Quarta-feira 19:00min.

POV Apolo
Nossa, uma noite de quarta-feira de um solteiro é uma completa chatisse. Brad tá na faculdade e tem sua casa, Silena também tem seu ap, e eu fiquei com esse apartamento gigante só pra mim, e ainda por cima não tenho ninguém pra sair comigo quando to entediado. Sério, eu preciso de uma namorada.
Levantei do sofá pra pegar o controle da TV, e adivinha, a campanhia tocou. A campanhia não pode te ver relaxando que ela toca, imprecionante. Abri a porta e me deparei com uma bela mulher de cabelos louros e olhos verdes. Ela sorriu delicadamente. Em poucos segundo eu a reconheci.
–Boa noite Afrodite. O que te trás aqui? - sorri.
–Vim pra ver Brad e Silena. Achei que eles estariam aqui já que não estão em casa.
–Não, eles não estão aqui. Mas, vamos entrar, tomar um café.
–Obrigada. - ela entrou e deixou seu casaco no coisinho de pendurar casacos.
–Sente-se. Vou pegar o café.
Fui até a cozinha, peguei duas xícaras, o bule com café e açúcar. Leveie até a sala, onde minha ex-esposa esperava pacientemente. Servi o café e me sentei ao seu lado no sofá.
–Não mudu nada desde que sai daqui. - observou ela vendo a decoração.
–Não, eu não teria coragem de desfazer o seu trabalho nessa casa. - sorri com o canto dos lábios, ela abriu um largo sorriso que quase me fez cair do sofá.
Sabe, eu nem sei direito porque nos separamos, eu gostava muito dela. Na verdade eu sei porque nos separamos. Nós eramos jovens e namoravamos, quando eu tinha uns 18 anos a pedi em casamento, E ELA ACEITOU! Então nasceu o Brad e depois a Silena, mas com o tempo nós queriamos ter nossa juventude de volta, começamos a brigar e vei a separação. Mas a verdade é que eu nunca a tinha esquecido.
–Como eles estão? - perguntou ela. Eles deviam ser nosso filhos.
–Estão bem. Brad não quis mais trabalhar na delegacia e foi aceito em uma faculdade de medicina, ele está bem feliz. Silena teve que voltar pra escola e cursar o terceiro ano do ensino médio depois que o curso descobriu que ela tinha pulado.
–Eu avisei pra ela que um dia eles iam descobrir. - ela sorriu.
–Mas mesmo assim deixou né?
–Era um curso de moda muito bom, não poderia deixar essa passar.
–Só vocês duas se entendem com esse negócio de moda. - é, Afrodite é uma sócia numa revista de moda adolescente famosa.
–Você e Brad são um verdadeiro desastre nesse setor.
–Com certeza. - rimos.
–Silena me contou que guarda algumas roupas que ela faz no quarto dela aqui a sua casa.
–É, aqui e na casa do Brad.
–Nossa é roupa em.
–Nem me fale. - lamentei pensando em todas aquelas gavetas cheias de roupas iguais. Bom, pra mim eram iguais.
–Posso ver?
–Claro, vem comigo.
A levei até o antigo quarto de Silena. Ela sabia exatamente onde ficavam as roupas. Abriu a primeira gaveta da cômoda e começou a ver as peças. Seus olhinhos verdes brilhavam a cada uma delas.
–São perfeitas! - disse ela.
–É... - foi a coisa mais lógica que achei pra falar.
–Nossa filha é uma ótim estilista.
–Se você diz. - passei os dedos pelos cabelos desconcertado.
–Anwt que fofo! - ela apertou minhas bochechas como fazia quando eu queimava a comida do jantar.
Quando percebeu a proximidade ela parou para me encarar. Seus olhos estavam confusos e carinhosos ao mesmo tempo. Não aguentei a saudade daqueles lábios, precisei te-los outra vez.

Quinta-feira.
POV Thalia

Naquela manhã eu saí de casa e fui pra escola bem cedo. Faltavam uns vinte minutos para as sete quando cheguei aos corredores e os encontrei quase vazios. Joguei alguns livros no meu armário e o bati com uma força desnecessária. Na verdade era só pra tirar a raiva que eu estava sentindo de mim mesma, mas bater a porta do meu armário não ajudou em nada.

Deslisei pelas armações de ferro até estar sentado no chão. Enterrei minha cabeça nos braços envolta das pernas e me permiti pensar enquanto escutava o carrinho dos faxineiros andando pelo piso do colégio. Eu tinha que decidir o que fazer da minha vida. Eu fiz uma "pequena" burrada, e agora tenho que concertar. Sabe, beijar um cara enquanto você namora outro te trás algumas coisa em que pensar. Isso quer dizer que eu tinha que me decidir se terminava com Luke e ficava com Nico, ou se ficava com Luke e mandava o Nico ir pastar, ou se me livrava dos dois e vivia minha vida sozinha. Vamos combinar que terceira opição está totalmente fora de cogitação. Porque, vamos combinar, quando se tem dois caras lindos como esses dois, ficar sozinha é idiotice.

