We Wish A Marry Christimas escrita por BruxoBrunao


Capítulo 1
Orfanato OLaurie e o Nata


Notas iniciais do capítulo

Informações extras:
o Gabe Saporta: 15 anos;
o Will Becket: 9 anos;
o Brendon Urie (Bden, Brenybear): 7 anos;
o Ryan Ross: 8 anos;
o Spencer Smith: 7 anos;
o Jon Walker: 9 anos;
o Pete Wentz (Pete Pan): 15 anos;
o Patrick Stump: 10 anos;
o Alex Suarez: 13 anos (Embora ele seja apenas citado).
o Nate Novarro: 8 anos ;



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Não havia sequer uma bolacha no pratinho, e nem leite no copo.

A chaminé estava suja, assim como a sua volta.

As meias estavam grossas e pesadas e por ultimo, contudo não menos importante, debaixo das arvores presentes enormes e esperados jaziam reluzindo sobre a luz fraca da manhã de neve. Embrulhos vermelhos e laços verdes, com bolinhas, linhas, o desenhos do bom velinho. Pequenos, grandes, redondos, de todas as formas, eles eram simplesmente presentes.

O dia do Natal no orfanato Mrs. O’laurie era sempre agitado, com presentes dos vizinhos de todo o bairro, ou em campanhas nos mercados organizados pelas governantas. O verdadeiro espírito de Natal. Estavam todos agitados, aquelas crianças felizes por um dia que ganhavam alguma coisa. Era um bom dia para se alegrar.

Aquele pequeno projeto de gente subiu esvoaçante pela escada coberta pelo carpete aveludado, passando por vários amigos tão alegres quanto ele, e adentrou um dos primeiros quartos do corredor. Tinha cabelos loiros até o ombro, sedosos, uma beleza. Olhos claros, pele alva e um rosto quase afeminado, mas isso, entretanto devia ser por sua aparência infantil de criança com um pouco mais de dez anos.

- Pete! Pete Pan! – ele gritava, pulando de tamanha felicidade sobre a cama do mais velho, como em uma cama-elástica. Peter apenas sentia seu corpo balançando como em uma rua de pedregulhos e a voz do pequenino Patrick chamando-o.

- Trick! – sussurrou, e tentou agarrar o menino em vão e com lentidão, ainda com os olhos cerrados. O loiro sorriu faceiro.  – Patrick! – ele berrou, franzindo o cenho enquanto um imenso clarão de luz entrava pelas fendas dos seus olhos.

- É Natal, Pete, é Natal! – O loiro continuou a foliar, agora sacudindo a estrutura mole de Peter sobre o leito. – Vamos, é natal! – e dizendo isso saltou da cama seguindo as outras crianças pelo corredor até o piso inferior, onde se encontrava a arvore.

- Ah. – gemeu – que maravilha! – e escondeu a cabeça debaixo do travesseiro macio. Não detestava o natal, apenas não lhe dava a devida importância como as crianças faziam.

Nem havia notado outra presença no quarto.

- Não seja rabugento, Pete. – a voz grave de Gabe ressoou abafada aos ouvidos do outro – Você sabe como as crianças ficam no dia de Natal. – disse.

Pete levantou um pouco o travesseiro e viu o mais novo vestindo a calça Jeans e depois um blusão de lã roxo, com uma grande letra ‘G’ no meio de cor prateada. Os cabelos emaranhados em grandes nós e as unhas por fazer.

- Você fala como se ainda não fosse uma dessas crianças; - e meteu a cabeça novamente em baixo da almofada.

Gabe ficou em silêncio, olhando com um pouco de raiva e impaciência para aquelegaroto que nunca cresce, contudo manteve a calma, respirou e finalmente completou:

- Você devia ser mais gentil, Pete. Todos nós sabemos o quanto Patrick te admira, mas sinceramente ele é um tolo, e você um babaca. – ele já estava de saída, mas continuou – Graças que você não diz a todos eles que papai Noel não existe, caso o contrário eu arrancaria a sua cabeça e usaria no lugar da cabeça do boneco de neve das crianças. – vociferou. 

- Que seja. – foi sua resposta.

Nem todos festejavam o Natal.

