How To Love escrita por Nath_Coollike


Capítulo 14
All I Want Is You


Notas iniciais do capítulo

BABES!
Tudo bom minhas lindas??
Enjoy (:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/166269/chapter/14

Justin PDV

Me soltei de Hannah com pressa, com medo de machucá-la mais se ficasse agarrado a ela. Hannah se jogou no sofá e continuou a gritar. E então eu vi o que aconteceu.

Estava saindo sangue da perna de Hannah. Ela tinha tomado um tiro na perna. Senti a raiva crescer dentro de mim.

– Vamos acelerar isso, Mike. – John falou e pegou Hannah pelos braços com força. Hannah chorava compulsivamente.

– Solta. Ela. – Falei pausadamente. John riu.

Estava tão concentrado em Hannah que não percebi Mike se aproximando e colocando o pano com cheiro forte que Robert tinha usado na festa. Meus olhos começaram a ficar pesados e meu corpo mole, mas eu tinha que conseguir ficar acordado.

– Hannah... – Chamei, mas John já a estava carregando para algum lugar e Mike estava me arrastando.

Mesmo lutando contra isso, acabei fechando os olhos.

Hannah PDV

John e Mike jogaram eu e Justin em um dos minúsculos quartos da casa, trancando a porta logo depois. Justin estava apagado no chão ao meu lado, eu não sabia o que fazer e mal conseguia controlar as lágrimas. Minha perna estava em um estado lastimável.

– Jus... – Me aproximei dele e comecei a balançá-lo, pedindo a Deus para ele acordar.

Fiquei grudada em Justin tentando fazê-lo acordar durante uma eternidade. Quando Justin mexeu o braço debaixo de mim, olhei seu rosto. Ele estava de olhos abertos, encarando o teto.

– Eu tenho uma ideia. – Justin falou e sentou.

– Qual? – Perguntei enquanto mordia os lábios, fazendo de tudo para não gritar com a dor irritante.

Justin levantou do chão, indo até a pequena janela com grades que havia no canto do quarto, olhando para a paisagem fria do lado de fora. Estava quase amanhecendo.

– Eu vou sair correndo. John e Mike provavelmente vão vir atrás de mim. Você vai andar o mais rápido que conseguir para fora e ir até a casa mais próxima, pedir ajuda. – Justin falou e me encarou com uma expressão indecifrável.

– Não. Nem pensar. – Falei. – Eles tem uma arma, Justin. Podem te pegar antes de você chegar na casa. Sem chance.

Justin se reaproximou e sentou do meu lado, pegando minha mão e a apertando forte.

– Não vou correr para casa Hannah. Só vou... Tirá-los do caminho. – Justin falou. – Eu prometi que não ia deixar nada acontecer com você, e vou cumprir minha palavra nem que eu tenha que tomar alguns tiros e...

– Não. – Falei. Minha perna e meu coração estavam competindo para ver quem doía mais. – Você não vai sair por ai e morrer por minha causa. Eu não vou deixar. Essa história nem é problema seu, Bieber. Eu tiro eles do caminho e você vai atrás de ajuda.

– Eu não acho que você irá muito longe. – Justin falou enquanto olhava para minha perna. – Eu tiro eles do caminho e você corre.

As lágrimas idiotas que eu venho tentando segurar desde que cheguei voltaram, mas dessa vez com mais intensidade. Justin não vai fazer aquilo. Eu não vou deixar.

– Justin, eu... – Ia tentar convencê-lo a pensar em outra coisa, mas ele me interrompeu.

– Hannah, olha para mim. – Justin falou e levantou meu queixo, me fazendo olhar para seus olhos cor de mel que significavam o mundo para mim. – Você tem que me prometer uma coisa, me jurar que não vai voltar e nem olhar para trás. Me prometa Hannah. Me prometa que vai tentar com todas as suas forças sair desse lugar.

Os olhos de Justin estavam me encarando profundamente, tentando achar um sinal de que ia mentir.

– Justin, eu não... – Ia começar a protestar.

– Me prometa Hannah. Não vou conseguir tirá-los daqui preocupado com você. Por favor. – Justin falou.

– Eu... – “Minta” uma voz na consciência me falou. – Eu prometo.

Justin prensou seus lábios nos meus, iniciando um beijo apaixonado. E talvez o último.

– Eu te amo Hannah. – Justin falou, com a testa colada na minha e de olhos fechados. – Eu te amo demais. E não vou perder você.

Justin levantou e caminhou até a porta, abrindo logo em seguida. A porta estava aberta, mas por algum motivo o chão parecia estar... Molhado. E algum cheiro estranho estava entrando pelas minhas vias respiratórias.

