Aira Snape - A Comensal escrita por Ma Argilero


Capítulo 40
Sinking Slowly


Notas iniciais do capítulo

Começo explicando o título. Ele faz parte da música Swallow da Emilie Autumn. Como ouvia muito ela enquanto escrevia o capítulo, inspirou-me. Ele significa Afundando lentamente.

Só mais um capítulo e acaba, mas aina tem o epilogo que nem comecei a escrever, pois só me passam ideias que não gostaria de colocá-las.



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A última coisa que eu lembrava antes de desmaiar nos braços de Fred era ele ter aparatado em uma colina.

Acordei em um quarto, com a luz do sol entrando pela janela. Movi minha mão e coloquei sobre meus olhos. Passei minhas mãos pela minha barriga, quando lembrei o que havia acontecido. Gritei com a lembrança. Não queria que fosse verdade. Virei-me com a mão em minha barriga, chorando.

Fred entrou no quarto, correndo. Estava com o cabelo despenteado. Ele aproximou-se de mim e me ajudou a deitar-me na cama.

- Está tudo bem - ele dizia, mas não estava tudo bem. Eu sabia o que tinha acontecido.

As lágrimas percorriam meu rosto. O que Laura disse se concretizara. Meu filho nunca chegara a nascer. Como ela poderia saber de tudo isso? Não foi magia. Ela não usara magia contra mim.

Uma senhora rechonchuda e de cabelos ruivos estava na porta segurando uma bandeja com comia. Olhei para Fred. Ele também chorara. Seus olhos estavam vermelhos e embaixo dele havia bolsas roxas, sinais de que não dormira bem. Ele enxugou uma lágrima minha.

- Nosso bebê...

- Está tudo bem – ele segurou meu rosto. – Está tudo bem, meu amor.

A mulher entrou no quarto e deixou a bandeja sobre a mesinha de cabeceira. Envolvi meus braços ao redor do pescoço dele e encostei minha cabeça em seu peitoral. Não queria mais nada além de ficar abraçada a Fred e chorar pelo meu bebê.

Adormeci instantes depois com Fred ao meu lado. Quando acordei novamente, ele estava li segurando minha mão e acariciando-a. Ele abriu um pequeno sorriso para mim. Seu sorriso era triste e cheio de dor. Fazia pouco tempo que descobrimos que seriamos pais e isso foi tirado nós tão rapidamente. Não havíamos planejado muito, pois teríamos tempo para isso, porém nunca conversaríamos mais sobre o nome que daríamos a ele ou ela.

- Era menino ou menina? – perguntei.

Ele afastou um pouco de seu cabelo. Há quanto tempo ele não via um pente ou água? Cuidava de mim, mas esquecia de si mesmo. Toquei seu rosto e ele beijou minha mão. Seu rosto era quente contra minha pele. O calor que compartilhamos tantas vezes...

- Menino. Minha mãe disse que o sexo tinha acabado de se formar. Ele se tornaria um grande garoto.

Eu tinha certeza que sim. Meu filho. Fechei os olhos e procurei imaginar como seria educar e ver crescer um garotinho ruivo e de olhos azuis. Ele seria parecido com Fred ou comigo? Tentava de tudo, mas não conseguia formar um rosto para meu filho.

A mãe de Fred apareceu com uma bandeja. Não queria comer, mas Fred insistia. Aceitei na condição dele comer também e tomar um banho. Ele repartiu uma torrada comigo e deixou-me com sua mãe, enquanto ia se lavar. A senhora esperou eu comer tudo e recolheu a bandeja, saindo do quarto. Quando voltou trazia um pano e uma bacia, que enchou com água.

Ela começou a limpar meus braços e pernas. Eu não precisava desse tipo de cuiados. Queria impedi-la de fazer, mas vi seu olhar triste. Era seu neto que ela tentou salvar.

- Molly Weasley, não é?

Ela confirmou com a cabeça e limpou meu outro braço. Quando chegou as minhas pernas, levantou minha saia e passou o pano de leve.

- Sou uma mãe. Não sei o que faria ser perdesse um filho meu – ela depositou os panos na bacia. – Quando você chegou aqui e Fred contou-me que você estava grávida de um filho dele fiquei furiosa, mas tudo isso foi deixado de lado, quando tentei salvar o bebê.

Molly não parecia assustadora. Quando Jorge falara que ela teria um chilique quando soubesse do bebê, fiquei temerosa em contar a ela sobre minha gravidez. Agora, ali era diferente. Eram circustâncias que nenhuma de nós duas suspeitaria que acontecessem.

Fred retornou cheirando a sabonete e ficou me fazendo companhia. Contei para ele de minha impressão sobre sua mãe.

