Seduzindo O Sr. Perfeito escrita por Srta Snow, Tahy S Snow


Capítulo 3
Solitários




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Num escritório de advocacia todos haviam ido embora com exceção de uma funcionaria. Molly ainda estava trabalhando na festa e no pedido de seu, mais novo, chefe. Fez uma careta ao lembrar-se dele.

-Devo ter matado alguém muito importante na minha outra vida – disse ao fazer uma lista no computador – como esse homem consegue ser tão insensível? Não adianta ficar aqui reclamando. Tenho que adiantar para ir embora – decidida a terminar, desligou todos os seus pensamentos, concentrando-se apenas na festa que organizaria. Horas depois espreguiçou-se enquanto desligava o computador. Tudo estava, praticamente, pronto faltando apenas detalhes simples. Arrumou as suas coisas e se encaminhou para o elevador. Ela estava louca para chegar em casa, trocar de roupa e comer algo em frente a televisão.

Ao passar pela portaria cumprimentou o segurança, retirou as chaves de sua bolsa e no mesmo instante o seu celular tocou.

-Sim? Molly Jones falando – disse séria, parada em frente ao carro.

-Molly? É Marc – uma voz masculina disse do outro lado da linha – nos conhecemos semana passada. Lembra-se? Na festa de sua colega...

-Ah, claro. Como está?

-Bem, na verdade te liguei imaginando se não quer sair comigo.

-Seria ótimo – sua voz transmitia o que ela estava sentindo no momento. Pura perplexidade.

-Então que tal na sexta?

-Pode ser amanhã ou no sábado?

-Amanhã está ótimo. No Le Gard as oito da noite?

-Perfeito.. – disse desligando – é, meu dia não foi totalmente um desastre.  

Entrou em seu carro, ligou o radio e logo estava seguindo para a sua casa. Ela morava sozinha há cinco anos. A vida havia a preparado para a solidão desde pequena. Seus pais eram separados e a ultima vez que tinha visto eles foi há três anos. No fundo ela se sentia solitária, mas tentava aplacar a solidão com seriados na madrugada. Seu apartamento era bem localizado, ficava na Roosevelt Island. Graças a uma amiga na imobiliária ela o tinha conseguido. Estacionou o carro em frente, desceu e suspirou ao abrir o portão. Subiu os lances de escadas e quando estava prestes a abrir a porta do seu apartamento sorriu para o seu vizinho. Ele era um senhor de idade muito extrovertido que a fazia rir nos piores momentos de sua vida.

-Como vai Sr. Del monte? – Molly perguntou sorrindo.

-Muito bem, ainda mais podendo ver um sorriso tão bonito.

Molly sorriu e logo despediu-se. Entrou em seu apartamento, passou a tranca, tirou os sapatos, jogando-os em qualquer lugar. Jogou a bolsa no chão e foi em direção a geladeira. Após um dia estressante e deprimente ela só queria duas coisas: sorvete e chocolate. Abriu o freezer, pegou o pote de sorvete, foi para o armário e sorriu ao pegar uma barra de chocolate. Levou tudo para a sala, deixou em cima da mesa de centro, ligou a TV se sentou no sofá e começou a tomar o sorvete. Aos poucos lagrimas começaram a cair de seu rosto.

-Eu fui uma boa namorada, porque ele fez isso comigo? – mordeu o chocolate – eu fazia tudo por ele. Aquele idiota. Tenho certeza que ele vai se arrepender e quando quiser voltar. Eu não vou querer.

Molly chorava e mal prestava atenção no filme que passava. Para ela, o seu antigo namorado era seu verdadeiro amor, como todos outros que haviam passado por sua vida. Ela se entregava de tal maneira que amava sem medidas.

Daniel entrou no restaurante e sorriu ao ver a sua acompanhante o esperando em uma das mesas. Caminhou ate ela, exalando elegância e sensualidade. Sentou-se ao seu lado e sorriu.

-Espero não ter me atrasado em demasiada. Tive alguns contratempos para resolver.

-Sem problemas. Não esperei muito – sorriu. Tomou mais um gole do vinho tinto e o encarou – desde quando se diverti no trabalho? Essa seria a primeira vez.

-Há uma primeira vez para tudo. Não concorda?

-Sim. E como estão as coisas? Já se adaptou a tudo?

-O ritmo de trabalho é normal. Apenas o meu tempo livre que será estendido – sorriu – como foi hoje na agencia?

-Como sempre. Meninas achando que podem ser modelos e eu fingindo que concordava – deu de ombros – não está sentindo falta de Londres? Isso aqui parece uma aldeia evoluída. É cansativo.

-Rose, deveria ficar mais animada. É graças a essa aldeia evoluída que sua agencia de modelos anda tão bem. Porque não vamos comer algo? – pegou o menu e começou a olhar atentamente. Ele já sabia o que Rose iria escolher. – Uma porção de salada sem molho, pensou sorrindo. O garçom se aproximou e esperou pelos pedidos – De entrada uma sardela, com salada de rúcula, prato principal Capeletti ao molho rosé juntamente com polenta frita. – Olhou para Rose e sorriu.

-Quero uma salada de rúcula sem tempero – disse séria entregando o menu ao garçom.

Ela nunca vai mudar, Daniel pensou sorrindo. Olhou para as outras mesas imaginando como seria ter ao lado uma mulher que se alimentasse e não vivesse apenas de folhas como uma vaca.

-Porque não pedi algo diferente? – Daniel indagou.

-Tenho que manter essa minha linda forma – disse séria – você deveria comer menos. Já esta começando a ficar fortinho.

-Eu? – sorriu com vontade – não preciso me preocupar com coisas tão triviais. Meu biótipo é perfeito. Não engordo, apenas tenho que exercitar de vez em quando. Você pelo contrario está muito magra, porque não pedi uma massa?

-Não. – falou simplesmente bebendo mais um gole de vinho – não sei porque insiste em sairmos para jantar. É sempre a mesma coisa.

-Concordo, mas hoje é um dia especial.

-Por quê?

-Hoje completam duas semanas que estamos juntos. O tempo passou rápido não foi? Acabei cansando de olhar para você. Vamos terminar – sorriu – quer pedir a sua salada para viagem ou eu que devo pedir o jantar? – Essa é a hora em que elas levantam, jogam algo em meu rosto e saem furiosas.

Rose levantou-se, pegou a taça de vinho e jogou no rosto de Daniel. Pegou as suas coisas e foi embora.

-Nunca falha – limpou o rosto com o guardanapo e sorriu ao ver o seu jantar ser colocado a sua frente. Começou a jantar aliviado sem importar-se com os olhares das pessoas. Ele já havia se livrado da mulher que o fazia perder o apetite, o resto seria controlável.


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