Nada Por Acaso escrita por HermannRed


Capítulo 1
First


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fic, por favor, se gostarem avisem, espero agradar a todos ;D



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O despertador toca, minha mão bate em cima do despertador que cai no chão, com o baque levanto procurando ver o estrago que eu tinha causado.

-Caramba! - O despertador tinha se partido em dois, mais ainda mostrava a hora no visor, 7:00, minha aula começava as 7:30.

Estava atrasado para a escola, em um salto, pulei da cama e peguei minha toalha que estava pendurada na porta e sai correndo pro chuveiro, debaixo d'água, fiquei me questionando quantas vezes o despertador havia tocado pra que enfim eu me levantasse, me arrumei tão rápido que acabei batendo o meu recorde pessoal, 10 minutos incluindo o banho.

Minha mãe estava na cozinha preparando algo que eu julgava ser meu café da manhã.

-Bruno, sente ai e tome o seu café direito - Ela me olhou apontado pra cadeira.

-Mais mãe, eu to atrasado! - Questionei fazendo biquinho.

-Coma direito, se não eu faço isso passar direto pela sua garganta. -Minha mãe me olhou seria.

Minha mãe de vez em quando, dava esses ataques, mais eu sabia que no fundo, era só uma forma de proteção, já que meu pai não queria saber de mim. A vida dela não foi nada fácil, principalmente quando se tem um filho pequeno, nada pra comer ou um teto sobre a sua cabeça. Meu exemplo de vida, era a minha mãe, sem menor sombra de dúvidas, mesmo com todas as dificuldade que a vida impôs sobre ela, ela continua firme, me criou sozinha, e hoje temos um padrão de vida que nos possibilita alguns confortos.

-Já acabei, to indo mãe. -Falei correndo pra porta de entrada.

-Não se esqueça da sua chave, hoje eu tenho plantão até mais tarde no hospital, vou deixar a sua janta no forno! - Ela disse gritando para que eu pudesse ouvi-la.

Dei a volta no quarteirão para poder chegar na parada do ônibus a tempo, pra minha sorte, quando eu chego lá, eu vejo ele dobrando a esquina. "Que ótimo!" falo irritado, agora eu teria que arrumar um jeito de chegar no colégio a tempo, olhei no relógio de pulso e falta 10 minutos. Seria basicamente impossível, a menos se eu fosse um super-herói ou algo do tipo. O celular começa a tocar.

-Onde você esta?! - Diz a outra voz preocupada do outro lado da linha.

-Eu perdi o ônibus, e provavelmente não vou mais poder entrar na escola Su... - Eu disse em uma mistura de melancolia e fúria.

-Onde você está?

-Na parada do ônibus.

-Ok, não saia daí. -Ela desliga o telefone na minha cara.

Aposto como a Su tinha alguma coisa em mente, aquela não dá ponto sem nó, basicamente crescemos juntos, ela loira, eu moreno, ela rica e eu mais ou menos.

Os pais dela eram banqueiros,e um dia minha mãe teve que pedir um empréstimo para eles, e por coincidência, e eu a Suelen nos conhecemos, começamos a brincar, e hoje somos como "bunda e calças", inseparáveis.

Exatos 5 minutos, um carro para no outro lado da rua e buzina, fiz uma cara de desentendido, até que o motorista abre o vidro, era a Su, ela acena para que eu entre no carro. Atravesso a rua correndo, que por incrível que pareça, não estava tão movimentado como nos outros dias. Como sempre, tudo estava muito certinho, e eu tinha que fazer alguma coisa para que me constrangesse, dessa vez foi bater a cabeça enquanto eu entrava no carro.

-Tava pensando que era quem? Um príncipe a cavalo? Quer dizer, a carro?! - Ela cai na risada e eu a encaro serio.

-Pra inicio de conversa, não! E como a princesinha conseguiu o carro?

-Roubei. -Olho pra ela com uma cara de assustado, ela olha pra mim e começa a rir mais ainda - Tu achou mesmo que eu roubei?! - Mais risos - Esse carro é o Jeremy, o carinha que eu to ficando do ultimo ano, lembra?!

-Nem sabia que você estava ficando com alguém, e também não sabia que já estão dando carteira de habilitação para menores.

-Não sou eu que estou atrasada, e se vai querer me dar lição de moral ponha-se daqui pra fora. -Ela disse acenando com a cabeça para a calçada.

-Su, deixa de show e vamos logo, minha cabeça ta doendo.

-Ok, mais aperta o cinto. -Ela disse mordendo o lábio inferior e dando um sorrisinho de canto.

......

O tempo que o ônibus gastava pra percorrer todo o trajeto, Su gastou 1/3, ela não era o que se pode considerar de pessoa prudente no trânsito, quase batemos com o carro duas vezes, mais conseguimos chegar a tempo na escola.

