Uma História De Amor, Aventura E Magia. escrita por ViihAcunha


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

ta curtinho mas foi com amor.



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Após subir, vestimos nossos pijamas e iniciamos a nossa noite das garotas (todas as noites nós fazíamos alguma coisa, noite de beber, das garotas e tal) conversando sobre a roupa do baile.

            - Eu quero ir de preto – comentou Thai.

            - Preto? Tá louca? Que coisa bem fúnebre! Eu vou de rosa – afirmou Rose.

            - Mas é o baile de Boas Vindas, voltar a escola é fúnebre! – ela riu – mas ok, vou ir de verde.

            - Eu não sei, quem topa ir escondida amanhã depois da última aula em Hogsmeade.

            - Mas é perigoso, e os garotos não vão deixar – falou Rose.

            - Perigoso por quê? Voldemort vai me atacar na esquina?

            - Ele não. Mas ok, e os garotos?

            - Daremos um jeito.

            Me levantei, participando meio de longe das conversas. Penteei meu cabelo, trancei-o e encarei as garotas sentadas belamente em sua cama. Elas conversavam sobre o baile. Eu estava cansada.

            - Boa noite.

            - Já?

            - O dia hoje foi muito... cansativo.

            - Ah, ok.

            Fechei o dossel verde veludo da minha cama, murmurei lumus e fiquei ali, conversando comigo, num replay lento e gostoso do meu beijo no corredor, na verdade, de cada beijo do dia, da hora que vi Will chorar, do abraço que ele me deu, do carinho afagado e gostoso que ele me dava. Lembrei-me de seu pedido, de não me cortar, de ir pro quarto dele se quisesse.

            Me levantei, vesti meu ropão, coloquei as pantufas e saí do quarto pouco depois. Pensei em subir ao quarto dos garotos. Continuei parada, ao pé da escada, pensando. Porque eu saíra do quarto mesmo? Puxei o iPod que ganhara de aniversário no ano passado e coloquei os fones.

            Sentei-me a beira do fogo quase inexistente da lareira, observava-o. Não sabia porque estava ali, só sentia que deveria estar. Não estava triste, nem tinha muito o que pensar. Sobre nada. Ouvia a letra da música calmamente, repetia os versos com o cantor.

Às vezes se eu me distraio
Se eu não me vigio um instante
Me transporto pra perto de você
Já vi que não posso ficar tão solta
Me vem logo aquele cheiro
Que passa de você pra mim
Num fluxo perfeito

            No fim do trecho, uma respirada, um coração na mão, a certeza dolorida de que alguma coisa aconteceria. Sinto algo me cutucando. Viro abruptamente e dou de cara com Will, de calça de pijamas e sem camisa. Desliguei a música.

            - Por que está aqui? – ele perguntou, a voz meio rouca.

            - Precisava sair do quarto. – respondi.

            - Senta no sofá, por favor, vai ficar doente assim.

            Obedeci. Ele continuou de pé.

            - Senta aqui.

            Ele sentou.

            - Desculpe por aquilo no corredor, você estava brava, e eu estava nervoso. Mas eu já disse, eu te amo!

            - Shiii, não precisa se desculpar. – abracei-o, deitando a cabeça em seu colo. – eu te amo.

            - Não quer dormir? – ele perguntou, me puxando pra perto, me beijando. – tem aula amanhã, princesa. Não quero ser o motivo de suas notas caírem. – ele comentou rindo e me beijando.

            - Ah sim! Eu convido para faltar e você é o culpado! – aleguei

            - Não, sério. Dorme.

            - Quer sair para se encontrar com a segunda, é? – desafiei

            Ele fechou a cara para meu evidente ciúmes.

            - Lílian, seu ciúme é doentio.

            - Não é ciúme.

            - Então tá, eu vou subir para seu quarto, vou dormir com você até de manhã, na cama, e você vai ver que eu só quero que você durma.

            - Mas...

            - Só dormir, Lily, não pense bobagem, agora vai, sobe. – ele me obrigou

            Deitei e fechei o dossel, ele me abraçou para encaixarmos perfeitamente na cama. No abraço dele, dormi. Senti-o presente a noite inteira, sua respiração doce e carinhosa no meu ouvido, a carícia em minha mão. Ele que me acordou no outro dia. Quando levantamos, as garotas já estavam de pé; encararam-nos como se fossemos um fantasma, nossa risada ecoou junta.

            - Vocês...? – começou Rose

            - Não né Rose, acorda – respondi

            - O que? – perguntou ele

            - Nada não... – falei – vou me vestir, beijo.

