A Granfina e o Caipira escrita por Manu Dantas


Capítulo 36
36 - O casamento da Grafina e do Caipira - parte I


Notas iniciais do capítulo

Meninas,
Esse cap me deu um trabalho imenso, mas eu acho que ele vai entrar para o ranking dos melhores capítulos da fic. kkk
Aliás, aposto que antes de chegar ao final vocês vão suspirar junto com o André, e quando terminarem de ler o coração de vocês estará com palpitações. kkkk
A música hoje foi especialmente escolhida para o cap - http://www.youtube.com/watch?v=II0lcIloTMU&feature=fvsr (Espero que gostem)
Aproveitem!



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- Ok, ok... Chega de abraços por enquanto. Anita Maria, direto para a maquiagem. Enquanto isso eu vou explicar para o Luan as modificações que fiz no roteiro – O André praticamente entrou no meio de nós para interromper o nosso abraço.

Deixei o Luan escutando as “lorotas” do diretor e segui direto para o trailer onde o pessoal arrumaria o meu cabelo, maquiagem e o figurino para a gravação.

Me sentei confortavelmente em uma cadeira do trailer enquanto duas cabeleireiras e uma pedicure cuidavam de mim. Me senti uma verdadeira rainha.

Fiquei mexendo no celular enquanto esperava as meninas do “make” terminarem de me arrumar. Vi que havia uma nova mensagem do Fiuk. Abri para ler.

“Tem um playboy que foi abandonado e está ensaiando sozinho aqui no Rio”

Não pude deixar de rir da carência do Fê. Rapidamente respondi.

“Guenta as pontas aí. Estou praticamente no meio de um dia da noiva aqui”

Menos de um minuto depois, recebi outra mensagem.

“E você já tem um noivo disponível?”

Fiquei pensando sobre o que o Fiuk havia acabado de dizer. Primeiro, na semana passada, ele veio com o refrão da música e agora aquela mensagem. Eu não sabia por que, mas aquilo me soava estranho.

Estava tão entretida em meus pensamentos que mal escutei o Luan chegar ao meu lado.

- Oi – Ele disse sorridente.

- Oi Lú – Respondi ainda mais sorridente que ele. Estava feliz por ele estar ali comigo.

- “Rapaiz”, esse trem de interpretação é difícil demais da conta... Como você consegue fazer isso? – Coitado! Pela sua expressão ele não tinha entendido nada do roteiro que estava em suas mãos.

- Imagine tudo como uma grande dança. Você se movimenta de acordo com a música. Em canções felizes, nós dançamos, pulamos e comemoramos. Já as tristes nos emocionam e às vezes nos fazem chorar. Esse é mais ou menos o espírito da coisa – Tentei acalmá-lo.

- Ah, mas não tem jeito, eu não sou bom nesse “trem” – Ele ainda estava reclamando.

- Mas é fácil. Lembra de quando passamos texto juntos lá na sua casa? Você não achou simples fazer as cenas? – Perguntei tentando incentivá-lo.

- Claro que me lembro disso. Também me lembro de você fugindo dos mosquitos quando a gente foi pescar. Até hoje meu pai ri lembrando-se de você toda empipocada por causa da alergia à insetos – O Luan riu ao comentar sobre a minha tentativa de acompanhá-lo, junto com o ‘seu’ Amarildo e a Bruna, em uma manhã de pescaria lá em Campo Grande.

- Nossa, tenho aflição só de pensar naqueles insetos. Aliás, nem me lembre dessa pescaria porque deu tudo errado nesse dia. Sem contar que nós dois estávamos morrendo de sono por causa da nossa “escapada” noturna – Toquei naquele assunto de propósito. Tinha sido durante aquela “escapada” que o Luan havia me pedido em namoro.

Ele permaneceu em silêncio por alguns segundos. Será que ele também estava pensando no que havia acontecido durante aquele nosso “passeio”?

Rapidamente tentei pensar em mais algo para falar relacionado aquele assunto. Eu queria que ele se lembrasse que nós éramos namorados, apesar de tudo. Mas, para a sorte do Luan, as meninas que iriam cuidar da maquiagem dele chegaram e o nosso assunto acabou morrendo.

