Pov. Hermione Granger.

– Aonde estamos? – ouço a voz de Rony me despertando.

Franzi o cenho e olhei em volta. Quando eu peguei a mãos dos três eu pensei na Londres trouxa mais eu não reconheço esse lugar.

Dei três passos sem dizer nada e observei tudo, certas coisas eu conseguia me lembrar. Parei em frente a uma grande porta de madeira. A avenida atrás de mim fazia muito barulho e como já era noite estava escuro por isso os poucos postes mal iluminavam então para conseguir enxergar bem o local precisava dos faróis.

Algo me hipnotizava não consegui mandar no meu corpo, eu não estava mas no controle de mim mesma.

A calçada era bem estreita e com tantas pessoas ali era inevitável que não esbarrassem em nós. Continuei a fitar aquela grande porta que tanto prendia minha atenção, no topo daquela porta tinha uma placa mas como eu estava perto o demais eu não consegui ler o que ali havia escrito.

Dei mais alguns passos para trás entrando na avenida, minha mente gritava que eu não deveria estar aqui mais meu corpo não a ouvia. Estreitei meus olhos e focalizei minha visão.Consegui ler o que estava escrito.

Teatro Cleuço...

Buuum.Buuum.

Olhei para minha direita e vi um grande caminhão vindo em minha direção, mas fiquei paralisada no mesmo lugar, não sei se foi por medo ou se meu corpo estava querendo mesmo com que eu morresse mais por muita sorte ou destino senti uma mão agarrar meu braço e me puxar pra calçada.

Pisquei varias vezes saindo do grande transe que eu estava e me deparei com três garotos me fuzilando com os olhos.

- O que você estava pensando? – Draco perguntou ainda com a mão em meu braço.

Dei de ombros num sinal que demonstrava claramente que eu não sabia.

- Vamos esquecer esse episodio suicida que Hermione acabou de nos fazer presenciar. – Harry disse fitando a grande porta de madeira que minutos antes eu olhava. – Onde estamos?

- Na Londres trouxa. – respondi olhando para as lojas e verificando se havia algum beco entre eles.

Não havia.

Então meus olhos buscaram uma lanchonete e pela primeira vez tive sorte naquela noite. A alguns metros tinha uma lanchonete aberta.

- Pra onde vamos? – Rony perguntou. - Sabe eu me lembro daqui, é perto do caldeirão furado, poderíamos ir lá.

- Ou anta, não podemos nos hospedar lá. – Draco disse.

- Não estou me referindo a isso, poderíamos só saber noticias de quem estava no casamento. – De certo modo eu o entendia, eu também estava preocupada com todos que estavam lá mais era arriscado demais, não poderia deixar essa maluquice.

Como se estivesse lendo meus pensamentos disse:

- Entendo Rony, você esta preocupado com a sua família, se eu estivesse no seu lugar também estaria. – Harry parou abruptamente e fitou o nada. – Também sinto o mesmo.

- Mas é arriscado. – terminei vendo que meu moreno não conseguiria.

- Então para onde iremos? – Rony perguntou olhando para os próprios pés, algo o estava incomodando tentei colocar em minha mente que era não ter noticias de sua família.

- Acabei de ver uma lanchonete trouxa aberta vamos lá. – A menção a palavra trouxa fez com que o lindo rosto de Draco se contorcer mas para a sorte dele fui a única notar.

Fui na frente e eles me seguindo logo atrás.

AS portas eram de vidros mas logo no inicio tinha aquelas grande portas que desciam de metal, o bairro deve ser muito assaltado. Entramos e apenas vi um casal ali dentro mas não reparei neles e sim nas portas no fundo do estabelecimento, algo me dizia que ali era o banheiro.

Levei meus amigos até uma mesa e nos sentamos.

- Como será que estão todos? – Draco perguntou.

- Devem estar bem. – respondi. – Eles queriam Harry se não estivéssemos lá acho que não atacariam ninguém.

Mas todos repararam na palavra Acho que eu disse, era o que eu presumira mais como deixei claro eu não sabia como aqueles loucos dos comensais pensavam.

- Você conhecia aquela porta Hermione? – Harry perguntou deixando claro que queria mudar de assunto. – Você não parava de encará-la, até parecia que estavam disputando o Malfoy.

Revirei meus olhos e focalizei em Draco, que estava com uma expressão de confusão.