Então, o jeito mais fácil de resolver isso é fazendo um jogo de pontos. Você deve estar me achando uma completa maluca, mas não, não sou uma maluca. Sou prática. A maioria das meninas na minha situação iria dar a louca e ir le revistas CAPRICHO pra achar um bom conselho. Mas eu vou dar o meu jeito. Porque eu sou Thalia Grace. Por que eu falei/pensei isso de "sou Thalia Grace"? Sei lá, mas soou bem impactante.

Tá vamos somar os pontos. Peguei uma folha de meu bloquinho de papel e uma caneta, que eu sempre carregava na bolsa pro caso de uma boa música vir do nada. E o que eu escrevi em uma das folha foi o seguinte:

                                                           Luke  Nico

Amizade - pontos de 0 à 10                                      10.0  08.0

Beleza - pontos de 0 à 10                                         09.0  10.0

Engraçado - pontos de 0 à 10                                  07.0  10.0

Conversas - pontos de 0 à 10                                  10.0  08.0

Gosto musical - pontos de 0 à 10                             07.0  07.0

Beijo - pontos de 0 à 10                                           09.0  10.0

Some seus pontos e...:

uke Nico 52 pontos 53 pontos

Fala sério, você com certeza encontraria um teste deses na CAPRICHO, eu sei, deveria ser contratada pra trabalhar lá. Mas voltando ao meu dilema mortal. A verdade é que esse jogo não ajudou em nada, era só pra eu me divertir mesmo. Mas enquanto eu escrevia aquelas bobagens eu decidi o que fazer, eu fiz. Ouvi o que meu coração queria, e o que ele queria era sair correndo para a casa da família Di Ângelo.

Depois dessa eu meio que decidi o que eu queria.

Levantei do chão, bati minha calça para ver se não estava suja e sai para o estacionamento. Mandei uma mensagem para Luke e pedi para ele me encontrar ali assim que chagasse na escola.

Meu celular vibrou uma vez anunciando uma nova mensagem.

"Já estou na escola, e já estou te vendo perto do seu carro, e agora estou correndo na sua direção."

Sorri ao ler a mensagem e me virar para trás, constatei que sim, ele estava mesmo correndo na minha direção. Ele parou ao meu lado encostando-se no carro.

–Tudo bem? - o garotode olhos azuis lançou-me aquele sorriso colgate.

–Tudo sim. E você?

–Também. Por que me chamou aqui?

–Queria falar com você. - encarei-o com uma expressão cautelosa.

–Então, pode falar.

–Eu quero terminar. - falei num tom baixo, mas que dava perfeitamente para ser escutado.

–Terminar? - seus olhos me pareciam tristes.

–É. - acenti. - Luke, eu gosto muito de você, e quero continuar sendo sua amiga. Mas agora que não preciso provar mais nada a Zeus acho que deveriamos ficar livres.

–Você está afim de outro cara não é?

–É mais ou menos isso. - sorri em desculpas.

–Quem é o cara? - Luke levantou as sobrancelhas como se estivesse tentando se conformar com aquilo. O que achei meio estranho já que nosso namoro era só fachada.

–Nico.

–Você ta afim do Nico? - ele riu deboxado. - Não acredito que a punk quer ficar com o eminho. - ele ria divertidamente.

–Luke! Não tira uma com a minha cara. - ri junto a ele, porque era mesmo uma coisa engraçada.

–Ok, eu vou superar. Minha namorada me chuta pra ficar com um emo justin. Que absurdo! - ele balançava a cabeça negativamente enquanto sorria abertamente.

–Você supera, e não vai ter problemas pra achar uma namorada, já tem muitas atrás de você. Literalmente. - indiquei com a cabeça um grupo de garotas que estavam quase comendo meu ex-namorado com os olhos. Quando ele se virou para olhá-las uma delas piscou se oferecendo.

–Acho melhor eu não querer me meter com elas. - ele se voltou para mim com uma expressão um tanto assustada.

–Também acho. - sorri. - Mas, você não está bravo comigo né? Posso continuar te mandando mensagem a noite quando não consigo dormir, e te chamando pra me ensinar geografia?

–Claro. Somos amigos, sempre fomos.

–Que bom! - o abracei fortemente e depois me soltei. - Se cuida em. Agora você é o mais novo solteiro gato dessa escola, as garotas vão cair matando.

–Isso não me parece ruim. - ele sorriu de canto.

–Achei que você salvava, mas vocêsa homens são todos iguais. - dei um peteleco no nariz dele.

