Never gonna be alone escrita por


Capítulo 26
Eu amo vocês, mais que minha própria vida


Notas iniciais do capítulo

oiee pessoal.
Eu não pretendia postar nesse final de semana, mas como não vou poder postar até quinta-feira escrevi um cap. rapidinho pra vocês não ficarem tanto tempo sem ler.
Aproveitem!!!



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Sexta-feira 07:00min

POV Thalia
Naquela manhã eu já tomara café, e agora esperava Nico chegar no estacionamento da escola. Eu estava encostada em meu Porsh e observava as pessoas andando de seus carros para o predio da escola. Um Jaguar estacionou ao meu lado. Dele saiu um garoto vestindo roupas pretas, ele sorriu com o canto dos lábios para mim e veio na minha direção.

–Oi, ontem eu nem te vi, mesmo morando na mesma casa.

–Pois é. - sorri levemente.

–Estava com saudade. - ele chegou perto, me deixando num pequeno espaço entre o carro e ele.Sorri maliciosamente.

–Também estava.

Nico passou as mãos pelas minhas costas e colou nossos corpos. Sua boca seguia a linha de meu pescoço e chegou a minha orelha.

–Gosto do seu perfume. - comentou.

Levei minha boca a seu pescoço, deixando seu cheiro de menta me envadir. Mordi o nódulo de sua orelho o fazendo arrepiar.

–Nunca pensei que Thalia Grace iria trair seu namorado aos olhos de todos.

–Não tenho namorado pra trair.

O garoto me encarou com os olhos negros faiscando. Como se estivesse tentando achar uma linha de brincadeira em minha face. Sorri largamente e ele selou nossos lábios.

POV Bianca

Naquela manhã meus olhos estavam inchados e vermelhos. Eu não tinha dormido nem uma hora durante a noite. Minha cabeça não parava de pensar, mesmo que fosse nos poucos momentos que eu me lembrava de minha mãe, mesmo que fosse na maneira como eu odiava profundamente Hades.

Levantei de minha cama e mais uma vez peguei a caixa e os papéis que escondera em baixo dos cobertores. Espalhei tudo sobre minha cama e comecei a ler cada uma das cópias do tal diário, cada carta, cada confissão daquele desgraçado que eu chamava de pai.

***

Paf, paf, paf, paf, trin, trin, trin, bof, bof. Se fosse possível ficar desidratada por chorar, com certeza eu já estaria. Aqueles ruidos na linha de cima, eram as coisas da minha cômoda sendo jogadas no chão, junto as coisas do meu criado-mudo, e das prateleiras, e dos pregos das paredes. Simplificando, meu quarto estava no chão. Minhas cobertas estavam todas espalhadas pelo taco do quarto, apenas aquelas porcarias de Hades repousavam sobre o lensol branco.

Ouvi batidas na porta. Alguém deve ter escutado o pequeno barulho que eu fiz enquanto destruia meu quarto. Ops. O único rosto que não queria ver de maneira alguma naquele momento foi o que apareceu na porta de meu quarto.

–Bianca esse é o... - a voz de Hades sumiu quando ele rodou os olhos pelo quarto, e eles se focaram na caixa e nos envopes sobre a cama. - O que está fazendo com isso? - ele tinha seus grandes olhos negros arregalados, e as feição pálidas e frias. Sua frase não passou de um sussurro.

–O que é aquilo? - um homem de terno preto passou a sua frente na porta do meu quarto e olhou as cosas que meu pai encarava.

–Quem é você? - perguntei ao homem que estava entrando em meu quarto sem nem ser convidado. Falta de educação absurda!

O homem me observou por um momento com olhos pensativos. Depois caminhou até a caixa sobre a cama me ignorando completamente. Ele tinha cabelos castanhos perfeitamente arrumados com gel, seus olhos eram cor de uma cor que quase parecia vermelho e irradiavam um odio que e arrepiou, ele vestia um terno preto risca de giz e usava um perfume azedo que não agradou meu nariz.

O desconhecido pegou vários dos papéis e passou os olhos por eles, depois abriu a tal encomenda para Hades e revirou a caixa de papelão, a qual eu ainda não tivera tempo de abrir.

–Você leu isso? - ele indicou o papéis que estavam em sua mão.

Não respondi, apenas o encarei assustada, que era o que eu estava. Estava assustada.

–Vou levar isso como um sim. - sua voz não passou de um ruido no quarto, mas foi perfeitamente perceptível. - Hades, você já sabe o que tem que fazer.

