Eliza No País Das Maravilhas escrita por Avril_Gomez_108


Capítulo 34
Prévia do novo capítulo


Notas iniciais do capítulo

Leitores Eli-Náticos, eu percebi que fazia meses que eu não postava um novo capítulo, fiquei preocupada de vocês acharem que eu parei de escrever ou que não vou mais postar e parem de ler a história. Saibam que eu estou escrevendo, mas to meio ocupada, por isso leva um tempo pra terminar o capítulo. Nesse meio tempo que não postei tentei melhorar a escrita e a linguagem, espero que notem a diferença :) Estou na metade do cap, porque terá duas narrações, Pâni e Nico, então pra não demorar mais ainda pra postar, decidi colocar só uma prévia. Quando estiver pronto, posto ele inteirinho pra vocês. E desculpem pela demora :'(



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POV Pâni

Eu não fazia a mínima ideia do que estava acontecendo. Havia percebido que Lia estava estranha desde o café da manhã, porque a cada duas mordidas que dava no pão ela parava e ficava dois minutos olhando pro nada. Normalmente quem fazia isso era Ane (tenho até medo de imaginar no que aquela mente cor de rosa pensa nesses momentos). Então ela pareceu melhorar quando passeávamos com os garotos vestidos de mulher, mas mesmo assim agia como se soubesse que algo ruim aconteceria. Porém todos começaram á ficar preocupados de verdade na trilha amarela, onde Eliza não soltava nem um suspiro. Eu, como filha de Apolo, criada a vida inteira com a minha mãe enfermeira em um hospital, percebi antes dela desmaiar que começará á passar mal. Mas mesmo assim quando minha amiga caiu de joelhos, completamente pálida e soando, fiquei desesperada.

Tentei me acalmar, ela precisava de alguém que soubesse o que estava fazendo sem nervosismo. Joguei minha mochila no chão e me ajoelhei procurando algum remédio apropriado com a ajuda de Julie e Annabeth, enquanto o resto dos meus amigos tentava amparar Lia. Nico estava atrás dela, segurando seu peso pra não cair. Percy segurava o braço direito da irmã, e tenho certeza de que se a situação fosse outra, ele teria brigado com primo. Ane agarrava o braço esquerdo. Meu irmão Rafael examinava seu rosto branco. E Travis e Connor, como não sabiam o que fazer, andavam de um lado para o outro nervosos. Josefino, embora muito preocupado, se sentou um pouco afastado para não nos atrapalhar.

Dentro de minha mochila tinha apenas o básico que um filho de Apolo levaria pra qualquer missão: ambrosia e néctar, remédio pra enjoo, outro pra dores musculares, pomada pra queimadura, algumas ervas medicinais e uma garrafa de água fresca que eu reabastecia á cada parada do grupo. Tinha mais coisas úteis do que a de todos os outros, já que Lia enxia a sua de chocolate e refrigerante, Ane nem levava mochila, apenas uma bolsa de marca com produtos de beleza, Annie e Julie carregavam o dobro de seu peso em livros (como formigas inteligentes), e os meninos... Eu não sabia o que eles levavam, mas já que em uma situação de crise como aquela eles nunca tinham nada pra ajudar, deve ser um monte de porcaria. Mas de qualquer jeito, eu não pensei que algo como aquilo aconteceria quando me preparava pra missão, todo meio-sangue acha que a comida dos deuses poderia ajudar em qualquer coisa, mas naquele mundo acho que não.

Foi aí que a Lagarta Azul apareceu. Ela tinha o triplo do tamanho de uma lagarta do nosso mundo, era azul e fumante. Porém estava diferente desde a última vez que a vira. Segurava um cachimbo e estava cercada de fumaça colorida que cheirava á enxofre. Nunca gostei muito dela, eu sabia que quando aquele inseto aparecia, era pra ajudar, mas ela nunca falava com clareza e sim em enigmas que confundiam a todos. Mas parece que daquela vez a Lagarta apareceu foi pra bancar a Parca, dizendo que estava profetizado que a Lia poderia morrer. Fala sério! A menina ficou doente e completamente grogue do nada, mesmo se aquele projeto de borboleta não tivesse dito aquilo, nós perceberíamos!

Depois que aquele ser doido terminou de falar, a filha de Poseidon desmaiou nos braços de Nico.

Por alguns segundos tudo se aquietou, meus amigos e eu só olhávamos Lia desacordada. A última vez que aquilo acontecerá fora por causa de Loki, ele deu uma facada nela depois penetrar na mente da mesma, na noite de halloween. Quando Nico voltou segurando Lia desacordada, todos tiveram um troço. Ela não é daquelas garotas que você se acostumaria á ver em um estado frágil, sempre tão forte, decidida, teimosa, esquentada. Mas da última vez, ao menos sabíamos o que causara a fragilidade dela, agora nos encontrávamos no escuro. É impressionante a quantidade de vezes que acontecia algo ruim a alguém do grupo, na maioria dos casos, ou melhor em todos, o causador era Loki.

