Então, ficou decidido que eu visitaria meu pai e meu irmão quando pudesse, e eles iriam passar o natal e o ano novo conosco. Estávamos no aeroporto, um dia após todo agito que teve. Alguns egípcios juraram ter relances de um homem com cabeça de chacal e de um vento de cor amarelada.

- Bem, é isso. – Disse para meu pai e meu irmão. James, Molly Richard e Dean estavam a frente se despedindo de Phill.

- Filha, - disse meu pai me abraçando e retirando um colar do pescoço, - fique com isso, era de sua mãe, acho que ela gostaria que você o tivesse. – Sorri e coloquei o medalhão onde se lia Cleópatra.

- Obrigada, de verdade. Venham me visitar quando puderem. – Disse e me virando a Bakt falei:

- E você me arranje uma cunhada ok? Se quiser uma ajudinha apareça por Londres, sempre fui uma boa casamenteira. – Ele riu encabulado e eu o abracei. Abracei Ankhu também e me despedi indo em direção ao tio Phill.

- Pois é Phill...

- Ainda é tio, tecnicamente você é filha de James e Mary também, ou seja, minha afilhada querida.

- Tudo bem, tio Phill, boa sorte com minha próxima tia. – Ele riu e eu sorri com a felicidade dele.

- Dessa vez eu vou ir te visitar antes que vocês tenham que aparecer por aqui para pegar armas. E faça o favor de se divertir agora que está tudo bem. – Eu sorri. – E quando for transar com o Dean, use camisinha, não quero virar tio-avô tão cedo Emily. – Fiquei vermelha como um pimentão o que causou uma gargalhada de Phill.

- Eu te adoro pequena. – Disse Phill me abraçando.

- Eu também tio Phill. – Em quanto ia em direção do avião eu escutei:

- Também o que, se adora? - Ri e respondi:

- Ah você me entendeu Phill! - E então entrei no avião.

  Sentada no avião ao lado de Dean, colocamos a conversa em dia. Parecia que aquele tempo que passamos sem nos falar, nem cumprimentar havia sido tão longe que tínhamos coisas de mais para falar em tempo de menos. Tínhamos pouco tempo porque estávamos ocupados colocando outra coisa em dia também, era quase impossível conversar em quanto eu tinha a língua de Dean dentro da minha boca.  Escutei algumas ‘tosses’ de James e Richard, mas tanto eu quanto Dean ignoramos.

- Esse final de semana, cinema e jantar? – Ele disse, rindo.

- Filme bom, comida boa? – Eu disse.

- Não me importo desde que minha companhia seja você. – Eu ri e deitei sobre o ombro dele.

  Chegamos e quando entrei em casa me joguei na cama, dormi até a manhã seguinte.

- Senhorita Emily, tens que acordar se não vai perder a hora. – Disse Theodoro na porta. Levantei e coloquei o uniforme, tomei meu café e quando estava chegando a minha velha moto Dean apareceu.

- Você acha que vou te deixar andar de moto por ai? – Ele disse, abrindo a porta do carro para mim entrar. – Vai acabar matando algum inocente e como Julio Cesar me pediu para livrar o mundo do mal eu achei que tinha que começar cedo.

- Muito engraçado você hoje, - dei um selinho nele e entrei. Fomos conversando o caminho todo, eu estava até feliz por voltar a escola e rever Brook, Victória, Hector e principalmente por que seria mais um lugar que poderia ver Dean. Chegamos e ele estacionou o volvo.

- Pronta para deixar a escola saber que estamos juntos?

- Eu enfrentei guerreiros de milênios de idade, sonhos malucos, venenos de escaravelho e naja, ficar quase nua, ser quase estuprada pelo assassino da minha mãe postiça, descobrir que sou adotada, achar meu pai e ainda por cima ter um irmão você acha que vou ter medo disso? – Então fiquei quieta por alguns minutos e sorri – Você está completamente certo. – Ele riu e desceu do carro, dando a volta para abrir a porta para mim. Logo que ele saiu, vi seus amigos se aproximarem, preocupados deduzi, mas então ele abriu a porta e a cara de preocupação sumiu e apareceu a do espanto. Também vi Brook e Victória me olharem, Brook igualmente surpresa, Victória feliz ao lado de Hector, indiferente. Caminhei ao lado do meu imperador, decidida, olhares de espanto de toda Royal foi o que recebemos, na entrada, onde nos separaríamos para encontrar nossos amigos e ir a nossos armários e aulas ele parou se virou para mim disse:

- Se cuida minha imperatriz. – E me beijou.

- Então Cairo virou a nova cidade do amor, certa? – Disse Victória quando me aproximei.  

- Com certeza. – Disse sorrindo.

- Ele te faz um bem danado. – Brook disse.

- Você não tem idéia. – Disse com cara de boba.

- E então, como foi a viagem? – Disse Vic.

- Se eu te contar você vai achar que foi um filme a la Hollywood. – Disse rindo.

- Meu deus, foi tão perfeito assim? – Disse Brook.

- Perfeito? – Ri – É pode se dizer que sim.

  No final da aula eu já não estava feliz, estava preocupada. Esperava Dean se despedir de Peter e Jimmy. Ele se aproximou igualmente tenso.

- Você também teve?

- A visão? – Eu disse, incerta.

- É. – Ele disse, me abraçando.

- Tive.

- Não achei que começaria tão cedo, mal chegamos e temos que sair.

- Somos os heróis da humanidade, o que esperávamos?

- Mas uma chacina daquelas vai ser difícil de parar, você viu o cara, um completo homicida. – Ele disse, me olhando, preocupado.

- Vamos pará-lo Dean. – Ele me virou para que ficássemos cara a cara.

- Você não pode se ferir, não vou agüentar alguma coisa acontecer com você.

- Nada vai acontecer, estou com você. – Ele riu e me beijou. Meu perfeito imperador romano, meu amor eterno.

- Estou com você até o fim dos tempos Dean. – Disse sorrindo como uma boba.

- Vou te proteger até lá então minha princesa. – E me beijou mais uma vez, diferente da anterior, ele mostrou que me amava mais que tudo, e eu retribuí, pois eu ao amava muito mais.