We were dreamers not so long ago

(Nós fomos sonhadores não faz muito tempo)

But one by one we all had to grow up

(Mas um a um, nós todos tivemos que crescer)

When it seems the magic's slipped away

(Quando parece que a mágica se foi)

We find it all again on Christmas day

(Nós encontramos tudo de novo, no dia do Natal)

Lá em baixo, seis crianças festejavam a data, mas os vizinhos deveriam dizer que era no mínimo o triplo. Eles pulavam de um lado para o outro pegando seus presentes e não dando a mínima para os papeis de loja tão bem empacotados. Gabe começou a servir notórias bolachas natalinas e William Beckett anunciava os presentes, e geralmente recebia um abraço maníaco que o derrubava no chão. Exemplo deste, claro, era Patrick, que mesmo não sendo, sempre parecia o mais novo, o mais cheio de vida, o mais tocado pela magia do Natal.

Outros, porém, usavam um Natal como mais uma data para pregar peças e irritar os outros:

- Brenybear, - Ryan gritou, do outro lado da sala – cadê seus presentes? – perguntou com um sorriso maroto de canto de lábios, e milhares de presentes sendo carregados por dois braços e que não lhe pertenciam, sequer um.

- Aaaaaaaaaaaahh! George! Devolva! Devolva! – Brendon esbravejou, já tentando ir até o outro canto, e com uma voz choramingona. – São meus! São meus!

- Ryan, não seja mal! – reprovou Gabe, enquanto colocava um prato vazio de bolachas sobre a mesa.

- Mande Brenybear vir me pegar então, tio Gabe. – ele disse zombeteiro, e continuou correndo, agora subindo a escada para o andar superior.

- Aaaaaaah! George! Não me chame de Brenybear... – soluçou, correndo atrás do mais velho.

- Vá reclamar para o Tio Gabe!

- T-tio Gabe...? – ele balbuciou.

- Não sou tio. Ryan devolva menino. Quando vai crescer?

Mas o garoto deu as costas e continuou correndo pela casa, com presentes caindo de suas mãos, e um sorriso satisfeito.

Brendon iria bater muito nele quando o pegasse.

No outro canto, perto da lareira, mais sossegado encontrava-se Jon desembrulhando um autorama enorme. Antes que tivesse a chance de começar a montá-lo, viu, escondido perto da lareira, Spencer, de cabeça baixa. Enquanto William e Gabe conversavam sobre Pete, e seu mau-humor inegável, ele rastejou até o amigo silenciosamente.

- Spence? – sussurrou, e afagou os cabelos longos do mais novo.

- Saia daqui. – gemeu.

Jon hesitou, mas pode ouvir os choros de lamentação.

- Me diz o que acontece com você, Spence... – ele pediu, tentando levantar a cabeça do outro para olhá-lo. – Sou seu amigo, ou não sou?

Houve um momento de silêncio em que Spencer continuou a chorar, e depois vagarosamente levantou os olhos vermelhos para o outro:

- Acho que sim. - ele murmurou.

- Venha cá. – foi na direção do outro e o abraçou carinhosamente. Spencer não vacilou e correspondeu imediatamente o abraço, apertando com força as vestes quentes do amigo. – Conte-me.

- Papai Noel me deu carvão, Jon. Carvão! – ele o soltou, e fitou seus olhos – mas eu não fui malvado, afinal, até Ryan recebeu doces!

Jon encrespou o cenho. Spencer era tão cruel quanto um urso de pelúcia pode ser, era impossível que isso tivesse acontecido com ele. Além do mais, Jon não acreditava mais emSanta Claus e sabia que nenhuma das governantas, ou sequer Pete faria algo do tipo com o pequeno Spencer Smith.

- Deixe-me ver.

Spencer fez um biquinho, mas entregou a grande meia e um tanto leve para o outro.

- Hm... Ryan recebeu doces, não?

Ele confirmou com a cabeça e voltou a chorar silenciosamente.

- Espere aqui, Spence.

- Tá legal. – ele murmurou, esfregando o nariz na barra da camisa verde-oliva.

Jon colocou-se de pé. Ele e suas meias três/quartos de cor alaranjada. Deslizou pelo assoalho até a mesa onde se encontrava Will, Gabe e um Pete sonolento.

- Ryan pegou os doces de Spencer, Gabe. E colocou carvão no lugar.

- Porque diz isso, Jonathan?* – Gabe arqueou uma sobrancelha observando a maneira adulta como Jon agia.

- Porque ele fez isso comigo no ano passado, Saporta. - Ele sorriu de canto, como se acabasse de lhe contar um segredo sobre Gabe a que todos sabiam, exceto ele mesmo.

- Ah, certo... – Gabe desviou os olhos para a porta da cozinha, e via ali, um garoto miúdo e encolhido. – Vamos dar um jeito... Depois. – Gabe levantou-se, deu uma olhadela para Will e este entendeu o recado, seguindo-o.

