Seduzindo O Sr. Perfeito escrita por Srta Snow, Tahy S Snow


Capítulo 6
Tango e Decisão




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A noite mostrava-se agitada para os trabalhadores da empresa de advocacia. Todos se encontravam animados enquanto se arrumavam no banheiro. Apenas poucas moças não se aglomeravam em frente ao espelho, disputando-o. Molly era uma delas. Como ela já conhecia a rotina, resolveu ir arrumada de casa e passar apenas uma maquiagem em sua sala mesmo. Ela vestia um vestido cor de gelo, com botões em sua frente, de manguinha. Um cinto marcava a sua cintura, seus cabelos outrora amarrados encontravam-se soltos agora enquanto a sua maquiagem era simples e chamativa, pois destacava os seus olhos. Pegou a bolsa e saiu de sua sala. Sentiu alguns olhares masculinos em si, mas ignorou-os. Ela poderia ser carente, mas tinha consciência que se envolver com alguém de seu trabalho seria errado e frustrante, no final. 

Assim que chegou ao galpão percebeu ter sido uma das ultimas. Havia deixado a sua bolsa no carro. Caminhou para o bar e sorria para todos que a cumprimentava. Ela não era uma mulher feia, pelo contrario. Se achava linda quando se arrumava, mas só tinha preguiça de fazê-lo.

Pediu um drink ao barman e tentou disfarçar o sorriso ao vê-lo. Ele era lindo, era musculoso, alto, e moreno. Tudo o que ela sonharia para ter um caso.

-Vai para alguma outra festa depois daqui? – Daniel perguntou ao seu lado.

-De onde surgiu? – o olhou confusa. – não. Por quê?

-Está muito bonita.

-Obrigada. Gostando da festa?

-Está organizada – sorriu. – não dança?

-Não sou muito boa nisso – olhou para os casais na pista de dança e não conseguiu evitar uma, pequena, inveja. Desde pequena tentará aprender a dançar, mas por ser tão desastrada só conseguia fazer com que todos os professores perdessem a paciência com ela.

- Então não deve ter tido o professor certo – tirou o drink das mãos dela, colocou o seu sob o balcão e segurou em sua mão – só não poderá se apaixonar por mim depois disso – falou sorrindo, andando em direção aos outros casais. Ele percebeu os olhares que as outras pessoas estavam lançando para eles. – Terei que dançar com todas as mulheres por causa disso, pensou, mas vai valer à pena.

Daniel colocou as mãos na cintura dela, e sorriu ao ver a hesitação dela. Puxou os braços dela, colocando em seus ombros e voltou a segurá-la pela cintura. Começaram a se movimentar ao ritmo da musica romântica.

-Parece que as coisas vão se agitar – disse próximo ao seu ouvido ao escutar os primeiros ritmos da nova musica. Um tango. (NOTA DA AUTORA: Recomendo colocar essa musica para escutar: http://www.youtube.com/watch?v=RRSBUoNQOoE&feature=related )

-É melhor paramos. Eu não sei dançar direito.

-Apenas me siga – dizendo isso se posicionou, colocando-a de forma elegante segurando em seu ombro e com a outra mão segurando na sua. – Relaxe, apenas me siga e me olhe nos olhos – disse antes de se movimentar pelo salão. Todos se afastaram dando espaço para o casal. Por mais incrível que parecesse, Molly dançava divinamente. Daniel sabia conduzir uma mulher como ninguém. Rodopiaram pelo salão e antes que a musica acabasse, ele resolver dar um grand finalle a todos. A afastou de seu corpo, ainda segurando em sua mão, e ao puxá-la de volta a deixou próxima ao chão, inclinando o seu corpo sobre o dela. Todos achariam que ele iria beijá-la e por mais absurdo que fosse, ele estava ansiando pelos lábios dela. Estava prestes a fazer essa loucura quando escutou os aplausos. A ergueu e sorriu, soltando a mão dela. – Você foi ótima – disse antes de se afastar.

Molly não soube pelo o que havia sido atingida. Ao dançar com Daniel teve a sensação que poderia deixar todas as suas emoções fluírem sem precisar dizer nada, apenas em olhar para os seus olhos. E por alguns instantes desejou que ele a beijasse.

-Só posso estar ficando louca. Ele é um cretino, arrogante – falou consigo mesma ao beber um gole de seu drink – mas devo admitir que é o cretino, arrogante mais charmoso que já conheci na vida.