- Ela é compreensiva – ele sorriu ainda triste. – Ela queria me bater quando soube de sua gravidez, mas é normal. Minha mãe não quer o mal para ninguém.

Jorge nos fez uma visita e trouxe chocolate e uma rosa para mim. Tenho certeza que ele fizera uma visita a uma das lojas em Londres. Ele usava o bigode que estava roxo.

- Sua mãe não quis arrancar isso da sua cara?

Ele riu.

- Ela arrancou da minha cara. Doeu mais do que quando você fez em mim. Acho que nunca mais crescerá um pelo ali.

Não pude evitar rir. Era a primeira vez que ria desde que acordei.

- É melhor vê-la rindo. Sinto muito por meu sobrinho, mas se você quiser... – ele engoliu – Talvez possamos enterrá-lo.

Concordei com a cabeça.

Na manhã seguinte me sentia melhor e fui para o enterro de meu bebê. Era em um cemitério bruxo. Na lápde estava o nome Otávio Snape Weasley. Não haveria data de nascimento, mas decidiram colocá-la. Dia 4 de abril de 1998 ficou marcado para sempre em mim. Como eu não havia escolhido um nome para meu filho, Fred e eu decidimos nomea-lo Otávio. Era a única coisa que podíamos fazer por ele.

Meus pais não estavam ali. Eu deveria contar para eles. Não podia revelar agora. Meu mundo caira e precisava me reconstruir. Fred decidiu que devíamos ficar longe da cidade. Ir para algum lugar calmo. Sugeriu uma casa de praia próxima de onde seu irmão mais velho morava. Não recusei. Qualquer coisa que pudesse melhorar meu ânimo seria bem vinda.

A casa de praia era linda. Dois andares e quartos amplos. Estava toda abastecida por mais três meses. Passeávamos pela praia durante o nascer do sol, com Fred prometendo uma vida nova para nós. Eu ouvia, mas nada me entusiasmava. Já estávamos ali há cinco dias e eram todas as mesmas coisas.

- O que posso fazer para vê-la rir?

- Tem um buraco aqui – apertei a mão em meu peito. – Como posso rir quando meu Otávio morreu? – Fred me abraçou forte. – Como posso viver sem meu bebê?

As minhas noites eram atormentadas por pesadelos. Eu acordava gritando e chorando. Nem os braços de Fred me acalmavam. Na sexta noite, levantei depois que ele dormiu. Não queria dormir e sonhar novamente.

Fui até o banheiro e peguei a gilete e passei em meu braço, deixando o sangue escorrer pela pia. O vermelho era uma cor atraente. Olhei-a fascinada, enquanto se acumulava na porcelana branca da pia.

- Aira! – olhei para trás e vi Fred. Ele correu até mim e enrolou uma toalha em meu pulso, apertando-a. – O que pensa que está fazendo?

Ele segurou meu rosto, forçando-me a olhá-lo.

- Já perdi nosso filho. Não posso perder você! – os olhos dele se encheram de lágrimas. Uma lágrima desceu pela minha bochecha.

- Não consigo viver assim...

Fred tocou sua testa com a minha e olhou-me.

- Teremos quantos filhos você quiser. Seremos felizes e criaremos nossos filhos com amor e carinho. Mas para isso preciso de você ao meu lado – ele abaixou as mãos e recolheu a gilete jogando-a no lixo e abriu a torneira, colocando meu braço embaixo da corrente de água. O sangue saiu e o corte estava visível. Fred fez os primeiros curativos e levou-me para a cama. Ele abraçou-me, mas nenhum de nós conseguiu dormir.

Certo dia ele sugeriu que fossemos visitar seu irmão. Aceitei e fomos ao início da manhã. Eu vivia andando pela praia ou colinas para me manter longe casa onde havia objetos cortantes. Eu entregara minha adaga a Fred que a guardara longe de meu alcance.

A casa de Gui e Fleur era muito parecia na qual eu residia atualmente. Havia uma fragrância de lavanda no ar. Gui e Fred conversavam, enquanto Fleur preparava um chá. Fiquei olhando as fotos do casamento e lua de mel dos dois. Foram dias perfeitos para eles.

- Desde quando estão juntos? – Gui perguntara para Fred. Deixei minha xícara cair aos meus pés e Fleur gritou.

Os dois vinheram correndo e Fred puxou-me para o lado e abraçou-me. Voltei a chorar.

- Eu... Eu vou pegar alguns curativos se precisar... – Fleur disse.

- Aira não precisa desses curativos, Fleur – ele suspirou. – Aconteceram coisas ruins conosco e essas lembranças doem em nós dois.

Fred olhou-me e secou minhas lágrimas.