***

Em menos de meia hora o Luan já estava pronto e eu ainda estava ali, terminando o cabelo. Nessas horas eu queria ter nascido homem. Mas ele ficou por ali, me fazendo companhia, enquanto eu ainda não estava liberada.

Depois nós seguimos para a escolha dos figurinos. Precisaríamos fazer várias trocas de roupas durante as gravações, e por isso provamos um monte de peças para definir qual usaríamos no clipe.

Nos divertimos muito durante as provas. O clima de tensão entre nós desapareceu, e nós conversamos sobre tudo. Ao longo do dia o Luan até voltou a me chamar de Ní e de Nega.

Contei para ele sobre a Ciça, a minha nova personagem, e ele me falou sobre as férias que pretendia tirar no final do ano e sobre os preparativos para a gravação do seu 3º DVD.

Enquanto falávamos, o meu celular não parava de apitar. Disfarçadamente eu havia visto que eram mensagens do Fiuk. Como eu ainda não havia respondido o último SMS que ele tinha me enviado com certeza ele estava querendo saber o que tinha acontecido.

- Você está muito solicitada hoje, hein? Esse celular não para de tocar – O Luan brincou.

- Não é nada demais. Deve ser a operadora avisando de alguma promoção nova – Disse, segurando o celular na mão.

- Operadora? Deixa eu ver isso direito – Com um gesto rápido ele tomou o aparelho de mim.

- Ih... Tem um tal de Fê aqui querendo saber se você já arrumou um noivo para ser seu par hoje – O Luan leu a mensagem. Não sei se era impressão minha, mas eu tinha sentido uma “pontinha” de ciúme na voz dele. Enquanto eu estava distraída pensando nisso, o Luan já tinha digitado e enviado uma resposta para a mensagem.

- Lú, o que você fez? – Falei pegando o celular de volta.

- Respondi o cara, ué. Disse que você já tem um noivo. – Ele disse parecendo enciumado - Pelo menos por hoje e amanhã – Ele acrescentou a última frase tentando concertar o “fora” que tinha dado.

Ele mal tinha terminado de falar e o celular dele começou a tocar. Enquanto ele tirava o aparelho do bolso eu fiz um tremendo esforço para enxergar o que estava escrito no visor. Como o Luan era um pouco desajeitado para essas coisas, consegui com folga ver que o nome que aparecia na tela era o da Cacau.

- É a operadora  - Ele disse disfarçando. Antes de atender ele caminhou para fora do trailer se distanciando de mim.

 O Lú parou em frente à porta do trailer e encostou-se a um corrimão que ficava paralelo aos degraus de acesso ao trailer. Naquela posição do Lú, quem estava do lado de dentro tinha uma visão privilegiada do bumbum dele. Dona Marizete e ‘Seu’ Amarildo tinham caprichado naquela parte do corpo do Luan.

Olhei para as meninas da maquiagem. Todas estavam paradas reparando no mesmo que eu. Eu nem podia culpá-las. Era impossível não reparar em “tudo” aquilo...

- Minha gente, vocês esqueceram que temos um clipe para gravar? O set de filmagens já está pronto. Vamos Anita Marina e aproveita e chama o Lulubs também – O André apareceu na porta do trailer para tampar a nossa visão. Depois ele saiu resmungando alguma coisa que eu não dei atenção.

Me despedi das meninas da maquiagem e segui em direção ao Luan. Quando cheguei perto dele, enchi a mão e dei um belo de um tapa na bunda dele. Com certeza o pessoal do “make” devia estar morrendo de inveja agora!

O Luan continuou falando no celular. Me aproximei ainda mais dele e tirei o aparelho de suas mãos apertando a tecla “end” para finalizar a chamada. Ele olhou perplexo para mim.

- Você já tem uma noiva. Pelo menos por hoje e amanhã. E agora vem, nós temos um videoclipe para gravar – Me virei em direção ao set o puxando pelo braço.

***

As gravações do clipe seriam divididas em duas partes. No primeiro dia nós gravaríamos as cenas do pedido de casamento e dos preparativos dos noivos para a cerimônia. Essas seriam as imagens que passariam enquanto o Luan estivesse sozinho no altar relembrando o passado. A casa da fazenda onde estávamos serviria como estúdio para essa primeira etapa de produção.