Foi então que eu percebi. Se Lia estava assim, a culpa só podia ser de Loki! Fazia muito tempo que ele não agia contra nós. Devíamos ter previsto que o deus faria algo assim. Mas não fui a única que havia chegado á essa conclusão.

-Loki! Lia está assim por culpa de Loki!- disse Nico ainda segurando Lia. Então olhou para a Lagarta Azul, que ainda estava ali, em cima de um cogumelo observando a raiva do garoto- Foi ele não foi?

-O deus ambicioso que quer dominar os mundos vê em uma menina o perigo, ele... - a Lagarta começava a recitar outro enigma

-Diga de uma vez inseto fumante! Ou eu roubo esse seu cachimbo e bato na sua cabeça com ele!- ameaçou Ane irritada

A Lagarta parou de falar, olhou a filha de Afrodite com desdém, então revirou os olhos e disse:

-Ta bem. É o seguinte: vocês se lembram daquela mansão que desejaram pela lógica contrária á dias atrás, e de como essa sua amiga fugiu dela? Todos sabem que Loki jogou um feitiço nela que á fez perder a noção do tempo, oito dias se passaram e pareceram-se horas pra ela. Esse feitiço tem efeito colateral ao alvo no País das Maravilhas. Faz o ser atingido, dias depois, ficar muito doente e se não encontrarem a cura, pode morrer e no lugar dele nasceria outro ser louco qualquer desta dimensão. Loki sabia disso, foi por esse motivo que ele jogou o feitiço nela.

Todos olhavam para a Lagarta com expressões perplexas.

-Se você pode falar de um modo que não tenha enigmas... POR QUE NÃO FEZ ISSO ANTES?!?!- perguntou Ane

Ela pareceu pensar por um momento e disse:

-Sabe que eu não sei?

Fiquei com tanta raiva que tive vontade de fazer churrasquinho de lagarta fumante. Simplesmente odeio quando alguém enrola para dar uma notícia importante ou conta ela por um enigma que todos só entendem depois que o problema que ele evitaria, já aconteceu. Aprendi isso no hospital, se o paciente não está bem, você não vai falar isso á família dele com uma rima tão ruim que parece que foi tirada de uma caixa de cereais. Já ia começar á xingar ela de todos os palavrões que conhecia quando Nico me interrompeu dizendo:

-Qual é a cura pra essa doença?

-A flor da normalidade. Veja bem, esse feitiço por ser de outro mundo, quando usado neste confunde nossas leis, ele é lançado com palavras que a lógica contrária não pode interver. Mas ela pode interver seu resultado, colocando esse efeito colateral, que vai matando a personalidade do alvo por dentro. No final, o corpo se transforma, como eu já falei. Pra paralisar esse processo e fazer sua amiga Eliza voltar ao normal, vocês devem procurar a flor da normalidade, a flor mais temida do País das Maravilhas, sem desejar pela lógica contrária porque a planta também não é afetada por ela. Fazer um chá especial com a flor e dar de beber para a menina- explicou

A Lagarta então sumiu tão rápido quanto apareceu, como se nunca tivesse estado em cima daquele cogumelo, a única prova de que não estávamos alucinados era o cheiro de enxofre causado por seu cachimbo. Todos continuavam nas mesmas posições que se encontravam antes de ela aparecer, mas se entre-olhavam surpresos.

-Então está decidido, eu vou procurar essa planta- disse Nico de repente

-Nem pensar! Você não vai sozinho, eu sou o irmão dela, tenho o dever de achar a cura pra Lia- disse Percy

-Acho que todos os homens deveriam ir- sugeriu Rafael

Annabeth olhou para meu irmão com desafio.

-E por que "todos os homens"?- perguntou a filha de Atena- Antes de tomar qualquer decisão sobre quem deve procurar a flor, devemos antes desejar um mapa pela lógica contrária para descobrir onde se encontra a planta e o que estará no caminho.

Todos concordaram, então se sentaram em volta de Lia e Annie disse as palavras contrárias "não tem um mapa que mostra o caminho até a flor da normalidade entre nós". No mesmo instante um mapa enorme apareceu, cobrindo inteiramente o corpo de Lia deixando exposta apenas a cabeça dela encostada no peito de Nico. Mas ele não só dizia o caminho até a flor, como mostrava todos os lugares daquela dimensão, era um atlas do País das Maravilhas. Havia desenhos por todo ele, uma faixa amarela cheia de curvas que ia de uma ponta á outra representando a trilha onde estávamos, no meio da faixa e em volta dela, nas árvores, tinham gravuras dos lugares com seus respectivos nome embaixo.