- Está tudo bem. Não precisa chorar – ele sorriu levemente e secou o restante. Sentei-me no sofá e Fred ao meu lado. – Quando ficamos juntos... – Fred olhou-me, mas eu não voltei a chorar. Ele suspirou aliviado. – Quando isso aconteceu foi por que mandei uma mensagem a ela. Não achei que ela fosse vir pessoalmente. E no mesmo dia soubemos que seriamos pais.

- Oh – exclamou Fleur. – Meus parabéns...

- Não acho que sejam boas notícias que virão – Gui disse.

Fred concordou com a cabeça, mas antes que ele voltasse a falar, disse:

- Mas meu bebê morreu semanas atrás depois de um aborto espontâneo.

Fleur abriu a boca para falar algo, mas fechou-a. Gui bateu nas costas do irmão.

- Sinto muito por isso, mas vocês podem ter mais crianças.

- Vocês poderiam ser nossos padrinhos – disse de repente.

Os três olharam-me. Era a primeira vez desde que fugi de casa que aceitava o casamento. Eu havia perdido tudo e o que me restava era Fred. Não o perderia.

- Claro, se vocês quiserem.

- Sim, queremos – Fred segurou minhas mãos e as beijou. – Quando tivermos a data marcada.

A passagem pela casa de Gui era somente para ocupar uma parte da manhã, mas ficamos bem mais que isso. Era tarde da noite, quando estávamos nos despedindo, quando a porta se abriu violentamente e apareceu um homem segurando uma mulher no colo. Todos nos levantamos.

- Gui nós precisamos de ajuda.

- Rony? – Gui perguntara.

O homem entrou e colocou a mulher sobre o sofá. Afastou os cabelos dela e percebi que era a Granger.

- Cadê o Potter? – perguntei.

Todos olharam para mim. Os três não deveriam se separar. Corri para a porta, mas ele já vinha entrando acompanhado de um duende e Luna Lovegood. Potter estava com os olhos vermelhos e os limpava, mas quando me viu, levantou a varinha, apontando-a para mim. Fred se pôs entre a varinha e eu e a abaixou.

- Ela não fará mal, Harry.

Ele guardou a varinha relutante, correu para Granger e procurou examiná-la, mas não sabia como fazê-lo.

- Licença – disse e me aproximei dela. Verifiquei seu pulso. Apertei alguns ossos dos braços, pernas e bacia. Estava tudo intacto. Não havia contusão também. Recolhi minha varinha e usei o Lumus para iluminar sua face. – Quem a torturou com Cruccio?

- Belatrix Lestrange – disseram Harry e Rony ao mesmo tempo.

Fui até a cozinha e peguei a toalha e molhei em água fria. Limpei a testa dela.

- Ela vai ficar bem. Só precisa descansar bem – fui até Rony e examinei o corte no rosto dele. Ele tentou se afastar, mas limpei seu machucado com toalha. – Precisa de curativo – todos me olhavam e eu parei para olhá-los de volta. – Hermione é forte por conseguir suportar tantos Cruccios. Sei como a Lestrange gosta de torturar.

- Aira? – olhei para Fred. Ele estava estupefato. – Hã... Por que a mudança súbita? Há pouco tempo atrás estava calada e chorando...

Joguei a toalha nele.

- Não revele minha fraqueza. Sim, eu estava horrível. Mas tem uma coisa que o meu bendito pai disse que eu tinha de fazer. Que por acaso lembrei agora.

Fui até Harry e lhe bati na cabeça. Ele guinchou em resposta.

- Para que isso?

- Por que é idiota de não ver o que está a sua frente.

Virei-me e puxei Fred para porta afora. No caminho para nossa casa, Fred começou a rir.

- Ainda não entendo...

- Ainda dói Fred, mas não vou deixar as pessoas morrerem quando as vejo necessitada de minha ajuda. Salvarei quem puder.

Na manhã seguinte fizemos outra visita a Gui e Fleur. Não interferi no que o Trio de Ouro tramava, apenas examinei os machucados de todos e ajustei alguns ossos. Rony ficava no quarto de Hermione, olhando-a. Mas por que homens são lerdos em perceber as coisas diante de seu nariz?

Jorge apareceu antes do almoço com noticias da mãe dele, que enviara uma cesta de guloseimas para todos nós. As sobremesas estavam impecáveis. Não passei fome em minha breve estadia na casa dela. Mas todo esse carinho materno fazia-me lembrar de minha mãe.

- Talvez eu devesse fazer uma vista a minha mãe – deixei escapar depois do almoço.

- Eu vou com você.

Fred sempre me seguiria. Ainda mais agora como o que aconteceu com nós. Eu agradecia em tê-lo por perto. Na noite anterior conversamos sobre o casamento e eu decidi que seria no inverno, quando neve estivesse caindo. Ele, ao principio, não gostou da idéia, mas quando eu disse que foram nos invernos que ficamos mais próximos, ele concordou.

