Uma História De Amor, Aventura E Magia. escrita por ViihAcunha


Capítulo 2
Capítulo 1




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A imensa família Weasley estava toda na estação King Cross às 10:30 da manhã do dia 1º de setembro. Eu vestia meu short jeans curto, uma camisa rosa e branca de mangas compridas com meu vans preto. Meu cabelo estava preso em rabo de cavalo alto. Unhas pretas, meu crucifixo por baixo da camisa, e meus irmãos me pentelhando em volta. Merlin, paciência.

            - Vamos, por favor, Lily, coloque uma calça maior – implorou James pela trigésima sétima vez.

            Mostrei-lhe o dedo do meio e peguei meu primo, filho de tio Jorge, Fred, de quatro anos no colo.

            - Você não acha que a dinda ta ótima, Fredizinho? – perguntei, eu, James e Alvo éramos padrinhos dele.

            - Você tá linda, dindinha. – ele disse me dando um beijo na bochecha.

            - Lílian – ouvi a voz furiosa de meu padrinho, Rony chegando – porque você está com essa roupa?

            - Oi para você também, dindo. – falei, simpática, dando-lhe um abracinho. – porque hm, eu estava afim – meus genes da minha mãe se manifestavam rápido demais quando o assunto era “porque essa roupa tão curta? Blá blá blá” e eu já tinha ouvido isso da família inteira. Menos de meu pai e minha mãe, é.

            - HARRY! – berrou tio Rony – VOCÊ VIU A ROUPA QUE SUA FILHA VAI ENTRAR NO TRÊM?

            Botei Fred no colo de James e fui brigar com Rony, puta merda.

            - TIO, EU TENHO 14  ANOS, NÃO SOU NENHUMA CRIANÇA. MEU PAI JÁ VIU, NÃO DISSE NADA PORQUE SABE QUE SOU MADURA O SUFICIENTE PARA NÃO SAIR ‘DANDO’ OU ME OFERECENDO POR CAUSA DO MEU CORPO, PORRA. – deixei escapar um palavrão na frente do meu dindo, meu pai, meu vô e minha mãe. Fiquei vermelha.

            Meus irmãos e Rose riram, eu fiquei com vontade de matá-los.

            - Lilian Luna Potter! – meu pai berrou – O que você disse? Peça desculpas a seu dindo. – eu estava meio relutante – AGORA.

            - Desculpa, padrinho.

            - Ok. – e saiu, tipo, feri meu orgulho por nada

            Sinceramente, parecia que tio Rony não tinha sua própria filha para cuidar. Eu cuidei das minhas pernas o verão todo, eu ia mostrá-las SIM. Bufei e saí dali. Fui para perto da minha avó, agora faltavam cinco minutos. Dei tchau para todos e entrei no trem, senti um par de mãos geladas em minha cintura, arrepiei-me e virei para trás.

            - WILLIAN QUE SUSTO GAROTO! – ri dando um selinho nele, coisa de amiga só.

            - Ué, esqueceu que eu adoro fazer isso, bobona? – ele me deu outro selinho, isso era a coisa mais normal entre nós dois, ele era o único que fazia isso comigo, porque era bem amigo de Alvo.

            Entramos na cabine que Alvo, Scrop e Rose estavam, vamos esclarecer, eu e Will éramos do quarto ano, eles, do quinto. Rose e Scrop namoravam abertamente desde o terceiro ano. Meu irmão, Alvo não namorava. James, bom, eu mal falava com ele na escola.

            Sentei-me no colo de Will. Não fique lendo assim, a gente tinha uma amizade colorida e ele morria de ciúmes de mim, mas a gente nunca assumiu abertamente um namoro.

            - Agora que vocês chegaram, vamos jogar verdade ou desafio? – perguntou Alvo.

            - Pode ser – topei.

            - Lily, é verdade que você ficou com um garoto nas férias?

            Porque sempre que o Alvo abre a boca eu tenho vontade de dar um tiro na cabeça dele? Eu podia sentir Will bufando e revirando os olhos. Fiquei sem reação, sim, era verdade, mas se eu dissesse isso, Will ia ficar furioso comigo, e se eu dissesse que não, meu irmão me entregaria. Optei pelo certo.

            - Sim. – corei e virei para Will, que estava de braços cruzados, bufando, tentei dar um selinho nele, ele virou o rosto.

