Bound By Conquest escrita por JLewis


Capítulo 2
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Bem, aqui vai o prólogo desta minha ficzita. Poderão ver aqui já uma personagem que vai dar bastante que falar no decorrer da fic. Espero que gostem. Boa Leitura.



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Por entre o crepúsculo da noite, Bill Kaulitz chegara por fim a Nova York. Tinha estado por duas semanas em Berlim, a espalhar a discórdia e a conquista que lhe vinham com o cargo que não deixava de envergar. E até gostava de o ter, a fim de ver as consequentes reacções daquele seu estratagema que estava sempre a submeter de forma constante sob as pessoas que se encontravam no seu caminho.

E sentia-se gratificado quando observava o comportamento animalesco dos meros humanos que via quando utilizava os seus poderes em prol do seu próprio divertimento e benefício. Não conhecia outra coisa desde que fora criado, contudo tinha uma missão a cumprir. E pretendia vê-la realizada, desse por onde desse.

Descendo uma rua ligeiramente inclinada com um olhar impiedoso e vazio, fitou com astúcia o cenário iluminado que se estendia à sua frente. Todos os prédios reluziam de uma forma estonteante cada vez que algum tipo de luz lhes esbatia, ainda que fosse uma pequena centelha. Seria algum tipo de festa ou comemoração que estariam a realizar por ali? Se assim se confirmasse, ele estaria prestes a embrenhar-se no meio e espalhar uma vez mais aquilo que vinha com ele por natureza.

Umas vezes, perguntava-se como é que se estariam a sair os seus restantes companheiros. Por onde andariam eles e o que estariam sequer a fazer. Estariam a tentar cumprir o seu derradeiro objectivo ao qual foram todos eles, incluindo Bill, incumbidos? Uma certa curiosidade caracterizava-se plenamente pela expressão que agora trazia no rosto, algo que era raro. Mas não tão raro quando se tratava dos seus próprios assuntos relativos ao único propósito que o completava.

Para onde quer que olhasse, via os festejos a predominarem-se ao longo das estradas juntamente com veículos que lhes faziam companhia enquanto algumas mulheres se punham fora dos tejadilhos dos carros umas com megafone a cantar uma música que para ele era indiferente e outras que simplesmente se deixavam iludir pela entoação da música e pela sua melodia incessante.

Bufou para o lado e prosseguiu com o seu caminho, embora ainda não tivesse a certeza para onde iria. De momento estava sob o domínio da noite, a sua única aliada naqueles últimos tempos. Ela dava-lhe forças e alimento, tudo o que precisava para garantir a sua constante presença sob o solo. A única coisa em que pensava era como por vezes a humanidade era tão desproporcionada que nem sequer se via com bons modos em dados casos. Era algo que não conseguia de facto entender, mesmo que chegasse a passar junto das mentes humanas e lhes sugasse as memórias.

Entretanto, quando estava prestes a contornar uma esquina, dois rapazes tinham ido contra ele. Rapidamente lhes dirigiu um olhar repulsivo e de ódio à medida que ajeitava o seu casaco, verificando se nenhuma das suas roupas estava danificada. Em resposta, os indivíduos apenas se riram. Da triste e quase gótica figura que aquele rapaz trazia no corpo e quando lhe viram as mãos, soltaram-se de ambas as bocas um riso frenético.

- Oh meu deus! Este gajo é maricas, até pinta as unhas e tudo. E olha as sombras dos olhos dele, parece que acabou de sair de uma convenção de nerds no meio de Seattle, Mark. – Respondeu o mais alto de cabelo ruivo para o mais novo, contagiando-o com um riso mais aprofundado.

- Um maricas, dizes tu? Já viste bem o penteado? Parece uma autêntica rapariga pelo modo como tem o cabelo. Mas sabes, talvez seja um travesti. Na melhor das hipóteses, pode ser bem isso. Mas caramba, é mesmo afeminada esta aberração.

Aquela situação acabara de se agravar, pois eles nem sequer sabiam no que se haviam acabado de meter quando começaram a criticar Bill. Fora um tremendo erro e não se aperceberam disso, mas sofreriam as consequências de se terem metido com ele. Bill aproximou-se do sujeito ruivo e num movimento rápido e preciso, agarrou-lhe o pescoço com uma mão. O outro tentava ripostar contra aquela afronta, mas não estava a conseguir devido à força tremenda que a mão daquele desconhecido lhe estava a impingir.