–Ai! - ele ria com o meu golpe surpresa. Os olhos de Luke se focaram em alguma coisa as minhas costas. - Acho que você precisa dar a notícia a sua melhor amiga. - ele apontou com a cabeça para uma ferrare preta.

–Annie vai acabar sabendo uma hora. - não dou muita importancia a esse negócio de contar TUDO a melhor amiga assim que acontece.

–Ok então, mas, eu tenho que ir andando. Tenho aula.

–Ok, tchau. - sabia que Luke não estava indo pra aula agora, porque ele foi em direção a rua, mas não falei nada, ele deve estar precisando ficar um poco sozinho.

POV Luke

Que droga, agora que eu estava achando que Thalia e eu popderiamos virar um casal de verdade chega esse carinha. Balancei minha cabeça negativamente, minha garganta tinha um nó, mas eu não ia chorar por ela. Sai andando sem rumo pela rua, até que trombei com uma pessoa, que soltou um gritinho agudo.

–Ai! - levantei minha cabeça na sua direção e me deparei com a mesma garota de ontem. - Será que a gente só se encontra se esbarrando?

–É né. - falei meio pra baixo.

–Aconteceu alguma coisa? - Silena uniu as sobrancelhas.

–Nada importante.

–Se não fosse uma coisa importante você não estaria assim. - agora ela me pego. Respirei fundo me rendendo.

–Thalia terminou comigo. - baixei a cabeça para esconder uma única lágrima que escorreu dos meus olhos sem permissão.

–Oh, não! - ela me abraçou delicadamente. - Quer conversar?

–Pode ser. Não se importa em perder aulas?

–Claro que não. Não se aprende nada útil na escola.

–Seu raciocínio é imprecionante. - tentei dar um meio sorriso, que não saiu muito convincente.

–Vem, conheço uma sorveteria que fica aqui perto. E, não tem nada melhor que sorvete pra afundar as mágoas.

–Se você diz.

Ela me levou até a tal sorveteria. Eu paguei duas bananas split e águas com gaz. Sentamos em uma das mesas e la começou a beliscar o sorvete enquanto me olhava sujestivamente.

–O que foi? - perguntei percebendo seu olhar em mim.

–Estou esperando você começar a me contar.

–Contar o quê?

–Por que Thalia terminou com você.

–Ah, sim. Bom, Thalia e eu começamos a namorar a dois anos, no começo era um namoro de verdade sabe? - não deixei ela responder e continuei a contar. - Mas, aí ela me contou que estava comigo pra criar moral com o pai dela, porque eu era um dos melhores jogadores de futebol do time da escola, e o pai dela dava uma importancia absurda pra isso. E agora o pai dela não mais exatamente o pai dela, então ela não tem mais que ficar comigo.

–Foi só por isso?

–Não. Ela também quer ficar com o Di Ângelo.

–Oh. - sua boca formou um O. - Thalia e Nico? Que curioso.

–Eles devem ta se pegando lá no estacionamento agora mesmo. - falei de má vontade.

–Mas, o namoro de vocês não era só faxada? Por que está tão triste?

–Porque eu gostava da Thalia, eu sou apaixonado por ela. Mas nunca disse nada pra não estragar a nossa amizade.

–O que vai fazer? Pretende continuar só amigo, vai contar pra ela, ou vai esquecer...?

–Eu vou esquecer. Elá parecia feliz quando estava falando do Nico, e mais feliz ainda quando levei na boa ela querer ficar com ele. Vou esquecê-la e continuar como apenas um amigo.

–Ok. - Silena sorriu delicadamente enquanto pegava mais um pouco de sorvete.

Ficamos ali boa parte da manhã, conversando. Depois passeamos no parque e voltamos pra escola no horário que bateria o sinal da saída, pra pegar nossos carros.

POV Bianca

Tinha chegado da escola a alguns minutos, ou seja, eram três da tarde. Então eu estava jogada no sofá descansendo minha infinita beleza... To brincando. Eu estava descansando do meu dia escolar cansativo. Sabe, às vezes eu me pergunto por que vamos a escola, é uma coisa muito chata e nada produtiva quando se trata da minha pessoa.

Tim dom. Ahh!! Campanhinha filha de uma mãe!!! Eu particularmente odeio atender a porta. Levantei na maior lerdesa, só pra fazer a pessoa desgraçada que estava na porta sofrer por me tirar do sofá.

Na porta estava aquele típico cara que entrga a correspondencia. Eu sempre fico zuando o bonésinho deles, secretamente claro.

–Entrega para Hades di Ângelo. - ele deu uma olhadinha na prancheta e entrou uma caixa com vários envelopes pra mim.

–Eu não sou Hades di Ângelo. Com certeza. - levantei as sobrancelhas.