- Aquela porta era um teatro. – respondi. – Fiquei tão focalizada nela por que eu não me lembrava de onde a conhecia. Lembrei que uma vez meus pais me trouxeram aqui.

Falar dos meu pais me deu uma saudade e uma dor no coração que poucos conseguiriam agüentar. Era como se eu estivesse sendo acertadas por muitas facas.

Reparando minha tristeza Draco mudou de assunto

- Pelo que entendi agora o ministério está na mão de Vol... – Rony e eu o encaramos com um olhar mortal. – Você-sabe-quem, satisfeitos?É isso mesmo né?

Abaixei meus olhos pra mesa.

- Pelo visto sim. – Harry disse também cabisbaixo.

Ficamos em silencio, no ar estava claro a tensão que estávamos sofrendo.

- Querem alguma coisa? – a garçonete perguntou tomando toda a atenção. Ela era bonita, olhos castanhos cabelos dourados.

E não parava de olhar para o meu Draco, quem essa vadia pensa que é? A vi colocar uma mecha de cabelo atrás da orelha com sua mão direita morder o lábio inferior e sorrir para o loiro sentado do meu lado.

- Todos queremos cappuccinos. – respondi curta e grossa, a garota pela primeira vez me encarou e me jogou um olhar mortal se virou e foi pra cozinha.

Todos os três me encararam surpresos pela minha grosseria.

- Ficou com ciúmes do Malfoy Mione? – Rony debochou.

O encarei com muita raiva. Harry me olhou e começou a tossir tentando esconder a risada, e com aquela tossida mal feita Rony começou a rir.

- Idiotas. – sussurrei tendo certeza que todos na mesa ouviriam.

- Ela não precisa ter ciúmes. – Draco finalmente falou. – Por que eu sou só dela.

Ele passou os braços pelos meus ombros e me fez deitar em seu peito. Desceu sua cabeça e beijou minha testa.

- Olha ai os dois, não quero ver pornografia não. Estão me entendendo? – Harry zombou, revirei meus olhos com a tamanha idiotice dos dois.

- Mas agora indo para um assunto serio. Estamos ferrados, eu deveria ter ficado com a capa de invisibilidade. – Harry disse.

Baixei meu olhar pra minha bolsa e sorri. Que sorte eu ser bem preparada.

- Harry, eu trouxe. – ele me encarou confuso, abaixei novamente meus olhos para a minúscula bolsa na mesa o deixando ainda mais confuso.

- Feitiço indetectável de extensão. – respondi sorrido.

O moreno arregalou os olhos quando entendeu.

- Mione você é brilhante.

-Eu sei. – respondi, um pouco convencida. Só um pouco.

- Podem me explicar por que ela é brilhante?- Rony perguntou.

- Rony você é muito idiota meu, será que não percebeu que eu coloquei um feitiço de extensão na bolsa e guardei tudo aqui. – respondi.

- Ahhhh. – até que enfim ele entendeu.

Abri minha bolsa me lembrando de algo, peguei as roupas dos meninos enquanto eles me encaravam. Os entreguei as roupas.

- Pra que trocarmos? – Draco perguntou.

- É mesmo por que trocar? Vocês só estão de capas no meio de trouxas. É super normal. – eu disse sarcástica. – Os banheiros são ali.

Olhei enquanto os três iam e entravam na porta em que eu acho que era o toalete, espero não estar errada se não eles vão estar fudidos.

Uma imagem veio em minha mente, eu na avenida e o caminhão vindo em minha direção e logo Draco me puxando pra calçada.Uma pergunta veio a minha mente.

E se Draco e eu não estivéssemos envolvidos, eu teria morrido ali?

Minha mente não conseguiu responder, pois fui interrompida.

- Estão aqui. – garçonete disse colocando os cappuccinos na mesa e olhando para as cadeiras vazia confusa.

Ela me olhou como se quisesse me falar alguma coisa balançou a cabeça e se virou mas deve ter decidido algo se virou e me olhou.

- Por que foi tão grossa comigo?

- Porque estava dando em cima do meu namorado seria a resposta. – respondi aumentando o meu tom de voz fazendo o casal do lado olhar pra mim e cochichar.

- Desculpa então. Aff. – Ela se virou e foi em direção a cozinha se esbarrando em Rony no caminho.