Justin olhou para os dois lados do corredor e então se virou para mim, me lançando um olhar de despedida. Justin se virou para o corredor, mas pelo barulho os dois estavam lá em baixo.

– Ei. Jus. – Chamei baixinho. Justin me olhou. – Só para constar... Eu te amo. Te amo muito.

Justin sorriu tristonho e me mandou um beijo, saindo do meu campo de visão logo em seguida. Fiquei ouvindo os barulhos da casa, tentando diferenciar o barulho de Justin nas escadas e dos barulhos idiotas que John e Mike faziam no andar de baixo.

Comecei a chorar. A chorar porque eu sabia que tinha grandes chances de eu nunca mais o ver, porque eu sabia que tudo isso era culpa minha, porque minha perna estava doendo como o inferno e porque eu me odeio por colocá-lo nessa situação.

De repente, os barulhos aumentaram. Ouvi passos rápidos que deviam ser de Justin e ouvi alguns gritos de John e Mike como “Corre atrás desse imbecil.”.

Levantei do chão com a maior dificuldade e comecei a mancar até chegar na escada. O chão estava totalmente molhado, minha perna doía como o inferno e eu iria atrás de Justin. Sem chance de deixá-lo fazer isso.

Sentei na escada e comecei a descer como se estivesse escorregando. Logo quando cheguei no primeiro andar ouvi som de tiros. Senti meu coração palpitar mais do que devia, saltando do peito.

Fiquei paralisada. Não tinha reação. Fiquei ali, sentada, sentido meu coração e chorando. Eu sabia que iria morrer se ficasse parada igual a uma idiota, mas eu não ligava. Nada mais importava.

PDV Justin

John e Mike eram tão estúpidos que tinham deixado a arma em um balcão perto da escada. A peguei e segui com o plano. Sai correndo e, como pensava, John e Mike vieram atrás de mim.

Estava amanhecendo e eu podia enxergar com perfeição onde eu tinha que ir. A floresta atrás da casa. Corri até lá com os patetas na minha cola. Assim que parei de correr, me virei para eles, apontando a arma na direção de John.

– Agora ferrou. – Mike falou, me encarando.

– Eu vou matar vocês. – Falei ofegante. Minha raiva estava explodindo.

– Você quer nos matar? Ótimo. Mate. – John falou. – Mas antes precisa saber das circunstâncias que a sua namoradinha está.

Fiquei quieto.

– Aquela casa – John apontou para casa de estrutura frágil atrás dele. – está cheia de combustível. Cada centímetro quadrado. Cada parede. E Clay está lá. Ele está com o fósforo que ia matar vocês dois.

De repente eu me senti idiota. O chão molhado, o cheiro forte, o fato de ter apenas uma arma com John e Mike. Tudo, de repente, fazia sentido. Queria nos queimar até a morte desde o começo.

– Você tem duas opções. – Mike falou. – Deixa a gente vivo e salva Hannah, ou simplesmente nos mata e vê sua preciosa namorada queimar.

Atirei na perna de John, mas por vingança pela perna de Hannah do que por outra coisa. Fiz a mesma coisa com Mike. Corri de volta para casa, pedindo para Deus para Hannah já ter fugido, para ela não estar dentro daquela casa com Clay.

Quando entrei na casa, encontrei Hannah na escada, sentada com as mãos na cabeça, chorando. Sentei do seu lado e Hannah me olhou.

– Você está bem. – Hannah falou antes de me abraçar e distribuir beijinhos pelo meu maxilar. – Eu não acredito, como...

– Vamos embora Hannah. – Falei enquanto olhava em volta. Clay não estava ali.

Peguei Hannah no colo e, antes que pudesse chegar a porta, o rosto que eu mais odeio na minha vida apareceu. Clay estava do lado de fora, sorrindo diabolicamente e com um fósforo aceso na mão.

– Adeus. – Clay falou antes de jogar o fósforo dentro da casa e fechar a porta.

O fogo se alastrou rápido ela casa. O que me preocupava era que meu sapato, minhas mãos e quase toda a roupa de Hannah estavam úmidas pelo combustível.

– Vamos morrer. – Hannah falou e se virou para mim, me beijando com vontade. Parou assim que ficou sem ar. – Eu te amo.

– Nós não vamos morrer. – Tentei soar convincente. – Eu te prometi. Lembra?

Hannah ficou em silêncio e depois encostou a cabeça no meu peito. Eu ficava andando para lá e para cá, tentando desesperadamente arranjar um jeito de sair dali. A única porta estava trancada, as janelas tinham grades. Parecia impossível.

– To die by your side, Such a heavenly way to die. – Hannah cantarolou.