–Mas ele mora aqui, pode entregar pra ele?

–Esse não é o seu trabalho?

–Garotinha, será que pode colaborar? É so receber a entrega e assinar aqui. - ririri, a vingança é doce.

–Talvez eu possa.

–Então assine aqui. - ele me estendeu a caneta e a prancheta. - Nessa linha pontilhada.

–Claro. - assinei a folinha e devolvi o papel a ele.

O cara me entregou o pacote e os envelopes e saiu andando irritado para fora da casa. Eu voltei para dentro satisfeita em enfernizar a vid daquela criatura que me tirou do meu descanso. Larguei a caixa em cim da mesinha e voltei ao meu merecido faz nada. Mas... como eu sou a pessoa mais curiosa de todos os tempos, não consegui ficar para nem um minuto pensando no que tinha naquela entrega.

–Ah, uma olhadinha não vai fazer mal.

Me levantei num pulo e comecei a olhar as coisas. Como será que eu poderia abrir os envelopes sem ele perceber que eu abri.

–Hum, depois eu colo de novo. É, depois eu colo. - sorri maléficamente e comecei a abrir as coisas.

Sem nem hesitar passei o dedo na cola do envelope e tirei algumas folhas lá de dentro, não passavam de três ou quatro. Eram cópias de papél sufite, mas as folhas originas deveriam ser daquelas antigas, de cor acobreada, que se encontrava nos livros da época de minha avó.

Comecei a ler e encontrei as seguintes anotações. Nossa, essa frase tá paresendo prova de matenática. Resolva as seguintes equações. Tá leiam aí:

"Janerio de 1996. Hoje minha esposa faleceu, foi uma das coisas mais difíceis que tive de enfrentar. Segundo meus sócios ela sabia demais, e é extremamente doloroso ter de conviver com o fardo de que EU fui a causa da morte da mulher que mais amei até os dias de hoje.

Ela tinha lido este diário e descoberto toda a história, ela sabia tudo, absolutamente tudo o que eu havia feito até os dias de hoje. Então eu fui instruido a resolver o problema que eu criei. Segundo os diretores da ordem, ela só ficou sabendo de tudo aquilo, porque eu me descuidei e deixei que ela descobrisse.

Então, e tive que cuidar do que criei. Ou seja, eu tive que fazer o trabalho sujo. Resovi esse problema com um pouco de veneno durante a comemoração de ano novo, os paramédicos realmente acreditaram que ela teve uma parada cardíaca, e eu saí livre de mais problemas. Porque, quando você cria problemas demais no meu ramo, os poderosos te discartam.

Agora, o único problema é cuidar daquelas duas crianças.

Hades"

Dexei que os papéis escorregassem de minhas mãos, minha face estava paralizada, meus olhos pareciam incapazes de piscar, meu maxilar não conseguia se movar. Meus joelhos sederam e caí derrotava no tapete da sala. Lágrimas escorriam descontroladamente pelas minhas bochechas.

Eu chorava ruidosamente, meu coração não aguentava o fardo, minha mente não conseguia absorver aquilo. Minha mãe poderia estar viva até hoje, mas Hades não deixou, Hades cortou a vida de alguém simplesmente porque aquela pessoa sabia demais.

–Por que eu tenho que passar por isso?

Eu não tinha mais controle sobre meu corpo e minha mente. Não conseguia mais parar de chorar, e meu esqueleto não cnseguia mais sustenta meu peso. Caí deitada no chão. Lágrimas molhavam meus cabelos negros, e meu rosto já estava enxarcado, como se tivese tomado chuva.

Nesse momento eu agradeci por estar sozinha. Nico tinha saido, e Thalia estava no treino.

Mesmo com a dor me corroendo por dentro, eu não podia deixar que isso me abatesse. Hades tinha destruido muitos momentos da minha vida e da de Nico, e ele ia pagar por isso.

–Continue forte. - sussurrei para mim mesma. - Continuei forte.

Levantei do chão e tentei limpar as lágrimas de meu rosto com as mãos. Mas foi inútil. Fui até o banheiro e o lavei com água gelada. A água se misturou com as lágrimas e decidi que era burrisse tentar limpar minhas lágrimas naquele momento.

Mesmo com minha visão embassada, juntei os papéis e os coloquei de volta no envelope. Peguei tudo e subi pro meu quarto. Escondi aquelas coisa em baixo dos meus cobertorese fechei a porta do armário.

Agora meu rosto estava finalmente ficando seco, ou seja, ele estava com aquela estranha sensassão de lágrimas secas na sua pele. Eu olhava meu reflexo no espelho e me perguntava o que eu faria com aquelas informações. Nossa to me sentindo num perfeito CSI agora. Bianca como você faz piada numa hora dessas? Ah qual é Bianca, tá no meu sangue.

Continua...