar preso. Mas sabia que ele não iria me segurar por muito tempo.

Logo quando o carro estava à uns vinte metros da entrada da cidade, ele parou. A porta traseira se abriu. Meu sorriso foi de orelha a orelha, May desceu de lá e fechou a porta, saiu correndo pela estrada que ia dar na entrada, eu me movimentei bastante e soltei-me das mãos de Gary, que seguravam meu ombro.

– May! – Gritei animado

– Ash! – Ela me respondeu. Nós nos abraçamos e ela me contou tudo de maravilhoso que tinha no continente de Hoenn e lamentou-se por não poder me levar. – Lá era o maior tédio! Não tinha ninguém para brincar, a não ser meu primo Raycon, mas ele é muito chato, só sabe brincar de luta de Pokémon, isso é realmente irritante! Ah... Eu também ganhei isso de minha avó – Mostrou-me um cordãozinho de ouro, mas sem pingente – Ela disse que quando eu ganhasse um pingente, era pra colocar. Mas eu não sei onde vende pingente... – Imediatamente, lembrei-me de um pingente em formato de flor, que tinha guardado em um bauzinho de minha mãe, o meu pai deu à ela antes de pedi-la em casamento.

Mas infelizmente ele morreu, quando eu tinha uns dois anos... Foi terrível crescer sem um pai. Mas para mim isso era meio que... Comum... Mas voltando... Acho que estava na hora de passá-lo para outra geração...

– Ah! Espera aí! Passa lá em casa perto das duas e meia, eu tenho uma coisa que eu acho que você vai gostar... Não! Eu tenho certeza! – Dei um sorriso de orelha a orelha

– Ahn? Err... Tudo bem – Olhou para o lado e viu seus pais lhe chamando. Fez um sinal com a mão de “Espera Aí” e disse – Tudo bem, eu passo lá por volta das duas e meia...

Isso! Eu sou foda! Agora sim! Ela vai me amar! E... Espera... Por que eu estou pensando isso?! Eu bebi?! Argh! Estou ficando cada dia mais maluco... Mas ainda assim sinto uma vontade sobrenatural de dar aquele pingente a ela... Corri para casa, pulando de alegria! Entrei correndo e logo perguntei à minha mãe:

– Mãe!

– Sim meu bem? – Falou minha mãe saindo da cozinha

– Err... Sabe aquele pingente... De flor... Que o papai te deu? – Vi as lágrimas invadirem seus olhos. Ela virou o rosto, mas eu sabia que estava chorando – Não... Não foi com essa intenção que eu vim...

– Não tem problema meu bem... – Ouvi-a fungar o nariz. Ela ainda não havia superado... – Pra que você o quer? – Perguntou meio desconfiada

– É que... A May ganhou um cordãozinho dourado... Daí, eu queria dar o pingente à ela... – Murmurei meio corado – Você pode me dar ele? – Falei ainda mais vermelho, minha mãe deu um meio sorriso, desconfiada

– Ah... Claro meu bem... Só me prometa... Que ela é mesmo a garota com a qual você quer dar este pingente... Você sabe que ele é a única lembrança que seu pai deixou para nós – Vi as lágrimas brotarem novamente em seus olhos – Você promete? – Nesse momento as lágrimas rolaram soltas pelo rosto de minha mãe

– Eu juro – Falei sério e decidido, logo ela subiu as escadas e desceu, segurando algo em suas mãos, com muito cuidado. Elas formavam uma concha. Logo ela me estendeu a mão. Abrindo-a devagar, eu vi a beleza do tal enfeite... Nunca o vi. Mas sabia que ele existia... (N/A: O Nyah! é tão fofo, que não deixa entrar hyperlink X3 Obrigada Nyah! Kk' Well... Eu vou passar o Link aqui X3 [ http://www.fotosimagens.net/wp-content/uploads/2011/08/Flor-de-lotus-vermelha-desenho.jpg ] Done ^^ Kk' Aproveitem *¬*)

Quando vi aquilo, meus olhos brilharam. Nunca vira algo tão belo em toda a minha vida! Isso... Exceto o sorriso de May... Aproximei minha mão, mas logo hesitei...

