Depois de comer, não tínhamos idéia do que fazer. Não queríamos assistir televisão, e tinha fila para jogar vídeo game. A Sam quis brincar de twister, mas bem no momento em que fomos tirá-lo da caixa, vieram nos chamar para participar do jogo da garrafa. Por mais que a minha vontade de beijar a Sammy fosse grande, eu fiz parecer com que eu não estivesse nem aí. — Por mim, tanto faz. — É, pode ser. — Ela deu de ombros. Nem eu e nem ela, tínhamos beijado ninguém antes. Seria o nosso primeiro beijo, nos dois sentidos. Fomos a um quarto pequeno, de hóspedes. Tinha, pelos meus cálculos sempre exatos, umas 20 pessoas naquele cômodo. Agora eu entendi o porquê da festa, lá fora, estar tão desanimada. Abriram um espaço, e sentamos na rodinha. Porém, como eu queria beijar Sammy e mais ninguém, e não teria como a garrafa parar na direção de nós dois, porque estávamos um do lado do outro. Dei a desculpa de que precisava conversar com um amigo e sentei do lado oposto ao dela. Assim, tinha uma probabilidade maior de acontecer o nosso primeiro beijo. Lizzy girou a garrafa. Depois de ter beijado o garoto que ela mais esperava beijar desde o 8° ano dentro de uma “dispensa”, pediu para que eu fosse o próximo. Fiquei todo alvoroçado e girei a garrafa com muita força. Como conseqüência, a mesma parou na direção da Lizzy. Ela protestou: — Eu acabei de ir Não valeu, gira de novo! Obrigado Lizzy, com muito prazer! Cruzei os dedos e girei de novo. Com todo o pensamento positivo que eu mandei para aquela garrafa, ela era obrigada a parar na Sam. E dito e feito. Parou na Sam. Eu berrava por dentro, enquanto ela parecia nem ligar. Lizzy nos levou a um lugar escuro, a uma chamada “dispensa”. Trancou-nos lá dentro e disse que só iria abrir