No dia seguinte seriam gravadas as cenas de casamento em uma área externa da fazenda.

O André distribuía ordens para todos os lados. Ele era um diretor super detalhista e fazia questão que tudo saísse exatamente da forma como planejou. Ainda bem que as cenas seriam fáceis de serem gravadas porque não tínhamos texto para falar, nós precisávamos apenas interpretar as situações já que o clipe teria a música por cima.

Começamos pelo pedido de casamento. Para isso foi montado um jantar à luz de velas onde o Luan me entegrava um livro com as páginas em branco em um belíssimo anel junto com um colar. Segundo o André, o livro em branco era para representar que os dois começariam a escrever a sua história juntos. O anel era de ouro e tinha três brilhantes presos a ele. Mas o que eu mais gostei foi do colar. Ele também era feito de ouro e tinha um pingente vazado em forma de coração que ficava preso perpendicular à corrente. Gostei tanto que gravei todas as outras cenas com ele.

Ficamos o dia todo trabalhando nas lembranças do noivo. Gravamos cenas dos dois escolhendo os móveis e a decoração da casa, pintando as paredes, e até mesmo imagens nossas colocando algumas coisas no armário, como se já estivéssemos de mudança para a nova casa. Para cada cena o André exigia que nós  trocássemos de roupas e mudasse alguma coisa em nosso cabelo para parecer que eram cenas de dias diferentes. Tudo isso deu um trabalho imenso.

Já era quase cinco horas da tarde quando o diretor anunciou que gravaríamos a última cena do dia.

- Ok pessoal, agora só falta a cena do beijo! – Ele falou super animado.

 Puts! Eu tinha me esquecido daquele pequeno detalhe. Olhei para o Luan. Pelo jeito ele também tinha se esquecido daquela parte.

- O que foi pessoal? Vocês estavam tão bem até agora. De repente ficaram tensos, qual o problema? Vocês estão interpretando um casal de noivos, e noivos se BEI-JAM – O André falou parecendo ser o dono da verdade.

- E esse beijo precisa ser o BEI-JO do ANO! Queridos, quero muito sentimento, paixão e desejo nessa cena... Ahhh eu mal posso esperar – O diretor era o único que ainda tinha disposição depois de um longo dia de trabalho.

Teoricamente, a cena do beijo era muito simples. Nós apenas tínhamos que fingir que tínhamos terminado de arrumar a casa onde iríamos morar e comemorar o fato com um beijo.

Na prática, a situação estava muito mais complicada. O Luan, que estava “tirando tudo de letra” até ali, ficou super tenso e sem jeito. Ele simplesmente não conseguia ficar no lugar demarcado e fazer os gestos que havíamos ensaiado. Quando finalmente conseguimos fazer ele parar no lugar e fazer tudo com combinamos o beijo técnico não saiu. Foi um verdadeiro desastre e eu levei uma “baita narigada” dele.

- CHEGAAAAAAAA! Queridos onde foi parar todo o entrosamento que vocês estavam demonstrando até agora? Eu E-XI-JO um beijo apaixonado, do tipo de parar quarteirão e arrancar suspiros das pessoas, entenderam? – O André tinha se irritado. Também, nós já havíamos feito aquela cena uma dez vezes sem conseguir nenhum sucesso.

- Lulubs, meu filho, você AMA essa mulher. Você vai se CA-SAR com ela. Então solta o pegador que tem dentro de você, meu filho! Pega ela pela cintura assim – Enquanto falava o André colocou a mão na cintura do Luan e o puxou de uma só vez em sua direção – Bota a mão aqui nela – O diretor colocou uma de suas mãos na nuca do Luan deixando os dois com os rostos bem próximos – e a beije apaixonadamente...

- TÁ BOM, TÁ BOM, eu já entendi – Mais do que rapidamente o Luan se soltou dos braços do diretor e correu para longe dele. Não pude deixar de rir da expressão de desespero no rosto dele.

- Ok, se entendeu vamos gravar de novo. E dessa vez PRA VALER. Nada de ficarem enrolando achando que eu tenho o dia inteiro para ficar aqui com vocês. – O diretor estava realmente uma fera.

- Diretor, só um minuto antes de gravarmos, pode ser? – Pedi.