– Vamos... Pode pegar – Sorriu minha mãe

Olhei para ela duas vezes antes de pegar o delicado pingente. Ele era realmente lindo. Como reflexo, olhei para o relógio. Suspirei. Eram apenas duas horas... Peguei-o e corri para meu quarto, enquanto subia a escada, parei e gritei para a minha mãe:

– Obrigado mãe! Você é dez! – Como resposta, ela sorriu e eu continuei correndo

Assim que cheguei em meu quarto, pus o objeto em cima de minha escrivaninha e saí correndo para o banheiro. “Arranquei” literalmente minha roupa e me joguei no chuveiro. Não demorei muito, logo saí do banho e coloquei uma roupa nova, olhei para a escrivaninha e lá estava ele... Tão lindo... Segurei-o com a mão direita e pus no bolso.

Olhei para o relógio e ele já marcava duas e vinte, desci correndo, quase caindo da escada, assim que cheguei lá em baixo, minha mãe me encarou meio assustada, mas logo fiz um sinal com a mão e ela sorriu. Corri para o sofá e tentei ficar o mais natural possível. Estava a cada minuto mais nervoso. Olhei para o relógio... Já eram duas e meia... Passaram-se mais alguns minutos e ela chegou. Sorri como um retardado.

Num pulo saí do sofá e olhei para ela. Fui andando com um sorriso apagado no rosto, quando cheguei bem perto, notei que a minha mãe estava nos encarando. Logo sugeri

– Err... Vamos lá fora... – Olhei por cima do ombro para minha mãe que murchou um pouco – Vamos logo, quero te dar uma coisa... – Percebi que ela corou... E muito! Quando chegamos no campinho... Naquela árvore que costumávamos sentar todos os dias em sua sombra, para conversarmos e brincar eu comecei à ficar agitado – Bom... Eu... Err...

– Ah fala logo Ash – Revirou os olhos

– Você... Trouxe seu cordão? – Falei olhando para o lado

– Hum... Trouxe! Desde que ganhei eu não desgrudo dele... – Pus a mão no bolso e senti que o pingente continuava ali – Por que?

– Me dá... – Estendi a mão – Vai... Confia em mim, me dá ele... Não vou ficar com ele né? Vai me dá – Revirei os olhos. Meio receosa, ela me estendeu o tal cordão... Me virei de costas e tirei a flor do bolso. Com cuidado passei-a pelo cordão e segurando ele ainda, falei – Agora, se vira, eu quero que seja uma surpresa! Mas uma surpresa mesmo! Garanto que você vai adorar... – Confiando em meus olhos inocentes, ela virou-se e eu passei o braço por seu pescoço com o pequeno enfeite. Percebi ela corar.

Puxei mais para mim e em seguida, encaixei o fecho do objeto. Assim que eu fiz um sinal afirmativo, ela soltou seus longos cabelos... Da cor do mel... Céus! Essa garota me deixa imbecil!

– Mas o que...? – Minha “Amiga” pôs a mão sobre o busto. Assim que sentiu o tal pingente, o puxou de leve e viu. Seus olhos brilharam naquele instante – Ash... Por que me deu isso?

– Eu... Quero que seja seu... Guardei para você... – Disse em um sorriso amarelo. Ela imediatamente sorriu comigo. Estava tímida... Típico... – Então...? Gostou?

– Não... – Meu coração apertou. Ela fez uma cara feia. Senti como se meu mundo fosse desmoronar! – Eu amei! – Ela me abraçou... Me abraçou... Eu... Nunca me senti tão foda em toda a minha vida!

– Sério?! – Eu duvidei cessando o abraço com cara de espanto

– Sério! É lindo Ash! Parece que foi feito nos mínimos detalhes! Não acredito que se incomodou em me dar isto... É tão...

– Gentil? – Adivinhei as palavras

– Não... Tão romântico... – Fez aquele sorriso que sempre me deixou vermelho de vergonha. Tentei pronunciar algo mas... – Ash...

– Ahn? – Falei corado com as mãos no bolso, enquanto olhava para o chão

– Olha... Você deve achar que é bobagem... Mas... Eu quero tentar uma coisinha... Mas... Você promete que não vai se mexer? – Falou calmamente. No fundo eu não achei que era algo tão importante... Assenti – Ahn... Você não vai mesmo né?

– Claro que não May – Revirei os olhos.

– Tudo bem... – Puxou o ar com a boca – Err... Fecha os olhos – Rapidamente obedeci – Continua com eles fechados viu?