Hades tinha os olhos mais amedrontados que jamais havia visto. Ele mexia as mãos nervosamente, como se tivesse medo do que aquele homem fazia. A cada movimento dele eu sentia os olhos de meu pai nele.

–Sabe o que tem que fazer? Fazer o quê? Me matar como fizeram com minha mãe?! - disparei as perguntas, para as quais eu já sabia as respostas.

–Você tem que dar um jeito nela. - ele ia saindo do quarto.

–Isso Hades, faz isso mesmo, mostra que você é um covarde, mostra que você é uma pessoa despresível que não meresse o mínimo de piedade. Mostra que eu tenho todo direito de ter vergonha de ser sua filha. - a minha última frase não passou de um sussurro.

Os olhos negros de meu pai encontraram os meus. Eles pareciam tristes, arrependidos, talvez até humanos. Ele engoliu em seco e entrou na frente do tal homem. Fechou os olhos como se procurasse coragem, em seguia ele os abriu com um brilho diferente.

–Não vou fazer. - disse Hades firme.

–Como assim não vai fazer? - os olhos do Homem se estreitaram, como se ele esperasse que meu pai sentisse medo e voltasse atrás.

–Não vou. Não vou te obedecer dessa vez, não vou repetir o que fiz naquela noite de ano novo.

–Então esperou que goste de ver sua filhinha ser descartada, assim como você vai ser. - ele encarou Hades friamente e remexeu na cintura da calça.

–Bianca corre! - meu pai segurou a mão do cara, que segurava uma arma.

Meus olhos se arregalaram e sai correndo do quarto. Já estava no final do corredor, no topo da escada quando ousso tiros.

Olho brevemente para trás e vejo meu pai caindo no chão inconsciente. O cara vinha atrás de mim atirando. disparei escada a baixo, sai pela porta da sala e a tranquei.

Eu corria pelas ruas do meu bairro sem olhar para trás. E não estava ligando pro fato de estar apenas com uma regata rosa e um shorts mínimo cinza, eu estava de pijama. Parei no primeiro orelhão e liguei para o hospital.

–Alô?

–Alô. - falei ofegante. - Tem um homem ferido, na minha casa.

–Qual o enderesso? - o homem se apressou, sua voz era familiar.

Disse meu enderesso. Quando desliguei me sentei na sarjeta como uma verdadeira mendiga. Escondi meu rosto nas mãos e deixei que as lágrimas caissem mais uma vez. Chorei pelo que sabia, chorei pelo que tinha perdido, pelo que tinha que enfrentar, pelo que provavelmente poderia acontecer.

Quando ousso o barulho de uma ambulância se aproximando do bairro. Mais uma vez sai correndo de volta pra minha casa. Algumas madames esnobes me olhavam com uma cara desaprovadora. Para elas só pode ser pecado correr de pijama pela rua.

Quando cheguei em casa o carro branco do hospital já se afastava ao longe.

–Droga! - bati na testa.

As pressas entrei em casa, vesti uma calça jeans, blusa branca e sapatinhas. Peguei a chave do carro e acelerei para o hospital. Apesar de tudo o que meu pai já fez ele continua sendo meu pai, e apesar de tudo ele se recusou a me fazer mal, sacrificou a sua vida pela minha. Apesar de tudo, eu acabara confiando na única pessoa que pensei jamais confiar, na única pessoa que achei que não me queria por perto, que achei que não me amava.

***

Eu meio que arrombei a porta de emergência do hospital público. Haviam muitas pessoas ali. Algumas dormiam, outras conversavam aos sussurros, outras apenas esperavam pacientemente. Fui até a atendente e me debrucei sobre o balcão.

–Sou a filha de Hades di Ângelo. Ele deve ter acabado de chegar com a âmbulancia. - falei rapidamente atropelndo as palavras.

–Vou verificar. - a mulher com mais ou menos uns cinquenta anos disse num tom tão calmo e arrastado que eu já dedusi que ia demorar pra caramba.

Ela começou a ler as fichas com H na caixinha. Uma a uma ela lia e passa para trás.

–Deve ser a última minha senhora. - tentava ser educada.

–Calma minha querida.

Calma?!?!? Meu pai estava baleado em algum lugar ali dentro e ela queri que eu ficasse calma?!? Ela tava pedindo pra morrer! Calma Bianca, calma. Seja educada. Seja educada.

–Minha senhora, eu preciso muito ver meu pai. Seria possível a senhora ir mais rápido. - pedi.

Ela me olhou por cima dos óculos redondos com um olhar desacreditado e com as sobrancelhas arqueadas.

–Está querendo dizer que eu sou incompetente?