            - Poxa cara – Alvo falou – se não gosta que ela fique com outros, pede em namoro logo.

            - Eu não to com ciúmes, Al, cala a boca, por favor. – ele pediu, com aquela voz de “eu-to-morrendo-de-ciúmes-mas-não-vou-admitir-até-que-ela-peça-desculpas” – Lily, vem cá. – e me puxou para o corredor, me encostou na parede.

            E eu vi que naquela hora Will, o garoto que eu dava uns pegas, mas sempre gostei de verdade daria ou um basta ou um play na nossa relação, meu coração batia rápido.

            - Você quer parar de me provocar? – ele suplicou, os olhos marejados – eu te amo, Lilian Luna Potter, só não te peço em namoro por causa de seus irmãos e nossos pais, quer parar de dizer que ficou com outros na minha frente, por favor?

            - Will, não chora, por favor – eu supliquei – e quer saber, foda-se meus irmãos e nossos pais, Scrop foi na casa do vovô e ninguém falou nada. Eu te amo, Willian Malfoy.

            Ele passou as mãos dos meus pulsos para minha cintura, e então me grudou entre a parede e seu corpo perfeitamente esculpido em mármore, de tão branco. Nossas bocas tinham uma sincronia perfeita, como sempre, mas dessa vez, era com mais amor, era um beijo, han, um beijo perfeito. Minhas mãos seguraram sua nuca e as suas me traziam mais para perto, como se isso fosse possível. Só paramos quando já estávamos sem ar.

            E então, ele com a atitude mais inesperada que eu imaginaria, ele recomeçou o beijo, botou a mão onde não havia mais short, safado, e beijou-me no pescoço, intensamente, perfeitamente.

            E então entramos de mãos dadas na cabine. Eu ainda estava arfando e ele, com um sorriso bobo no rosto.

            - Vocês fizeram algo...?

            - Lily – Will interrompeu – quer namorar comigo?

            Meus olhos marejaram. Minhas pernas tremeram. Minha voz sumiu. Eu só me atirei em seu colo, esperando que isso respondesse sua pergunta.

            - Minha maninha tá namorando – Al falou – sou oficialmente a pessoa mais sozinha do mundo.

            - Cala a boca, garoto – eu falei.

            - Vê se não chifra meu irmão – Scrop disse olhando para o tamanho do meu short, meio brincando.

            Will ficou vermelho, eu comecei a chorar. Que foda isso, eu comecei a chorar na frente do meu mais novo namorado. Saí correndo com as vestes do colégio em mãos, eu queria sair dali. Foda-se o destino.

            Tropecei e não me preocupei em levantar: fiquei ali, já que ninguém estava passando. “Foi só uma brincadeira, só isso, Lílian! Levanta.” Fiquei repetindo isso a mim mesma durante meio minuto, até que Will veio e me levantou, segurou minhas mãos e disse:

            - Me olha. – eu não podia – Lílian, se você não me olhar, eu quebro esse trem inteiro até você lançar uma porra de olhar para mim, ok? – eu soltei uma risada, e levantei a cabeça. Aqueles olhos incríveis me encaravam, sorri feito uma boba, e CABUM! Eu esqueci o porque estava chorando.

            As mãos dele passaram pelo meu imenso cabelo ruivo, e beijou-me a testa.

            - Chegou de choro né? Calmou? – ele me olhou e deu-se por satisfeito porque não havia lágrima nenhuma ali, digo, no rosto – o Scropius não quis tirar você pra puta. Ele estava brincando. Eu não gostei da brincadeira, mas não achei que você fosse chorar. Confio em você, tudo bem?

            Assenti. Tentei mexer as mãos. Ele não deixou.

            - Nós vamos voltar a cabine e você vai ficar bem de boa, tá? Eu te amo, minha linda.

            - Certo. – fechei a cara um pouquinho, mas só até ele me dar um selinho e dizer:

            - Sorria, flor do meu jardim.

            Fiquei boba e larguei um sorrisinho. Bom, eu admito, eu sempre fui afim dele. Mas, nós éramos só amigos. Só. Bom, uma amizade colorida, mas eu estava namorando ele, ou seja, eu boba 25hrs por dia.