- Um minuto Anita Maria, e nada mais do que isso – O André quase me fuzilou com o olhar.

Aproveitei o tempo que tinha e puxei o Luan para o lado.

- Lú, lembra que hoje cedo eu disse que isso era mais ou menos como uma dança? – Ele concordou com a cabeça e eu continuei – Então vou precisar que confie em mim. Vou propor algumas mudanças na cena. Fica tranqüilo que eu te conduzo. Eu só preciso que você confie em mim, ok?

- Fechado – Ele disse me olhando nos olhos. Foco Anita!, precisei dizer para mim mesma. Mais um olhar daquele e eu era capaz de esquecer completamente a gravação do clipe.

- Diretor, posso fazer uma alteração na cena? Acho que seria mais interessante se o Luan simulasse que estava trazendo algo para o quarto, e eu chegasse por trás dele o surpreendendo. Aí ele me virava para ficar de frente para ele e nós nos beijamos. O que acha? – Eu torcia para que ele aceitasse a sugestão.

- Desde que esse beijo seja capaz de me fazer suspirar – O André disse, cruzando os braços impaciente.

- Tenho certeza que fará – Disse, confiante.

- Então vamos lá. Pessoal, marquem as novas posições para as câmeras e produção, providencie algo para o Luan fingir que está carregando para o quarto.

Enquanto a equipe seguia as ordens do diretor eu aproveitei para ensaiar a nova cena com o Luan.

Quando tudo estava pronto, começamos a gravar.

O Luan entrou no quarto carregando algumas malas. Logo em seguida eu entrei atrás dele. Quando ele colocou as malas sobre as camas eu me ergui na ponta dos pés atrás dele e fiz com que as minhas mãos cobrissem os seus olhos. Ele sorriu, como havíamos combinado, enquanto delicadamente tirava as minhas mãos do seu rosto e girava o meu corpo para ficar de frente para ele.

Até aí tudo deu certo. Agora era só eu caprichar no beijo técnico e tudo estava resolvido.

Mas, quando ficamos frente a frente e ele me olhou nos olhos eu esqueci completamente do que havíamos combinado e que estávamos em um set de gravação. Passei os meus braços em torno do seu pescoço e tasquei um baita beijo nele que de técnico não tinha nada.

No início o Luan se surpreendeu com a minha iniciativa, mas ele acabou se entregando ao beijo também. Devagar, enquanto ainda nos beijávamos, ele foi tombando os nossos corpos em direção a cama até que ele conseguisse me colocar no colchão e se posicionar sobre mim.

- CORTAAAAAAAAAAAA! – O André gritou quebrando todo o clima – Pessoal, vocês conseguiram captar isso? – Ele perguntou para os câmeras -  Meu Deus,  foi MAGNIFÍCO! – Ele estava tão feliz que até se esqueceu de separar as sílabas da palavra. – Estou suspirando até agora e meu coração está palpitando.

O Luan olhou surpreso para mim. Meio sem jeito ele se levantou e passou a mão pelos cabelos, nervoso. Também me levantei, meio sem graça. Toda a equipe nos olhava boquiabertos.

Olhei para o Luan que estava parado ao meu lado. Nossos olhares se cruzaram e de repente nós dois caímos na risada. Nós éramos um casal de parar o quarteirão.

***

Depois que encerramos as gravações seguimos para o hotel onde ficaríamos hospedados naquela noite. No dia seguinte os trabalhos começariam cedo e o pessoal da produção achou melhor que nos hospedássemos por ali perto.

Cheguei ao meu quarto, tomei um banho e troquei de roupa. Tentei assistir um pouco de TV, depois tentei estudar o roteiro para a segunda parte das gravações, mas eu não conseguia me concentrar em nada. Depois daquele beijo entre eu o Luan parecia que a saudade que eu sentia dele só tinha aumentado. Meu coração estava agoniado. Eu precisava conversar com ele e resolver de uma vez por todas o que estava acontecendo entre nós.

Eu o amava, e precisava dele ao meu lado para me sentir completa. Era um absurdo ficarmos com aquele clima entre nós quando eu sabia que ele sentia o mesmo por mim.