– Ta bom... – Confirmei

– Jure! – Falou meio sem jeito

– Ok... Eu juro pela minha vida que irei manter meus olhos fechados! Feliz? – Revirei os olhos novamente.

– Tudo bem... Agora estou... – Disse sorrindo... Céus! Que sorriso perfeito... Singelo e marcante... – Tá... Fecha – Obedeci novamente. Após algum tempo eu resmunguei

– May... O que você... – Ainda de olhos fechados

– Espera... – Ela murmurou. Eu resmunguei novamente...

– Mas May... Eu– Minha fala foi cortada. Senti seus lábios pressionando os meus. Imediatamente minha respiração falhou. Com cautela eu passei minhas mãos por sua cintura e a puxei mais para perto de mim. Ela passou os braços por meu pescoço. Para mim... Aquela passou a ser a definição do Infinito! (N/A: Obrigada por essa fala linda rodrigocaetano xD) Após mais algum tempo, nós nos separamos, minha respiração estava falha. Um momento muito constrangedor... – E- Eu... May... – Olhei em seus olhos cristalinos – O que... O que foi isso? – Perguntei-lhe sem entender do que se tratava. Ela apenas sorriu e mordeu a parte inferior dos lábios.

– Só uma maneira de te agradecer pelo lindo pingente... – Ela olhou para o céu como se fosse a pessoa mais inocente do mundo e pressionou seus lábios um contra o outro... Não posso acreditar que beijei aquela boca... – Gostou? – Abriu um sorriso tímido

– Eu adorei! – Sorri mais tímido ainda... Caramba... Meu primeiro beijo foi com May Dixon! Eu sou foda! – Bom... Eu já vou indo – Pus as mãos nos bolsos da calça.

– Eu também – Segurou o pingente com a mão direita – Até mais Ash – Ela se despediu de mim e saiu correndo na direção de sua casa...

– Ainda não acredito no que me aconteceu... – Levei as mãos à cabeça e sentei, escorando-me na árvore. Fiquei um bom tempo lá, pensando na vida... Até que me levantei e fui para casa...

~ Flash Back Off ~


Até hoje nunca me esqueci daquele dia... E pensar que meu primeiro beijo... Foi com uma garota de tamanha perfeição... Isso foi... Incrível! Mas alguns anos depois... Nossos pais tiveram a brilhante idéia de nos colocar em uma escola... Isso foi o fim! Porque... Cá entre nós... Eu, Drew, May, Misty, Dawn e Paul na mesma sala...

Com certeza daria merda! E uma das grandes... Levantei-me da cadeira e fui para a fila de despedida. Não podia acreditar que aquele seria um adeus... Lágrimas dançavam por minha face... Eu na tentativa de parecer forte, apenas tentei ignorar o fato... Mas as pessoas já haviam notado... Bem... Não fazia tanta diferença, já que todos ali choravam... Ouvi uma voz me chamando...

– Ash... Meu filho, desde que você apareceu lá em casa, eu sabia que você seria o garoto certo para May... Você é tão bondoso meu querido – Chorava Caroline abraçada ao marido. Limpei minhas lágrimas com as costas das mãos e a fitei.

– May era uma menina alegre, extrovertida e engraçada. Ela não tinha medo de demonstrar seus pensamentos, nem seus sentimentos. Era isso que fazia dela uma garota única e especial, que eu nunca irei esquecer por toda a minha vida Senhor e Senhora Dixon. Ela marcou minha vida, eu jamais irei amar outra garota como amei a filha dos dois – Disse com a voz rouca de tanto chorar e com os olhos já inchados

– Isso mesmo meu jovem... Ela será insubstituível... – Concordou Norman

– Única... Como a primeira rosa que desabrocha na primeira manhã de primavera... – Chorei ao lembrar desta frase... – Eu sempre irei rezar por ela... Para que seu espírito seja velado e guardado por todos os anjos de nosso senhor... – Abaixei minha cabeça... Como esta garota me fazia tanta falta... Seu sorriso... Sua risada... Seu abraço... Sua... Presença – Como ela, não haverá mais nenhuma... – Logo notei que Max estava na porta do cemitério... Ele ainda não sabia...

Arregalei meus olhos. Ele havia pulado o portão e já estava à cinqüenta metros de onde acontecia o enterro. Ele cerrava os olhos e mexia freqüentemente nos óculos para tentar ver melhor. Corri até ele. Os pais dele olharam na direção que eu havia disparado, quando viram Max, a Senhora Dixon quase caiu no chão.