Sai correndo pra pegar as coisas no meu armário, a primeira aula era de química, e eu corria o risco de ficar do lado de fora, já que o professor não perdoava nenhum tipo de atraso.

-Da licença, mais você poderia me dizer onde fica o segundo ano bê? -Uma voz forte e muito masculina falou atrás de mim, tomei um susto e os livros que já estava na minha mão caíram.

-Desculpa! -O garoto falou se abaixando para pegar o livro no mesmo momento que eu.

-Não tem problema, eu sou destrambelhado mesmo... -Foi então que eu reparei na pessoa que estava na minha frente, cabelos negros, pele branca e olhos verdes na cor de esmeraldas, comecei a fita-lo, até que me distraí.

-Tem algum problema? -Ele falou com uma cara de dúvida, enquanto nos levantávamos.

-Não, está tudo bem. -Eu falei pegando os livros que estavam na mão dele e um pouco constrangidos pelo o que tinha feito. -Você queria saber o que mesmo?! - Perguntei mudando de assunto.

-Onde fica a sala do segundo ano bê... - Ele falou me entregando a ultima folha que estava na sua mão.

-Olha que coincidência... É a minha sala. -Falei sorrindo e coçando a cabeça.

-Apropósito, o meu nome é Leonardo, mais pode me chamar de Léo. -Ele disse estendendo o mão.

-E o meu é bruno. -Fiz o mesmo gesto, para cumprimentá-lo. Prazer... Vamos?!

-Sim. - Ele disse sorrindo.

Léo era muito bonito, quando nos levantamos, pude perceber que ele era bem mais alto que eu, acho que daria 1,75 á 1,80 pra ele, e eu era um baixinho de 1,63... Pelo modo como ele se vestia, eu podia jurar que ele era algum modelo ou coisa do tipo, usando uma camisa cavada branca, com uma blusa de manga longa xadrez vermelha, um tênis e calça ambos preto,

..........

-Ora, ora, veja quem finalmente resolver das as caras turma, o senhor Blaine, e pelo visto fez amizade novas - Meu professor de química falou de forma irônica, quis voar no pescoço dele, e aprender anatomia humana.

-Desculpe senhor Gomez, prometo que não acontecerá outra vez. -Falei baixando a cabeça pra disfarçar a raiva, olhei com o canto do olho, e Su estava morrendo de rir da situação toda.

-Tudo bem, como é a primeira vez que atrasa, vou deixar passar, mais é bom que não se repita, e quem é o seu amiguinho? -Tinha hora que eu achava que o meu professor era gigolô nas horas vagas.

-Me chamo Leonardo senhor, sou novo aqui. -Disse Léo estendendo a mão pro professor, que fez questão de ignorar o sinal.

-Tudo bem vá se sentar com o resto da classe. Tem uma cadeira vaga atrás do senhor Blaine. -Ele disse se virando pro quadro, e escrevendo a data do dia em questão.

Entramos e encarei Su, que encava Léo, Su sentava do meu lado, foi só questão de me encostar no assento, que um bilhetinho feito de folha de caderno foi parar em cima da minha carteira.

Quem é o seu amigo?!

Olhei pro lado, e é claro que só podia vir de Su, ninguém era tão safada como ela. Encarei ela com uma cara de raiva, enquanto ela sorria de forma maliciosa e olhava pro Léo por cima do ombro e olhava pra mim novamente, peguei meu lápis e escrevi no verso do bilhete.

Ninguém em especial!

Devolvi o bilhete pra ela, ela apagou o que tinha escrito antes e começou a rabiscar novamente, depois de alguns segundos ela me devolve.

Já que não é especial, você bem que poderia apresentar...

Olhei pra ela incrédulo, já estava dando em cima do novato, sendo que o menino mal tinha entrado na sala de aula.  Apaguei a minha resposta de antes e comecei a escrever, foi então que eu notei que Léo estava prestando atenção no que estávamos fazendo, devolvi o papel pra Su.

Será que você pode ser só um pouco menos oferecida? O menino mal chegou aqui!

Ela apagou a sua resposta, e no lugar escreveu.

Já que você não quer, eu quero.

Eu olhei pra ela é fiz uma cara de raiva, enquanto ela sorria, olhei pro Léo que estava atrás de mim, e não fazia a menos idéia do que estava acontecendo.

Levantei-me do meu assento com raiva das insinuações de Su, e me direcionei pro cesto de lixo pra jogar o papelzinho fora, quando estava voltando dei língua pra Su, enquanto ela começava a rir em um som audível e a classe toda parava pra ver o que estava acontecendo, Leonardo continuava com uma cara de que não estava entendendo absolutamente nada, sorri para ele, mais acabei tropeçando na cadeira que ficava em frente a minha, corri pro meu assento morrendo de vergonha, queria saber até quando eu seria tão desastrado. 


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Notas finais do capítulo

Como é a minha primeira fic, gostaria que comentassem, agradeço a todos por terem lido, e em breve postarei a continuação da vida do Bruno