–Não... Ah... Ai meu Deus. Meu pai tá la dentro baleado, não posso aguentar essa sua lerdesa!

Sai andando enfurecida pela porta que dizia emergência. Ignorando totalmente a mulher que gritava que eu não podia entrar ali sem autorização, e também algumas pessoas que trabalhvam no hospital que vinham atrás de mim.

–Ei, pare aí mocinha! - um cara segurou meu braço. Eu me soltei com facilidade e continuei andando pelo corredor. - Ei, espera! - dessa vez me segurou com mais força. Fui forçada a me virar e encará-lo.

–O que você quer? - eu já estava estressada.

–Bianca? O que tá fazendo aqui? - verdade, eu conhecia aquele cara.

Era o meio-irmão da Thalia, o amigo da Annie, irmão da Silena, que era policial. Como ele chamava mesmo? Ah, Brad. Mas o que ele tava fazendo de jaleco branco num hospital. Essa é a questão.

–Meu pai tá na emergência, e aquela lerda não deixava eu entrar aqui, aí eu entrei sem ela deixar. E você, o que tá fazendo aqui, vestido desse jeito?

–Estou fazendo faculdade de medicina. Quer que eu te ajude?

–Seria muito bom. - confessei.

–Vem comigo. Eu te levo pra sala de espera da emergência, e você espera o médico acabar de atender seu pai. O que ele tem? - nós já andavamos pelo corredor.

–Ele foi baleado. - baixei a cabeça escondendo meu rosto.

–Sinto muito.

Fomos em silêncio até chegar a uma pequena sala. Haviam sofás brancos nas paredes e uma pequena mesinha com revistas antigas. Havia duas portas, uma pela qual entramos, e outra que deveria levar para onde meu pai e o médico estariam. Me sentei num sofá e esperei calmamente. Desejava ter um celular naquele momento, pra ligar pra Silene, ou pra Annie ou pra Thalia.

–Quer que te fassa companhia? - perguntou ele.

–Não, obrigada. Mas se pudesse dar uma olhada no meu pai e me dizer como ele está seria uma ótima coisa.

–Vou ver o que posso fazer. - ele sorriu da maneira mais encorajadora possível e saiu pela outra porta.

Minutos depois ele o um homem realmente muito parecido com ele sairam pela mesma porta. Concluí que o médico era Apolo.

–Bianca. Não podemos fazer mais nada. Mas ele está consciente, e quer ver você.

–O-obrigada Apolo. - disse num fio de voz.

Eles me levaram até um das várias portas brancas, me deixaram entrar e a fecharam me deixando sozinha com um homem aparentemente fraco, todo ligado a aparelhos. A quem eu pude facilmente reconhecer como Hades. Me aproximei dele cautelosa, com medo de que se eu chegasse muito perto acontecesse alguma coisa com ele.

–Pode chegar perto minha filha. - se eu estava certa, essa era a primeira vez que ele me chamava de filha.

–Pai. - sussurrei com lágrimas acumulando-se nos olhos. - Você vai ficar bem? - passei meus dedos levemente pelo seu rosto.

–Creio que não Bianca. Mas quero que você saiba de uma coisa. - suas palavras não passavam de um sussurro. - Eu amo você e Nico. E eu amava Maria. Me arrependo de tudo o que fiz, mas tenho a plena consciencia de que estou pagando pelos meus atos e... - ele não tinha forças pra continuar. Respirava com dificuldade.

–Pare pai, você está fraco. - algumas das lágrimas já escorriam pelo meu rosto.

–Não, quero que saiba disso. Eu peço desculpas por tudo. Por arruinar a sua vida e a de Nico, por não ser um bom pai, por matar Maria... Peça desculpas a Sally por mim, ela sabe pelo que estou me desculpando. E tenha cuidado com... - mais uma longa respirãção. - ... Com Ares, ele vai tentar contra sua vida. Fique segura, por mim.

–E-eu vou ficar pai. E quero que saiba que eu também te amo, e tenho certeza que Nico também. - seu olhos se fecharam.

–Agora eu percebo que vocês dois foram as coisas que mais amei em toda a vida. Viva como se não existisse manhã, não cometa o mesmo erra que eu, não deixe de ser feliz. - uma pausa. - Eu amo vocês, mais que minha própria vida. - seus olhos pararam junto a sua respiração. O piqueno aparelho fez piii.

–Não! - agora as lágrimas embassavam minha visão, manchavam meu rosto mesmo sendo transparentes. - Pai! Não, pai! - o abracei, de maneira que nunca o fizera toda a vida. - Eu amo você. - sussurrei.