Gui e Fleur eram meus padrinhos. Já havia feito a oferta. Eu realmente os queria em meu casamento. Tive minhas desavenças com Fleur, mas estava tudo no passado. Fred fez uma menção de convidar seu irmão Jorge e Angelina para seus padrinhos.

- Quem vai casar? – Luna Lovegood apareceu na sala e se intrometeu na conversa.

- Eu e a Aira – Fred anunciou. – Já esperamos tempo demais.

E Luna começou a falar de criaturas minúsculas que só visitavam casamentos. Ninguém nunca prestava atenção no que ela falava, mas dessa vez ouvi tudo e sorri. Ela não estava na Corvinal a toa. Essa é a casa dos mais inteligentes.

Eu pensava que se minha mãe tivesse sido uma bruxa por toda sua vida, talvez ela nunca chegasse a conhecer meu pai e eu nem estaria viva. Mas nada disso impedia de minha imaginação desenhá-la.

Rony desceu as escadas, quase caindo de sono. Ele estava em pior estado do que na noite anterior.

- Por que Hermione não acorda?

- Ela foi torturada por Cruccio por uma doida varrida. Eu a examinei.

Ele pegou um bolinho e comeu em três mordidas vorazes. Pegou outro na mão, mas não o mordeu, apenas olhou para mim.

- Você não é medibruxa.

- Não, mas minha mãe é.

- Mas não faz de você uma.

Levantei-me e o silêncio podia ser apalpado.

- Deveria me agradecer Weasley – peguei meus talheres e prato e coloquei dentro da pia. Suspirei e toquei minha barriga. Era diferente saber que meu bebê não estava mais ali. Virei-me. – Farei parte da sua família – ajustei a alça de meu vestido que caia e atravessei a sala.

Estava sentada embaixo de uma árvore, quando Fred juntou-se a mim. Pendi minha cabeça e a encostei em seu ombro. Ele apertou minhas mãos e as acariciou vagarosamente.

- Ainda quer visitar sua mãe?

Neguei com a cabeça. Não conseguiria contar para ela que tive um aborto espontâneo. E tinha meu pai. Ela contaria para ele, eu tinha certeza disso. Quando sai da casa dos pais de Fred, pedi para Molly não contar na a minha mãe ou meu pai, pois era meu dever contar isso a eles. Ela aceitou depois de eu implorar.

Levantei-me e retirei meu vestido, deixando-o cair aos meus pés. Fred olhou-me. Ele não me toocava mais como antes, mas eu sabia que ele queria. Corri para a praia e depois para o mar. Olhei para trás e ele estava se despindo. Eu coloquei meus pés na água e ele me agarrou por trás e virou-me para me beijar. Envolvi meus braços em volta de seu pescoço.

- Eu deveria ter percebido antes que preciso de você – eu disse. Toquei o rosto dele e afastei alguns fios ruivos de seus olhos. – Eu me afogaria em toda a dor se não tivesse quem me puxar para a superfície.

...I don't want to be a legend

Oh well that's a god damned lie - I do

To say I do this for the people

I admit is hardly true...

Jorge não veio somente para trazer a ceste de sobremesas. também queria levar Fred de volta para as Gemialidades Weasley. Jorge sozinho não conseguia tomar conta de uma loja enorme. Houve uma discussão do que seria melhor e acabei com a briga, quando disse que já era hora de voltarmos a nossas vidas. Eu retornaria com Fred e viveria com ele, continuando meus estudos e vida de antes de fugir. Os irmãos poderiam continuar trabalhando e assim Fred não ficaria com a consciência pesada em me ter longe.

A loja continuava fechada, mas Jorge fez uma erva daninha colorida, que se prendia em tudo, Ideal para prender seus amigos, era o que estava escrito na caixa. Eu precisava de alguma coisa para fazer e ninguém se opôs quando eu disse que queria participar no processo de invenção e fabricação de alguns artigos. Mas antes que isso pudesse acontecer, ajeitei minha nova casa.

Rapazes não eram organizados. A cozinha e sala estavam organizadas, mas só superficialmente. Embaixo dos sofás e almofadas havia lixo. Tinha coisas mortas guardada em armários – acho que antes era alguma comida, mas nem isso se parecia – o pó poderia criar vida e nos matar de asfixia. Enquanto os meninos colocavam a loja nos eixos, eu fiz uma faxina no andar de cima. Com magia, fiz vassouras, esfregões, espanadores, limparem. Movi coisas de um armário para outro. Mesmo assim, levou o dia todo e quando terminei, sentia-me vitoriosa.


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Notas finais do capítulo

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