O rapaz mais novo que pelos vistos se chamava de Mark, tentara atacar Bill pela retaguarda com um soco pela direita. Mas nem assim ele se mexera, dirigindo ao opositor que estava a sufocar pelo aperto da sua mão um olhar insatisfeito revelando parte da escuridão que se escondia no meio dele. Com o braço livre, agarrou o rapaz que lhe atacava por detrás pelo colarinho e encostou-o forçadamente contra a parede escandalizada de graffitis.

Bill mirava com entusiasmo a expressão que o mais alto exibia. Medo, pânico e, sobretudo, aflição eram as sensações que com maior facilidade percorriam o rosto moreno do rapaz. E isso fizera-o desenhar um sorriso malicioso nos lábios. Após tanto tempo, ainda se sentia bem com o sofrimento de humanos. Sempre fora assim e nunca ia mudar e estava com certeza bem com esse detalhe.

O rapaz respirava com imensa dificuldade e o nervosismo que sentia alastrava-se por todo o seu corpo. Tinha-se arrependido seriamente de se ter metido com o desconhecido que agora o apertava de um jeito sistemático não lhe dando sequer oportunidade de vacilar e pedir clemência. Bill não acreditava no perdão e geralmente em vez disso, dava um golpe rápido e eficaz para neutralizar quem quer que se metesse com ele.

E então fizera o que lhe passara pela cabeça. Soltou o outro que empurrava contra a parede ao mesmo tempo que caminhava rapidamente para trás do ruivo, agarrando-lhe o queixo com as duas mãos o que fez com que ele caísse de joelhos no passeio. Estava a ser demasiado fácil, não achava assim tanta piada ao que estava a fazer. E tinha muito menos graça, visto que defrontava um humano patético que aparentava ter pouca resistência.

- Por favor… - dizia ele, tentando apelar ao bom senso do estranho, coisa que por vezes nunca chegara a existir. Pelos vistos, ainda conseguia falar apesar de tudo. – pensou Bill por momentos. – Des-cul-pa lá, meu. Não volto a insultar-te, asseguro-te.

- Hum… - Murmurou Bill, claramente divertido por aquela atitude do mais alto. A diversão agora tinha acabado de atingir o seu pico alto. Voltou a repor uma maior firmeza nas suas mãos, sem deixar escapar o rapaz. – É tarde demais.

De seguida, partiu-lhe o pescoço numa questão de segundos. Deixou o corpo inerte do sujeito cair sobre o ândito e olhou para Mark, que o mirava com um horror indescritível estampado no rosto. Tentara correr na direcção oposta à do desconhecido numa tentativa de fugir daquele sádico e maluco e pedir ajuda às demais pessoas que se encontravam a festejar os cortejos municipais. No entanto, Bill fora mais rápido que ele. Pegou nele de novo, desta vez pelo pescoço e atirou-o contra a parede onde o mesmo estivera há escassos minutos.

Não podia estar mais contente por ter vivido uma experiência tão descontraída como aquela que acabara por acontecer. Raramente se viam disputas nas ruas, e disso excluíam-se os combates que por vezes alguns homens faziam talvez por orgulho ou conquista de territórios. E era nessa área que Bill se infiltrava, fazendo-se passar por um mero cidadão tal como as restantes pessoas o eram. Voltou a mostrar um sorriso só que no momento decorrente era impiedoso e ia punir aquele indivíduo pelo que lhe dissera mesmo à sua frente.

Aproximou o braço lentamente de Mark, que agora se sentia incapaz de fazer qualquer coisa para escapar. E quando a palma da mão de Bill tocou o seu tronco, esta tornou-se em fumo e começou a penetrar-lhe a pele como se fosse ar a passar pelos poros. Até se aperceber que o seu antebraço já estava dentro do rapaz na totalidade, fechou a mão que lá estava dentro. De repente, Mark ficara paralisado de uma forma instantânea, sem se mexer.

Bill retirara num ápice o seu braço do interior do peito do rapaz, vendo uma esfera azul esbranquiçada a debater-se na sua palma. Era a alma do sujeito, a essência da vida de qualquer ser humano existente à face da terra. E assim que tal pedaço vivo desapareceu nas suas mãos infiltrando-se na sua pele do mesmo modo que um medicamento contido numa seringa, o rapaz perdera a vivacidade do olhar e caíra aos poucos no chão, ao lado do corpo do amigo. Não estava morto mas num curto espaço de tempo, estaria. Bill ignorou os indivíduos que jaziam no passeio escurecido e mergulhou na escuridão, sabendo que Nova York podia até ser uma cidade bastante interessante e emocionante.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Este Bill é um pouco temperamental, sobretudo quando alguém goza com ele ou algo do género mas isso já faz parte da personalidade dele. Mandem reviews :)



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