Believe in what your heart is saying

(Acredite no que o seu coração está dizendo)

Hear the melody that's playing

(Ouça a melodia que está tocando)

There's no time to waste

(Não há tempo para desperdiçar)

There's so much to celebrate

(Há muito que se celebrar)

A cozinha estava fria e bagunçada, o piso de ladrilho azul-cinza deixava os ares com um tom ainda mais fúnebre, parecia até uma área isolada das festividades do dia de Natal.

- Porque está aqui, Nathan? Não quer ver seus presentes? – Gabe perguntou com um jeito especial de falar com crianças como Nate, agachando-se.

- Não tem graça sem Alex, tio Gabe. – ele sussurrou, olhando uma mancha esbranquiçada na geladeira.

- Oras, é claro que tem, Nate – disse elevando o tom – Está todo mundo ai fora... E tem o Patrick, achei que você adorasse brincar com ele e Brendon.

- Eu gosto, mas não quero brincar hoje. – ele disse, dando o assunto por encerrado.

Gabriel baixou os olhos e se levantou. William estava encostado à parede apenas observando com pena Nate.

- Nate... – William sussurrou, e sua voz era tão macia e reconfortante que atraiu a atenção do garoto. Ele ficou de cócoras para poder olhar diretamente os olhos do menino, já que ele era, sobretudo, alto. – Você sabe por que Alex não está aqui, não é mesmo?

  O mais novo fez que ‘sim’ com a cabeça.

  - Então me diga. – pediu.

  - Alex ganhou papai e mamãe, e agora ele tem um natal com uma família – ele disse, e abaixou os olhos. Poderia até parecer inveja, mas ele simplesmente adorava o pequeno Suarez.

- Exato. E você não está feliz por ele, Nate? – Will questionou, retorcendo a cabeça e arqueando as sobrancelhas.

  Desta vez o menor demorou um pouco a responder, ficou pensativo, lembrando dele e do amigo correndo pelas escadarias.

  - Eu... ah... sim.

  - Pois então Nate. – Gabe se animou, vendo o bom trabalho e jeito que William levava com Novarro. – Ele também vai querer que você fique feliz aqui, além do mais, ele prometeu que vinha te visitar, não prometeu?

  - Prometeu.

  - E você confia nele, não confia? – perguntou Will.

  - Isso já está se tornando um teste psicológico, caras. – Nate disse, de uma inteligente para sua idade.

  Os três riram e Gabe se aproximou de Nathan.

  - Venha, quer correr pela casa no meu ombro?

  - Quero! – ele confirmou, pondo-se de pé imediatamente.

  Gabe e William sorriram satisfeitos.

Believe in what you feel inside

(Acredite no que você sente lá dentro)

And give your dreams the wings to fly

(E dê a seus sonhos assas para voar)

You have everything you need

(Você tem tudo que precisa)

If you just believe

(Se você apenas acreditar)

  - Quem quer chocolate quente? – Gabe questionou em voz alta a todos na sala.

  As respostas em uníssono ‘Eu’ retumbaram pela sala e depois cada um sorriu. A imagem de uma família era magnífica.

  Patrick estava no chão de carpete deitado no colo de Pete, e este acariciava seus fios louros e comia cookies de tamanho XGG. O pequeno Nate escrevia uma carta para Alex com desenhos e colocava no envelope pedaços de papeis de embrulho de seus presentes, e um doce. William e Gabe serviam chocolate quente, cookies e fatias de peru. Brendon, Spencer e Jon brincavam com o autorama do Walker no centro da sala, próximo a lareira, enquanto Ryan estava deitado num sofá preto, exilado. Brendon havia pegado-o e ficaram rolando pelo chão, brigando, como em uma luta na lama. Spencer e Jon exigiram os doces de Smith de volta e agora ele estava sozinho.

  - Hey, Ryan - Brendon chamou.

  Ele olhou com seus olhos cansados e tristes, acabara a diversão de perturbar os outros garotos.

  - Venha brincar com a gente, sim? – Spencer sorriu – Seu panaca, não pegue nada, ouviu?

  Ryan sorriu e em um só pulo veio do sofá para o meio dos brinquedos.

  Feliz Natal para vocês! – Ryan disse, quando todos já se organizavam para brincar.


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Notas finais do capítulo

*Ryan e Spencer eram muito amigos desde os cinco anos, fato consumado, mas poucos sabem que eles adoravam pregar peças um no outro.
Mais um surto de Natal para vocês apreciarem. reviews?



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