Não queria que o filho soubesse... Nenhum de nós queríamos... Isso era de mais para a sua pequena cabeça... Quando estava perto dele, agachei-me à sua altura, seus olhos inocentes me fitaram confuso. E então ouço ele me perguntando...

– Ash... O que é isso? – Tentava olhar por cima de meu ombro, mas por ser mais velho que ele, não conseguiu ver...

– Escute Max... Nós dissemos para você não vir aqui não foi? – Eu murmurei tentando esconder a lágrima presa em meu olho

– Mas... O que estão fazendo aqui? – Ele perguntou. Eu pisquei e a deixei escorrer... Quente... Por meu rosto frio e gélido. Eu o encarei. Ele percebendo a lágrima gritou – Ash! O que está acontecendo?!

– Max... Venha... Eu vou te levar para casa... – Levantei-me e ainda segurando minhas duas mãos em seu ombro, tentei levá-lo dali. Mas pequeno e rápido como ele sempre foi... Acabou saindo de minhas mãos. Ao perceber, gritei desesperado – Max! Volte aqui!

– Sinto muito Ash! Mas eu não posso fazer isso! – Respondeu-me enquanto corria até o enterro... Eu obviamente fui atrás dele... Como todos estavam vendo se a Senhora Caroline estava bem, o caixão estava isolado. Ele vendo aquela caixa grande e branca aberta... Se aproximou lentamente...

– Max! Não faça isso! – Eu gritei na tentativa de livrar sua cabeça daquela loucura – Não Max! – Ele me fitou por alguns segundos, e então se virou para frente, olhando para o corpo. Quando viu sua irmã... Ele surtou...

– May?! – Gritou chorando – May! May! Minha irmã... May! – Ele chorava com vontade. Soluçava de tantas lágrimas que lhe vinham ao rosto. Eu cheguei por detrás dele e segurei em seus ombros. Ele me olhou incrédulo – Ash... Como... – Indagou-me com a face completamente vermelha

– Max... Era disso que estávamos tentando te proteger... Você não deveria saber... – Eu disse decepcionado

– E como iam esconder isto de mim a vida inteira?! – Gritou

– Nós queríamos te contar quando você fosse mais velho Max... – Disse Norman se aproximando de nós dois

– Isso mesmo... Você não iria agüentar o choque no auge de sua juventude... Você só tem treze anos Max... Por favor... – Eu completei

– E como eu iria me despedir de minha irmã?! A minha irmã mais velha?! Aquela que sempre cuidou de mim! Aquela... Que era especial! Como pretendiam fazer isto?! – Gritou tentando bater em mim. Apenas agachei-me à sua altura e o fitei.

– Max... Nós não queríamos que você soubesse assim... Nem era para isto acontecer... E pior... É que a culpa é toda minha... – Via a fúria tomar conta de seu corpo. Ele tentou socar-me. Mas segurei sua mão. Norman chegou por detrás dele e complementou:

– Não quer ao menos ouvir a explicação dele Max? – Falou sério. O garoto apenas assentiu e limpou as lágrimas de seu rosto. Eu não demonstrei expressão facial...

Apenas abaixei a cabeça e permiti-me chorar... Em silêncio... Levantei e sentei em uma cadeira... Apoiei meu rosto nas mãos. Senti alguém apalpar minhas costas. Levantei o olhar e vi Gary.

– Cara... A May era nossa amiga... Você sabe disso... Nós vamos tentar superar essa. Todos nós. Juntos – Sorriu meio apagado – Juntos nessa e pra sempre? – Disse a frase que dizíamos quando éramos menores, quando estávamos prestes à fazer alguma besteira juntos. Concordávamos em dividir a culpa entre nós – Ok?

– Tudo bem Gary... – Ergui a cabeça e o cumprimentei com a mão.

– Ash meu filho, que tal contar ao Max como aconteceu? – Sugeriu-me o Senhor Dixon... Eu assenti

– Claro... – Murmurei. Max me encarava, seus olhos vermelhos e sua face rosada não me ajudavam... Tinha medo de não conseguir dizer à ele como tudo ocorrera... E se... Se a culpa fosse totalmente minha? Só minha?... Torci a boca e comecei à falar...