– Quer parar?! Nós não vamos morrer! – Falei.

Hannah virou meu rosto para casa, me fazendo olhar o que eu não queria. Tudo estava em chamas e eu estava lutando para não pegar fogo em um de nós. Hannah começou a tossir pela fumaça e então me lembrei de um lugar onde não tinha combustível. O quarto que estávamos.

Subi o mais rápido que pude, colocando Hannah em cima da armação de metal da cama que tinha ali. Fechei a porta, mas a porta não continha a fumaça. Hannah continuava a tossir.

– Não vamos morrer. – Repeti.

O cheiro de queimado estava ficando insuportável. Hannah estava tossindo muito.

– Não vamos morrer. – Falei de novo.

Comecei a tossir e consequentemente cai no chão.

– Vão achar que eu sou a incendiária. – Hannah falou entre tosses. A encarei como se ela fosse louca. E talvez ela fosse.

– O que? – Perguntei, contendo a tosse.

Hannah me mostrou a mão que John queimou com o fósforo.

– Quando acharem o meu corpo vão ver que eu “segurei” um fósforo. – Hannah falou. – Vão achar que eu nos matei.

A abracei com força. Ela ainda tossia.

– Eu te amo. – Falei antes de Hannah perder a consciência e cair deitada no chão.

Me deitei ao lado dela. Se era para ela morrer, então íamos morrer juntos. Não suportaria viver sabendo que a deixei morrer. Segurei sua mão com força.

(...)

Quando acordei, a primeira coisa que vi foi um teto branco. E a primeira coisa que ouvi foi um barulho irritante de máquina. Mexi minha cabeça, tentando fazer passar uma dor de cabeça infernal que atacou.

– Justin? – Minha mãe apareceu em meu campo de visão.

Ela estava com olheiras terríveis, pálida e com o cabelo despenteado. Sem maquiagem e totalmente perturbada. Pisquei algumas vezes.

– Está sentindo dor? – Uma mulher com rabo-de-cavalo apareceu com uma prancheta.

Tentei mexer meus braços, mas alguns fios os puxaram para baixo. A mulher apertou alguns botões e a cama que estava deitado começou a se mexer, me deixando sentado.

– Filho... – Minha mãe falou, me encarando profundamente. – Como se sente?

Minha mãe começou a chorar e a mulher, que eu percebi ser uma médica, foi consolá-la. Por que eu estava em um hospital?

Olhei para o ambiente. Cheio de flores e balões, alguns cartões de gente que eu não sabia quem era.

– Mamãe... – Chamei e percebi que minha voz estava bem estranha, parecia mais um sussurro. – O que... O que houve?

Minha mãe desabou em mais lágrimas.

– Você se lembra do que aconteceu? – A médica perguntou.

A porta abriu e Kenny e Scooter entraram no quarto.

– O que...? – Tentei dizer algo que fizesse sentido.

– Se lembra do dia do incêndio? – Scooter perguntou. – Se lembra do que aconteceu?

O barulho da máquina ao meu lado começou a apitar com mais frequência.

– Que incêndio? – Perguntei.

Do que estavam falando?

– Hannah. Se lembra dela? – Kenny perguntou.

E então tudo voltou como um baque. Hannah, o incêndio, Clay, John e Mike... O barulho da máquina ficou mais rápido.

– Cadê ela? – Perguntei e comecei a me remexer. – Preciso vê-la.

– Calma Justin. – A médica falou, segurando alguns fios que estavam quase caindo de mim.

– O que houve com ela? – Perguntei a médica.

A médica me olhou, olhou minha mãe e depois sorriu triste.

– Acho que eu não estou na posição de te contar sobre Hannah Miller. – A médica falou e foi até a porta. – Volto daqui a quinze minutos.

A mulher saiu, me deixando apenas com minha mãe, Scooter e Kenny. O que era tão sério que ela não podia contar para mim?

– Justin... – Scooter tomou a frente quando percebeu que minha mãe estava em choque demais para falar alguma coisa. – Sabe há quanto tempo está aqui?

Neguei com a cabeça.

– Amanhã ia fazer três meses. – Scooter falou. – Faz quase três meses que...

Scooter respirou fundo antes de terminar.

No próximo capítulo:

– O que aconteceu com Hannah

– Surpresa

– Surpresa (:


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Não, sim? Decepcionadas com o rumo da história?
Enfim, obrigada a todas vocês leitoras fieis que não me abandonaram!! *-*
Beijinhos
Reviews?
P.S: Sim, sou má por parar nessa parte.
*
Enquete: O que vocês acham que aconteceu com Hannah? Quem acertar ganha uma dedicatória no próximo capítulo.