encher o MEU saco, mas eu enchia o dele, então tudo bem. Ele me entendia, eu achava até que ele sabia ler a minha mente. Se eu estava feliz, ele também ficava. Se eu estava triste, me consolava. Fazia o possível para me deixar feliz, para por um sorriso em meu rosto. Era o melhor ombro amigo que eu podia ter. E eu realmente não entendia porque a minha vontade de estar ao lado dele era tão grande. Eu o amava. Mas infelizmente esse amor aumentou, e esse aumento não foi benéfico pra mim.

    Antes de nos despedir, apresentamos nossas mães. Isso foi uma ótima idéia, elas conversaram um monte, e deu tempo de brincar mais uma vez de esconde-esconde. Não sei o que elas tanto conversavam, provavelmente fofocas.

    Elas ficaram amigas, mesmo em tão pouco tempo. Uma pegou o endereço da outra, para marcarmos um dia de nos vermos de novo. Uhul! Fiquei muito feliz, pois aquilo não seria uma despedida de verdade, eu iria vê-lo de novo.

    Dito e feito.

    No dia seguinte ele estava na minha casa. Convenci minha mãe a fazer aquele bolo. Enquanto as duas senhoras proseavam, eu e o Logan brincávamos no quintal. Eu tinha a cabaninha dos telletubies. Avisei que era viciada. Ficamos umas 6 horas brincando. Brincando de casinha, de médico, de detetive, de pega-pega, de cabra cega, de elefante colorido, de tudo que se pode imaginar. E antes dele ir pra casa, lembrou de algo. Do apelido.

    — Desculpe Logan, pensei que eu era boa o bastante, mas não consegui provar para você.

    Eu dizia como se fosse o fim do mundo, né? Era apenas um apelido.

    — Tudo bem, eu te dou mais tempo. — sorriu.

    Tive que prometer, fizemos até o nosso juramento. Sem cuspes, sem sangue. Um simples aperto de mão, e depois dois estalos de dedos. Com o tempo, esse nosso juramento foi personalizado.

    Prometi que ele teria o seu apelido. Só não disse quando. Não sei porque, mas era importante para o Logan.