Uma semana havia se passado desde a festa. Molly não teve contato com Daniel, enquanto ele a evitava. A ultima coisa que pretendia era ter um romance com sua subordinada. Nesse meio tempo Marc ligou para Molly, a convidando para sair. Ela aceitou e já estavam saindo a seis dias, interruptos. Todos os dias se viam, conversavam e na ultima vez que Marc a deixou em casa, a beijou. Ela não havia sentido “a emoção” que procurava, mas optou por continuar a vê-lo.

Molly estava sentada em sua sala quando o seu celular tocou. Ela respirou fundo ao escutar a voz de Daniel do outro lado da linha.

-Venha ate o restaurante. Preciso que traga os relatórios de publicidade. Te mandarei o endereço por mensagem –disse antes de desligar.

-Quando eu me tornei a sua assistente? – resmungou ao pegar os relatórios e seguir para o endereço indicado. – Ele poderia ter pedido a um motoboy, mas porque me chamar? Ele não sabe que tenho coisas a fazer? Pensava ao sentar em uma das mesas do restaurante. Olhou para o lado e no mesmo momento ficou sem palavras. O seu único pensamento foi uma tela em branco. Marc estava acompanhado de uma mulher, mas ele estava a pedindo em casamento, deu para saber ao vê-lo se ajoelhar ao lado da mulher e colocar a sua frente uma caixa, aveludada, com um anel dentro. Ela se levantou lentamente e caminhou ate eles, logo após a mulher ter aceitado o anel e Marc voltado a se sentar, segurando em sua mão. Parou ao seu lado e o chamou, ao ver o semblante surpreso dele, percebeu o quanto ele não prestava – parabéns pelo noivado. – disse olhando para o anel da noiva – desejo muitas felicidades e muita sorte. Ate ontem eu estava saindo com ele e por incrível que pareça tínhamos um jantar marcado para hoje. Incrível, não é? – sorriu – bem, vou deixá-los a sós. – deu as costas e mesmo escutando os gritos da noiva dele não se sentiu melhor. Sabia que ela iria perdoá-lo, como ela mesma tinha pensado em fazer com seu ex namorado, e agora se perguntava se essa seria a melhor escolha. Assim que se sentou a mesa, Daniel apareceu ao seu lado. Olhou em direção ao casal que brigava em uma das mesas e reconheceu o homem. Suspirou ao olhar para Molly e soube que estava perdido.

-Não sei por que ainda tento – Molly falou ao beber mais uma taça de vinho tinto no bar em que Daniel havia levado ao ver o casal brigando. Ele a tirou de lá como se fosse a sua tabua de salvação. E agora estavam bebendo juntos em um bar afastado do restaurante, próximo a uma boate de jazz.

-Porque começou algo com ele se sabia que não prestava? – indagou ao beber um gole de vinho – vocês mulheres gostam muito da sensação de sentimento.

-Sensação de sentimento?

-É. Gostam de achar que estão apaixonadas e que esse sentimento é eterno.

-Mas é.

-Não é – sorriu – paixões são puramente desejos físicos que duram de dois a seis meses. Depois disso torna-se insuportável conviver com a outra pessoa.

-Então não acredita em amor?

-Não. Isso não existe.

-Como não existe? Ele faz as pessoas felizes.

-Então quem ama é feliz?

-É claro.

-Você já amou?

-Muitas vezes. – disse convicta.

-Então porque não te vejo feliz? – a encarou – talvez esteja jogando de forma errada.

-Jogando?

-Sim. O amor, paixão, desejo... Tudo isso é um jogo. Só ganha quem sabe jogá-lo corretamente.

-Isso é ridículo.

-Pode ser, mas ate hoje nunca perdi nesse jogo – retirou algumas notas da carteira e sorriu antes de se levantar – vou indo. Não beba muito e nos vemos amanhã no escritório – disse antes de ir embora.

-Não acredita em amor? E acha que tudo é um jogo? – disse minutos depois ao vê-lo sair – pois bem, veremos o que dirá quando eu fizer você se apaixonar por mim. – bebeu mais um gole de vinho e sorriu – nunca Pise no coração de uma mulher, ainda mais quando ela estiver triste por ter sido enganada. Daniel Heiden, você ficará caidinho por mim.


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Notas finais do capítulo

Gostando? o QUE será que ela vai aprontar? rsrsrsrs