            Fomos então, calmamente até a cabine. Rose chorava. Segui o impulso de ver se estava tudo bem com ela, porra, ela era minha prima e melhor amiga, apesar do namorado ser um idiota. Larguei a mão de Will e sussurrei:

            - Eu tenho que ver o que aconteceu. – e entrei na cabine.

            Meu irmão a abraçava, Scropius estava sentado do outro lado da cabine, com uma cara de foda-se. Eu ia voar nesse mino ainda hoje, velho!

            - O que aconteceu, bebe? – perguntei me atirando do outro lado dela.

            - O-o-o Scr-cr-opius. – ela gaguejou – eu disse “a Lily tá mal, pede desculpa lá?” e ele “não” e a gente brigou...

            - Esse garoto é um idiota. – falei – mas você também é, eu to bem. Vai lá e fala com ele – incentivei-a

            - O Will tá lá... – ela achou essa uma desculpa, por favor.

            - Não é problema. Eu, ele e o Alvo iremos conversar no cantinho da cabine, bem quietinhos... SCROPIUS! – berrei seu nome.

            - AI QUE SUSTO, DIABO! – ele riu.

            - Vem cá e conversa com ela – ordenei.

            E ele me obedeceu. Deixando para trás o Will, meio desordenado em idéias. Saí dali e sentei no colo de meu namorado, mas arrastei Alvo dali.. Quando vimos, eles estavam se beijando;  é o amor. Will me puxou para mais perto quando o trem começou a parar. Alvo levantou-se de salto.

            - O que diabos está...? – ele perguntou, não podíamos ter chegado.

            - Não sei – falei puxando a varinha e indo até o corredor – fiquem todos aqui dentro

            - Você tá louca né? – Will me puxou – nós vamos todos ficar aqui dentro até o trem se mexer, e a senhorita não vai sair.

            Bufei e Rose se levantou. Scrop puxou-a.

            - Nem pensar...

            - Will, Scrop, venham comigo. – chamou Alvo.

            - Claro – responderam os dois juntos.

            - O QUÊ? – gritei – WILLIAN MALFOY, ISSO É MACHISMO. SE VOCÊ SAIR POR ESSA PORTA EU SAIO TAMBÉM.

            - Se você sair, pode parar de se considerar minha namorada, e ainda por cima, minha amiga. Porque eu só não quero que você saia pelo sem bem, ok?

            Me sentei, quietinha, com medo de sua ameaça que eu sabia que seria cumprida.

            - Vai com Deus, meu lindo – murmurei.

            - Pelo amor de Deus, Lily! – Rose me olhou, incrédula – Sua capacidade de se ofender com coisas banais é tão, estupenda... ele quer o seu bem, ok?

            - O que três bruxos de 14 e 15 anos podem ajudar se o trem parou? NADA

            - Eles só vão buscar o James e a trupe dele, SÓ ISSO.

            - Ah, porque não me disseram antes? – relaxei.

            E então, eu vi pela porta, meu namorado, o namorado da minha prima e meus irmãos chegando. Respirei fundo.

            - Ai que linda, - Will veio até mim – você ficou, e vou te contar uma coisa: eu nunca terminaria com você. Só falei para ver se você ficava.

            - Ah é? POIS EU FIQUEI, PORQUE EU TE AMO E CAIO EM SUAS PEGADINHAS. – fechei a cara.  

            - Vocês tão namorando? – James perguntou.

            - Estamos – respondeu Will por mim, me dando um beijo.

            - Cuida da minha irmã – ele deu um tapinha nas costas de Will – mas enfim, porque me chamaram?

            - Você não sabe por que o trem parou? – perguntou Rose

            - Sei, uns garotos do primeiro vagão explodiram boa parte da cabine. Mas logo logo vai...

            E o trem recomeçou.

            - Eu disse! – ele se gabou de sua pontualidade, ok James, vá tomar no cu.

            E enfim, eu cochilei, já de vestes do colégio (personalizadas, he), saia de cintura alta, camisa branca, minha gravata da sonserina mais meu casaquinho bolero preto. Minha meia calça cor de pele e meu scarpin. Ok, eu sempre amei me arrumar bem arrumadinha tá?

            - Minha criança, minha jóia... – acordei com o chamado de Will.

            - Oi.

            - Estamos quase chegando.

            Despertei e comecei a rir.  O trem começava a parar. Meu cabelo estava encima da cara e Will me puxava. Tentava.


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