            - Te espero lá embaixo, depois de enfrentar algumas perguntas de Alvo. – ele comentou e saiu.

            - Vou começar a trazer Scrop para dormir comigo também – disse Rose.

            - Rose! Nós não transamos! – esclareci.

            - Eu sei que não, mas deve ser bom dormir com a presença da pessoa e tal.

            - Demais – afirmei, indo me vestir.

            Prendi o cabelo, me maquiei. Depois de pronta, calcei os sapatos e peguei minha bolsa. Chequei o relógio, meia hora adiantada do dia anterior. Respirei fundo, teria Transfiguração nos primeiros e era completamente contra indicado chegar atrasada.

            - Vejo vocês no café. – acenei para as garotas – E não esqueçam, hoje logo depois da ultima aula, nos portões!

            - Tudo certo, mas se formos pegas... fode – disse Rose.

            - Vai dar tudo certo, relaxa – falei.

            Desci, Will me esperava sorridente na beira da escada, me atirei em cima dele dando-lhe um beijo.

            - Oi, amor da minha vida! – falei.

            - Oi, princesa do meu reino.

            - Como foi com Alvo?

            - Ele não tinha acordado ainda, então eu só baguncei a cama.

            - Você é demais, Will.

            - Vamos tomar café – ele me puxou.

            Sentamos em nossa mesa e comecei a contar o negócio de ir comprar o vestido hoje.

            - Não, não e não, Lílian! – ele falou pela milésima vez – é perigoso. Sozinha você não vai, e tenho certeza que os garotos não deixarão as garotas também.

            - A diferença é que elas não vão contar para os garotos! Era o que eu deveria ter feito. – falei, mas ao mesmo tempo me arrependi.

            - E PORQUE DIABOS TEM QUE SER SOZINHA? – ele perguntou, já gritando – EU VOU COM VOCÊS, FICO DO LADO DE FORA DA LOJA. NÃO VEJO O VESTIDO. MAS NÃÃÃÃO! O WILLIAN NÃO PODE IR PARA ACOMPANHAR A NAMORADA DELE! VAI SABER O QUE VÃO FAZER NÉ. VÃO ENCONTRAR COM OS SEGUNDOS!

            Eu não conseguia acreditar, ele estava fazendo um fiasco no meio do salão principal. Todo mundo olhava para nós. As garotas entravam nessa mesma hora, me olharam e fizeram sinal positivo com a cabeça, como um sinal do tipo “diz para ele ir junto”.

            - Willian – eu falei, com a voz calma.

            - Não me chama de Willian

            - Ok, melhor namorado do mundo, calma, vai junto então, fica dentro da loja, mas não “bliga” – ele me abraçou, e me deu um beijo.

            - Melhor namorada do mundo.

            E assim o dia passou, sem muitas coisas importantes, só que Alvo e Scrop decidiram sair conosco.

            No fim da ultima aula, nos dirigimos com os respectivos arrastos para os portões, sorrateiramente. Longe de Hogwarts, finalmente começamos a conversar alto e rir como palhaços.

            Compramos os vestidos, fomos no três vassouras, guardamos uma garrafinhas de cerveja amanteigada na bolsa para mais tarde e voltamos para Hogwarts. A diretora McGonnagal nos esperava na entrada o castelo.

            - Será que eu posso pedir uma pequena explicação para isso?

            - Han... – comecei.

            - Eu já esperava. – ela pegou uma pena e anotou os nomes – Malfoy, Malfoy, Potter, Potter, Weasley e Flint passam das oito horas! Vocês não poderiam sair! E vocês, rapazes, esperávamos que tivessem botado algo na cabeça dessas meninas!

            - Nós tentamos convence-las de que era perigoso – explicou-se Will – desculpe-nos professora. Não acontecerá de novo.

            - Perigoso! Exatamente! Srta. Potter, seu pai não ia gostar de saber que sua pequenina foi morta em horário escolar porque fugiu do colégio. Morta por um comensal disposto a vingar a morte de seu mestre!

            Fiquei olhando-a, entrava por um ouvido e saia pelo outro. Enfim, ela disse:

            - Vão para a sala comunal AGORA!

            Obedecemos e saímos rindo dali, deitamos no quarto dos garotos e destruímos seis garrafas de cerveja amanteigada. E assim a semana foi, a vida seguiu, e as coisas seguiram normalmente. Até o dia do baile.


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Notas finais do capítulo

hehe, próximo capitulo tem baileeee por isso tem mts preparativos e pode demorar.



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