Liguei para a recepção para perguntar qual era o número do quarto do Lú. Depois que descobri saí correndo em direção ao elevador. Eu bateria na porta dele com a desculpa que havia perdido a minha cópia do roteiro e pedindo a dele emprestada. Depois eu improvisaria mais alguma coisa.

Parei em frente à porta do quarto. Bati três vezes. Alguns instantes depois, ele abriu.

- Oi. Ééé... Será que você tem uma cópia extra do roteiro sobrando por aí? Eu não sei onde coloquei a minha e o pessoal da produção ainda não está no hotel para eu pedir uma nova – Fala sério, eu era muito boa de improviso.

- Claro Ní, tenho uma aqui. Entra aqui um pouquinho que eu já acho para você – Ele me convidou para entrar. O plano estava dando certo.

O Luan começou a revirar as malas em busca do roteiro. O quarto estava a bagunça de sempre, com um monte de roupas espalhadas e os fiel frasco de perfume e o pote de gel em cima da cama.

- Certas coisas não mudam, não é mesmo? – Falei brincado.

- Tipo o quê? – Ele falou finalmente encontrando a cópia do texto e trazendo em minha direção.

- A bagunça no seu quarto – Gesticulei mostrando o estado do local.

- Ah... Pensei que você estivesse falando sobre outra coisa – Ele respirou aliviado.

- O que você imaginou que fosse? – Perguntei curiosa.

Ele me olhou por um longo momento e mexeu nos cabelos.

- Sabe... – Eu conhecia aquele jeito. Ele queria me falar algo. Meu coração disparou, será que finalmente ele iria acabar com aquela história de “tempo” no nosso namoro?

- Atrapalho? – Alguém perguntou entrando pela porta que estava aberta.

- Cacau? – O Luan exclamou.

- Surpresa! Alguém bateu o telefone na minha cara hoje mais cedo – Ela olhou pelo canto dos olhos para mim – E então eu resolvi aparecer e ver se está tudo certo por aqui – Isso que era talento para ser “empata love”!

- Bom, então eu já vou indo. Obrigada pela cópia Luan.

Me virei e sai do quarto correndo em direção ao elevador. Eu estava com muita raiva da Cacau por ter aparecido sem avisar, ao mesmo tempo que estava  chateada com o Luan, por ainda estar com aquela ex-BBB de quinta categoria.

Entrei no meu quarto e bati a porta. A raiva era tanta que eu sentia até vontade de chorar.

Liguei o rádio do quarto e sintonizei em qualquer estação. Eu precisava me distrair senão teria um colapso nervoso.

No rádio começou a tocar uma música que me lembrava a época da gravação do filme em Ribeirão. Todo o pessoal da cidade só escutava aquela dupla e eu acabei até aprendendo a letra da canção.

Larga tudo e vem correndo
Vem matar minha vontade
Já faz tempo que eu to sofrendo
Mereço um pouco de felicidade”

Droga. Aquela música se encaixava exatamente na minha atual situação com o Luan. Ai como eu queria que ele largasse tudo e viesse correndo para mim.

Ouvi alguém batendo na porta. Com certeza era a Rafa querendo saber como eu estava. Me levantei para abrir a porta enquanto cantava a segunda parte da música.

“Larga tudo e vem correndo

Pra eu mergulhar no seu sorriso...”

Abri a porta. O Luan estava parado do lado de fora mexendo nervosamente no cabelo.

“... Me arranca desse inferno

Me leva pro seu paraíso”

Ouvi pelo rádio a continuação da estrofe que eu havia começado a cantar. No instante seguinte o Luan veio em minha direção e me beijou.


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Notas finais do capítulo

Preciso confessar:
Resolvi escrever a segunda fase da fic quando imaginei a gravação do clipe e essa "reconciliação" entre a Ní e o Lú.
Agora, pelo amor de Deus, me falem se gostaram!
P.S. - Acho que vou viajar no Ano Novo, mas vou fazer o possível para deixar o próximo capítulo pronto antes de ir.
Segundo recado - Pessoal que quiser ser avisado da atualização da fic pelo Twitter, me manda uma mention (@Manudantas_diz) para eu não esquecer de niguém e não mandar aviso para pessoas erradas.
Terceiro - Ainda está de pé aquele pedido de informações sobre o Fiuk, ok?
Beijo gatas garotas



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