Flash Back On ~


Estava sentado no pátio da escola... Já com dezesseis anos, eu era o menino mais bonito da escola. Mas não era vaidoso e não desvalorizava ninguém. Essa coisa de tietes ¹... Não são pra mim... Sozinho eu fitava o muro pichado da escola... Delinqüentes... Pensei comigo mesmo. Olhei ao meu redor e vi os grupos escolares... Os Atletas... As Patricinhas... Os Nerds... Os Excluídos... As Burras... Os Delinqüentes... Mas... Não vi ela... Ela não estava ali... E por mais incrível que pareça... May não se encaixava em nenhum grupo escolar... Como eu já disse... Ela era única... Me levantei e fui até o bebedouro. No caminho encontrei com Gary... Meu primo... Estava na categoria dos Atletas...

– Fala aí Gary... – Cumprimentei-o com a mão, ele fez o mesmo. Fui até o bebedouro. Fiquei um tempo lá.

Vi algo que por um momento ofuscou minha visão. Pisquei várias vezes para admitir que aquilo estava realmente acontecendo. Tomei uma atitude para impedir aquele ato de vandalismo... Mas... Quando finalmente o sinal tocou corri para a sala como se aquela fosse a minha única chance de sobreviver... Cheguei, cumprimentei o Senhor Carvalho e me sentei. Lá na minha escola, as cadeiras eram de duplas, ou seja, dois alunos por mesa. Coincidentemente, minha dupla era a garota mais linda da escola... May Dixon!

Cara... Como ela mudou desde aquele dia no campo com dez anos... Estava mais alta, mas ainda menor do que eu, tinha os seios avantajados, o que causava inveja em muitas garotas... Seus cabelos tinham uma cor mais escura e se tornavam loiros ao decorrer dos fios... Pareciam luzes, mas era tudo natural, só quem a conheceu mesmo aos dez anos, pode confirmar no que eu dizia...

Mas voltando ao assunto principal... Ela sentou-se do meu lado e eu sentindo falta de incomodá-la, impliquei:

– Está atrasada sabia mocinha? – Sorri no final da frase

– Ah! Morre Ash – Revirou os olhos. Eu joguei a cabeça para trás e pus a língua de fora. Ela riu e me bateu no ombro – Vai seu leso... Para com isso, sério... – Sorri e olhei para ela

– Onde estava? Você entrou depois do toque... Achei que tinha se perdido no caminho – Soltei uma risada no final da frase. Ela riu irônica... – Então... Onde tava?

– Ah... Eu estava procurando uma coisa... – Sorriu

– E eu poderia saber que coisa é essa senhorita May Dixon? – Brinquei fazendo uma cara de desconfiado

– Você é tão leso! – Ela debochou. Eu fiz bico

– Que maldade – Murmurei com voz de criança – Então... Vai me dizer ou eu vou ter que descobrir? – Fiz uma cara... Sarcástica

– Duuh! Eu digo leso! – Revirou os olhos – Eu estava procurando isso daqui olha – Puxou um pouco a blusa e tirou o cordão com o pingente que havia lhe dado quando tínhamos doze anos... Eu corei de leve – Feliz? Mais alguma pergunta para completar seu interrogatório? – Brincou

– Hum... Agora sim eu estou feliz... – Quando terminei a frase, o professor começou à falar sobre Diversidade Pokémon... Caralho!

Odeio essa matéria! Suspirei e encostei a cabeça na minha carteira tentando disfarçar. Dormi. Acordei um tempo depois com umas cutucadas na cabeça. Quando olhei, May estava brincando de colocar o lápis em meu ouvido. Eu resmunguei e peguei o lápis dela.

– Ah não! Me devolve! – Ouvi-a dizer

– Só se você parar de cutucar meu ouvido! – Revidei. Quando ela tomou ar pela boca para responder, o professor chamou nossa atenção...

– Se for para os dois pombinhos ficarem de namorico, sugiro saírem de sala! – May e eu coramos juntos

– Nós não somos namorados! – Gritamos em coro. Assim que percebemos que falamos juntos, gritamos de novo – Para de repetir o que eu falo! – Rapidamente eu pus a minha mão na boca dela e ela pôs a dela na minha. A sala toda gargalhou...

Continua...



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Notas finais do capítulo

1 - Tietes: Admiradoras, fãs, perseguidoras.
Nha! Nha! Gostaram?! Sério gente! Não mintam! Rs' Beijinhos povo ^^