Pai e filho entraram no quarto, Apolo olhou rapidamente para o aparelho e depois para mim debruçada sobre Hades.

–Tire-a daqui. - disse ele a Brad.

O filho assenti e segurou minha cintura, me afastando da maca.

–Não, me solta! - espernava como uma criança de cinco anos que não queria sair da loja de brinquedos.

–Vem Bianca, você não pode mais ficar aqui.

Fui arrastada para fora da sala. Ele me pegou literalmente no colo e me levou para fora do hospital. Me sentou em um banco em frente a este. Segurou minha mãos e sentou-se a minha frente.

–Sinto muito. - disse ele.

–Sentir muito não vai trazer meu pai de volta! - esplodi mesmo ele não tendo culpa.

Brad mordeu o lábio inferior. Me observou com pena, a última coisa que eu queria naquele momento.

–Para de me olhar com pena. Eu não preciso disso. - encarei o banco e meus pulsos presos.

–Não estou com pena.

–Quero ficar sozinha. - falei emburrada.

–Ok. Promete que não vai fazer nenhuma burrada?

–Prometo. - sussurrei.

–Ta bom. Se precisar de alguma é só me ligar. - ele se levantou e foi andando de volta para dentro do hospital.

–Brad! - ele se virou para mim ainda sentada no banco. - Obrigada pela ajuda. - dei meu melhor sorriso.

–De nada. - ele sorru e se foi.

POV Autora

–Senhor Jackson, seu pai está na secretaria para te buscar. - a mocinha dizia com a cabeça em um vão na porta da sala, onde os alunos tentavam não dormir durante uma aula de inglês.

Percy comemorou sutilmente, pegou a mochila e saiu sorridente pela porta em direção a secretaria. Ele adorava perder aula.


***

–Senhorita Grace. Sua madrasta está na secretaria para buscá-la. - a mesma moça na aula de Matemática.

Thalia arrumou as coisas e saiu da sala na direção da secretaria. Ela não demonstrava uma expressão triste, mas também não estava feliz. Parecia mais curiosa.

***

–Senhor Di Ângelo, sua madrasta está na secretaria para te buscar. Dirija-se até na lá. - a moça interrompe mais uma aula. Dessa vez a de Biologia.

Nico arrumou suas coisas com um sorriso imenso, se fosse possível seria até maior que o que Percy exibira. Pegou a mochila e se dirigiu para a secretaria, onde já esperava encontar Sally.


***


–Senhorita Chase. Sua mãe está na secretaria esperando pra e levar embora. - a mocinha no meio da aula de Química.

A garota dos olhos cinzas arrumou os livros na bolsa e saiu da sala. Atravessou a escola com um olhar pensativo. Sua mãe nunca a buscava na escola, a menos que tenha acontecido algua coisa, não, a menos que tenha acontecido uma coisa ruim.


POV Nico

Quando cheguei na secretaria havia muito mais pessoas que Sally. O sorriso que eu tinha no rosto por perder aula logo se desfez quando olhei a expressão de todos ali. Poseidon e Athena estavam abraçados, Perseu e Annabeth estava sentados no banco lado a lado, a cara deles era estática. Sally estava ao lado de Thalia. A garota de olhos azuis elétricos veio até mim e sussurrou:

–Nico, seu pai. - o quê? Por que ela ta falando do meu pai? - Ele está... - ela engoliu em seco.

–Morto. - completou Sally ao ver que Thalia nao conseguia dizer.

Encarei cada um deles para ter certeza que aquilo não era zuação. E conclui que não era. Meu coração estava apretado, mas eu não conseguia chorar, nem ficar extremamente triste, eu estava... Surpreso.

Poseidon me analisou por um momento, respirou fundo, e pegou as chaves do carro.

–Vamos pra minha casa. - disse saindo da escola acompanhado de Percy, Annabeth e Athena. Eles foram no caro de meu tio. Sally, Thalia e eu fomos no carro que Hades dera a mãe de Percy.

Thalia estava sentada ao meu lado no banco de trás. Ela segurava minha mão e tinha a cabeça encostada em mu ombro. Foi bom ter uma garota como ela ao meu lado.


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Notas finais do capítulo

Hum... Espero que tenham gostado!!!
O que acharam de Hades morrer? Eu ahcei que ele mereceu, mas mesmo assim fiquei com dó. Sou tão idiota que chorei numas partes, mas deixa quieto né.
Que morreu de dó da Bianca levanta a mão!!! o/
Até o próximo cap.
Acho que posto só na sexta ou no final de semana
Beijos beijos. Curtam as férias!!! ;P