Sete meses depois

Nesse meio tempo nada de tão surpreendente ocorreu, Eliza se casou com Alexandre e eles formaram uma linda família. Minha irmã teve mais uma gravidez, e desta nasceu Anabelle, nome escolhido por nosso pai. Esse acabou aceitando o novo genro e se tornaram uma espécie de melhores amigos, o que era bom, na verdade muito bom para a paz daquela família.

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-Desisto!- exclamei ao entrar no meu quarto.

-Do que meu amor?- Alec perguntou se virando para me olhar.

-Acordar Katherine é a coisa mais difícil do mundo- falei.

-Eu discordo, te acordar é a coisa mais difícil do mundo- ele falou sorrindo e eu não pude deixar de rir.

-Alice está explorando a gente- eu disse colocando a gravata nele- Trabalhar em um sábado é demais- acrescentei.

-Por que está reclamando você não vai ir trabalhar hoje- ele disse.

-Eu sei, mas você vai e nós não vamos passar o dia juntos- falei dando um sorriso que poderia ser considerado sapeca.

-Eu não estou atrasado, nem um pouco- ele falou me levando para a cama, com o mesmo sorriso que eu tinha em meus lábios.

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Após Alec e eu nos recompormos eu fui preparar o café e ele foi acordar nossa pequena. Estava na cozinha quando ouvi os resmungos dela, iguais aos meus para acordar.

-Por que tenho que acordar cedo em um sábado?- ela perguntou enquanto eles entravam na cozinha.

-Porque eu vou ir trabalhar e você não pode deixar a mamãe sozinha- ele respondeu piscando para mim.

-Está certo!- ela exclamou pulando dos braços dele e foi direto para os meus- Bom dia mamãe!- ela exclamou beijando minha bochecha.

-Bom dia meu anjo!- disse dando um beijo na ponta do nariz arrebitado dela- Preparei um café especial para nós querida- anuncie colocando ela sentada a mesa.

-Tem bolo de chocolate?- ela perguntou com seus olhinhos brilhando de expectativa.

-Sim, seu preferido querida- respondi- Alec você vai se atrasar- falei para meu marido que olhava para mim e para Kate, eu podia ver admiração em seus olhos a mesma admiração que eu sentia por eles.

-Tem razão!- ele exclamou triste- Vejo vocês mais tarde meus amores- ele disse dando um beijo na bochecha de Kate e em seguida me deu um beijo e eu o abracei forte, algo dentro de mim me deixou vulnerável- O que houve meu amor?- ele perguntou preocupado.

-Eu te amo, não esqueça disso- sussurrei em seu ouvido forçando um sorriso.

-Qual é o problema Renesmee?- ele perguntou tocando em meu rosto, como eu poderia responder aquilo se nem eu sabia qual era o problema.

-Não é nada- admiti- Vá ou Alice vai te demitir- falei brincando na tentativa de aliviar aquela tensão, mas Alec continuou preocupado, mas assim mesmo teve que ir trabalhar.

-Mamãe?- ouvi Kate me chamar.

-Sim querida?

-A senhora está bem? Está chorando- ela falou e só ali percebi que lagrimas escorriam pelo meu rosto.

-Eu estou bem sim querida, agora tome seu café- eu disse mais uma vez forçando um sorriso.

-Vamos sair hoje?- ela perguntou e eu dei graças a Deus pela mudança de assunto.

-Que tal irmos visitar a tia Eliza hoje?- sugeri e ela sorriu, Kate amava ir visitar Elizabeth, na verdade ela amava ir visitar Damon.

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-Tudo bem?- perguntei a Elizabeth quando cheguei a casa dela com Kate que foi direto brincar com Damon e Anabelle.

-Comigo sim, mas você não me parece muito bem. O que houve?- de novo aquela pergunta, e eu não aguentava mais não ter uma resposta decente para ela.

-Não é nada, talvez um pouco de carência- respondi revirando os olhos.

-Só por que Alec foi trabalhar?- ela perguntou rindo- Nossa Renesmee você está muito dependente dele.

-Não me julgue senhora Salvatore!- exclamei me referindo a ela com o sobrenome de Alexandre.

-Ai Renesmee, você sabe que eu não troquei meu nome, continuou me chamando Elizabeth Cullen- ela disse em um tom de voz firme que beirava a superioridade.

-Obrigado pela parte que me toca querida- Alexandre falou aparecendo na sala, ela riu e eles se beijaram.

-Acabo de dizer que estou carente e vocês ficam se pegando na minha frente, tenham um pouco de decência- pedi fazendo ambos rirem.

-Foi mal cunhadinha!- Alexandre exclamou, e eu bufei odiava ser chamada daquele jeito ridículo.

-Não me chame assim Salvatore!- exclamei.

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-Então, não vai me dizer o que você tem?- Alec perguntou naquela noite, abri os olhos lentamente e fitei os dele, eu ainda me senti daquela forma, vulnerável, carente e levemente depressiva. Mas não sabia o porque daquilo, e algo me dizia que alguma coisa ruim estava prestes a acontecer.

-Não sei o que é querido, juro que não sei. Só estou me sentindo carente- falei afagando seu rosto.

-Você está carente? Estou me sentindo culpado, minha esposa não devia estar se sentido carente- ele falou, sorri com todo aquele amor e preocupação dele e decidi me aproveitar um pouquinho daquilo.

-Sabe, tem algo que pode aliviar essa minha carência- eu disse sorrindo.

-Eu acho que sei o que é- ele falou começando a me beijar, e eu esqueci daquela sensação de carência em instantes.