Naquele instante que eu percebi que os três estavam voltando pra mesa devem ter ouvido tudo. Suspirei algumas vezes pra me acalmar o garota impertinente.

- Seu namorado? – Rony debochou, Meu Merlim eu te fiz algum mal? Se fiz me arrependo muito, ter o Rony na minha vida já deve ser um castigo e tanto.

- Cala a droga da sua boca. – quase gritei.

Um sorriso se formou em seus lábios mais ele se calou, tentei não olhar pra Draco mas consegui perceber que ele deveria estar muito feliz.

- Hermione? – ouvi uma voz e pela primeira vez na minha vida eu desejei estar enlouquecendo.

- Hermione por favor diz que eu estou louco e estou alucinando e por isso estou ouvindo a voz do Logan. – Draco sussurrou em meu ouvido.

- Se você esta louco eu também estou. – Harry disse. Resolvi encarar e levantar a cabeça e me deparo com o Logan lógico e com a Amanda prima dele.

Levantei surpresa por encontrá-lo ali.

- Logan não esperava te encontrar aqui. – eu disse.

- Nem eu Mi.- ele me abraçou e se contraiu. – Draco e Harry estão com você.

Agora eu entendo por que ele se contraiu não deve ter gostado nem um pouco de me ver com três garotos.

- Oi Logan. – Harry disse tentando ser educado.

Logan assentiu.

- Aquele ruivo é meu amigo Rony, Rony esse é o Logan. – apresentei.

Ouvi o Rony sussurrar bem baixo um oi.

- O que esta fazendo aqui? Seus pais se mudaram achei que você tinha ido com eles. – Logan perguntou.

- Não fui, minha escola é por aqui por isso meus pais deixaram eu ficar na casa de Rony até as aulas começarem. – Sabe aprendi a mentir muito bem, até eu as vezes começo a acreditar nas mentiras que invento.

- Ahh, passa na minha casa antes que suas aulas voltem? – Logan disse no mesmo instante em que dois homens de macacão azul marinho entravam na lanchonete e ia pro balcão.

- Acho que não vai dar, estou muito ocupada desculpe. – respondi tentando ser o mais educada possível.

Ele me olhou nos olhos e disse:

- Você poderia falar comigo um minuto a sós? – ele pediu.

Mas no mesmo instante Draco segurou o meu braço o soltei e assenti tentando dizer que ia ficar tudo bem.Logan e eu fomos para o outro lado da lanchonete para ninguém ouvir o que conversávamos.

- Então foi por ele?

Franzi o cenho confusa.

- Foi por ele que você terminou comigo?

Mordi meu lábio inferior.

- Tecnicamente não. – respondi tentando ser o mais sincera possível. – Eu não posso explicar me desculpe.

Ele ficou em silencio, sem sequer notar eu já não prestava mais atenção no Logan e sim no Harry o vi olhado para os caras atrás de macacão, que estavam no balcão. Observei um deles colocar a mão dentro de sua roupa e tirar uma... varinha e no mesmo instante ouvi Harry gritar.

- Abaixem-se.

Como reflexo peguei minha varinha correndo e abaixei puxando Logan comigo no mesmo instante que os comensais gritavam.

- Expelliarmos.

Olhei pra Logan que tinha em sua face uma expressão confusa e com medo, corri com os meus olhos pra Amanda, só verificar se ela estava bem, para minha sorte ela estava.

Corri ate os meninos e começamos a duelar.

- Estupora. – gritei jogando o comensal contra a parede.O outro que ainda estava em pé tentava acabar conosco mas éramos 4 contra um, já era uma luta ganha.

Mas Harry o deixou inconsciente no mesmo minuto.

Fomos até os corpos que agora estavam num sono profundo, um dos caras estava com um grande e profundo corte no braço.

- Este é Dollov, reconheci pelos cartazes de procurados.

- E este... – Draco continuou dizendo quem era mais eu não prestei atenção. Estava concentrada na garçonete que entrara na lanchonete.

Vi que ela estava quase saindo correndo apertei mais minha varinha que estava em minha mão e levantei com um jeito bruto e apontei pra ela, se a deixasse sair ela ligaria pra policia e seria o mundo bruxo e o mundo trouxa atrás de nós, e isso não seria nada bom.

- O que vocês esta fazendo Hermione? – Rony perguntou.

