Uchiha, Com Orgulho. escrita por Cari-chan


Capítulo 1
Intodução.


Notas iniciais do capítulo

Decidi concentrar-me na família Uchiha! Espero que gostem. ;-)
Uma boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/166201/chapter/1

- Ele não é filho de Uchiha Sasuke?

- Sim, é verdade. Ouvi o meu papai contar que ele fugiu da Vila e depois queria destruí-la.

- Ainda bem que ele já morreu. Só que, espera, e se ele ficar igual ao pai?

A crueldade infantil não pode medida. Enche um coração de feridas que pode jamais cicatrizar. Uma criança cresce demasiado depressa. O Mundo dos adultos torna-se demasiado cruel e sombrio quando ainda não vimos o que pode haver de bom. Quando ainda não fomos invadidos por sonhos. Esperanças. Retirar a inocência com demasiada rapidez pode nos levar a um poço escuro e frio.

A mamãe dizia-lhe que ser um Uchiha era um orgulho.

Então porquê os olhos maldosos? Porque se sentia irremediavelmente pequeno, ao ponto de se sentir como um verme, um bicho do qual todos sentiam nojo e asco? Porque o temiam á sua passagem? Sentia o desprezo estampado em cada gesto.

Caminhava de cabeça baixa pelas ruas já escuras de Konoha. Sabia que a esta hora não encontraria ninguém pela rua, mas mesmo assim, não conseguia evitar andar de maneira curvada. Não gostava daquelas pessoas.

Não gostava de ninguém.

*

- Sasuke-kun, isto é horas de chegar a casa?

A mamãe tinha a expressão do costume. Os olhos preocupados. Os seus lábios estendidos num fio de desagrado. Suspirou. A criança levantou o rosto e viu as faces suavizarem-se para se estender num sorriso enternecedor. O único sorriso que o aquecia por dentro.

Não pediu desculpa como costumava fazer.

Sentou-se simplesmente á mesa á espera da refeição.

Sakura deu uns passos na sua direcção tentando estudar o comportamento do filho.

- Aconteceu alguma coisa na escola, Sasuke-kun?

Acontecia. Sempre. Sempre. Sempre. Sentiu uma bola de ira no estômago. O gosto amargo do ódio na boca.

- Porque é que que me tinhas de dar o nome dele? – cerrou os dentes.

- O que se passa filho? – pousou cuidadosamente uma mão sobre o seu ombro. – De que nome estás a falar?

Lágrimas gordas caiam copiosamente dos seus olhos.Levantou-se e começou a falar alto. Queria que o ouvissem. Desejava desesperadamente que ela reparasse na dor que o consumia.

- Eu não quero ter o nome dele! – cerrou os punhos. – Não quero ser um Uchiha, não quero ser filho de um vingador! Não quero, não quero! Odeio-o!

A rosada sentiu uma espécie de soco no estômago. A bocetada na cara acordando-a para a realidade do filho. Estava implantado nas suas palavras. Nas expressões que quis evitar a todo custo.

- Sasuke, não digas isso, por favor.

- Já disse, eu não quero ter o nome desse traidor! – mais lágrimas caiam. – Porquê que não me deste outro papai?! Ele nunca nos amou! Ele nunca me amou!

- Ele ama-te mais do que tudo!

- Como podes saber isso, mamãe?

A rosada sentia o peito inchar e uma frecha enorme no coração abrir. Nunca se poderia esquecer da noite de amor que tivera com o moreno. Nunca. Ele disse-lhe que a amava, que queria que o seu clã continuasse na história, para poder limpar o nome dos Uchiha, mas infelizmente, ele não sobreviveu. Acabou por morrer ao tentar salvá-la naquela guerra estúpida.

- Você sabe a história, Sasuke-kun. – tentou aproximar-se novamente do filho, mas ele recuou. – O papai pode ter sido mau, mas, no final, ele quis ser bom.

- Só que não foi bom o suficiente.

A rosada estremeceu perante o olhar do filho. O mesmo olhar penetrante, escuro e sombrio, que um dia o pai teve. Os cabelos negros no seu total desalinho. Uma cópia exacta de Uchiha Sasuke. O pequeno acabou por retirar a camisa em que tinha o emblema em forma de leque vermelho e branco nas costas. Jogou-a para o chão onde a ouviu cair com suspiro leve. Sakura não conseguiu controlar as lágrimas ao ver o filho ferido daquela forma. Cruel e desumana. Ele estava simplesmente confuso, as pessoas falavam, sem ao menos, ter um dia conhecido Sasuke.

Sabia que a maldade sempre falaria mais alto no meio dos outros.

- Vamos falar…

O pequeno acabou por baixar a cabeça subindo pesadamente as escadas para o quarto.

- Até amanhã.

Foi com estas últimas palavras que foi brindada. Talvez ele precisasse ficar sozinho. Ou talvez o problema era ele sentir-se irremediavelmente só.

*

No meio da escuridão do quarto abriu a porta para ver se o filho dormia. Estava receosa. Preocupada com os danos que o passado podia surtir no pequeno Sasuke. Olhou para a janela e viu as cortinas balançar com o vento. Algo despertou repentinamente. Não sentiu a sua presença. Afastou as cobertas para ver uma almofada que fazia o volume supostamente do seu corpo.

Sentiu o medo galopar-lhe nas veias.

O pai abandonara-lhe uma vez. Não deixaria que o filho fizesse o mesmo.

Continua…


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Olá a todos! o/
As ideias invadem-nos e bem .. fui invadida por esta!
Por onde andará o pequeno Sasuke?
Eu sei, o nome demasiado óbvio, mas, é o nome do pai.
Não podia nem conseguia escolher outro ...
Espero que tenham gostado.
O próximo capítulo está pronto ...
Mas, se não for pedir muito, gostava de receber reviews, e assim, ter uma noção do que vocês esperam! *-*
Espero-vos no próximo capítulo!
Beijinhos,
Cari.