Reconheci no atlas diversos lugares por onde havíamos passado: o Jardim ao Contrário, o primeiro lugar que vimos quando chegamos ao País das Maravilhas (N/A: Capitulo 14), o estádio onde é realizado o Jogo do Grifo (N/A: Capitulo 15), o Ninho de Cavaratas (N/A: Capitulo 23), a cidade de Tenuitate, perto dela uma "Clareira Vaga-Lume" que eu não conhecia (N/A: Quem se lembra desse lugar? Melhor momento Niceliza ever. Capitulo 25), Ane pareceu reconhecer uma tal de "Toca dos Babentos" (N/A: Capitulo 27) e também havia milhares de outras lugares por todo o mapa que eu não conhecia nem queria conhecer. Só pelo nome maluco de cada um, dava pra perceber que o melhor seria se nós não chegássemos perto.

Julie então teve a ideia de realizar uma espécie de "Ctrl+F" no mapa, pra sabermos logo onde estava a flor que precisávamos e facilitar todo o trabalho que teríamos procurando-a. Depois de perguntarmos pela lógica contrária aonde "não "se encontrava a planta, uma parte do atlas começou a brilhar, como um traço luminoso, começando do exato ponto onde estávamos e terminando em em tal de "Floresta de Doces". O nome parecia fofo, mas como tudo no País das Maravilhas é ao contrário eu não sabia o que esperar. Vai que os doces são azedos, ou são falsos, ou pareçam doces mas na verdade são milhares de brócolis dançarinos de salsa.

-Ótimo, já sabemos onde é, agora temos que decidir quem vai- disse Nico

-Os homens obviamente- disse Percy

-Não vejo por que apenas os homens, podemos muito bem separar algumas mulheres para ir também- disse Annabeth, claramente se referindo á ela mesma

-É perigoso- retrucou seu namorado

-Uma floresta de doces, aham, isso é tão perigoso- ironizou Ane

-Você viu por quais lugares tem que se passar pra chegar lá?- perguntou Nico apontando no mapa- "Penhasco Morcego", "Casa da Bruxa-tripés", "Pântano dos Monstros-seco" e "Montanha Gelada". Não me parecem nomes amigáveis.

-Eu concordo- disse Travis

-Então você está querendo dizer que as meninas tão tem capacidade pra enfrentar esses lugares?-perguntei encarando meu namorado

-Não é isso... - começou o filho de Hermes

-Vocês conseguiriam, mas preferimos não arriscar-disse Rafael

-Somos homens, como vocês acham que algum de nós aguentaria ficar para trás enquanto os outros saem pra lutar?- perguntou Nico

-Além do mais, o homem que ficasse não seria de muita utilidade, não somos especialistas em cuidar de uma garota doente- disse Percy- Vocês precisam amparar Lia.

Depois de muita discussão e várias brigas decidimos que era melhor mesmo apenas eles irem. Nós ainda queríamos sair nessa busca, mas  para não ferir o orgulho frágil deles, cedemos. Alguns minutos depois já estavam prontos para partir, Percy se despediu de Annabeth, Nico se limitou á apenas acariciar os cabelos de Lia depois de desejar uma barraca com cama pela lógica contrária e deixá-la repousando lá. Meu irmão me abraçou, logo depois veio Connor, fazendo cócegas em mim. Então Travis me levou para um canto mais afastado.

-Olha, eu sei que você pode estar com um pouco de raiva mas...-começou ele

-Não estou não, eu entendo que vocês tem que ir, está tudo bem- falei sorrindo para acalmá-lo

-Essa missão tá deixando todo mundo maluco, nós quase brigamos umas trinta vezes- disse Travis

-Quando voltarmos tudo vai voltar ao normal, mas eu duvido que qualquer um de nós queira isso. Essa loucura toda, é emocionante. Eu pelo menos não vejo problema algum- falei rindo, sendo acompanhada por ele

Travis me deu um beijo de despedida e então sumiu no meio das árvores com os outros meninos.


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Notas finais do capítulo

É o seguinte, eu sei que essa prévia não foi muito emocionante e tals, mas depois disso mostra o que acontece com as meninas cuidando da Lia (tem muitas cenas engraçadas e no final tem luta). Depois muda pra POV Nico onde ele narra toda a busca por aqueles lugares esquisitos que o mapa mostrou (nessa parte é mais aventura porque eles lutam contra muitos monstros). Então... Desculpem de novo, me digam o que acharam dessa prévia nos comentários e não desistam de ler a fic só porque eu sou uma irresponsável que demora pra postar, ok? Kkkkkkkk