- Não deixando ela sair. – respondi. – Harry feche a porta, Draco fique de olho no Logan e na Amanda, e Rony comece a arrumar o local.

Harry foi e fechou a portal de metal enquanto o Draco ia sorrindo ficar de olho nos trouxas feliz da vida.

- Por que arrumar o local? – Rony perguntou revoltado.

- Porque iremos apagar a memórias deles. E se encontrarem a lanchonete assim vão pensar o que? – disse com um pouco de sarcasmos na voz, era uma coisa tão idiota de se perguntar, a gente iria fazer o que matar eles só por que viram a gente em ação.

- Como assim apagar nossas memórias? –Logan perguntou, ainda tinha medo em sua voz. – Isso é impossível.

- Sabe o que eu não podia te contar bem é que eu sou uma bruxa. – eu disse.

- Hermione não pode contar. –Draco me censurou.

- Nós vamos apagar a memória deles mesmo. Não lembraram de nada.

Ainda com a varinha apontada pra garçonete eu a levei até os outros dois trouxas que ali haviam.

- Bruxos não existem. – Gritou a garçonete mais para ela mesmo do que para nós.

Ninguém ligou para o comentário dela, claro que é horrível não saberem da nossa existência mais fazer o que.

- O que faremos com eles? – Harry perguntou se referindo aos comensais da morte.

- Eles nos matariam. – Rony disse deixando essa idéia como opção.

- Apagaremos a memória deles. – Draco disse.- Se o matarmos saberão que estávamos aqui.

Todos assentiram. Draco ainda estava com sua varinha apontada para os trouxas, primeiro a gente tinha que resolver essa questão dos comensais depois se preocupar com eles.Rony veio até os corpos desmaiados depois que já havia limpado tudo e estava em perfeita forma.

- Quem vai fazer o feitiço? – Harry perguntou,e os três olharam pra mim.

- Ok eu faço. Mas só sei a teoria nunca fiz na pratica. – eu disse tentando não mostrar a mentira em minha voz, Draco me olhou de uma forma interrogativa mais ficou calado graças a Merlin.

Fui até os corpos dos comensais e cheguei perto o suficiente para ouvir as suas respirações. Apontei minha varinha pra cabeça deles e sussurrei:

- Obliviate. – E um jato de lua claro saiu da minha varinha fazendo um Ohhh de exclamação dos trouxas atrás de nós, deveriam estar maravilhados com uma coisa que nunca viram antes.

Me virei e fui para o outro comensal e fiz a mesma coisa que havia feito, só os fiz lembrar que estavam procurando Harry Potter e sentiram cede e resolveram tomar algo, mais o próximo vilarejo bruxo era longe demais.Então decidiram ir num bar trouxa.

- Agora você vai fazer neles Mione. – Rony disse.

Dei de ombros e fui em direção a Draco que ainda tinha a varinha apontada para eles, ao me ver aproximando Logan disse:

- O que vai fazer?

- Apagar a memória de vocês, não podem lembrar do que viram aqui. – respondi.

- Mas... – Amanda tentou argumentar.

- Desculpe. – sussurrei.

Fui até a garçonete e sussurrei um Obliviate e ela olhou confusa e desmaiou, para quando ela acordar não se lembrar de nada.Fiz a mesma coisa com a Amanda e ela desmaiou.Quando fui em direção a Logan ele sussurrou:

- Agora eu entendo tudo. – Sorri .

- Obliviate. – Seus olhos saíram de foco, parecia estar em orbita e logo foi se fechando até estar completamente apagado.

Colocamos cada um no local que estavam e os comensais numa mesa e abrimos tudo.

Sinceramente eu espero que meu feitiço tenha dado certo. Eles não se lembrariam que estivemos aqui e nada do que acontecera.

- Melhor sairmos. – Draco disse pegando minha mão e me puxando para sair com ele.

Do lado de fora Rony perguntou:

- Para onde iremos?

- A antiga sede da ordem, a casa que Sirius deu para mim. – Harry disse com um sorriso de se lembrar do padrinho.

- Mas Harry o Snape pode... – tentei argumentar.

- Só por essa noite, e Olho tonto fez feitiços contra ele.

No final desisti, estava cansada e tínhamos que ir pra algum lugar, qual lugar melhor do que a casa que Harry tinha herdado do falecido Sirius Black.

Pegamos as mãos e aparatamos.

Continua...